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UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,
CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA E
FINANCEIRA PARA UMA AGROINDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
NA CIDADE DE SANTO AUGUSTO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
PATRICIA MONICA DURLO
Orientadora: Maria Margarete Brizolla
IJUÍ, JUNHO DE 2012.
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UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,
CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA E
FINANCEIRA PARA UMA AGROINDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
NA CIDADE DE SANTO AUGUSTO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de
Administração da UNIJUÍ
PATRICIA MONICA DURLO
Orientadora: Maria Margarete Brizolla
IJUÍ, JUNHO DE 2012.
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus pela vida pela
oportunidade de aproveitá-lá a cada dia.
Agradeço a meus pais pela Educação, ajuda e apoio em todos
os momentos de minha vida.
Agradeço a meus irmãos Samir e Graziela, pela força, por
nunca me deixarem desistir e desanimar em nenhum momento de
dificuldade.
Por fim quero agradecer a professora Maria Margarete, pelo
auxílio, paciência e grande dedicação na realização deste estudo. A
todos muito obrigada.
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RESUMO
Este trabalho é um relatório de conclusão de curso, realizado em um propriedade do
interior do município de Santo Augusto, com o objetivo de efetuar análise da viabilidade
econômica e financeira para uma agroindústria de laticínios no município. Este estudo foi
realizado com o objetivo de trazer a propriedade mais retorno e renda em suas atividades
comerciais.
Para a realização efetiva, se fez um levantamento de toda a renda necessária para a
implantação da agroindústria desde normalizações legais, instalações e infra-estrutura, para a
então análise da viabilidade econômica e financeira da implementação do empreendimento.
Este estudo foi desenvolvido através de etapas que se dividem em contextualização do estudo,
destinado a expor o estudo a ser desenvolvido juntamente com a apresentação do tema, do
problema em questão, dos objetivos e do referencial teórico, e por fim da análise pratica do
estudo. Se utilizou do FLUXO DE CAIXA e TMA para encontra a TIR, VPL, e PAYBACK,
simples e descontado e da DRE para encontrar a rentabilidade, lucratividade e prazo de retorno
do investimento como itens de avaliação de viabilidade econômica e financeira do negócio.
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 01: Plano de Ação...................................................................................17
QUADRO 02: Modelo de DRE................................................................................27
QUADRO 03: Investimentos....................................................................................42
QUADRO 04: Estrutura...........................................................................................43
QUADRO 05: Itens Necessários Para a Autorização de Funcionamento................44
QUADRO 06: Custo de Mão de Obra......................................................................50
QUADRO 07: Custo de Produção do Queijo...........................................................50
QUADRO 08: Custo de Produção do Queijo Temperado........................................51
QUADRO 09: Custo de Leite Pasteurizado.............................................................52
QUADRO 10: Custo de Produção Total por Ano....................................................53
QUADRO 11:Custo de Despesas Operacionais.......................................................53
QUADRO 12: Receita por Produtos........................................................................54
QUADRO 13 Projeção de Receitas para os próximos 6 anos..................................55
QUADRO 14: Financiamento para Abertura do Empreendimento......................... 56
QUADRO 15: Fluxo de Caixa..................................................................................57
QUADRO 16: Período de Retorno Econômico........................................................58
QUADRO 17: Demonstração do Resultado do Exercício........................................60
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LISTA DE ABREVIATURAS
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
EMATER- Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e
Extensão Rural
IR- Índice de Rentabilidade;
SIF - Secretaria de Inspeção federal
TIR- Taxa Interna de Retorno;
TMA- Taxa Mínima de Atratividade;
VAUE- Valor Atual Uniforme Equivalente
VPL- Valor Presente Líquido;
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 09
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DOS ESTUDO ........................................................................ 11
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................................... 11
1.2 PROBLEMA OU QUESTÃO DE ESTUDO ..................................................................... 11
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 12
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 12
1.3.3 Justificativa ............................................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 14
2.1 RAMO DE ATIVIDADE ................................................................................................... 14
2.1.1 Oportunidade de Mercado ........................................................................................ 15
2.2 ADMINISTRAÇÃO........................................................................................................... 15
2.3 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE ............................................................... 18
2.3.1 Taxa Interna de Retorno - TIR ................................................................................. 19
2.3.2 Taxa Mínima de Atratividade................................................................................... 20
2.3.3 Valor presente Líquido – VPL ................................................................................. 21
2.3.4 Período de Payback .................................................................................................. 22
2.3.5 Valor Atual Uniforme Equivalente - VAUE ............................................................ 23
2.3.6 Fluxo de caixa .......................................................................................................... 24
2.3.7 Demonstração de Resultado do Exercício ................................................................ 25
2.4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE – IR ............................................................................. 28
2.5 RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS ................................................................................ 29
2.5.1 Custos operacionais .................................................................................................. 31
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 33
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................. 33
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA E UNIVERSO AMOSTRAL................................................ 36
3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS................................................................................... 36
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3.4 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ......................................... 37
3.5 PLANO DE SISTEMATIZAÇÃO DE ESTUDO .............................................................. 37
4 ESTUDO APLICADO ........................................................................................................ 38
4.1 O NEGÓCIO ...................................................................................................................... 38
4.2 ANÁLISE DE MERCADO ................................................................................................ 39
4.3 INVESTIMENTOS ............................................................................................................ 41
4.4 ESTRUTURA..................................................................................................................... 43
4.5 CUSTOS DE PRODUÇÃO ............................................................................................... 49
4.6 DESPESAS OPERACIONAIS .......................................................................................... 53
4.7 RECEITAS ......................................................................................................................... 54
4.8 FINANCIAMENTOS......................................................................................................... 55
4.9 FLUXO DE CAIXA ........................................................................................................... 56
4.9.1Cálculo de Viabilidade Financeira ............................................................................ 58
4.10 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTGADO DO EXERCÍCIO .......................................... 59
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 64
ANEXOS ................................................................................................................................. 67
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INTRODUÇÃO
O Presente estudo é uma análise da viabilidade econômica e financeira para a abertura
de uma agroindústria de laticínios na cidade de Santo Augusto, com o intuíto de auxiliar uma
propriedade do Interior município quanto ao investimento de recursos no uso do leite, na
produção de produtos diferenciados e não apenas da sua comercialização líquida para empresas
de recolhimento do leite em propriedades, agregando valor e renda a propriedade. Segundo
Frezatti, (2008) A análise de viabilidade por vezes também poderá demonstrar pontos que posam
afetar negativamente o projeto, mas que não o inviabilizam completamente, facilitando assim a
concentração de esforços e recursos para sanar pontualmente o problema localizado.
Este estudo se divide em capítulos que abrangerão: a contextualização do estudo, o
referencial teórico, a metodologia, e o estudo aplicado.
Na contextualização do estudo efetuou-se a apresentação do tema, do problema ou
questão de estudo, os objetivos gerais e específicos deste estudo, e a justificativa.
Na seqüência, aborda-se o referencial teórico, que teve como propósito dar o
embasamento teórico necessário, e a sustentação devida com vistas a responder a questão de
pesquisa deste estudo, durante sua realização na prática.
Posterior a isso a metodologia, a qual auxilia, dando as diretrizes no encaminhamento
da realização do estudo.
Em seguida, apresenta-se o estudo aplicado, em que se avalia a Viabilidade Econômica e
Financeira para a implantação de uma Agroindústria de produtos lácteos, sendo que a principal
matéria prima, o leite, é produzido na própria propriedade estudada. Este capítulo apresenta o
desenvolvimento aplicado do estudo proposto, desde a descrição da estrutura organizacional,
como missão e visão desejadas da empresa, o negócio da empresa, bem como análise dos pontos
fortes e pontos fracos da possível futura organização. Verificam-se os levantamentos dos
investimentos necessários, as projeções dos custos do empreendimento, das despesas e das
receitas que servirão de subsídio para a análise da viabilidade do estudo aplicado.
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E por fim, porém, não menos importante constam às referências bibliográficas
consultadas ao longo da realização deste estudo, as quais deram suporte a realização do estudo
aplicado.
O ramo leiteiro vem crescendo gradativamente, permitindo diversificadas possibilidades
de emprego e renda para os agricultores. Atualmente um número expressivo de produtores
leiteiros vendem seu produto para as grandes redes de indústrias de laticínios como Parmalat e
Nestlé. Este estudo possibilita identificar a viabilidade e rentabilidade da produção e
comercialização que tem como matéria prima o leite, com isso é possível a rentabilidade para a
propriedade estudada.
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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Neste capítulo se desenvolveu a apresentação do tema em questão, o problema ou
questão e estudo, os objetivos e a justificativa deste estudo.
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
Devido a grande produção leiteira no município de Santo Augusto, verificou-se nessa
atividade, uma grande oportunidade de investimento no segmento de agroindústria, utilizando
como matéria prima o leite, proporcionando inovações na área e agregação de renda à atividade
já existente na propriedade.
Em virtude de se tratar de uma propriedade que já vem há alguns anos trabalhando com
a produção leiteira e seus produtos vem sendo comercializados de maneira informal, procurou-se
efetuar a análise da viabilidade para que sejam analisadas possíveis chances de se tornar viável a
implantação desse empreendimento.
Considerando o exposto, entendeu-se que um estudo de análise das possibilidades
econômicas e financeiras, pode auxiliar o empreendedor, no sentido de identificar os indicadores
de viabilidade para um novo negócio, bem como para a ampliação de um já existente.
Diante do exposto compreendeu-se que as técnicas de análise de viabilidade permitem
maior confiabilidade ao investidor no momento de iniciar um empreendimento no ramo de
agroindústria de laticínios no município de Santo Augusto.
1.2 PROBLEMA OU QUESTÃO DE ESTUDO
De acordo com a grande produção leiteira existente, observa-se que há a necessidade de
se aproveitar esse recurso produtivo investindo na cidade de Santo Augusto. Hoje, os produtos
fabricados a partir da matéria prima – o leite – em sua maioria são advindos de fora, não se
aproveitando da oportunidade de se gerar recursos dentro do município.
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Percebe-se que o município possui potencialidades, tanto de recursos produtivos quanto
de pessoas capacitadas para atuar neste segmento, o que se torna necessário usufruir dessas
pessoas para se investir em um novo empreendimento, que possa vir a trazer crescimento e
desenvolvimento para o município.
Diante desta problemática existente, questiona-se: É viável a abertura de uma
Agroindústria de Laticínios na cidade de Santo Augusto?
1.3 OBJETIVOS
Os objetivos definem e delimitam o tipo de pesquisa, projetando a área de ação de
investigação e servindo de referência para o desenvolvimento no questionamento levantado na
problematização do tema.
Apresentam-se a seguir o objetivo geral e os objetivos específicos.
1.3.1
Objetivo Geral
Verificar a Viabilidade Econômica e financeira de se implementar uma agroindústria de
laticínios no município de Santo Augusto.
1.3.2
Objetivos Específicos
• Efetuar a revisão literária a respeito do tema proposto para estudo, visando a um
embasamento teórico, o qual dará suporte ao estudo aplicado;
• Buscar informações no mercado para verificar a aceitação da agroindústria no município;
• Levantar os investimentos necessários para a abertura da empresa, os custos, despesas e
receitas geradas por período na atividade operacional.
• Identificar a viabilidade econômica e financeira do negócio.
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1.3.3 Justificativa
Justifica-se a importância deste estudo por propor uma nova alternativa para a utilização
de uma matéria prima abundante no município que é o leite. Tornando-se relevante pela inovação
no investimento na fabricação de produtos a partir do leite, os quais serão consumidos
internamente e na comunidade regional, fomentando os negócios, através da geração de renda e
valorizando a produção local.
Percebe-se ainda, que este trabalho pode servir como fonte de pesquisa a outros
acadêmicos que tenham interesse na área e que desejem aplicar as técnicas de viabilidade em
novos empreendimentos ou na ampliação de negócios já existentes.
Este estudo contribui também para o aperfeiçoamento profissional, o qual exige
conhecimento teórico-prático, para aplicar as teorias administrativas vivenciadas em sala de aula,
bem como para o alcance do objetivo principal do curso de administração que é a formação de
novos profissionais e de novas organizações no mercado.
Além disso, o mesmo serve de subsídio para uma nova alternativa de negócio para a
propriedade objeto deste estudo, caso identificada a viabilidade de implantação.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico tem como principal função o apoio para o desenvolvimento do
estudo através da análise teórica de autores.
2.1. RAMO DE ATIVIDADE
O mercado leiteiro se encontra em expansão. Para alguns pequenos produtores esta é a
única fonte de renda, de onde tiram o sustento para toda a família.
Através dos fatores positivos que estes trazem a saúde humana, este é um segmento do
mercado que é improvável que um dia possa entrar em extinção, pelo contrário é um ramo que
tem muito ainda a ser explorado.
