Volume 8 - Número 3 - Julho / Setembro 2013 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Vol 8 / Number 3 - July/September - 2013 EDITORIAL COORDINATION Henrique Cesar de Almeida Maia, Alexandre Ciappina Hueb, João Batista V. Carvalho, Melchior Luiz Lima, Osvaldo Sampaio Netto ASSOCIATED EDITORS Alfredo I. Fiorelli, Carlos Henrique Marques Santos, Marco Antônio Rodrigues Torres, Elias Kallás, José Carlos Dorsa V. Pontes, Sérgio Nunes Pereira EDITORIAL SECRETARY: Otoni Moreira Gomes Sponsored by: FUNDAÇÃO CARDIOVASCULAR SÃO FRANCISCO DE ASSIS VERDADE É JESUS SÃO FRANCISCO DE ASSIS TRUTH IS JESUS CARDIOVASCULAR FOUNDATION FUNDACIÓN CARDIOVASCULAR SAN FRANCISCO DE ASSIS JESUS ES LA VERDAD Coordination: Elaine Maria Gomes Freitas (OAB) Events Administration: Elton Silva Gomes Scientific Coordination: Otoni M. Gomes Clinic Director: Eros Silva Gomes International Scientific Board Alberto J. Crottogini (Argentina) Celina Morales (Argentina) Daniel Bia (Uruguay) Calogerino Diego B. Cuzumano (Venezuela) Diego A. Borzelino (Venezuela) Domingos S. R. Souza (Sweden) Eduardo Armentano (Uruguay) Eduardo R. Migliaro (Uruguay) Pierluca Lombardi (EE.UU) Michael Dashwood (England) Pascal Dohmen (Germany) Patrícia M. Laguens (Argentina) Pawan K. Singal (Canadá) Ricardo Gelpi (Argentina) Ruben P. Laguens (Argentina) Sylvain Chauvaud (França) Tofy Mussivand (Canadá) Tomas A. Salerno (EE.UU) Scientific Co-sponsorship by: International College of Cardiovascular Sciences, South American Section of the International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS - SAS), Department of Experimental Research of the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery (DEPEX - SBCCV), SBCCV Department of Extracorporeal Circulation and Mechanical Assisted Circulation (DECAM - SBCCV), SBCCV Department of Clinical Cardiology, Brazilian Association of Intensive Cardiology, Brazilian Academy of Cardiology for the Family, SBCEC Brazilian Society of Extracorporeal Circulation CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Volume 8 / Number 3 - July/September - 2013 International College of Cardiovascular Sciences SCIENTIFIC BOARD - BRAZIL Aguinaldo Coelho Silva (MG) Alcino Lázaro da Silva (MG) Alexandre Ciappina Hueb (SP) Alexandre Kallás (MG) Antônio Alves Coelho (DF) Antônio A. Ramalho Motta (MG) Antônio de Pádua Jazbik (RJ) Antônio S. Martins (SP) Bruno Botelho Pinheiro (GO) Carlos Henrique M. Santos (MS) Carlos Henrique V. Andrade (MG) Cláudio Pitanga M. Silva (RJ) Cristina Kallás Hueb (MG) Domingos J. Moraes (RJ) Edmo Atique Gabriel (SP) Eduardo Augusto Victor Rocha (MG) Eduardo Keller Saadi (RS) Elmiro Santos Resende (MG) Eduardo Sérgio Bastos (RJ) Eros Silva Gomes (MG) Evandro César V. Osterne (DF) Fábio B. Jatene (SP) Francisco Diniz Affonso Costa (PR) Francisco Gregori Jr. (PR) Geraldo Martins Ramalho (RJ) Geraldo Paulino S. Filho (GO) Gilberto V. Barbosa (RS) Jandir Ferreira Gomes Junior (MS) João Bosco Dupin (MG) João Carlos Ferreira Leal (SP) João Jackson Duarte (MS) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Dondici Filho (MG) José Ernesto Succi (SP) José Francisco Biscegli (SP) José Teles de Mendonça (SE) Juan Alberto C. Mejia (CE) Leonardo Andrade Mulinari (PR) Liberato S. Siqueira Souza (MG) Luiz Antonio Brasil (GO) Luiz Boro Puig (SP) Luis Carlos Vieira Matos (DF) Luiz Fernando Kubrusly (PR) Luiz Paulo Rangel Gomes Silva (PA) Mário Ricardo Amar (RJ) Marcelo Sávio Martins (RJ) Marcio Vinicius L. Barros (MG) Marcílio Faraj (MG) Mario Oswaldo V. Peredo (MG) Maria José Campagnole (MG) Mario Coli J. de Moraes (RJ) Melchior Luiz Lima (ES) EDICOR Ltda. “Truth is Jesus of God” the Word John 1.1; 14.6; 17.17 Miguel Angel Maluf (SP) Neimar Gardenal (MS) Noedir A. G. Stolf (SP) Paulo de Lara Lavítola (SP) Paulo Rodrigues da Silva (RJ) Pedro Rocha Paniagua (DF) Osvaldo Sampaio Netto (DF) Pablo Maria A. Pomerantzeff (SP) Paulo Antônio M. Motta (DF) Rafael Haddad (GO) Rodrigo Mussi Milani (PR) Ronald Sousa Peixoto (RJ) Rika Kakuda Costa (SE) Roberto Hugo Costa Lins (RJ) Ronaldo D. Fontes (SP) Ronaldo M. Bueno (SP) Rubio Bombonato (SC) Rui Manuel S. A. Almeida (PR) Sérgio Luis da Silva (RJ) Sérgio Nunes Pereira (RS) Sinara Silva Cotrim (MG) Tânia Maria A. Rodrigues (SE) Victor Murad (ES) Walter José Gomes (SP) Walter Labanca Arantes (RJ) Wanewman Lins G. Andrade (BA) CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) EDITORIAL SECRETARY Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Verdade é Jesus R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica, Belo Horizonte / MG - Brazil CEP: 31.525-160 - Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 e-mail: [email protected] Site: www.servcor.com DATA PROCESSING CENTER Coordination: Elton Silva Gomes Lay-out/Editoring: Victor Hugo de Souza Araujo Webmaster: Bruno Sapore ADVERTISING Advertising inquiries should be addressed to ServCor - Division of Events, R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica Belo Horizonte / MG - Brazil - CEP: 31.525-160 Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 [email protected] Copyrights: EDICOR Ltda. “Truth is Jesus the Word of God” John 1.1; 14.6; 17.17 Home Page: www.servcor.com ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): CARDIOVASC SCI FORUM - July / September - 2013; 8 (3): CONTENTS EDITORIAL CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA: UMA REALIDADE EM NOSSO PAÍS. Alessandro Gonçalves Altoé, Luiz Daniel da Fraga Torres, Odilon Silva Henrique Junior, Lisandro Gonçalves Azeredo, Luis Bento Coelho, Ediraldo Jacinto Júnior 08 UPDATING ARTICLE ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO VARICOSE VEINS OF THE LOWER LIMS Ana Flávia Moura Dias, Otoni Moreira Gomes 11 UPCOMING EVENTS 22 INSTRUCTIONS TO AUTHORS 25 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 7 