SERGIO BUARQUE DE HOLANDA A construção da identidade nacional : povo, cultura e identidade. UNISAL - Lorena Departamento de História e de Geografia. Núcleo de Pesquisa Regional - biblioteca e arquivo do IEV - www.valedoparaiba.com SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Vida e obra O homem TEXTO E CONTEXTO “A criação da identidade nacional.” In : Outros Caminhos, p.68-78 HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA Paulo Prado - Retrato do Brasil 1928: obra marcada pela inovação e pelo conservadorismo; o Brasil visto pelo sob o viés cultural e com base nos sentimentos de luxúria,cobiça, tristeza, romantismo e visto pelos portugueses como um degredo ou como um purgatório. GILBERTO FREYRE “Casa Grande e Senzala - 1933 marco inaugural da análise da cultura brasileira, procura caracterizar a família patriarcal , considerada como a célula da sociedade escravista colonial. A mestiçagem como marca distintiva da civilização brasileira. S. Buarque de Holanda - “Raízes do Brasil” - 1936 Obra marca o início de uma história cultural madura e rigorosa do ponto de vista teórico e metodológico Raízes do Brasil As raízes ibéricas da tradição colonial brasileira são vistas sem traço de nostalgia ou grandeza, como entraves à democracia; legou excessiva ruralização e o personalismo. Historiografia brasileira Vertente culturalista Escritores, pensadores, estudiosos que procuram entender a História do Brasil pelo viés cultural. Importante influência nos rumos da produção histórica nacional. O Texto Raízes do Brasil analisa os fundamentos do destino histórico brasileiro a partir de nossas origens européias, da colonização, do personalismo e da falta de coesão social da nossa cultura. A tipologia básica do livro separa: - o trabalhador do aventureiro; - a escravidão - o homem cordial e a revolução brasileira. PERSPECTIVAS -sociológica e psicológica, com um objetivo político; -ao estudar o passado, tenta ver o nosso futuro; -busca a identidade nacional, a essência do homem brasileiro. Fronteiras da Europa Mostra que os países ibéricos são menos europeizados... Cada homem tinha que depender de si próprio. Homens mais flexíveis. Trabalho e Aventura Portugueses homens que buscaram o mar... O aventureiro e o trabalhador. O gosto pela aventura foi que possibilitou a colonização. Brasileiros: não solidários; a preguiça; a violência nas senzalas. Herança Cultural A estrutura da sociedade colonial é rural. Os senhores tinham domínio sobre os seus súditos. A abolição da escravatura grande marco da nossa História. Segunda metade do séc. XIX, grande desenvolvimento urbano. Semeador e o Ladrilhador - realiza comparação entre a colonização espanhola e portuguesa. - Portugueses: corajosos e prudentes; maior flexibilidade social; todos queriam ser nobres; preocupados com as aparências; -Igreja = braço do poder secular -Vida intelectual menos desenvolvida - forte presença da índia como matriarca da família - aversão às virtudes econômicas, comércio e indústria O HOMEM CORDIAL As relações da família patriarcal, rural, colonial foram ruins para a formação de homens responsáveis. Gerou dificuldades para distinguir o público do privado O homem cordial: é aquele generoso, de bom trato, que para confiar em alguém precisa conhecê-lo primeiro. Todos são amigos em todos os lugares. O rigor é totalmente afrouxado. A intimidade chega a ser desrespeitosa; ex. Chamar pelo sufixo “inho”, apelidos,etc. O Brasil constitue uma sociedade onde o Estado é apropriado pela família, os homens públicos são formados no círculo doméstico, os laços familiares são transportados para o ambiente do Estado; o homem age mais pelo coração e tem medo de ficar sozinho. Novos Tempos Há na sociedade brasileira um apego muito forte ao recinto doméstico. Há um grande desejo em alcançar prestígio e dinheiro sem esforço. A democracia é um mal entendido. Nossa Revolução A revolução brasileira é um processo demorado. Marco: abolição da escravatura Brasil: país pacífico e brando Com a cordialidade dificilmente chegaremos a revolução. Fonte: http://www.valedoparaiba.com/cl ickensino/sbuarque.ppt