As alternativas a base de lácteos trazem a saúde humana muitos benefícios, sedo que
para algumas pessoas, o leite faz parte do dia-a-dia, fazendo com que o seu consumo seja
constante o ano todo. O problema é que há períodos do ano em que a oferta é menor que a
procura fazendo com que o preço do leite aumente, mas aumenta significativamente apenas para
os consumidores, pois, para os produtores, este se mantém o mesmo, oscilando em baixíssima
escala conforme a quantidade produzida por produtor.
De acordo com Duarte, Bressan e Cunha (2001) Segundo dados do IBGE, no último
senso agropecuário de 1996, existiam no Brasil, 1.810.041 produtores de leite, com produção de
17.931.249.000 de litros. A produção média era de 27 litros/produtos/dia.
Nas indústrias hoje, o que mais se tem produzido são o leite in natura, em segundo o
queijo, manteiga e seguidos pelos iogurtes e os outros produtos à base do leite.
Para que as empresas do mercado leiteiro mantenham-se no mercado, é necessário que
estas se atualizem constantemente e respeitem o sistema de gestão ambiental, cumprindo a
legislação e respeitando a exigências sanitárias.
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2.1.1. Oportunidades de Mercado
O meio empresarial é amplo e está aberto para ser habitado e explorado, basta
empreendedores adentrarem a este meio com ousadia e abraçarem as imensas oportunidades
existentes hoje que apenas faltam ser aproveitadas.
As oportunidades, são a criação e agregação de valor a algo novo. É investir em algo que
tenha valor para o mercado consumidor.
A produção de leite, no Brasil, vem crescendo a taxas significativas, superior às taxas de
crescimento de demanda, embora o abastecimento interno ainda não seja atendido pela
produção doméstica. Isto faz preverde o país alcançar, em breve sua auto suficiência.
(DUARTE. BRESSAN E CUNHA. 2001p.29)
Pequenas idéias podem se tornar em grandes oportunidades. O mercado está aberto, é
cheio de situações, necessidades à espera que um empreendedor observe e passe a tornar uma
idéia em lucro.
2.2. ADMINISTRAÇÃO
Administração consiste na tomada de decisão, coordenar, planejar, controlar uma ou
qualquer organização, visando seu bom desenvolvimento. É o conhecimento de toda a estrutura
da organização que a partir daí faz com que se possa analisar formas e meios de fazer com que
esta cresça com eficiência, eficácia e efetividade.
OBJETIVO, DECISÕES E RECUSOS, são palavras-chaves na definição de
administração. A administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões
sobre objetivo e utilização de recursos.
(...) – PROCESSO significa atividade ou ação. A administração é processo ou atividade
dinâmica que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos. O processo de
administrar é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para
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atingir algum tipo de objetivo.Em última instância, a administração é o processo que
procura aumentar e garantir a qualidade das decisões sobre objetivos e recursos.
- DECISÔES significam escolhas. O processo administrativo abrange quatro tipos
principais de decisões ou escolhas, também chamadas PROCESSOS:
1. Planejamento: o processo de planejamento abrange as decisões sobre objetivos,
ações futuras e recursos necessários para realizar objetivos.
2. Organização: o processo de organização compreende as decisões sobre a divisão de
autoridade, tarefas e responsabilidade entre pessoas e sobre a divisão de autoridade,
tarefas e responsabilidade entre pessoas e sobre a divisão de recursos para realizar as
tarefas.
3. Direção ou coordenação: o processo de direção significa ativar o comportamento das
pessoas por meio de ordem;coordenação significa ajudá-las a tomar decisões por conta
própria. A escolha entre um ou outro modelo depende do modelo e da cultura de
administração.
4. Controle: o processo de controle compreende as decisões sobre a compatibilidade
entre objetivos esperados e resultados alcançados. ( MAXIMIANO, 1997 p.16)
De acordo com Maximiano (1977) Administração tem como papel principal o processo
da tomada de decisão, racionalização dos processos e utilização dos recursos disponíveis.
A administração tem por objetivo, organizar processos e conduzir a organização ao
sucesso, no alcance dos objetivos desejados.
O planejamento tem por objetivo a definição de decisões sobre objetivos a serem
atingidos e ações a serem utilizadas para este fim.
A organização é o processo de definir ações e atividades e tarefas a serem desenvolvidas
A coordenação compreende ativar a capacidade de tomar decisões das pessoas
participantes da organização. É uma forma de desenvolver a capacidade dos colaboradores da
organização.
E o controle se define pela análise dos objetivos que estavam sendo esperados e os
resultados obtidos durante o processo.
De acordo com Kwasnicka, (1995), o termo administração pode ter inúmeros
significados, sendo que não existe um único padrão ou uma única teoria para se definir tal
atividade. Mas, apesar de ser tão diversificado, esses termos necessitam de ser construídos em
um consenso, pois administrar é trabalhar em conjunto,sendo um processo de integração na busca
de objetivos específicos. Portanto, administrar é basicamente o processo de coordenar, controlar,
dirigir, e operar a organização.
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Administrar é definir objetivos e encontrar formas de chegar até eles, objetivos esses,
que são os resultados fins que a organização pretende atingir através da aplicação dos recursos. A
organização que consegue atingir esses objetivos é considerada eficaz.Quando ela realiza o
mesmo objetivo mas com menos quantidades de recursos é considerada eficiente.
Segundo Chiavenato, (2000) a palavra administração tem origem do latim, e significa
subordinação, ou seja, são as atividades desenvolvidas sob o controle de outro. Tem como
principal tarefa, a verificação dos objetivos organizacionais e forma de planejar e organizar os
processos a fim de se atingir os objetivos de modo eficaz e eficiente.
Administrar é organizar os processos, é tomar decisões sobre os objetivos esperados e
recursos disponíveis aumentando e garantindo a qualidade destes. Tomar decisões significa
definir escolhas, escolhas essas que podem definir o futuro das organizações.Os processos que
auxiliam a definir essas escolhas se dividem em planejamento, organização, coordenação e
controle.
Administrar é o processo de organizar processos da empresa através de uma estrutura
que organiza, planeja, posiciona-se e executa as atividades.
É saber se colocar no mercado, elaborar e desenvolver produtos em todos os seus pontos
básicos.
Quadro 01: Plano de ação
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Negócio
Missão
POSICIONAMENTO COMPETITIVO E ESTRATÉGIAS DE MARKETING
Compostos de marketing
•
Produto
•
Preço
•
Praça ou Distribuição
•
Promoção
AMEAÇAS E OPORTUNIDADES – ANÁLISE DO AMBIENTE
•
Análise ambiental Externa
•
Análise Ambiental interna
•
Planejamento produtivo
•
Planejamento Financeiro
•
Impostos
Fonte:A autora
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O termo administração, e a tarefa de administrar, nos dias de hoje tem sido um desafio
para qualquer empresário ou gestor. O ambiente exige das organizações muita análise,
planejamento, organização e preparação. Para se ter sucesso é necessário se elaborar um
planejamento, e ter bem claro qual o negócio e a missão da empresa, tomando esta como linha
trajetória para a busca do sucesso.
Quando se tem foco de onde a empresa quer chegar é necessário trabalhar no
atendimento e na comercialização, produção e distribuição dos produtos, efetuando este trabalho
com qualidade que agrade à população, oferecendo bons produtos, e disseminando a
comercialização destes pela comunidade. Salienta-se que, para o sucesso em vendas, necessita-se
trabalhar bem o produto e fazer uma análise se este está sendo bem aceito ou se a política adotada
está sendo correta.
O meio organizacional possui várias armadilhas que, se passarem despercebidas, podem
ser fatais na perda de mercado e, para que isto não ocorra é necessário saber observar o meio em
que a organização está inserida e como esse meio se comporta, quais as principais ameaças
encontradas tanto internamente quanto externamente, além das políticas de planejamento que
devem ser aplicadas para o bom desenvolvimento da organização.
2.3. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE
Todo e qualquer investimento necessita, acima de tudo, de sacrifícios. Exige pessoal
capacitado e, principalmente precisa sujeitar-se a uma série de riscos.
Quanto maior o investimento, maior o risco. Para isso se necessita de métodos de análise
para que esses riscos sejam minimizados.
Toledo Jr (1998) define viabilidade econômica como um conjunto de técnicas, que
permite a comparação entre os resultados obtidos nas alternativas possíveis de solução de um
problema, possibilitando a tomada de decisão de maneira científica.
A viabilidade econômica tem por objetivo:
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- Determinação da meta desejada.
Qualquer idéia a ser praticada, objetiva um fim específico e a viabilidade econômica não
foge a regra, como o próprio nome indica, o objetivo é sempre economia.
-Determinação dos fatores e meios à disposição.
Logicamente que há necessidade da determinação de todos os fatores e meios
disponíveis, possibilitando uma perfeita compreensão do problema.
-Avaliação das alternativas.
A tabulação dos dados, fatores e meios disponíveis possibilita a avaliação das
alternativas.
-Fornecer subsídios ao processo decisório. Enfim o objetivo final da viabilidade
econômica é fornecer subsídios concretos para as tomadas de decisão. (TOLEDO JR,
1998 p.16)
A análise de viabilidade tem como função especial, fornecer informações necessárias
para analisar se algum empreendimento, ou investimento é viável de se investir ou não. Ela
auxilia na tomada de decisão, para que esta seja efetuada de maneira mais segura.
2.3.1. Taxa Interna de Retorno – TIR
A Taxa Interna de Retorno tem como objetivo medir a rentabilidade de um investimento,
é considerado um índice relativo. É necessário que se tenha receitas bem como investimentos
para que esta possa ser calculada.
A taxa de juros que anula o VPL é a taxa interna e retorno (TIR). Este método assume
implicitamente que os fluxos de caixa líquidos periódicos são reinvestidos à própria TIR
calculada para todo o investimento. O investimento será economicamente atraente se a
TIR for maior do que a taxa mínima de atratividade. (HOJI 2010, p. 171)
Fórmula:
n
$ 0 = ∑FCt - II
t=1
(1 + TIR )t
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De acordo com análise de Kassai, Santos e Assaf Neto (2000, p. 66) “é considerado
economicamente atraente todo investimento que apresente TIR maior ou igual a TMA.
A TIR, tem como objetivo principal, dar uma projeção de qual será o tempo necessário
para que o investimento inicial seja alcançado. Ou seja, recuperar o investimento aplicado.
De acordo com Gitman (2001. p. 303) a TIR é “uma técnica de orçamento de capital
sofisticada; a taxa de desconto que iguala o valor presente de fluxos de entrada de caixa com o
investimento inicial associado a um projeto, por conseguinte tornando o VPL = $0”. Dizendo
ainda que:
Se a TIR é > que o custo de capital, aceita – se o projeto.
Se a TIR é < que o custo de capital, rejeita – se o projeto.
Já Motta e Calôba (2002, p.119) fazem uma relação entre a TIR e a TMA, sendo que:
Se TIR > TMA – projeto economicamente viável (e é passível de análise);
Se TIR < TMA – projeto economicamente inviável;
Se TIR = TMA – é indiferente investir os recursos no projeto A ou deixá-los rendendo
juros à taxa mínima de atratividade.
A taxa interna de retorno de um investimento é a taxa r* que torna o valor presente das
entradas líquidas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial ou,
equivalente àtaxar* que torna o VPL do projeto igual a zero. (GALENSE,
FENSTERSEIFER, LAMB,1999, P. 41)
A TIR não deve ser trabalhada isoladamente, não se tornando uma medida de
atratividade do investimento e não pode ser usada diretamente como critério se seleção ou arranjo
entre oportunidades de investimento.
2.3.2. Taxa Mínima de Atratividade – TMA
A taxa mínima de atratividade é considerada uma taxa ao qual muda diariamente,
através do mercado de capitais.
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Para as empresas financeiras pode–se considerar a TMA (taxa mínima de atratividade)
como sendo a taxa a partir da qual elas passam a ter lucro financeiro. Elas captam
recursos a determinada taxa, reaplicando com certa margem (SPREAD). A taxa de
captação poderia ser considerada como a Taxa Mínima de Atratividade de um banco.
(CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996, p. 109).
Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar
perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos.
A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo a taxa de juros equivalente à
rentabilidade das aplicações decorrentes e de pouco risco. Esta é portanto a Taxa Mínima de
Atratividade. (TMA) (CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996).
A taxa mínima de atratividade serve para medir os ganhos financeiros efetuados pelas
organizações, onde a partir disso se avalia se a empresa esta tendo ou não lucro financeiro.
2.3.3. Valor Presente Líquido – VPL
Segundo Hoji (2010) o valor presente líquido consiste em determinar o valor no instante
inicial, descontado o fluxo de caixa líquido de cada período futuro (fluxo de caixa líquido
periódico) gerado durante a vida útil do investimento, com taxa mínima de atratividade, e
adicionando o somatório dos valores descontados ao fluxo de caixa líquido do instante inicial.