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): EDITORIAL CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA: UMA REALIDADE EM NOSSO PAÍS. Alessandro Gonçalves Altoé, Luiz Daniel da Fraga Torres, Odilon Silva Henrique Junior, Lisandro Gonçalves Azeredo, Luis Bento Coelho, Ediraldo Jacinto Júnior Mestrando em cirurgia cardiovascular pela Fundação São Francisco de Assis, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, cirurgião cardiovascular do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, coordenador do serviço de cirurgia cardiovascular do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, cirurgião cardiovascular do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; Membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, cirurgião cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular; Especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, cardiologista do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim Especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, cardiologista do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim-ES/ Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis A cirurgia cardíaca minimamente invasiva tem como objetivo a busca de uma menor agressão para o paciente, através de menores incisões e se possível sem o uso de circulação extracorpórea. Esta técnica permite que o paciente retorne mais rapidamente as suas atividades habituais, geralmente em menos de 30 dias, além de um menor tempo de internação hospitalar, menor riscos de infecções e sangramentos. Associados a todos estes benefícios também há o ganho estético1. Por intermédio de equipamentos especializados (instrumentais e cânulas próprias, além do auxílio do vídeo) podemos realizar incisões muito menores, de aproximadamente 4 a 6 cm e sem necessidade de abrir o esterno. Estes novos equipamentos utilizados atualmente tem permitido a realização de cirurgias minimamente invasivas com mais segurança e melhores resultados que em décadas passadas. Nas cirurgias cardíacas convencionais as incisões podem chegar a 30 cm ou mais, sendo o acesso preferencial a esternotomia. Os pacientes operados pela cirurgia cardíaca convencional geralmente apresentam mais dor, maior risco de sangramento, além de demorarem mais tempo para retornarem as suas atividades rotineiras (em torno de 60 a 90 dias), devido a maior necessidade de cicatrização, principalmente óssea. Robinson et al, em 1995, publicaram os primeiros relatos de cirurgia de revascularização do miocárdio minimamente invasiva2. Cosgrove e Sabik, em 1996, dois cirurgiões norte americanos, trabalhando na Cleveland Clinic, publicaram os primeiros trabalhos relacionados a troca da válvula aórtica através da técnica minimamente invasiva3. No mesmo ano, Navia e Cosgrove, descreveram técnica minimamente invasiva para troca da válvula mitral4.Chitwoodel al, 1997, publicaram seus primeiros resultados com a utilização do vídeo e cânulação periférica em cirurgias da vávula mitral5. No Brasil vários cirurgiões tem se destacado na cirurgia cardíaca minimamente invasiva.Jatene et al, em CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 8 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): 1997, publicaram os primeiros trabalhos relativos a revascularização do miocárdio pela técnica minimamente invasiva com auxílio do vídeo6.Mulinariel al, 1997, publicaram seus primeiros resultados com utilização de miniesternotomia para acesso cirúrgico em cirurgias de revascularização do miocárdio e valvares7. Salermo et al, em 2000, publicaram seus primeiros resultados do fechamento de canal arterial por minitoracotomia em crianças 8. Souto et al, em 2000, publicaram seusresultados relativos ao fechamento do canal arterial por videotoracoscopia, com excelente resultados9.Dias et al, em 2001, publicaram seus resultados cirúrgicos com a utilização da minierternotomia em L10. Fortunato et al, em 2008, publicaram sua experiência inicial com cirurgia cardíaca videoassistida11.Poffo et al, em 2009, descreveram pioneiramente o acesso perialreolar para cirugiavideoassistida da válvula mitral12. Em Cachoeiro de Itapemirim o programa de cirurgia cardíaca minimamente invasiva iniciou-se há menos de um ano pela equipe de cirurgia cardíaca do Hospital Evangélico e já foram operados 10 pacientes portadores das mais diversas patologias, dentre elas: comunicação interatrial, insuficiência mitral, estenose mitral, insuficiência aórtica, estenose aórtica e lipoma de átrio direito. Os acessos utilizados foram a minitoracotomia direita ao nível do terceiro espaço intercostal para cirurgias da válvula aórtica e ao nível do 4º espaço para as cirurgias da válvula mitral e correção de comunicação interatrial. Os resultados iniciais tem se mostrado promissores com baixo índice de complicações, sem mortalidadee grande satisfação para os pacientes operados, além do retorno mais precoce as atividades rotineiras. Devemos ressaltar que a cirurgia cardíaca minimamente invasiva ainda não é possível para todas as patologias cirúrgicas do coração e nem para todos os pacientes. Em pacientes com peso corporal elevado pode haver dificuldade na manutenção do fluxo ideal, devido a alta resistência que pode ocorrer em cânulações periféricas. Nos pacientes portadores de doenças vasculares periféricas há um grande risco de complicaçõesdurante a cânulação da artéria femoral. Portanto antes de optarmos pela cirurgia cardíaca minimamente invasiva, vários fatores devem ser considerados. Também devemos lembrar que a circulação extracorpórea ainda é uma agressão importante ao organismo. Portanto o conceito de cirurgia cardíaca minimamente invasiva também deve levar em consideração o uso cada vez menor de circulação extracorpórea. Com objetivo de tornar as cirurgias cardíacas menos invasivas, cirurgiões cardíacos tem buscado técnicas que permitam procedimentos cardíacos sem necessidade de usar a máquina de circulação extracorpórea. Dentre estes procedimentos podemos citar: as cirurgias de revascularização sem circulação extracorpórea, os implantes de válvulas por via endovascular ou transapical. Em resumo a cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo permitir a realização de cirurgias com incisões e cicatrizes cada vez menores. De preferência sem o uso de circulação extracorpórea, buscando resultados cirúrgicos e recuperação pós-operatórias cada vez melhores, além de uma maior satisfação do paciente. Fortunato Jr. JA, Pereira ML, Martins ALM, Pereira DSC, Paz ME, Paludo L, el al. Cirurgiacardíacavideoassistida: 6 anos de experiência. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2012;27(1):24-37. Robinson MC, Gross DR, Zeman W, Stedje-Larsen E. Minimally invasive coronaryartery bypass grafting: a new method using an anterior mediastinotomy. J Card Surg. 1995;10(5):529-36. Cosgrove DM, Sabik JF. Minimally invasive approach for aortic valve operations. Ann Thorac Surg. 1996;62(2):596-7. Navia JL, Cosgrove DM. Minimally invasive mitral valve operations. Ann Thorac Surg. 1996;62(5):1542-4. Chitwood WR Jr, Wixon CL, Elbeery JR, Moran JF, Chapman WH, Lust RM. Video-assisted minimally invasive mitral valve surgery. J ThoracCardiovasc Surg. 1997;114(5):773-80. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 9 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): Jatene FB, Pego-Fernandes PM, Assad RS, Dallan LA, Hueb W, Arbulu HEVD, et al. Cirurgia de revascularização do miocárdiominimamenteinvasiva: resultados com o uso da videotoracoscopia e do estabilizador de sutura. Rev Bras Cir Cardiovasc. 1997;12(3):233-8. Mulinari L A, Tyszka A L, Costa FDA, Carvalho RG, Silva Jr. AZ, Giublin R, et al.Miniesternotomia: um acessoseguropara a cirurgiacardíaca. Rev Bras Cir Cardiovasc1997;12 (4): 335-9. Salerno PR, Jatene MB, Santos MA, Ponce F, Bosísio IBJ, Fontes VF, et al. Fechamento de canal arterial porminitoracotomia: técnica e resultados. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2000;15(3):234-7. Souto GLL, Tinoco RC, Tinoco ACA, Caetano CS, Souza JB, Paula AG, et al. Ligaduravideotoracoscópica da persistência do canal arterial. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2000;15(2):154-9. Dias AR, Dias RR, Gaiotto F, O. Júnior JL, Cerqueira FMCN, Grinberg M, et al. Miniesternotomia no tratamento de lesões da valvaaórtica. Arq Bras Cardiol. 2001;77(3):221-4. Fortunato JF, BrancoFilho AA, Branco A, Martins ALM, Pereira ML, Ferraz JGG, et al. Padronização da técnicaparacirur giacardíacavideoassistida: experiênciainicial. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2008; 23(2): 183-189. Poffo R, Pope RB, Toschi AP, Mokross CA. Plastiavalvar mitral minimamenteinvasivavideoassistida: abordagemperiareolar. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009;24(3):425-7. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 10 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): UPDATING ARTICLE ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO Varizes de membros inferiores Ana Flávia Moura Dias*, Otoni Moreira Gomes** *Acadêmica da Faculdade de Medicina FAMINAS.BH-MG; **Prof.Titular FM.UFMG, Diretor Científico Servcor-Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Resumo As varizes de membros inferiores são dilatações e tortuosidades que se desenvolveram nas veias do membro inferior, por deficiência das válvulas venosas e o mecanismo de bomba da panturrilha. Estas apresentam um alto índice de prevalência no país, que é refletido nos altos custos decorrentes das aposentadorias de indivíduos em fase produtiva da vida, devido à perda da funcionalidade e a evolução para algumas complicações. Objetivo: conhecer profundamente as origens das varizes, seu desenvolvimento, métodos de diagnóstico e tratamento mais eficazes Método: A revisão bibliográfica foi realizada por meio de buscas em bases de dados como a Scielo, Pubmed e Bireme, além de pesquisas em livros de referência da biblioteca do ServCor-Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis. Os artigos foram escolhidos quanto a autores de relevância e ao ano de publicação Resultados: As varizes possuem diversas etiologias ainda controvérsias e podem ser classificadas em primárias e secundárias. Manifestam-se com dores nas pernas, edema, sequidão e brilho da pele, presença de manchas vermelhas e ainda mais grave,o desenvolvimento de úlceras venosas. O diagnóstico é realizado por meio de métodos não invasivos como métodos pletismográficos, doppler direcional, mapeamento duplex, ou métodos invasivos como a flebografia, porém o que tem maior defesa é o eco-doppler colorido, que pode ser usado também como um método de tratamento se combinado com a cirurgia. Conclusão: A doença varicosa tem controle porém não há uma cura definitiva ou um tratamento ideal. Por isso, são necessários métodos e hábitos que devem ser tomados como meio de prevenção,como a prática de exercícios físicos, a adoção de uma dieta balanceada e o uso de meias elásticas para pessoas que trabalham muito em posição ortostática, evitando o surgimento ou agravamento de varizes. Palavras-chave: Veias varicosas, insuficiência venosa crônica, doença varicosa. Introdução Desde a Antigüidade, são encontrados relatos a respeito de varizes dos membros inferiores (MMII), sendo Hipócrates o primeiro a notar a associação entre as veias varicosas e as úlceras na perna. Na Grécia Antiga, réplicas de MMII com veias varicosas eram oferecidas aos deuses nos templos com o objetivo de se conseguir um abrandamento dos sintomas (1). Sabe-se que as varizes são de alta prevalência no Brasil, visto isso entende-se a necessidade de se conhecer, profundamente, a origem, o desenvolvimento, as manifestações, o diagnóstico e os métodos de tratamento mais eficazes. As veias