FLORESTAN FERNANDES Professora: Thayane Galvão Quem foi???? • Grande nome da sociologia brasileira; • Fundador da sociologia crí?ca do Brasil; • Fundamentado em: – Durkheim, Weber e Marx. • Suas idéias: – Desvendar as contradições da formação social do Brasil; – Explicar conflitos inerentes ao desenvolvimento dessa sociedade de classes; – Passagem do escravismo para o regime trabalhista assalariado. • Pesquisa em 3 principais temas: – Colonização; – Escravismo; – Revolução burguesa. • Faz uma interpretação crí?ca do processo de formação da sociedade atual. 2 Colonização • Denuncia a men?ra do contato pacífico entre colonizadores e colonizados; – Escambo; – Escravidão; – Catequese. • “Trocas” feitas com os índios foram feitas em cima de exploração da diferença cultural entre os povos. 3 “TROCAS” – Preservação da autonomia pela violência: • Foram tenta@vas violentas de expulsar o invasor. – Submissão: • Ocorreu basicamente por meio de duas formas: na combinação de aliado ou de escravo. – Preservação da autonomia por meios passivos: • Deu-‐se geralmente através de migrações para o interior do território, com a tenta@va do indígena de se manter a salvo do domínio dos brancos. 4 REFLEXOS EM NOSSOS DIAS... É COMO SE SUBSISTISSE NA CULTURA POLÍTICA DOMINANTE O modus operandi DA COLONIZAÇÃO. Há um padrão de comportamento que perdura nas classes dominantes – assimilação ou exclusão. 5 ASSIMILAÇÃO O indivíduo que é visto como bem ajustado, correto, do bem é aquele que aceitou as regras do jogo social a que está subme?do. Já incorporou os valores dominantes – trabalho, consumo e resignação diante dos fatos que lhe são adversos. 6 EXCLUSÃO Àquele que não se conforma com essas regras, que podem ser econômicas, sociais ou polí?cas. 7 Aplicando a história Os 3 elementos da colonização parecem renascer em 3 formas mais recentes: O interesse imperialista A hierarquia militar Igreja Católica conservadora 8 Aplicando a história É como se o povo brasileiro não passasse de um conjunto de caboclos, operários, camponeses, índios, negros, mes?ços e brancos que precisam ser colonizados. Florestan Fernandes – os intelectuais fazem o papel de jesuítas modernos. “Muitos intelectuais se relacionam com o povo sob a mesma ó@ca dos jesuítas, como detentores do “saber superior”. Nessa prá@ca, muitos trabalham para “facilitar” a colonização moderna sobre as mentes e anseios do povo brasileiro.” 9 Escravidão Forestan expõe o quanto a “harmonia e a fraternidade” não só não exis?ram, como também foram uma men?ra contada a serviço da perpetuação da desigualdade. “Harmonia exis?u sim, desde que cada um saiba o seu lugar” 10 Escravidão Por quase 400 anos, a vida social, econômica, polí?ca e cultural do Brasil foi definida pela escravidão. Destruindo idiomas, costumes, religiões, modos de vida e de trabalho, exterminando culturas e cosmovisões. Florestan derruba o mito de que a sociabilidade brasileira foi forjada pela doçura e cordialidade das relações entre senhor e escravo. Para ele, a sociabilidade estava fundamentada numa plataforma explosiva. 11 Plataforma explosiva A sociedade brasileira era formada por 2 ?pos básicos de violência: A brutalidade e a selvageria dos senhores, de um lado, e a ins?tucionalização da diferenciação racial e estamental, de outro, legi?mada pela Igreja e pelo Estado. “se definia a figura legal do escravo, simultaneamente, como inimigo domés?co e um inimigo público” 12 Revolução Burguesa no Brasil A independência do Brasil tem valor revolucionário... Esse valor vem do fato de que foi a independência que possibilitou a formação do sociedade nacional e facilitou o desenvolvimento do “espírito burguês”. Enquanto possibilita a transformação de uma sociedade colonial em nacional, ela preserva, na construção do processo, os mesmos atores brasileiros o sistema colonial. 13 República sim, mas brasileira... Percebe-‐se ,com isso, que a burguesia brasileira não foi a condutora de seu próprio des?no, em face de uma acomodação aos interesses internacionais. Isso também pode ser agravado pelo fato de a própria Independência do Brasil ter sido uma decorrência de interesses do capitalismo inglês. 14 Refle?ndo... O favor como mediação é dependente de outro marco da cultura nacional, o do homem cordial... O brasileiro é fruto de uma formação onde aparecem o pouco valor ao trabalho, a ausência de ins?tuições fortes e duradouras e de até uma religião reflexiva e impessoal... O homem cordial é o indivíduo que tem aversão ao abstrato e impessoal das ins?tuições sociais burguesas e liberais; por isso, para ele, o instrumento de cidadania é o favor, e não o direito... 15 RESPONDA: 1. O que é o favor? 2. Como ele opera em conjunto com o homem cordial? 3. Em que ele pode ser prejudicial à nossa sociedade? 16 RESPOSTA 1. O favor é a forma de se conseguir direitos e privilégios quando a lei não funciona. É o subterfúgio, a malandragem, o apadrinhamento polí?co, o suborno, enfim a maneira de driblar ou acelerar a lei. 2. Já o homem cordial é aquele que se vale desses meios. Aquele que não se interessa pela educação, pelo conhecimento e pela execução da lei; antes, apóia-‐se em wtulos. É do ?po aventureiro que despreza a organização, o planejamento metódico e, principalmente, a ro?na de trabalho. Prefere apostar no talento pessoal e na sorte. 3. Isso tudo torna a nossa sociedade muito pouco coesa, pois as regras e princípios passam a ser rela?vos e válidos apenas para alguns, e em alguns casos. 17