O valor presente líquido (VPL) ou Net PresentValue(NPV) é um dos instrumentos
sofisticados mais utilizados para se avaliar propostas de investimentos de capital. Reflete
a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor
presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada
taxa de desconto. (KASSAI, SANTOS e ASSAF NETO p.61)
Fórmula:
n
VPL = ∑ FCt
- II
t=1 (1 + K)t
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Todo o investimento que apresente Valor presente líquido maior ou igual a zero é
considerado atraente. Ou seja,pode-se considerar o investimento viável.
Gitman (2001, p. 302), destaca o VPL como “uma técnica de orçamento de capital
sofisticada; encontrada ao se subtrair o investimento inicial de um projeto de valor presentes de
seus fluxos de entrada de caixa (FC), descontados a uma taxa igual ao custo de capital da
empresa (k)”.
VPL = valor presente dos fluxos de entrada de caixa – investimento inicial.
Motta e Calôba (2002. p, 106) definem o Valor Presente Líquido como sendo “a soma
algébrica de todos os fluxos de caixa descontados para o instante presente (t = 0), a uma dada
taxa de juros”.
O valor presente líquido de um projeto de investimento é igual à diferença entre o valor
presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial
necessário, com o de desconto dos fluxos de caixa feito a uma taxa K definida pela
empresa, ou seja, sua TMA. (GALENSE, FENSTERSEIFER, LAMB, 1999, P. 39)
2.3.4. Período de Payback
O payback consiste em um período de avaliação dos investimentos aplicados no início
de uma atividade financeira. Neste período a empresa precisa ter uma certaaceitação, e executar
todos os projetos para que estes cheguem a seu objetivo inicial e recuperem o investimento
aplicado.
“ O período de payback é o período em que o valor do investimento é recuperado, ou
seja, é o prazo em que os valores dos benefícios líquidos de caixa se igualam ao valor do
investimento inicial.” ( HOJI 2010, p. 173).
Sendo talvez o método mais simples de avaliação, o período de payback é definido como
sendo aquele número de anos ou meses dependendo da escala utilizada, necessários para
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que o desembolso correspondente ao investimento inicial seja recuperado, ou ainda,
igualado e superado pelas entradaslíquidas acumuladas. (SANVICENTE E SANTOS
1995, p. 52)
O payback auxilia na análise de retorno de investimento, dando um parâmetro de média
para que a empresa possa recuperar o investimento aplicado e agregar seu retorno em novos
investimentos, podendo assim fazer um planejamento financeiro para as atividades da empresa.
2.3.5. Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE
O VAUE, tem como objetivo fazer uma análise médias dos fluxos de caixa positivos em
compará-los com os negativos. Ou seja, Este método procura identificar em quanto os fluxos de
caixa positivos excedem os fluxos de caixa negativos.
Fórmula:
Valor Anual Uniforme (VAU) =i (1 + i)n(x) P
(1 + i)n -1
VAUE = VAU – FC
Onde:
i = Taxa de Juros utilizada na análise
P = Valor presente equivalente das somas atuais/futuras
n = Período de Juros
VAU = Valor Atual Uniforme
FC = Fluxo de Caixa
24
Segundo Kassai, Santos e Neto (2003) “ Enquanto o valor presente líquido ( VPL)
demonstra o resultado líquido de um fluxo de caixa a valor presente, o VAUE mostra um
resultado equivalente em bases periódicas, ou seja por ano.”
Este método consiste em achar a série uniforme anual (A) equivalente ao fluxo de caixa
dos investimentos à Taxa de Mínima Atratividade (TMA), ou seja, achar-se a série
uniforme equivalente a todos os custos e receitas para cada projeto utilizando-se o TMA.
O melhor projeto é aquele que tiver o maior saldo positivo.( CASAROTO e
KOPITTKE, 1996).
O VAUE, tem por objetivo principal avaliar as entradas e as saídas de caixa analisando
fluxos positivos e negativos destes.
2.3.6. Fluxo de Caixa
Toda e qualquer organização existente, ou que pretenda adentrar ao mercado, necessita
de um controle financeiro rigoroso.
Os métodos quantitativos são aplicados com base em fluxos operacionais líquidos de
caixa e seu dimensionamento é considerado como o aspecto mais importante da decisão.
A representatividade dos resultados de um investimento é bastante dependente do rigor e
confiabilidade com que os fluxos de caixa são estimados. (KASSAI, SANTOS, ASSAF
NETO, 2000, p. 60).
Matarazzo (2003, p. 363) nos diz que “ através da Demonstração do Fluxo Líquido de
Caixa – DFLC, pode-se saber se a empresa foi auto- suficiente no sue giro e qual su capacidade
de expansão, com recursos próprios gerados pelas operações.”
25
A Demonstração do Fluxo de caixa tem como principal objetivo:
• Avaliar alternativas de Investimentos.
• Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na
empresa, com reflexos monetários.
• Avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que
não chegue a situações de iliquidez.
• Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente
aplicados.(MATARAZZO, 2003 p. 364)
È necessário se fazer um acompanhamento diário das entradas e saídas financeiras da
empresa, bem como uma previsão orçamentária do que se tem a receber e a pagar nos exercícios
seguintes, para que essas movimentações financeiras ocorram de maneira saudável, é necessário
o gerenciamento do fluxo de caixa.
Uma administração atuante do fluxo de caixa, mediante acompanhamento pari passu das
variações de seu saldo diário possibilita detectar com antecedência as sobras ou
deficiências de caixa, o que permite a aplicação financeira das sobras ou a contratação de
empréstimos com taxas menores para suprir as deficiência do caixa. Com isso, é possível
que a empresa maximize os ganhos financeiros nos períodos em que ocorra sobra de
caixa, bem como minimize o custo financeiro, alocando os recursos de forma adequada.
(SOUSA 2007, p 110)
Através do fluxo de caixa, a empresa consegue saber sua movimentação financeira
diária, e, com isso, pode fazer uma análise técnica de como anda a saúde financeira da empresa.
2.3.7 Demonstração de Resultado do Exercício
A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um relatório contábil que apresenta de
forma sintética e vertical o resultado final de um período pré-determinado relativo às operações
26
realizadas pela empresa. Esse resultado é obtido através do confronto das receitas com os custos e
despesas, evidenciando se, no período em questão, a empresa foi lucrativa, quando as receitas são
maiores que os custos e as despesas, ou se a empresa apresentou prejuízo, quando as receitas são
inferiores aos custos e despesas.
Para Wareen et al (2009, p. 24) “A demonstração do resultado do exercício apresenta as
receitas e despesas em dado período com base no conceito de confrontação da receita e despesa.”
È elaborada anualmente para fins legais de divulgação; Trimestralmente para fins fiscais,
e, na maioria das vezes, mensalmente para fins gerenciais com o intuito de acompanhar a situação
da empresa.
Consoante NBC T-3, no seu item 3.3 a demonstração do resultado do exercício
compreenderá:
a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento;
b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses
ganhos e receitas.
A compensação de receitas, custos e despesas é vedada.
A demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:
a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;
b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os
cancelamentos;
c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;
d) o resultado bruto do período;
e) os ganhos e perdas operacionais;
f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras;
g) o resultado operacional;
h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins;
i) o resultado antes das participações e dos impostos;
j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;
l) as participações no resultado;
m) o resultado líquido do período.
Abaixo modelo de demonstração do resultado do exercício:
27
Quadro 02: Modelo de DRE
ITEM
VALOR
1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas
Servições
2 DEDUÇÕES DA RECEITA OP. BRUTA
impostos
Devoluções
3 RECEITA OP. LIQUIDA (1-2)
4 CUSTOS
Materias
Serviços
5 LUCRO OP. BRUTO ( 3-4)
6 DESPESAS OPERACIONAIS
despesas com vendas
despesas financeiras
7 OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OP.
Receitas
Despesas
8 RESULTADO OP LIQUIDO (5-6+/-7)
9 RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Receitas
Despesas
10 RESULTADO ANTES DO IR (8 +/-9 +/-10)
11 PROVISÃO PARA IR E C. SOCIAL
12 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
Debêntures
Administradores
13 RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO (11-12-13)
14 RESULTADO LIQUIDO POR AÇÃO
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Basso 2011
Para Basso (2011, p. 306) “Concebida para demonstrar a formação do resultado final do
exercício [...] a DRE está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado.”
Deste modo como podemos observar a demonstração do resultado do exercício evidencia
a formação do lucro, ou prejuízo, de forma clara e concisa, evidenciando receita, custo e despesa,
ate chegar ao resultado final, seja lucro ou prejuízo.
28
2.4. ÍNDICES DE RENTABILIDADE – IR
É o indicador de aceitação ou rejeição do investimento.
É medido por meio da relação e entre o valor presente dos fluxos de caixa positivo
(entradas) e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando-se como taxa
de desconto a taxa de atratividade do projeto (TMA). Esse índice indica o retorno
apurado para cada $1,00 investido, em moeda atualizada pela taxa de atratividade.(
KASSAI, SANTOS, ASSAF NETO 2000 p.78)
De acordo com Sanvicente e Santos (1995), os índices de rentabilidade “são medidas
variadas do lucro da empresa em relação a diversos itens, conforme o ponto de vista adotado, já
que o próprio lucro possui significados diferentes.
Todo e qualquer investidor possui a preocupação em investir e ter o retorno deste
investimento, portanto, é necessário ter cuidado, e fazer todas as análises necessárias anterior a
qualquer tipo de investimento para que se possa investir com segurança e ter o retorno esperado.
Os indicadores de lucratividade visam demonstrar a contribuição que o projeto agrega à
empresa. Gitman (2010, p. 58) afirma “essas medidas permitem aos analistas avaliar os lucros da
empresa em relação a um dado nível de vendas, um dado nível de ativos ou o investimento dos
proprietários.”.
Segundo Braga (1995, p. 163) pode-se dividir os métodos de analise e cálculo dos índices
de lucratividade em dois segmentos, o primeiro medindo a margem de lucratividade das vendas e
o segundo demonstrando as taxas de retorno.
Os índices que medem a margem de lucratividade segundo Braga (1995, p. 163) são
denominados de margem bruta, margem operacional, margem liquida e Mark-up global.
Margem bruta, segundo Braga (1995, p. 163) “indica a porcentagem do remanescente da
receita operacional liquida após a dedução do custo da vendas.”. Na mesma linha de Gitman
(2010, p. 58) diz que “mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas que permanece
29
após a empresa deduzir o valor dos bens vendidos”. A sua formula pode ser expresso como:
Lucro bruto/receita operacional líquida.
2.5. RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS
Receitas, em uma organização são os valores monetários que influem na organização de
forma significativa na empresa. São os ganhos de uma empresa em um certo período. Elas podem
se dividir em receitas operacionais e não operacionais.
As receitas operacionais se originam das atividades normais da empresa e as não
operacionais são os gastos e as perdas de capital na alienação de bens do ativo permanente.
Receitas: São os valores que afetam positivamente a situação patrimonial,
contribuindo, assim, para o aumento da riqueza líquida da empresa.
Gastos: É uma expressão muito ampla e abarca todo e qualquer sacrifício que uma
entidade precisa suportar para obter um produto ou serviço. (...) significa a entrega
ou promessa de entrega de um ativo em troca de bens ou serviços.
Despesas: São gastos não compreendidos nos custos, consumidos direta ou
indiretamente no esforço da entidade de auferir receitas. (GONÇALVES E
BAPTISTA, 2004. p.86, 88).
As receitas contribuem de forma positiva para a realização das atividades de uma
organização.
Entendemos por receita a variação que provoca a entrada de elementos no ativo sob
forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades
principais e secundárias da entidade, e que geralmente correspondem à venda de
mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Entretanto, uma receita pode
também derivar de rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos
eventuais.(BASSO, 2011 p.60)
30
As despesas são aqueles gatos necessários para o desenvolvimento de algumas
atividades internas necessárias. Estas devem ser controladas pois refletem negativamente na
saúde financeira das organizações.Elas estão ligadas diretamente às atividades administrativas e
comerciais da empresa com aluguel, água, luz, telefone, salários e encargos, pró-labore,
publicidade e propaganda etc.
Entendemos por despesa o “custo” do uso dos bens ou serviços, que direta ou
indiretamente deverão produzir uma receita. A característica básica de despesa é que ela
se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua
realização. (BASSO. 2011 p. 60)
Toda e qualquer organização tem por objetivo a geração de lucros e o crescimento
financeiro. Para isso as empresas necessitam investir, e esse investimento gera alguns custos. Os
custos de investimento são aqueles gastos para a abertura do empreendimento.
De acordo com Casarotto e Kopittke (1994) o custo do investimento pode ser
classificado de duas formas: Giro e Fixo.
O investimento fixo representa os equipamentos, as instalações industriais para operação
dos equipamentos (redes de energia, vapor, água, ar comprimido e outras), a montagem e
o projeto quando houver, as construções civis necessárias e outros investimentos como
móveis e transportadores.