varicosas são aquelas que se dilatam além da proporção de sangue a ser transportado e com isso, se tornam insuficientes. No homem, diferente de outros animais, isso ocorre em três regiões típicas: porção terminal do intestino (hemorróidas), escroto (varicocele) e membros inferiores (varizes) (2). As varizes são definidas pelo alongamento, tortuosidades e o aumento anormal do diâmetro das veias safena magna e safena parva, além de seus ramos de primeira e segunda ordem (3-6). Sendo essa a manifestação mais comum da insuficiência venosa crônica (IVC) ela compromete a mobilidade funcional do indivíduo (7). Varizes dos membros inferiores constituem a mais comum de todas as doenças venosas e constantemente apresentam CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 11 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): sintomas que prejudicam o indivíduo em termos de qualidade de vida (6,8-10). Elas podem ser definidas também como uma alteração da função do sistema venoso decorrentes de uma incompetência valvular associada ou não a uma obstrução do fluxo sanguíneo (11). F i A De acordo com pesquisas de Barros Junior, Perez, Amorim e Miranda (12) e Timi e Del Valle (13) esta modalidade de doença apresentase em metade da população mundial, atingindo 50 à 55% das mulheres e de 40 à 50% considerando as formas menores de sua manifestação como as telangiectasias e as varizes reticulares. Entretanto em sua forma mais calibrosa e que promove saliências na pele, a doença atinge menos de 25% da população (12). A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – RJ (14) contabiliza a presença de varizes em 30% da população, incluindo ambos os sexos, apesar de atingirem quatro vezes mais as mulheres. Além disso, a idade dos acometidos está cada vez menor, isso é justificado pelo uso precoce de anticoncepcionais, os hábitos de permanecer muito tempo em posição ortostática e ao sedentarismo Em contrapartida, estudos epidemiológicos de Maffei (15) mostram uma prevalência de insuficiência venosa em indivíduos com mais de 15 anos, de 35,5%, sendo que os casos mais graves correspondem a 15,8%. Por ser uma doença prevalente, a IVC possui repercussões sociais relevantes. Além de acometer o seu portador com perda da capacidade funcional e qualidade de vida, ela é responsabilizada pelos custos elevados com tratamentos e absenteísmo, principalmente nos casos de complicações, o que provoca desdobramentos em políticas públicas para a saúde (16). Cassou (16) estima que há um acometimento de 5 à 20% da população adulta em países desenvolvidos, sendo 1 à 3,6% de casos de úlcera venosa ativa ou cicatrizada. Essa alta incidência pode ser refletida na situação socioeconômica do país, visto que a insuficiência venosa crônica é uma doença debilitante que reduz a produtividade e a funcionalidade de uma pessoa. Um exemplo de custo citado por Lima (16) é os Estados Unidos, onde ele é estimado em 1,9 a 2,5 bilhões de dólares por ano. No Brasil, por sua vez, a importância socioeconômica da IVC passou a ser considerada pelo governo apenas a partir da década de 1980, acarretando um crescente interesse no que se refere ao conhecimento científico e clínico das questões relacionadas a essa doença. Enfim, entende-se que essas alterações nas veias dos MMII, que levam ao desenvolvimento das veias varicosas, ao gerarem uma perda da funcionalidade e consequentemente uma má qualidade de vida, se tornam de extrema importância para a população. Estas podem ainda ser classificadas quanto a sua etiologia, mesmo controvérsia. F V O ( Classificação As varizes são classificadas em dois grupos: as primárias (essenciais) e as secundárias (pós-trombóticas, por fístulas arteriovenosas congênitas ou adquiridas, por flebite profunda), conforme sua etiologia (2,12). As primárias resultam da dilatação venosa sem trombose prévia, cuja, etiopatogenia é controversa, múltipla e com fatores etiopatogênicos ignorados. Enquanto as secundárias são decorrentes de danos valvulares por trombose venosa profunda (TVP), onde a recanalização da obstrução leva a incompetência das veias profundas ou perfurantes, fístula arteriovenosa congênitas ou adquiridas (5). As causas do refluxo no sistema venoso profundo podem ser de origem pós-trombótica ou idiopática. O exame de flebografia descendente mostra que em casos de origem idiopática, o refluxo pode ser decorrente de delgadas cúspides valvares, agenesia ou aplasia valvar (5). O refluxo venoso e a fração de ejeção (FE) que é a porcentagem do volume venoso total ejetado em uma única contração da musculatura da panturrilha foram analisados, e encontrou-se que indivíduos com FE da perna direita e esquerda abaixo de 60% tem significativamente mais chances de apresentar refluxo venoso (5). Desenvolvida durante o Fórum Venoso Americano em 1995, a classificação mais utilizada para doenças venosas é denominada CEAP, baseada nos seguintes fatores: sinais clínicos (C), etiologia (E), distribuição anatômica (A) e disfunção patofisiológica (P) (17). (Tabela 1) Tabela 1: Classificação CEAP – Forúm venoso americano CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 12 F t A d ( Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): Fonte: Cassou M F, Gonçalves PCZ, Engelhorn CA .Probabilidade de refluxo nas veias safenas de mulheres com diferentes graus de insuficiência venosa crônica. J. Vasc. Bras. 2007;6(3):238-46. As varizes dos membros inferiores podem ser classificadas também de acordo com a classificação de Porter (15). (Tabela 2) Tabela 2: Classificação de Porter Fonte: Maffei FHA. Insuficiência venosa crônica: diagnóstico e tratamento clínico. In: Maffei FHA, Lastória S, Yoshida WB.Doenças Vasculares Periféricas. Rio de Janeiro: Medsi ; 1995. p.1003-11. Outra classificação utilizada para gravidade das varizes dos membros inferiores foi proposta por Gomes e Gomes (2002) (9). (Tabela 3). Tabela 3 - Classificação gravidade das varizes (Gomes e Gomes, 2002) Fonte: Gomes OM , Gomes ES. Iliac valve regurgitation disease: implications for the surgical approach of the venous insufficiency in the lower extremities. Rev Bras Circ Cardiovasc. 2002;17(4):339-344. A intensidade da regurgitação valvar venosa, também foi classificada baseada na intensidade de refluxo (velocidade de pico) registrada durante esforços de tosse súbita e voluntária em indivíduos em pé, considerando-se o valor máximo obtido em três medidas sucessivas (9). ( Tabela 4). Tabela 4: Classificação da regurgitação valvar venosa (Gomes e Gomes, 2002) CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 13 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): Fonte: Gomes OM , Gomes ES. Iliac valve regurgitation disease: implications for the surgical approach of the venous insufficiency in the lower extremities. Rev Bras Circ Cardiovasc. 2002;17(4):339-344. G s Enfim, é necessário a classificação correta e mais específica possível das manifestações das varizes para realizar a intervenção específica. Observa-se que mesmo a classificação de CEAP, que é a mais utilizada, na prática ainda deixa a desejar, visto que as veias varicosas não são determinadas por tamanhos, somente há uma determinação das suas complicações, dessa maneira é uma classificação muito abrangente. Com isso, seria interessante o uso, na avaliação clínica, de todas essas classificações expostas, dessa forma uma irá complementar a outra, melhorando a capacidade de avaliação quanto a sua etiopatogenia, e isso irá possibilitar melhor diagnóstico e intervenção. A d Etiopatogenia E h e Existem dois tipos de varizes quanto à etiologia, denominadas primárias de origem por diversos fatores desconhecidos e as secundárias, que se desenvolvem posteriormente a outra doença como trombose venosa profunda que destrói as válvulas e a fístula arteriovenosa. Isso sobrecarrega o sistema venoso superficial causando dilatações nas veias (2). A etiologia das varizes ainda é controversa, devido aos múltiplos fatores de risco existentes, dentre eles: a predisposição familiar, sexo, idade, número de gestações, alterações endócrinas, obesidade, hábitos, atividade de vida diária, alterações valvulares congênitas e outros (6,12). As principais teorias sobre o aparecimento das varizes primárias (essenciais) dos membros inferiores estão relacionadas com alterações na parede da veia com modificação na estrutura do colágeno e/ou elastina (endotélio vacuolizado com núcleos picnóticos, adelgaçamento e desorganização da camada de músculo liso, degeneração fibrosa da camada média e edema das fibras colágenas), incompetência valvar localizada ou segmentar e presença de fístulas artério venosas ao nível da microcirculação. Já as secundárias são relacionadas com a síndrome pós flebítica, gravidez, fístulas artério venosas traumáticas, angiodisplasias e compressões extrínsecas resultantes das atividades de vida diária (4). A p F A s m v ( A s Um dos inúmeros fatores amplamente discutidos na literatura responsável pela etiologia das varizes primárias ou secundárias no sistema venoso profundo é a presença de refluxo venoso em veias safenas. Dessa forma, a IVC pode atingir os dois sistemas venosos (superficial e profundo) e resulta de hábitos do cotidiano (adquirida) ou de alterações congênitas (18). A v d A má-formação congênita da válvula ilíaca e de suas acessórias cria um martelo de pressão venosa sobre a válvula ostial da veia safena magna e sobre a válvula da junção das veias femoral comum e superficial, que sendo texturalmente mais fracas e menos protegidas por estruturas circunjacentes, principalmente a válvula da safena magna, ficam mais propensas à dilatação e à regurgitação originando assim as varizes nessas veias. Já a válvula da origem da veia femoral comum possui constituição textural diferenciada, é protegida por estruturas músculoaponeuróticas da coxa e é mais constante que a válvula da veia ilíaca, conferindo maior proteção para a veia poplítea e suas tributárias diretas. Esses fatos justificam a baixa presença de refluxo em veia poplítea (9). E c n O ortostatismo e o aumento da pressão abdominal estabelecido pelo esforço, pela presença de tumorações ou pelo útero grávido, comprimem as vias de drenagem venosa nos membros, que leva à estase venosa, podendo desencadear ou agravar a doença. Isso pode ser comprovado pela grande melhora após a realização do parto (2). A veia safena parva é a primeira veia superficial dos membros inferiores que se desenvolve no embrião. Primeiramente, termina na veia ilíaca interna, através das veias glúteas, depois estabelece junções com a veia safena magna e, posteriormente, com o crescimento do membro inferior, desemboca na veia poplítea(19). Apresenta, portanto, três estágios de desenvolvimento, podendo ocorrer variações de terminação ou até mesmo de junções com as veias as quais mantinha comunicação durante o período embrionário (18). Durante esse processo podem ocorrer variações que desencadearão fatores congênitos para formação de varizes primárias. Enfim,a origem das veias varicosas ainda é controvérsia, devido a diversos fatores que foram expostos como a obesidade, a gravidez, a posição de trabalho, dentre outras, que podem proporcionar o seu desenvolvimento ou agravamento. Devido a sua posição anatômica, algumas ficam mais propensas a essas alterações, como a veia safena parva, por ser mais superficial e sofrer mais agressão. Anatomopatologia As veias do membro inferior se dispõem em dois sistemas principais e distintos: superficial situadas no tecido subcutâneo (safenas interna e externa) e profundo à fáscia muscular (tibiais anteriores e posteriores, femoral), se comunicam através de veias denominadas perfurantes. Ambos os sistemas possuem válvulas escalonadas em todo o trajeto, dispostas