O investimento em giro é o capital de giro próprio adicional necessário para a operação
do equipamento ou da nova fábrica, sendo constituído principalmente pelo estoque de
matérias-primas e componentes, e os recursos necessários para sustentar as vendas a
prazo.(CASAROTTO E KOPITTKE, 1994 p. 198)
Os custos de investimentos são os custos usados para financiar as instalações físicas de
toda a organização, seja móveis, estoque ou sua própria estrutura física.
31
Leone (2000, p. 54) define custos como sendo “o consumo de um fator de produção,
medido em termos monetários para a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma atividade
que poderá ou não gerar renda”.
A contabilidade classifica os custos em dois grandes grupos: diretos e indiretos.
Custos Diretos: São todos aqueles custos que podem ser facilmente identificados.
Custos Indiretos: São todos aqueles custos, os quais não se
consegue identificar facilmente, precisando de métodos de rateio.
Existem ainda alguns termos que a contabilidade de custos emprega nas empresas para
classificar seus gastos, que serão explicados a seguir:
Leone (2000, p. 73) classifica os custos em:
Custos Fixos: é constante no total, na faixa de volume relevante da atividade
esperada que esteja sendo considerada; os custos fixos não variam com a quantidade
produzida.
Custos Variáveis: é um custo que é proporcional ao nível de atividade (...) somente
aparecem quando a atividade ou a produção é realizada.
Como foi colocado sobre os conceitos de custos, que são fatos contábeis que alteram a
situação líquida das empresas,é preciso de alguns outros conceitos de fatos contábeis como:
gastos, receitas e despesas. Gonçalves e Baptista (2004, p.52) “Despesas e custos são fatos
administrativos que diminuem o Patrimônio Líquido; Receitas são fatos que aumentam o
Patrimônio Líquido”.
2.5.1. Custos Operacionais
Os custos operacionais se detém naqueles necessários para a realização das operações
diárias.
32
Os custos operacionais normalmente são subdivididos em custos de produção e despesas
gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto.
Como exemplos tem-se o custo das matérias-primas ou custo de manutenção.
As despesas gerais ocorrem do término da fabricação até a complementação da venda, e,
como exemplo há, as despesas com vendas e impostos sobre receitas. (CASAROTTO E
KOPITTKE, 1994 p. 199)
De acordo com Buarque (1984) os custos operacionais são aqueles usados para pagar os
componentes utilizados no processo produtivo e vendas, em um período de tempo, normalmente
esse período é um ano.
Custo operacional é também aquele utilizado para se usar nos processos de produção da
empresa, para o desenvolvimento das atividades ligadas a este setor.
33
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Neste item apresentam-se os métodos científicos a serem utilizados para a realização da
pesquisa.
a)
Do Ponto de Vista de sua Natureza
A pesquisa pode ser classificada como básica ou fundamental e aplicada. Boaventura
(2004, p.56) diz que a pesquisa “fundamental é a investigação que procura aumentar o
conhecimento sobre o homem, a natureza, e a própria humanidade. (...) e a pesquisa aplicada gera
conhecimentos úteis à solução de problemas sociais”.
Portanto, a pesquisa para o presente trabalho, caracteriza–se como aplicada, por se tratar
de um estudo de análise de um investimento projetado, que mostrou a possível viabilidade ou não
do negócio.
b)
Do ponto de Vista de seus Objetivos
De acordo com os seus objetivos, a pesquisa desenvolvida é de caráter
exploratório onde, de acordo com Gil (2002, p.41), “ estas pesquisas têm como objetivo,
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a
construir hipóteses.
A pesquisa também se classifica como descritiva:
As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de
34
suas características mais significativas esta na utilização de técnicas padronizadas de
coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática ( Gil, 2002, p.42).
As pesquisas descritivas têm por objetivo a identificação de relações entre variáveis,
analisando e descrevendo opiniões.
c)
Quanto à Forma de Abordagem do Problema
Quanto a abordagem do problema a pesquisa foi qualitativa.
De acordo com Beuren 2004, a pesquisa qualitativa permite efetuar um estudo analítico
de forma mais aprofundada da situação em questão que está sendo estudada, onde que, caso fosse
efetuada quantitativamente não seria tão aprofundado quanto este.
Diz-se também que efetuar a análise de uma situação qualitativamente, se torna a forma
mais adequada visto que, este método permite conhecer a natureza de um fenômeno social de
forma mais aprofundada.
Destaca-se também que:
Os dados recolhidos são designados por qualitativos, o que significa ricos em
pormenores descritivos relativamente a pessoas, locais e conversas, e de complexo
tratamento estatístico. As questões a investir não se estabelecem mediante a
operacionalização de variáveis os fenômenos em toda a sua complexidade e em contexto
natural (BOGDAN E BIKLEN) apud (BOAVENTURA, 1994, p. 16)
A pesquisa qualitativa tem por objetivo o levantamento de dados para análise, e
descrição de fenômenos.
d)
Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa classifica-se como bibliográfica,
documental, levantamento e estudo de caso.
35
A pesquisa Bibliográfica tem como objetivo embasar teoricamente o estudo através de
pesquisas, livros artigos anteriormente publicados com teoria sustentada para dar suporte q
qualquer novo estudo a ser desenvolvido.
De acordo com Gil (2002 p. 44) esta pesquisa “é desenvolvida com base em material já
elaborado, construído principalmente de livros e artigos científicos.Embora em quase todos os
estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas”. A pesquisa bibliográfica auxilia a desenvolver
novas idéias a partir de idéias já existentes.
Conforme (VERGARA 1998 p. 46) ‘a pesquisa bibliográfica fornece instrumental
analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma”.
A pesquisa documental auxilia nos estudos através da análise de documentos existentes
que oferecem informações pertinentes ao assunto que está em processo de estudo. São
documentos fornecidos por órgãos de toda e qualquer natureza, que vão sendo levantados,
coletados e armazenados ao longo do tempo.
A pesquisa documental de acordo com (GIL 2002, p. 46), “refere-se aos documentos que
se encontram arquivados em instituições públicas ou privadas, incluindo inúmeros outros
documentos como cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos,
ofícios, boletins etc”.
O levantamento se caracteriza pela interrogação a pessoas sobre o tema a ser estudado e
desenvolvido. São questões, que a partir de coletadas entre uma população específica, auxiliarão
no desenvolvimento das idéias centrais e o cumprimento da aplicação do estudo de forma prática.
As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de
informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em
seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se de conclusões correspondentes aos
dados coletados. (GIL,2002, p.50)
O estudo de caso se destaca pela análise de determinado estudo ou caso específico, para
se explorarem situações reais cotidianas, na busca de um objetivo em específico.
36
Segundo (GIL, 2002, p. 54), “o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo
de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.”
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA E UNIVERSO AMOSTRAL
O presente estudo se realiza tendo como base de dados a propriedade de Antonio Jacinto
Durlo, onde produzem leite e tem uma vasta experiência na produção de produtos á base do leite
há mais de 20 anos. A propriedade localiza-se no interior do município de Santo Augusto, na
localidade de Santo Antonio. A propriedade possui hoje 17 hectares de terra, usando destes 2ha
de gramado e 4 de produção de pastagem e cilagem para a alimentação das vacas leiteiras.
Para a realização deste estudo, buscaram-se informações informais no mercado local,
principalmente a prefeitura do município de Santo Augusto – mais precisamente o setor da
indústria e Comércio e a EMATER- bem como os proprietários de uma propriedade leiteira do
interior citada acima para se analisar os custos de produção na propriedade.
Também se teve acesso ao memorando de posse dos proprietários, com relação
principalmente aos custos de produção, tendo como objetivo juntar elementos para subsidiar o
embasamento da questão de pesquisa a ser respondida ao longo do estudo.
3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS
Para efetuar o estudo, foi aplicada, uma entrevista semi estruturada informal no mercado
local para identificar à posição de empresas de produtos a base de leite, bem como para saber da
aceitação de uma agroindústria local desse produto o que diminuiria os custos da comercialização
do mesmo.
Além disso, se construiu uma planilha para preenchimento de dados da propriedade
analisada onde que se anotou todos os custos de produção dos produtos a base do leite. Ainda se
37
utilizou da técnica da observação do processo produtivo descrevendo-a de forma clara, no sentido
de levantar o mais exato possível o consumo de recursos na produção.
Também se levantaram os investimentos necessários e infra-estrutura para o
funcionamento da agroindústria.
3.4 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Após o levantamento dos dados, estes foram compilados e analisados, efetuando uma
relação de custo benefício desde a produção do leite - ou a sua compra - até a embalagem e
comercialização para se analisar a viabilidade econômica e financeira para a abertura da empresa.
3.5 PLANO DE SISTEMATIZAÇÃO DO ESTUDO
Este estudo se sistematizou da seguinte forma: Primeiramente, analisou-se a aceitação
do mercado, em seguida efetuou-se uma análise dos custos para a produção dos produtos lácteos.
A partir disso analisaram-se os investimentos desde a estrutura operacional, custos e despesas
para abertura da organização.
A partir dos dados levantados de todos os custos de produção, bem como as despesas e
receitas obtidas com as vendas ao longo do período estudado, fez-se uma análise prática para
posterior identificação da viabilidade do empreendimento.
38
4 ESTUDO APLICADO
Neste capítulo está a aplicação prática do estudo efetuado, desde o levantamento dos
dados até a análise e aos resultados chegados.
4.1 O NEGÓCIO
O empreendimento proposto é uma agroindústria de produtos lácteos que suprirá a
demanda do município de Santo Augusto e demais municípios da região.
A empresa é de cunho familiar e de pequeno porte. Localizar-se-á no distrito de Santo
Antonio, comunidade do interior do município de Santo Augusto, na região noroeste do estado do
Rio grande do Sul, cuja sua base alimentícia é a produção de leite e soja.
O negócio será uma fábrica de laticínios, pois em razão de o mercado de laticínios ser
uma tendência devido ao ramo da produção leiteira estar aumentando e se tornado o sustento de
várias famílias principalmente na região noroeste de nosso estado.
Esta será considerada uma microempresa do setor secundário, enquadrada no regime
tributário, simples nacional, e a estrutura jurídica da empresa projeta-se uma Sociedade Limitada
formada por dois Sócios.
Para se iniciarem as a atividades na empresa, o primeiro registro a ser efetuado é a
abertura do CNPJ da empresa e posteriormente sua Inscrição estadual. O Segundo passo a ser
feito é a liberação de alvará de localização, sanitário e seu posterior licenciamento ambiental.
A fábrica se localizará, no estado do Rio Grande do Sul em uma comunidade dointerior
do município de Santo Augusto. Terá como nome fantasia “ LATICÍNIOS MINUANO – O sabor
do Rio Grande”.
A propriedade em questão possui 30.000 m², onde está localizado o tambo de leite que
possui tamanho de 2000 m²e será construída a fábrica que possuirá80m², sala esta que será
dividida em 5 salas ventiladas com todos os equipamentos necessários para a produção e
trabalhos diários.
39
Este espaço divide-se em: a) sala de Produção; b) sala de Armazenamento e embalagem;
c) sala de estocagem; d) Banheiro/vestiário.
O leite é um produto que propicia a opção de fabricar diversos produtos, tendo este
como matéria prima, devido seu alto poder nutritivo, sabor indiscutível e necessidade da
população.
Devido à vasta variedade de produtos, escolheram-se alguns específicos a serem
produzidos na agroindústria, sendo eles: queijo tradicional, queijo temperado, e leite
industrializado pasteurizado.
Como a empresa será de cunho familiar, e o negócio está se iniciando, os colaboradores
iniciais serão o casal de proprietários, onde se dividirão nas atividades de produção leiteira e
fabricação dos produtos.
A missão da empresa será:
Produzir alimentos de qualidade excepcional que satisfaça os prazeres culinários da
população.
A empresa terá como visão:
Tornar-se a melhor e mais procurada empresa de produtos laticínios da região.
4.2 ANÁLISE DE MERCADO
Para iniciar as projeções do estudo aplicado buscou-se informações a respeito do
mercado fornecedor, concorrente e consumidor.
A matéria prima principal, usada na fabricação é o LEITE e este haverá disponível a
partir da produção da atividade atual da propriedade, sendo assim existe em quantidade suficiente
para a produção projetada para a industria e a custo menor do que se fosse buscar no mercado e
quanto aos demais itens necessário a produção, foram identificados vários fornecedores no
mercado local e regional e a custos e qualidade compatíveis com o esperado.
40
Sobre o mercado concorrente, identifica-se no mercado várias marcas já consolidadas,
no entanto por ser uma industria local com produção de matéria prima própria a um custo menor,
também será possível fornecer o produto para ser revendido a preços menores, logo pretende-se
conquistar mercado apostando no menor preço com qualidade diferenciada ao que já existe, uma
vez que sabe-se a procedência estando ao alcance dos interessados e também por ser uma
indústria local e considerando que não há outra no município.
E por fim quanto ao consumidor buscou-se no mercado local, junto a empresas que
comercializam produtos a base do leite, informações a respeito da aceitação dos produtos, onde
observou-se que a maioria apresenta interesse em adquirir os produtos laticínios advindos do
município de Santo Augusto, em havendo uma agroindústria ali localizada, permite a valorização
da produção local, além da possibilidade de os compradores obterem informações a respeito do
processo produtivo, visitar o local de fabricação,
que utiliza mátria prima da propriedade
permitindo que os custos para o comércio adquirir seja menor, aprovando assim, a implantação
deste empreendimento.
Analisando o mercado local pode-se chegar a seguinte conclusão:
Ameaças:
-A empresa está iniciando suas atividades, então ainda não possui a total confiança do
mercado local.
- Marcas importantes já estão consolidadas no mercado.
Oportunidades
- Vários clientes existentes, como padarias e supermercados.
- Grande diversidade de clientes que apreciam os produtos coloniais.
- Ampliação da produção podendo comercializar em toda a região.
Pontos fortes:
- Produtos com menor custo;
- Procedência conhecida e ao alcance da população;
- Qualidade diferenciada;
Ponto fraco
- Produtos já existentes com marca consolidada no município
41
O público a ser atingido são as padarias e supermercados do município e da região,
empresas estas que utilizarão os produtos para a fabricação de outros produtos bem como a
comercialização in-natura destes.
O preço do produto a ser praticado será mais em conta que os produtos que hoje já
circulam no mercado,onde se colocará apenas uma margem de até 65% em cima do custo de
fabricação.
A distribuição, dos produtos será inicialmente nas empresas do município, e em seguida,
nas empresas dos municípios da região.
A empresa não possuirá fornecedores específicos pois, a matéria prima será produzida
na propriedade.
4.3 INVESTIMENTOS
Segundo Sousa, (2007) trata-se das aplicações de algum tipo de recurso com a expectativa
de receber um retorno futuro superior ao aplicado.
Para a implantação da agroindústria, através de visita a EMATER e órgãos municipais
responsáveis, pode-se observar que se fazem necessários os seguintes itens, os quais são
conhecidos como investimentos:
- Sala de Produção;
- Equipamentos de produção;
- Liberação de alvarás de localização, ambientais e sanitários.
Deverá ser construída uma sala específica para a produção dos alimentos esta, deverá ser
revestida de cerâmica branca até o teto, com encanamento e fossa específica para o escoamento
dos resíduos. Abaixo segue o custo de investimento da referida sala:
42
Quadro 03: Investimentos
Investimentos
Valor Total
Construção
35.000,00
Equipamentos e móveis
69.020,00
Escritório completo – mesa, armários, cadeiras, computador.
Total dos Investimentos Fixos
Despesas de Legalização
Capital de Giro
Total dos Investimentos
3.000,00
107.020,00
2.168,00
90.812,00
200.000,00
Fonte: A autora
Para o início do empreendimento da indústria de laticínios fazem-se necessários uma
série de investimentos, desde a construção da indústria de acordo com as normas técnicas e
exigências ambientais, que representam o valor de R$35.000,00 bem como toda a estrutura de
móveis e equipamentos internos para o funcionamento da mesma, no valor de R$72.020,00
Além da estrutura física, existem também os gastos de legalização, de acordo com as
exigências legais governamentais e sanitárias para a liberação do funcionamento da empresa,
onde os gastos são de R$2.168,00.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) juntamente com o Ministério da
Agricultura tanto desenvolvem os Regulamentos Técnicos, as Normas e as Portarias como
também fazem a fiscalização. Por isso é de suma importância o cumprimento de cada
regulamento exigido, para que não haja nenhum tipo de problema legal com a produção dos
queijos.
Para a legalização governamental é necessário primeiramente registro para legalização
da empresa na junta comercial do respectivo Estado, no caso o Rio Grande do Sul. Após é
necessário efetuar o registro do CNPJ da empresa no ministério da fazenda na Receita federal.
Como terceiro passo, faz-se o registro na secretaria da fazenda estadual para o recolhimento do
ICMS, através da Inscrição estadual. Em seguida é necessário registrar a empresa na junta
comercial para a liberação do alvará de localização bem como o de transportes.
Ainda, compõem os investimentos iniciais, o capital de giro inicial no valor de R$
90.812,00. Os investimentos iniciais totais serão buscados junto a terceiros.
43
Para colocar em funcionamento este tipo de negócio, considerando o que é exigido pela
legislação, é necessário contemplar alguns itens, em específicos, os levantados através de
pesquisa, junto a Queijos No Brasil, (2012). Segue abaixo estrutura para fábrica de Laticínios:
4.4 A ESTRURURA
Neste item apresentam-se todos os equipamentos padrão normalmente utilizados pelas
agroindústrias de laticínios no processo de industrialização de seus produtos.
Segundo site QUEIJOS NO BRASIL, 2012 segue abaixo estrutura e legalização para a
fábrica de laticínios.
Quadro 04: Estrutura
Estrutura
PLATAFORMA DE RECEPÇÃO DE LEITE
LABORATÓRIO FÍSICO-QUÍMICO
SALA DE FABRICAÇÃO
CÂMARA DE SALGA
CÂMARA DE MATURAÇÃO
CÂMARA DE PRODUTOS EMBALADOS
EMBALAGEM
EXPEDIÇÃO
DEPÓSITO DE EMBALAGEM
DEPÓSITO DE CONDIMENTOS
CALDEIRA
ÁREA PARA PRODUÇÃO DE FRIO
ESCRITÓRIO
SALA INSPEÇÃO FEDERAL
BANHEIROS
VESTIÁRIOS
REFEITÓRIO
Fonte: A autora
De acordo com o SIF - Secretaria de Inspeção federal, QUEIJOS NO BRASIL (2012),
para a autorização junto à Secretaria de Inspeção Federal serão necessários:
44
Quadro 05: Itens Necessários Para a Autorização de Funcionamento
Planta Baixa da Indústria e Lay-out dos Equipamentos
Cortes
Fachada
Lista de Equipamentos
Planta do Escritório, Sala da Inspeção Federal, Refeitórios e Vestiários
Planta de Situação das Construções no terreno
Lista de Equipamentos
Memorial Econômico Sanitário
Memorial da Construção
Requerimento solicitando vistoria do terreno
Requerimento solicitando aprovação prévia do projeto
Fonte: A Autora
Para o Registro do Estabelecimento junto ao Ministério da Agricultura É necessários o
cumprimento de algumas exigências, após elabora-se um processo no qual deverão constar todas
as etapas para aprovação do estabelecimento.
Primeiramente a aprovação do terreno com a seguinte sequência: a) Pedido de
aprovação do terreno, para todas as indústrias que dependem de edificação para o seu
funcionamento. (Art. 59 RIISPOA) 2012 ;b) Após inspecionada e aprovada a área para a
finalidade proposta através do Laudo deInspeção de Terreno, emitido pelo Ministério da
Agricultura, o interessado dará prosseguimento ao pedido com a elaboração de um projeto
detalhado, de acordo com as seguintes orientações:
Localização - Conforme o SIF (2012), a área do terreno deve ser compatível com o
estabelecimento, prevendo-se futuras expansões. É recomendado um afastamento de 10 (dez)
metros dos limites das vias públicas ou outras divisas, salvo quando se tratar de estabelecimentos
já construídos, que tenham condições fáceis de entrada e saída, bem como circulação interna de
veículos.
As áreas, com pátio e vias de acesso, devem ser pavimentadas e urbanizadas, evitando a
formação de poeira e facilitando o escoamento das águas. As demais áreas deverão receber
jardinagem completa.
Na elaboração do projeto outros aspectos de fundamental importância quanto à posição
da fábrica devem ser observados, a saber:
45
•
Facilidade na obtenção da matéria-prima;
•
Localização em ponto que se oponha aos ventos dominantes que sopram para a
cidade;
•
Terreno seco, sem acidentes, de fácil escoamento das águas pluviais, não passíveis
deinundações;
•
Afastadas de fontes poluidoras de qualquer natureza;
•
Facilidade de acesso;
•
Facilidade de fornecimento de energia elétrica e meios de comunicação;
•
Facilidade no abastecimento de água potável;
•
Facilidade no tratamento e escoamento das águas residuais;
•
Preferencialmente próximo à corrente de água, que esteja acima da cidade;
•
Facilidade na delimitação da área.
Para se habilitar a inspeção, junto a SIF o projeto, precisa conter os seguintes
documentos:
•
Requerimento do industrial pretendente, dirigido ao Sr. Secretário de Inspeção
de Produto Animal (SIPA) em Brasília DF, no qual solicita aprovação prévia
do Projeto;
•
Memorial descritivo da construção;
•
Memorial Econômico-Sanitário;
•
Termo de compromisso;
•
Parecer(es) da(s) Secretaria(s) de Saúde e/ou Prefeitura (Art. 47 RIISPOA Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal);
•
Licença de instalação passada pelo INAMB (Instituto de Preservação
Ambiental - Art. 47 RIISPOA);
•
RT do engenheiro responsável pelo projeto - CREA da região;
•
Plantas:
a) situação - escala 1/500;
b) baixa - escala 1/100;
c) fachada - escala 1/50;
46
d) cortes - escala - 1/50;
e) detalhes de equipamentos - escala 1/10 ou 1/100;
f) hidro-sanitária - escala 1/100 ou 1/500.
As plantas ou projetos devem conter:
• Orientação;
• Posição da construção em relação às vias públicas e alinhamento dos terrenos;
• Localização das partes dos prédios vizinhos, construídos sobre as divisas dos
terrenos;
• Perfil longitudinal e perfil transversal do terreno em posição média, sempre de
nível (Art. 55 RIISPOA,2012).
Quanto as dependências da fábrica, é de extrema importância a higiene do
estabelecimento.
As dependências da fábrica devem ser amplas e ventiladas, com telas de arame em todas
as portas e janelas, para evitar moscas, roedores, pássaros e de contaminantes ambientais, como
fumaça poeira entre outros. O prédio precisa ser isolado e destinado exclusivamente a fabricação
de laticínios. Além disso, deve estar situado em um lugar seco com disponibilidade de água para
manejo das instalações.
A construção do edifício deve ser todo feito em alvenaria em área distante (100 metros,
no mínimo) de fontes de contaminação, como brejos, curais, entre outros. A sala de recepção da
matéria-prima deve ter, em anexo, um pequeno laboratório onde serão realizadas análises rápidas
sobre os valores higiênicos e comerciais do material recebido, devendo ter, no mínimo,
aparelhamentos para dosagem de matéria gora, acidez, densidade e sujidade. A sala recepção
deverá contar com medidores, balanças e filtros para leite.
A sala de fabricação deve ser arejada, ter piso impermeável de fácil higienização,
resistentes ao impacto e antiderrapante não podendo apresentar rachaduras. Deve possuir
caimento para a adequada drenagem em canaletas e ralos sifonados, impedindo o acúmulo de
líquidos e o fluxo de odores. As paredes deverão ser construídas e revestidas com materiais não
absorventes e laváveis, apresentando cores claras.
47
Os ângulos entre as paredes e os pisos e entre as paredes e tetos ou forros deverão ser
arredondados para facilitar a limpeza.
Os tetos e os forros deverão ser construídos de modo que se impeça a acumulação de
sujidade e se reduza ao mínimo a condensação de vapores e a formação de mofo, devendo, ainda,
serem de fácil limpeza.
Os lavatórios devem ser constituídos por pia com água corrente, recipientes para sabão,
sistema de secagem das mãos, torneiras acionadas por pedal e cesto para descarte de toalha de
papel. A sala de vapor destinada a aquecer o leite nas cubas, a massa em fabricação e a
esterilização do vasilhame ou do fogão devem estar em uma sala separada, contígua à da
fabricação.
A fábrica deverá dispor de iluminação natural e artificial adequadas que possibilitem a
realização de todas as tarefas. Os pontos de luz, em qualquer área de manipulação, devem ser
protegidos contra queda e o estilhaçamento das lâmpadas. As instalações elétricas podem ser
embutidas ou aparentes, neste caso, protegidas por conduítes apoiados nas paredes ou teto, não
sendo indicado a presença de cabos pendurados nas salas de manipulação.
Além dos cuidados com o local de produção, os equipamentos e utensílios utilizados, o
produtor deve estar atento ainda à qualidade das matérias-primas empregadas. Elas devem ser
adquiridas de fornecedores idôneos, que obedeçam a legislação pertinente a seus produtos e, se
possível, possuam selos ou certificados que atestem a qualidade do produto.
No que se refere ao tratamento de efluentes, durante a fabricação do queijo, um
resíduo com alta concentração de matéria orgânica é produzido, por causa do soro resultante
deste processo, bem como um pH mais baixo, devido a formação do ácido láctico. Como essas
substâncias poluem o meio ambiente, é obrigatório que se faça um tratamento desses dejetos.
Além disso, os produtos químicos utilizados na limpeza da fábrica e dos equipamentos
também precisam receber um tratamento adequado, visto que também podem contaminar o meio
ambiente.