de maneira a impedir o refluxo venoso, permitindo o fluxo ascendente (19). CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 14 G a c v E c i o c Q A v O s P m S ( E o v a Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): Geralmente, as varizes iniciam-se na região onde as veias superficiais comunicam-se com as profundas, principalmente nas junções safeno-femoral e safeno-poplítea e nas veias perfurantes, devido a insuficiência valvular (5). As varizes são comuns nas partes posteromediais dos membros inferiores. Sendo que a veia safena magna, localizada na região medial da perna, e suas tributárias podem tornar-se varicosas, ou seja, dilatadas de maneira que as válvulas não se fecham (20). A altura da junção safeno-poplítea em membros com refluxo venoso em safena parva é 3,01 ± 0,15 cm acima da prega cutânea poplítea. Já nos membros inferiores que não apresentam refluxo na veia safena parva, a junção safeno-poplítea é mais baixa (18). Enfim, o sistema circulatório é organizado de maneira superficial e profunda para suprir toda a extensão muscular e cutânea do ser humano. A válvula venosa precisa realizar uma força capaz de vencer a força da gravidade, promovendo o retorno sanguíneo, quando esta não consegue vencê-la desencadeia uma disfunção que possibilita a regurgitação venosa, desenvolvendo-se as veias varicosas. Fisiopatologia A circulação venosa dos membros inferiores se dá através dos segmentos mais distais do membro para os segmentos proximais com sentido do fluxo sanguíneo ascendente e do sistema venoso superficial para o profundo através de veias perfurantes, veias safenas magna e parva (junções safeno-femoral e safeno-poplítea), sendo o sentido do fluxo mantido pelo funcionamento das válvulas venosas, da bomba muscular da panturrilha, dos batimentos arteriais e das contrações musculares que comprimem vasos profundos (4). As varizes se originam a partir de válvulas venosas que se tornam incompetentes em razão da sua dilatação ou rotação, o que provoca seu funcionamento de forma inadequada, gerando retorno do sangue, ou seja, sua fluidez em sentido inferior (20). Alterações na parede das veias provocam dilatação seguida de formação de varicosidades nos membros inferiores, insuficiência valvular nas junções safeno-femoral e safeno-poplítea, e nas veias perfurantes, com consequente refluxo venoso sanguíneo no sentido descendente e também refluxo sanguíneo do sistema venoso profundo para o superficial (4). Em indivíduos obesos há aumento da pressão intra-abdominal que tem sido relacionado como fator causal na insuficiência venosa crônica, pois leva a um maior refluxo, aumento do diâmetro da veia e da pressão venosa. Somado a isso, a falta de atividade física nessas pessoas por diminuição da atuação da bomba muscular da panturrilha pode ser responsável pelo refluxo (6). Gomes e Gomes (2002) pesquisaram em 30 pacientes portadores de varizes a relação entre regurgitação venosa na veia ilíaca e a presença de varizes nos membros inferiores. Os autores concluíram que a insuficiência da válvula da veia ilíaca apresenta uma correlação significante com a intensidade da insuficiência valvular safênica e consequentemente com a intensidade da patologia de veias varicosas de membros inferiores (9). Enfim, a circulação ocorre das veias superficiais para as profundas e da porção distal para a proximal, dessa maneira qualquer compressão, traumatismo ou agressão em uma veia superficial irá comprometer todo o sistema circulatório. Esse retorno venoso irá desencadear manifestações clínicas como dor nas pernas, edema pelo acúmulo de líquido no compartimento extracelular que o sistema linfático não dá conta de recolher, além de futuras formações de úlceras e sensação de queimação, dentre outras mais complexas. Quadro Clínico As manifestações clínicas de pacientes com varizes estão relacionadas à incompetência valvular das veias e o consequente refluxo venoso (21). O refluxo venoso que ocasiona a insuficiência venosa crônica dos membros inferiores é determinante na magnitude dos sintomas e sinais que podem ser desde uma simples sensação de peso e cansaço até ulceras crônicas e extensas (22). Pessoas com veias varicosas podem apresentar alterações tróficas na pele como sequidão e brilho, queda de pelos, eczema, celulite, manchas, edema e flebite superficial, manifestada como um vergão vermelho e de consistência dura que segue o trajeto da veia. Sendo a última, a complicação mais grave após a úlcera varicosa, de maior indicação para cirurgia e de maior possibilidade de recidivas (2). Em um período de 5 anos um estudo analisou a presença de manifestações clínicas nos membros inferiores em grupos de indivíduos obesos e não obesos com queixas compatíveis de insuficiência venosa. As manifestações clínicas estatisticamente presentes foram varizes visíveis associadas à dor mais prevalente no grupo dos indivíduos não obesos e varizes visíveis associadas a edema e edema associado a dor mais prevalente no grupo dos indivíduos obesos. As veias estatisticamente mais acometidas com presença de refluxo CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 15 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): foram veia safena magna + perfurante e tributárias das veias safena magna + veia safena parva (6). A presença da IVC grave é facilmente identificada pela sintomatologia apresentada pelo paciente e pela inspeção dos membros inferiores, como a hiperpigmentação, edema, úlceras ativas ou cicatrizadas (6,16). Entretanto em casos onde há ausência de alterações cutâneas, haverá necessidade de exames complementares para o diagnóstico preciso. Por ser predominante no sexo feminino, acarretam problemas de ordem estética que refletem na esfera psicológica, visto que nessa faixa da população elas são mais visíveis (2). a i v Enfim, as queixas mais comuns são as dores