Assim, para reduzir e até eliminar esses resíduos oriundos do processo de fabricação e
também da limpeza, é preciso que haja um tratamento de efluente adequado e eficiente levando
em consideração cada tipo de sujidade produzida em cada setor e também a quantidade de
resíduos gerados.
48
São apresentados também os equipamentos necessários a produção de queijo:
• 01 tanque para recepção de leite, fabricado em aço inoxidável AISI 304 n.16, com
polimento sanitário, saída de 1 1/2", macho SMS, com tampa e coador com furos
de 2 mm;
• 02 tanques de parede para fabricação de queijo, formato retangular construído
internamente em aço inoxidável AISI 304 n.14, com polimento sanitário, e
externamente em aço de 1/8" com serpentina para circulação do meio aquecedor
ou refrigerador ou refrigerante, entrada para vapor e água gelada, ladrão suspiro,
tampão de esgotamento, saída em tudo de aço inoxidável de 2", com macho de
expansão em rosca RJT;
• 01 tina para filtragem da massa, fabricada em aço inoxidável AISI 304 n.16, com
polimento sanitário;
• 01 pasteurizador de placas;
• 01 mesa, medindo 1,90m x 1,90m, com tampo em aço inoxidável AISI 304, com
polimento sanitário e pés em tubo preto de 1", com acabamento pintado de
branco;
• 01 pá para filtragem da massa, fabricada em aço inoxidável AISI 304, com
polimento sanitário;
• 01 jogo de liras para corte de coalhada, horizontal e vertical, totalmente fabricadas
em aço inoxidável AISI 304;
• A distância padrão entre os fios de corte é de 2cm;
• 01 rolo totalmente fabricado em aço inoxidável AISI 304, com polimento
sanitário;
• 01 mexedor de coalhada tipo macalé, todo em aço inoxidável AISI 304, com
polimentosanitário;
• 01tanque para salga de queijo, com capacidade para mil litros;
• 01 prensa mecânica, fabricada em aço AISI 304, com rodízios;
• Formas na quantidade, no tamanho e no formato das peças a serem produzidas;
49
• 01 desnatadeira centrífuga, elétrica.
Entende-se ser importante conhecer o fluxo de produção do queijo o qual apresenta-se
na seqüência: a) Seleção do leite; b) Coagulação; c) Tratamento da massa; d) Enformagem; e)
Prensagem; f) Salga; g) Cura; h) Armazenamento; i) Comercialização.
Para a produção do leite pasteurizado o qual será comercializado in natura, são
necessários; a) tanque de recepção de leite; b) máquina Pasteurizadora; e c) máquina de
embalagem;
Para identificar a viabilidade do negócio foram levantados os custos de produção, as
despesas e as receitas, para, a partir destes dados efetuar as projeções necessárias a definição da
viabilidade econômica e financeira do empreendimentos.
4.5 CUSTOS DE PRODUÇÃO
Para efetuar todos os cálculos de viabilidade, faz-se necessário o levantamento e
identificação dos custos de produção, de cada item da empresa, bem como a do levantamento e
identificação das despesas.
Leone, (2000) diz que os custos classificam-se como fixos e variáveis, onde os fixos
referem-se aos custos da estrutura necessária a processo produtivo e não varia de acordo com a
quantidade produzida, já os variáveis estão diretamente ligados ao processo produtivo e variam
sempre que a produção varia.
O primeiro custo levantado foi o de mão-de-obra, em que, como já comentado
anteriormente tem-se dois colaborados, onde cada um terá o pró labore mensal de R$ 1.000,00 e
considerando para o cálculo do custo de mão-de-obra por hora 180 horas a ser trabalhada no mês
para cada colaborador, logo se tem 360 horas disponíveis e o custo de mão-de-obra por hora e de
R$ 5,56, o qual foi obtido da divisão do custo total da mão-de-obra consumida no mês (R$
2.000,00) pelo número de horas total disponível neste mesmo período.
50
Ressalta-se que a opção tributária para este empreendimento e Simples nacional, sendo
assim os custos previdenciários incidentes sobre o pró-labore esta contemplado na alíquota
estabelecida sobre a receita bruta.
.
Quadro 06: Custo de mão-de-obra
Descrição
Pro labore
Total
Custo de mão-de-obra por hora
Fonte: A autora
Valor unitário
1.000,00
Total
2.000,00
2.000,00
5,56
360
Para a industrialização destes produtos lácteos a principal matéria prima, O LEITE, é
produzido na propriedade a um custo de R$ 0,48, sendo que se fosse adquirir de terceiros este
custo não baixaria de R$ 0,75, já representando um ganho no custo de produção, no que se refere
a matéria prima. Esta representa uma vantagem para a propriedade, pois conseguirá fabricar seus
produtos a um custo menor, podendo assim disponibilizar no mercado produtos com boa
qualidade a preços menos onerosos.
No quadro 07, verificam-se as quantidades de todos os itens que compõem o custo de
produção para cada quilo de queijo, assim como o custo unitários e total de produção mensal e
anual. Para a fabricação dos produtos a empresa terá os seguintes custos.
Quadro 07: Custo de Produção do Queijo (Valor unitário por kg e produção total)
Matéria Prima
Leite em Litro
Quantidade
Valor Unitário
Total
10
0,48
4,80
2
0,08
0,16
85
0,00
0,26
Mão de Obra em hora
1
5,56
5,56
Sal em gramas
1
0,10
0,10
Embalagem em um.
1
0,30
0,30
Coalho em gramas
Gás em gramas
TOTAL
Produção/venda Mensal em Kg
Numero meses ano
Produção/venda Anual em Kg
Fonte:A autora
11,17
240
11,17
2.680,93
11,17
32.171,20
12
2.880
51
O queijo tradicional para ser produzido passa por processo de medição(10 litros),
acrescenta-se sal em seguida é aquecido. Assim que aquecido na temperatura ideal é acrescentado
o coalho. Deixa- se descansar até ficar firme. Após é quebrado, salgado e enformado e em
seguida deixa-se secar. Após isso é embalado, e armazenado para a entrega.
O tempo necessário para produção para cada quilo do produto é de, 10 minutos para se
aquecer o leite, 40 minutos para ele descansar e coalhar, mais 10 minutos para quebrar, separa as
partículas do soro e enformar, totalizando 1 hora de mão-de-obra consumida na produção de 1 Kg
deste produto. Feito isto se faz necessário dar o tempo de descanso que é de 2 a três dias para que
ele cure.
Para a produção mensal do queijo tradicional se tem um custo de R$ 2.680,93 gerados a
partir de 240 KG de queijo fabricados a um custo unitário de R$ 11,17por kg, custo este,
calculado a partir da soma de todas as matérias primas usadas na fabricação. Logo o custo anual
de produção de R$32.171,20 a partir de 2.880 (Dois mil oitocentos e oitenta) kg.
No quadro 08 verifica-se o custo de produção para 1 quilo de queijo temperado o qual é
multiplicado pela produção e venda mensal e depois pelo número de meses, até chegar-se ao
custo de produção anual para o queijo temperado.
Quadro 08: Custo de Produção Queijo Temperado (Valor unitário por kg e produção total)
Matéria Prima
Leite em Litro
Quantidade
Valor Unitário
Total
10
0,48
4,80
2
0,08
0,16
85
0,00
0,26
Mão de Obra em hora
1
5,56
5,56
Sal em gramas
1
0,10
0,10
Tempero em gramas
10
0,05
0,50
Embalagem em um
1
0,30
0,30
Coalho em gramas
Gás em gramas
Total
11,68
Produção/venda mensal em Kg
60
Numero meses ano
12
Produção/venda anual em Kg
Fonte: A autora
720
11,68
700,50
11,68
8.406,00
52
Para se produzir o queijo temperado, utiliza-se o mesmo método do queijo tradicional, o
que o diferencia é a inclusão de temperos diversos no momento da enforma.
O tempo necessário do processo é de 10 minutos para se aquecer o leite, 40 minutos para
ele descansar e coalhar, mais 10 minutos para quebrar, separar as partículas do soro e enformar
juntamente com os temperos, a partir disso, deixa-se descansar por 5 horas e este é embalado para
comercialização.
Este queijo é produzido em menor quantidade devido ao seu prazo de validade para uso
ser menor do que o queijo tradicional pelos temperos nele acrescidos, a recomendação é que se
consuma em no máximo 3 dias., sendo assim a quantidade produzida para comercialização
também é menor. Produzem-se 60 kg mensais a um custo de produção de R$11,68 o kg, tendo
um custo final mensal de R$700,50. A projeção anual é de 720 kg ao ano, resultando em um
custode R$8.406,00.
No quadro 09 se encontram os custos de produção do leite pasteurizado in natura, nele
apresentam-se detalhadamente os itens que compõe este custo, verificam-se também as
quantidades produzidas e vendidas ao mês e ao ano.
Quadro 09: Custo de Produção Leite Pasteurizado (Valor unitário por l)
Matéria Prima
Leite
Pasteurização
Embalagem
TOTAL
Produção/venda mensal
Numero meses ano
Produção/vendaanual
Fonte: A autora
Quantidade
Valor Unitário
Valor Total
1 litro
1un
1 um
0,48
0,25
0,20
9.000 litros
12 meses
108.000litros
0,93
0,48
0,25
0,20
0,93
8.370,00
0,93
100.440,00
Portanto o quadro anterior retrata o processo e o custo de produção do leite in natura
para comercialização resultante no valor unitário de R$0,93.
Faz – se também uma projeção, onde podemos observar que existe consumo para 9000
(nove mil) litros deste produto (mês) a um custo de R$0,93, resultando em um custo final mensal
de R$ 8.370,00 e anual de R$100.440,00.
53
No quadro 10 apresenta-se o custo anual para a produção dos lácteos da agroindústria,
onde esta calculado o custo mensal de produção e posteriormente a projeção de custos anuais
com a industrialização dos produtos propostos neste empreendimento.
Quadro 10: Custo de Produção total por Ano
PRODUTO
Queijo tradicional( kg)
Queijo temperado(Kg)
Leite pasteurizado (L)
Total
Fonte:A autora
QUANTIDADE
MÊS
240
60
9.000
VALOR
UNITÁRIO
11,17
11,68
0,93
TOTAL MÊS
2.680,93
700,50
8.370,00
11.751,43
TOTAL ANO
32.171,20
8.406,00
100.440,00
141.017,20
Seguindo os dados do quadro anteriormente descrito, pode-se observar que foram
elencados os custos de produção por produto, e consequentemente o custo de produção mensal e
anual destes ate chegas aos custos totais de produção por ano.
4.6 DESPESAS OPERACIONAIS
No quadro 11, apresentam-se os valores de despesas necessárias ao funcionamento da
organização, objeto de estudo, a qual dará suporte ao processo de produção e venda dos lácteos.
Quadro 11: Custo de despesas operacionais
PRODUTO
Gás
Detergente
Água
Luz
Telefone
Esponja
Vassoura
Pano de Chão
Desengordurante
Gasolina
TOTAL
Fonte:A autora
VALOR TOTAL MES
129,00
4,00
20,00
70,00
50,00
2,25
12,00
10,00
13,50
300,00
610,75
VALOR TOTAL ANO
1.548,00
48,00
240,00
840,00
600,00
27,00
144,00
120,00
162,00
3.600,00
7.329,00
54
Neste quadro estão descritos os valores dos produtos consumidos diariamente na
organização, os quais são necessários para o bom funcionamento da empresa. Os valores destas
despesas importam em R$610,75 mensais e R$7.329,00 ao ano.
4.7 RECEITAS
Gonçalves e Batista, (2004) traz que as receitas são os acontecimentos que aumentam o
patrimônio liquido de uma empresa, isto é, contribuem para o aumento da riqueza organizacional.
No quadro 12, elencou-se o preço de venda conforme o que o mercado aceita pagar por
kg e/ou litro de produto, em seguida o valor que isso representa ao final do ano, o qual servirá de
base para a projeção das receitas para os próximos períodos de produção.
Quadro 12: Receitas por Produtos
PRODUTO
QTDE MENSAL
QTDE ANUAL
Queijo Tradicional (Kg)
240
2.880
17,19
49.507,20
Queijo temperado (Kg)
60
720
19,17
13.802,40
9.000
108.000
1,50
162.000,00
Leite Litro pasteurizado (l)
PREÇO
VENDA
VENDAS
ANO
Total Receitas ano (R$)
225.309,60
Fonte: A autora
As receitas são encontradas multiplicando-se o preço unitário pela quantidade projetada
para venda de cada produto. O preço de venda foi definido considerando levantamento feito no
mercado onde se pretende atuar. Para o queijo Tradicional se tem um preço de venda de R$ 17,19
o kg, representando uma receita de R$ 49.507,20, o queijo temperado possui preço por kg de R$
19,17 gerando receita de R$ 13.802,40, e o leite pasteurizado a um preço de R$ 1,50, gerando
receita de R$ 162.000,00, observando que todas as receitas são projeções anuais.
A partir da projeção de receita anual para o primeiro período que é de R$ 225.309,60,
foram projetados um aumento de receita anual de 15%, considerando o aumento no preço de
55
venda, levando em conta este fator foi elaborado projeções de receitas anuais para os próximos 6
anos para a partir disso, então identificar a faixa de enquadramento do Simples Nacional e
descontar os impostos e obtendo-se então as receitas líquidas por ano.
Quadro 13: Projeção de receitas para os próximos 6 anos
PRODUTO
VENDAS
ANO
Queijo Tradicional (Kg)
49.507,20
Queijo temperado (Kg)
13.802,40
Alíquota (%)
IMPOSTOS
VENDAS
LÍQUIDAS
Leite Litro pasteurizado (l)
162.000,00
Total Receitas ano (R$) ANO 1
Total Receitas ano (R$) ANO 2
225.309,60
259.106,04
5,97%
5,97%
(13.450,98)
(15.468,63)
211.858,62
243.637,41
Total Receitas ano (R$) ANO 3
297.971,95
5,97%
(17.788,93)
280.183,02
Total Receitas ano (R$) ANO 4
342.667,74
5,97%
(20.457,26)
322.210,47
Total Receitas ano (R$) ANO 5
394.067,90
7,34%
(28.924,58)
365.143,31
Total Receitas ano (R$) ANO 6
453.178,08
7,34%
(33.263,27)
419.914,81
Fonte: A autora
Como se observa, espera-se se ter no primeiro ano uma receita de R$225.309,60 com a
expectativa de um significativo aumento de 15% acrescido a cada ano.
Como já mencionado, a tributação ocorre a partir do sistema tributário simples nacional,
oscilando assim a sua alíquota de acordo com receita bruta anual (ANEXO C) aplicando alíquota
de 5,97% para até R$ 180.000,00 e 7,34 % para R$360.000,01 a 540.000,00.
De acordo com o quadro a empresa ao final do sexto ano apresenta venda líquida de
R$419.914,81.
4.8 FINANCIAMENTOS
Para a abertura do empreendimento se faz necessário, levantar os investimentos, os quais
já foram demonstrados anteriormente.
De acordo com Motta e Calôba, (2002) As fontes de financiamento designam o
conjunto de capitais internos e externos à organização utilizados para financiamento dos
investimentos realizados. Para o empreendimento proposto estes investimentos serão
56
financiados junto a terceiros, pois os empreendedores não possuem capital próprio para o
investimento na empresa. A partir de dados levantados, observou-se que é necessário o valor
de R$200.000,00.
No quadro 14 tem-se um resumo das projeções de desembolsos anuais para as
amortizações de capital e para as despesas financeiras.
Quadro14 : Financiamento para abertura do empreendimento
Valor do
financiamento
0,65%
Tempo
Parcela
Juros
200.000,00
Amortização
Saldo Devedor
Ano 1
48.433,95
14.400,38
34.033,57
165.966,43
Ano 2
48.433,95
11.648,77
36.785,18
129.181,25
Ano 3
48.433,95
8.674,69
39.759,26
89.421,99
Ano 4
48.433,95
5.460,17
42.973,78
46.448,21
48.433,95
1985,74
46.448,21
0,00
Ano 5
Fonte: A autora
O referido financiamento está calculado a um taxa de 0,65% ao mês, com prazo de
pagamento de 60 meses, sem carência e com parcelas fixas de R$4036,16. Ressalta-se que este
custo de financiamento, foi buscado junto ao mercado, bem como a forma de pagamento.
No anexo D, verifica-se os valores referentes aos desembolsos de amortizações e
despesas financeiras, projetadas para ocorrer mensalmente ao longo dos 60 meses de contratação
do financiamento.
4.9 FLUXO DE CAIXA
Neste tópico apresenta-se o fluxo de caixa o qual segundo Matarazzo (2003) apresenta
os ingressos e desembolsos de recursos financeiros para um determinado período já ocorrido ou
projetado.
O fluxo de caixa apresentado no quadro 15, expõe a possibilidade de análise de
viabilidade do negócio bem como a análise financeira da implantação do empreendimento.
57
Quadro15: Fluxo de caixa
FLUXO DE CAIXA
ANO 0
Saldo Inicial
ANO 1
ANO 2
ANO 3
ANO 4
ANO 5
-200.000,00
-181.321,53
-152.113,40
-110.914,64
- 55.906,03
ANO 6
9.607,09
INGRESSOS
211.858,62
243.637,41
280.183,02
322.210,47
365.143,31
419.914,81
Valores Vendas à vista
225.309,60
259.106,04
297.971,95
342.667,74
394.067,90
453.178,08
(-) Impostos
(13.450,98)
(15.468,63)
(17.788,93)
(20.457,26) (28.924,58)
(33.263,27)
DESEMBOLSOS
144.746,20
165.995,32
190.550,32
218.767,91
251.196,24
288.465,61
Custos de Produção
141.017,20
162.169,78
186.495,25
214.469,53
246.639,96
283.635,96
Queijo tradicional( kg)
32.171,20
36.996,88
42.546,41
48.928,37
56.267,63
64.707,77
Queijo temperado(Kg)
8.406,00
9.666,90
11.116,94
12.784,48
14.702,15
16.907,47
Leite pasteurizado (L)
100.440,00
115.506,00
132.831,90
152.756,69
175.670,19
202.020,72
Despesas Operacionais
3.729,00
3.825,54
4.055,07
4.298,38
4.556,28
4.829,66
Gás
1.548,00
1.640,88
1.739,33
1.843,69
1.954,31
2.071,57
48,00
50,88
53,93
57,17
60,60
64,23
Água
240,00
254,40
269,66
285,84
302,99
321,17
Luz
840,00
890,40
943,82
1.000,45
1.060,48
1.124,11
Telefone
600,00
636,00
674,16
714,61
757,49
802,94
Esponja
27,00
28,62
30,34
32,16
34,09
36,13
Vassoura
144,00
152,64
161,80
171,51
181,80
192,70
Pano de Chão
120,00
Desengordurante
162,00
171,72
182,02
192,94
204,52
216,79
67.112,42
77.642,09
89.632,70
103.442,56
113.947,07
131.449,20
48.433,95
48.433,95
48.433,95
48.433,95
48.433,95
-
Amortização empréstimos
34.033,57
36.785,18
39.759,26
42.973,78
46.448,21
-
Despesas financeiras
Saldo de Caixa do Período
14.400,38
18.678,47
11.648,77
29.208,14
8.674,69
41.198,75
5.460,17
55.008,61
1.985,74
65.513,12
131.449,20
(200.000,00) (181.321,53) (152.113,40) (110.914,64)
(55.906,03)
9.607,09
141.056,29
Investimento Inicial
200.000,00
Detergente
Saldo líquido do período
Desembolso com
financiamentos
Saldo de Caixa
Fonte: A autora
(200.000,00)
58
Considerando as projeções de fluxo de caixa identifica-se que a organização apresenta
saldo positivo de caixa, isto e, cobre o investimento inicial que foi de R$ 200.000,00 no quinto
ano de projeção, proporcionando uma sobra de caixa no valor de R$ 9.607,09.
Vale ressaltar que o saldo de caixa do período ao longo dos 6 anos projetados é positivo,
ainda Observa-se ainda que ao longo dos 5 primeiros anos de atividade projetada, são
apresentados desembolsos de financiamentos, que compreende amortizações de empréstimos e as
despesas financeiras.
4.9.1
Cálculo da Viabilidade Financeira
Segundo Casarroto e Kopttike (1996, p. 104) “Somente um estudo econômico pode
confirmar a viabilidade de projetos tecnicamente corretos.”
Para calcular a viabilidade financeira foram consideradas as projeções de sobras de caixa
obtidas das diferenças entre ingressos e saídas de recursos financeiros do caixa, a partir do
levantamento das vendas, os custos de produção, às despesas operacionais e o financiamento
adquirido para se iniciarem as atividades.
Quadro 16: Período de Retorno Econômico
0
Período de Retorno
Efetivo do Capital –
PaybackPimples
Período de retorno
econômico do capital Payback Descontado8%a.a
Saldo Anual Caixa
Saldo Anual de Caixa
TMA: 10% a
VPL - Valor Presente
Liquido
TIR
Fonte: A Autora
1
2
3
4
5
6
(200.000,00) (181.321,53) (152.113,40) (110.914,64)
(55.906,03)
9.607,09
141.056,29
(200.000,00) (183.019,58) (158.880,62) (127.927,39)
(90.355,77)
(49.677,27)
31.942,34
(200.000,00)
18.678,47
29.208,14
41.198,75
55.008,61
65.513,12
131.449,20
(200.000,00)
16.980,42
24.138,96
30.953,23
37.571,62
40.678,49
81.619,61
31.942,34
13,05%
59
Observando o quadro 14, verifica-se que foi considerado uma taxa mínima de atratividade
(TMA) de 10% a.a, sendo que o tempo em que o empreendedor recupera o capital investido na
nova atividade é no quinto ano, sem considerar a TMA. Este indicador refere-se ao (payback
simples), o qual não considera o valor do dinheiro no tempo e no sexto ano considerando a TMA
de 10% a.a. (payback descontado). Em seguida tem-se o cálculo do valor presente líquido (VPL),
neste método é convertido o valor dos investimentos, do fluxo de caixa atual e futuro, em valores
equivalentes atuais por meio da TMA.
Para a empresa em estudo nos seis períodos, ou seja, do tempo zero ao tempo seis, o VPL
apresentou-se positivo no valor de R$ 31.942,34, isso demonstra que investimento é considerado
vantajoso, e economicamente viável. Também é apresentado a TIR (Taxa Interna de Retorno)
sendo que o empreendimento que apresentar TIR maior que a TMA será considerado
economicamente atrativo e bom para se investir, a empresa apresentou uma TIR de 13,05%,
enquanto que sua TMA é de 10%, o que indica que quanto na TIR o investimento é viável.
Sendo assim, entende-se ser viável o empreendimento no final do sexto ano, onde se
obtém Valor Presente Liquido (VPL) positivo considerando a Taxa Mínima de Atratividade
(TMA) de 10% a.a e Taxa Interna de Retorno (TIR) superior a TMA proposta.
Como visto neste tópico foram aplicados os conceitos de TMA, TIR, VPL e Payback,
abordados no referencial teórico.
4.10 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a forma de visualizar os resultados
da empresa no decorrer do tempo. Nesse capítulo será demonstrada a viabilidade contábil do
estudo, na indústria de laticínios.
Para Wareen et al (2009, p. 24) “A demonstração do resultado do exercício apresenta as
receitas e despesas em dado período com base no conceito de confrontação da receita e despesa.”
60
Através da análise da DRE, pode-se verificar a lucratividade, a rentabilidade e o prazo de
retorno contábil. No quadro 17 foi analisada a viabilidade econômica da indústria, podendo-se
observar a Receita Operacional Bruta oriunda da atividade, em seguida têm-se as deduções da
receita, composta pelos impostos incidentes sobre a receita bruta, o simples nacional, resultando
assim, em uma Receita Operacional Líquida. Após são deduzidos os custos de produção
resultando em um Lucro operacional Bruto.
Desse Lucro Operacional Bruto são deduzidas as despesas Operacionais as quais constam
também as depreciações, obtendo assim o Lucro Líquido do Exercício.