nos MMII, a sensação de queimação,a presença de manchas e edema.Todas essas são manifestações que levam a um declínio da capacidade funcional de um indivíduo em fase produtiva da vida, a uma péssima qualidade de vida que esta pessoa está submetida, além questão da estética que também é muito relevante, por imposição da sociedade atual.Dessa maneira, um diagnóstico precoce e com um tratamento mais eficaz, impede que essas manifestações, já citadas, evoluam para complicações que levem a invalidez e a dependência funcional. Diagnóstico O exame clínico é iniciado com anamnese detalhada, com avaliação das queixas: queimação e sensação de peso, história de trombose venosa profunda (TVP) pregressa, uso de contraceptivos orais, número de gestações, profissão e traumas anteriores. Posteriormente, é realizado o exame físico, onde avalia-se os sinais: telengectasias ou varizes reticulares, edema, hiperpigmentação, lipodermoesclerose e eczema, levando em conta a propedêutica venosa (4,23). O diagnóstico é obtido através de uma anamnese bem feita, investigando a história clínica, os hábitos e os antecedentes. Compreende também o exame físico, que permite indicar a classificação e se pertence a um grupo de risco como grávidas, obesos, idosos, com profissões e hábitos que exigem posição ortostática. Lembrando que o exame físico deve ser realizado em posição ortostática, onde as veias ficam mais visíveis, palpáveis e percutíveis, devido à ação da gravidade dificultando o retorno venoso (2). Uma vez que a história e o exame clinico podem não indicar a natureza e a extensão das anormalidades referidas pelos pacientes, exames não invasivos como, Métodos Pletismográficos, Doppler direcional, Mapeamento duplex ou invasivos como a Flebografia, tem sido desenvolvidos para melhor investigar esses fatores. Um desses métodos nao invasivos é o Doppler pulsado (duplex) utilizado para mapear em cores as regiões de varizes tronculares primárias (5). É defendido por diversos autores o uso eco-Doppler colorido pré-operatório no tratamento cirúrgico de varizes dos membros inferiores, por aumentar a probabilidade de detecção de fatores que facilitam o desenvolvimento de recidivas, como a presença de refluxo venoso na junção safeno-poplítea e na veia safena parva e de veias perfurantes insuficientes, além de evitar cirurgias radicais com retirada de veias safenas que poderiam ser utilizadas posteriormente para revascularização de membros inferiores ou do miocárdio (16,18). F b t c e d s o Contudo, existem autores que defendem o uso seletivo do método, utilizando somente em casos em que há varizes no trajeto das safenas e quando há presença de sintomas mais exuberantes, como dor e edema nos membros inferiores, não indicando o eco Doppler colorido em pacientes com varizes primárias, distantes das veias tronculares (safenas), assintomáticas e sem sinais de insuficiência venosa mais grave (dor, edema ou alterações cutâneas) (18). Uma pesquisa utilizou como meio de diagnóstico o teste triplo garrote, onde posicionava-se o paciente em decúbito dorsal e elevava-se o membro inferior à 60º, com o objetivo de esvaziar as veias varicosas superficiais, seguido do garroteamento do terço superior, inferior da coxa e abaixo do joelho, evitando-se dessa maneira, o enchimento anterógrado do terço proximal da perna e coxa , impedindo o refluxo através da veia safena magna e parva.Quando o paciente assumia a posição ortostácia, liberava-se o garroteamento e observava-se a velocidade em que se dava o enchimento venoso,sendo o tempo normal de 35 segundos, quando maior era indicativo de trendelemburg positivo – significando IVC, possibilitando a localização exata do ocorrido (4). Atualmente o eco-Doppler colorido é o método mais utilizado para avaliação da insuficiência das válvulas venosas ou obstrução crônica, por ser um método rápido, não invasivo, de custo razoável, apresenta 92% de sensibilidade e 73% de especificidade na detecção do refluxo quando comparado a flebografia descendente (4,6). Para a realização desse exame utiliza-se as sondas lineares de alta frequência (7,5 ou 10 Mhz), com módulo B (imagem bi-dimensional) , onde estuda-se a anatomia venosa. Utilizando-se o Doppler pulsado (fluxo venoso) somado o mapeamento em cores, completam-se os estudos anatômico e hemodinâmico das varizes tronculares primárias (4). Com o paciente em decúbito dorsal, com membro inferior levemente rodado lateralmente avalia-se a: CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 16 F e d d O a fl p , Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): a) Perviedade: compressibilidade da veia, fluxo fásico, variando com a respiração, presença de fluxo espontâneo, audível de boa intensidade ao Doppler e com boa resposta às manobras de compressão (compressão distal nos níveis da perna e coxa, aumenta a velocidade de fluxo).(Figura 1). , s r e Figura 1 - Eco-Doppler colorido da junção safenofemoral suficiente e pérvia (PITTA , CASTRO , BURIHAN ; 2003). b) Semi-oclusão: O fluxo pode ser fásico ou contínuo. Veia semicompressível, apresentando imagem ecogênica mural, que não oclui totalmente a veia. c) Oclusão: veia de calibre normal ou aumentado, incompressível. Presença de imagem ecogênica, ocluindo totalmente a luz da veia e ausência de fluxo. d) Recanalização: veia de calibre normal, semicompressível. Presença de imagem ecogênica trabeculada com canais anecóicos, onde se evidencia a presença de fluxo (Figura 2), geralmente contínuo, com refluxo venoso, quando se realiza a manobra de VALSALVA. E ocorre resposta reduzida ou normal à compressão distal na coxa ou perna. Figura 2 - Eco-Doppler colorido da veia poplítea com sinais de recanalização (PITTA , CASTRO , BURIHAN ; 2003). e) Refluxo venoso: fluxo em sentido inverso de alta velocidade, com pico elevado de onda e tempo maior que cinco segundos, quando da