Quadro17: Demonstração do resultado do exercício
DEMONSTRÇÃO DE
RESULTADO DO EXERCICIO
RECEITAS
Valores Vendas à vista
(-) Impostos
RECEITAS LIQUIDAS
(-) CPV
Custos de Produção
Queijo tradicional ( kg)
Queijo temperado (Kg)
Leite pasteurizado (L)
Depreciacao Industria
LUCRO OPERACIONAL
BRUTO
Despesas Operacionais
Gás
Detergente
Água
Luz
Telefone
Esponja
Vassoura
Pano de Cão
Desengordurante
Depreciação
Despesas financeiras
LUCRO LIQUIDO DO
EXERCICIO
Lucratividade
Rrentabilidade
Tempo de Retorno
onte: A Autora
ANO 1
ANO 2
ANO 3
ANO 4
ANO 5
ANO 6
225.309,60
259.106,04
297.971,95
342.667,74
394.067,90
453.178,08
(13.450,98)
211.858,62
(15.468,63)
243.637,41
(17.788,93)
280.183,02
(20.457,26)
322.210,47
(28.924,58)
365.143,31
(33.263,27)
419.914,81
(147.007,60)
32.171,20
9.205,20
100.440,00
5.191,20
(168.280,06)
36.996,88
10.585,98
115.506,00
5.191,20
(192.743,39)
42.546,41
12.173,88
132.831,90
5.191,20
(220.876,22)
48.928,37
13.999,96
152.756,69
5.191,20
(253.228,97)
56.267,63
16.099,95
175.670,19
5.191,20
(290.434,64)
64.707,77
18.514,95
202.020,72
5.191,20
64.851,02
(18.599,38)
1.548,00
48,00
240,00
840,00
600,00
27,00
144,00
120,00
162,00
470,00
14.400,38
75.357,35
(15.944,31)
1.640,88
50,88
254,40
890,40
636,00
28,62
152,64
87.439,63
(13.199,77)
1.739,33
53,93
269,66
943,82
674,16
30,34
161,80
101.334,26
(10.228,54)
1.843,69
57,17
285,84
1.000,45
714,61
32,16
171,51
111.914,34
(7.012,02)
1.954,31
60,60
302,99
1.060,48
757,49
34,09
181,80
129.480,18
(5.299,66)
2.071,57
64,23
321,17
1.124,11
802,94
36,13
192,70
171,72
470,00
11.648,77
182,02
470,00
8.674,69
192,94
470,00
5.460,17
204,52
470,00
1.985,74
216,79
470,00
46.251,64
21,83%
23,13%
2,40
59.413,04
24,39%
29,71%
ANOS
74.239,86
26,50%
37,12%
91.105,71
28,28%
45,55%
104.902,32
28,73%
52,45%
124.180,52
29,57%
62,09%
61
Pode-se verificar pela lucratividade que o resultado apresentado nos seis anos é bom, pois
gerou uma lucratividade no primeiro ano de 21,83% e uma rentabilidade, que é o lucro em
relação ao capital investido, de 23,13%. Sendo que no segundo ano a lucratividade aumenta para
24,39% e a rentabilidade de 29,71%, no terceiro ano, a lucratividade aumenta para 26,50% e a
rentabilidade de 37,12%, e, no quarto ano, apresentou uma lucratividade de 28,28% e uma
rentabilidade de 45,55%, no quinto ano, a lucratividade aumenta para 28,73% e a rentabilidade
de 52,45%, e 29,57% e 62,09% respectivamente no último ano em análise. O tempo de retorno
do capital, considerando a atividade, ocorre em 2,40 anos de atividade como demonstrado.
Gitman (2010, p. 58) afirma as medidas de rentabilidade e lucratividade “permitem aos
analistas avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de vendas, um dado nível de
ativos ou o investimento dos proprietários.”.
Ao analisar os resultados apresentados, pode-se perceber que esta atividade apresenta-se
como uma alternativa de investimentos viável. Se comparado o resultado do exercício gerado
pelas projeções de receitas e despesas com o valor do investimento necessário, a atividade
verifica-se o retorno do capital em um período menor que 3 anos considerando a Demonstração
de Resultado do Exercício para analise.
Esta constatação é confirmada pela projeção de Fluxo de Caixa, onde não é considerada a
depreciação do ativo fixo, por não representar desembolso, no entanto é considerado a
amortização do empréstimo, em razão de a mesma representar desembolso de caixa, tem
indicadores que apontam para a viabilidade do empreendimento, considerando os dados e
projeções levantadas para este estudo.
62
CONCLUSÃO
Diante da grande mudança que vem ocorrendo nos últimos anos no cenário agrícola,
encontra-se no leite uma grande oportunidade para a geração de emprego e renda principalmente
nas pequenas propriedades rurais do interior do Rio Grande do Sul, onde a comercialização de
grãos por si só não vem mais suprindo a necessidade de sobrevivência dessa parcela da
população.
O Leite vem gradativamente fazendo parte das comunidades agrícolas
acrescentando renda ás famílias, por ser um alimento indispensável na mesa da população e seu
alto poder nutritivo faz com que a sua produção aumente a cada dia.
O leite é um alimento que serve de base para a fabricação de diversos outros produtos
favoritos ao consumo nacional como o queijo, produto essencial na fabricação de lanches, doces,
pizzas, lasanhas, dentre tantos outros, bem como o iogurte, ricota, creme de leite, leite
condensado, requeijão, bebida Láctea , e o próprio leite in natura. Todos os produtos citados que
são essenciais a sobrevivência e saúde humana, principalmente o leite in natura.
Nesse sentido viu-se a oportunidade de ingressar no mercado agroindustrial, e passar a
fornecer alguns dos principais produtos como o queijo e o leite diretamente as empresas
comerciantes no município de Santo Augusto. Para isso efetuou-se o estudo da viabililidade
econômica de uma fábrica de laticínios em uma propriedade do município, para que além de
somar financeiramente os ganhos da propriedade, pudesse fornecer essa gama de produtos ao
município e a região, já que na sua grande maioria esses alimentos são trazidos de fora,
principalmente das grandes empresas, para a comercialização.
Toda essa possibilidade de negócio fez com que se efetuasse o estudo da viabilidade do
empreendimento proposto, sendo que para isso se utilizou de diversos métodos para então se
avaliar o projeto de investimentos, dentre eles o Valor Presente Líquido, Período de Recuperação
63
de Investimento (Payback), Índice de Lucratividade e Rentabilidade, com o objetivo de converter
fluxos de caixa futuros em um valor presente equivalente, utilizando uma taxa de desconto, que é
a taxa mínima de atratividade que o projeto deve atingir para justificar o investimento.
Através então destes métodos utilizados pode-se comprovar a viabilidade econômica do
investimento, onde este apresentou bons indicadores de desempenho econômico e de
rentabilidade sobre o capital investido. Pode-se também comprovar a viabilidade através da
Demonstração do Resultado do Exercício, onde encontrou-se lucratividade em relação a receita
liquida do exercício, a rentabilidade (lucro em relação aos investimentos iniciais e o tempo de
retorno contábil.
Após concluirmos este estudo, pode-se afirmar que a abertura da Agroindústria de
Laticínios no Município de Santo Augusto é financeira e economicamente viável, conforme foi
comprovado durante todo o desenvolvimento do capitulo 4 deste trabalho de conclusão de curso,
que mostrou em todas as análises que os resultados são satisfatórios. O estudo também atendeu
aos objetivos previamente delimitados, bem como respondeu à questão central, objetivo da
pesquisa. Além de proporcionar grande aprendizado tanto prático como teórico, sobre os estudos
de viabilidade, este estudo possibilitou colocar efetivamente em prática os estudos desenvolvidos
durante todo o curso de administração, auxiliando para o desenvolvimento do relacionamento
inter-pessoal com o comércio local, através das pesquisas e conversas informais aplicadas, bem
como grande aprendizado. Ainda foi prazeroso, devido a grande perspectiva de colocar em
prática um desejo antigo.
64
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WARREN, Carl S. et al. Fundamentos de contabilidade. São Paulo: Cengage Learning. 2009.
67
ANEXOS
68
ANEXO A
LOCALIZAÇÃO
Localização do Município de Santo Augusto
69
Comunidade de Santo Antonio
Propriedade a ser implantada a Agroindústria
70
ANEXO B
PLANTA DA EMPRESA
71
ANEXO C – TABELA SIMPLES NACIONAL
TABELA DO SIMPLES NACIONAL
ANEXO II (Vigência a Partir de 01.01.2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria
Receita Bruta em 12 meses (em Alíquota
R$)
IRPJ CSLL Cofins
PIS/Pasep
CPP
ICMS
IPI
Até 180.000,00
4,50%
0,00% 0,00% 0,00%
0,00%
2,75%
1,25%
0,50%
De 180.000,01 a 360.000,00
5,97%
0,00% 0,00% 0,86%
0,00%
2,75%
1,86%
0,50%
De 360.000,01 a 540.000,00
7,34%
0,27% 0,31% 0,95%
0,23%
2,75%
2,33%
0,50%
De 540.000,01 a 720.000,00
8,04%
0,35% 0,35% 1,04%
0,25%
2,99%
2,56%
0,50%
De 720.000,01 a 900.000,00
8,10%
0,35% 0,35% 1,05%
0,25%
3,02%
2,58%
0,50%
De 900.000,01 a 1.080.000,00
8,78%
0,38% 0,38% 1,15%
0,27%
3,28%
2,82%
0,50%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86%
0,39% 0,39% 1,16%
0,28%
3,30%
2,84%
0,50%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95%
0,39% 0,39% 1,17%
0,28%
3,35%
2,87%
0,50%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53%
0,42% 0,42% 1,25%
0,30%
3,57%
3,07%
0,50%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62%
0,42% 0,42% 1,26%
0,30%
3,62%
3,10%
0,50%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45%
0,46% 0,46% 1,38%
0,33%
3,94%
3,38%
0,50%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54%
0,46% 0,46% 1,39%
0,33%
3,99%
3,41%
0,50%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63%
0,47% 0,47% 1,40%
0,33%
4,01%
3,45%
0,50%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73%
0,47% 0,47% 1,42%
0,34%
4,05%
3,48%
0,50%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82%
0,48% 0,48% 1,43%
0,34%
4,08%
3,51%
0,50%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73%
0,52% 0,52% 1,56%
0,37%
4,44%
3,82%
0,50%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82%
0,52% 0,52% 1,57%
0,37%
4,49%
3,85%
0,50%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92%
0,53% 0,53% 1,58%
0,38%
4,52%
3,88%
0,50%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01%
0,53% 0,53% 1,60%
0,38%
4,56%
3,91%
0,50%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11%
0,54% 0,54% 1,60%
0,38%
4,60%
3,95%
0,50%
72
ANEXO D – DESEMBOLSOS DE FINANCIAMENTOS MENSAIS
Valor do
financiamento
0,65%
Tempo Mês
Parcela
Juros
200.000,00
Amortização
Saldo Devedor
200.000,00
O
1
4.036,16
1.300,00
2.736,16
197.263,84
2
4.036,16
1.282,21
2.753,95
194.509,89
3
4.036,16
1.264,31
2.771,85
191.738,04
4
4.036,16
1.246,30
2.789,87
188.948,18
5
4.036,16
1.228,16
2.808,00
186.140,18
6
4.036,16
1.209,91
2.826,25
183.313,93
7
4.036,16
1.191,54
2.844,62
180.469,30
8
4.036,16
1.173,05
2.863,11
177.606,19
9
4.036,16
1.154,44
2.881,72
174.724,47
10
4.036,16
1.135,71
2.900,45
171.824,02
11
4.036,16
1.116,86
2.919,31
168.904,71
12
4.036,16
1.097,88
2.938,28
165.966,43
13
4.036,16
1.078,78
2.957,38
163.009,05
14
4.036,16
1.059,56
2.976,60
160.032,44
15
4.036,16
1.040,21
2.995,95
157.036,49
16
4.036,16
1.020,74
3.015,43
154.021,07
17
4.036,16
1.001,14
3.035,03
150.986,04
18
4.036,16
981,41
3.054,75
147.931,29
19
4.036,16
961,55
3.074,61
144.856,68
20
4.036,16
941,57
3.094,59
141.762,08
21
4.036,16
921,45
3.114,71
138.647,37
22
4.036,16
901,21
3.134,95
135.512,42
23
4.036,16
880,83
3.155,33
132.357,09
24
4.036,16
860,32
3.175,84
129.181,25
25
4.036,16
839,68
3.196,48
125.984,76
26
4.036,16
818,90
3.217,26
122.767,50
27
4.036,16
797,99
3.238,17
119.529,33
28
4.036,16
776,94
3.259,22
116.270,10
29
4.036,16
755,76
3.280,41
112.989,70
30
4.036,16
734,43
3.301,73
109.687,97
31
4.036,16
712,97
3.323,19
106.364,78
73
32
4.036,16
691,37
3.344,79
103.019,99
33
4.036,16
669,63
3.366,53
99.653,45
34
4.036,16
647,75
3.388,42
96.265,04
35
4.036,16
625,72
3.410,44
92.854,60
36
4.036,16
603,55
3.432,61
89.421,99
37
4.036,16
581,24
3.454,92
85.967,07
38
4.036,16
558,79
3.477,38
82.489,69
39
4.036,16
536,18
3.499,98
78.989,71
40
4.036,16
513,43
3.522,73
75.466,99
41
4.036,16
490,54
3.545,63
71.921,36
42
4.036,16
467,49
3.568,67
68.352,68
43
4.036,16
444,29
3.591,87
64.760,81
44
4.036,16
420,95
3.615,22
61.145,60
45
4.036,16
397,45
3.638,72
57.506,88
46
4.036,16
373,79
3.662,37
53.844,51
47
4.036,16
349,99
3.686,17
50.158,34
48
4.036,16
326,03
3.710,13
46.448,21
49
4.036,16
301,91
3.734,25
42.713,96
50
4.036,16
277,64
3.758,52
38.955,44
51
4.036,16
253,21
3.782,95
35.172,48
52
4.036,16
228,62
3.807,54
31.364,94
53
4.036,16
203,87
3.832,29
27.532,65
54
4.036,16
178,96
3.857,20
23.675,45
55
4.036,16
153,89
3.882,27
19.793,18
56
4.036,16
128,66
3.907,51
15.885,67
57
4.036,16
103,26
3.932,91
11.952,77
58
4.036,16
77,69
3.958,47
7.994,30
59
4.036,16
51,96
3.984,20
4.010,10
60
4.036,16
26,07
4.010,10
0,00
Fonte: A autora
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TCC Viab. Econ. Agroindústria de Lat