manobra de VALSALVA. d) Fluxo reverso: fluxo invertido de baixa velocidade, não apresenta pico elevado de onda, quando da manobra de VALSALVA. O diagnóstico clínico e o grau de severidade das varizes de membros inferiores pode ser realizado através de um exame clínico adequado, porém o diagnóstico do refluxo venoso profundo para o sistema venoso superficial, avaliação da perviedade e o sentido do fluxo sanguíneo venoso só é bem avaliado através do eco-Doppler colorido que vem nos dar subsídios importantes para o diagnóstico preciso da doença venosa, além de ajudar no planejamento cirúrgico adequado (4). CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 17 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): O exame físico pode fornecer informações sobre a presença, a localização e a extensão da insuficiência valvular. Contudo, a identificação precisa das fontes de refluxo no sistema venoso é possível somente com a investigação por meios diagnósticos complementares (16). Enfim, o diagnóstico é realizado em três etapas consecutivas, sendo a primeira a anamnese, onde o médico vai ter acesso a todo o histórico da paciente, permitindo o conhecimento da etiologia da doença varicosa. A segunda etapa é o exame físico, que permite através da palpação, a classificação quanto a gravidade das veias varicosas, e por último mas não menos importante, o exame laboratorial, onde realiza-se exames invasivos como a flebografia, e não invasivos, como o eco-doppler colorido. O uso dessas técnicas para diagnosticar o grau de gravidade dessa doença, permite que uma intervenção eficiente seja capaz de evitar a evolução natural para as complicações, que por serem mais complexas e de difícil intervenção, levam muitas vezes o paciente a invalidez. Complicações As varizes ocasionam uma drenagem venosa deficiente, que além de aumentar a pressão venosa, eleva a pressão transmural em capilares e vênulas, produzindo alterações cutâneas, exsudação de líquidos, edema e deficiência na nutrição tecidual. Isso favorece processos inflamatórios, infecciosos, tromboses e necrose tecidual levando a lipodermatoesclerose e a ulcerações (5). Pesquisadores detectaram que quando ocorre refluxo nas veias da panturrilha como resultante primário da insuficiência venosa, a hemodinâmica do retorno venoso que ocorre por meio da contração da bomba muscular da panturrilha será afetada (5). As varizes, se não forem tratadas, podem desenvolver diversas complicações, tais como: eczema que se inicia com coceira, dermatite, flebite, trombose, pigmentação e escurecimento da pele, hemorragias, úlceras (24). Uma das complicações mais graves decorrentes da IVC são as úlceras venosas, que acomete 70-90% no membro inferior. São desencadeadas por diversos fatores como alterações vasculares, metabólicas, hipertensão venosa, varizes secundárias, edema, alterações tróficas na pele dentre outras (25). Enfim, as complicações de varizes podem variar de gravidade como simples manchas cutâneas, ou se persistirem no não tratamento, podem comprometer a capacidade funcional do paciente de tal modo, como o desenvolvimento de hemorragias e futura invalidez.Essas complicações como já citado, afetam as relações sociais desse paciente, que pode gerar não somente uma incapacidade funcional, como até uma futura depressão diante da realidade que essa pessoa vive, dessa maneira, o tratamento, mesmo que não consiga a cura completa, tem o intuito de aliviar e abrandar os sintomas o que permite uma melhora na qualidade de vida. Tratamento Fundamentalmente podem ser consideradas duas modalidades de tratamento: Não cirúrgico e cirúrgico. 1. Não cirúrgico O tratamento não cirúrgico pode ser realizado por meio de: compressão – uso de meias compressivas, bandagens e ataduras; farmacologia – com uso de anticoagulantes e antiinflamatórios, analgesia e antibióticos ou com a escleroterapia que consiste na injeção de agentes esclerosantes orgânicos ou inorgânicos, associado ao uso de meias compressivas. A escleroterapia é um método atual utilizado para substituir as cirurgias em veias de médio e grande calibre. Sendo que já está difundido na Europa e progressivamente mais usado por possuir um menor custo e dispensar algumas inconveniências do tratamento cirúrgico, como: hospitalização, anestesia, cuidados pré e pós operatórios, riscos inerentes à cirurgia e afastamento do trabalho (pois permite imediato retorno às atividades) (26,27). Em 1993 Cabrera patenteou uma microespuma de esclerosantes com O2, CO2 e outros gases fisiológicos, que permitiu o desenvolvimento dessa técnica. Consiste no uso do eco-Doppler para guiar a administração de esclerosante sob a forma de microespuma, que ao deslocar o sangue no interior do vaso, diminui a diluição do mesmo (devido à deposição de microbolhas) e facilita o reconhecimento de sua concentração intravenosa, o que não é permitido sob a forma líquida. A ocupação total do vaso pela microespuma provoca uma ação homogênea e extensa sobre todo o perímetro endotelial, além de possibilitar o controle do tempo de contato do esclerosante com o endotélio, podendo ser aspirada e injetada novamente, sendo sua quantidade injetada reduzida e seu efeito potencializado. (26,27). 2. Cirúrgico É importante lembrar que somente a presença de varizes não é um indicativo para cirurgia. Visto que é um acometimento nas tributárias da veia safena, que por sua vez, vai ser retirada na safenectomia e que pode ser útil posteriormente para um futuro implante. Portanto a indicação cirúrgico só é considerada em casos de varizes avançadas(2)., onde há presença de complicações como úlceras e flebites. Atualmente considera-se também a indicação no conceito de varicectomias, para os pacientes apresentando segmentos varicosos mais exuberantes CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 18 p O e e 2 A c s A g p i c 2 C c O i s a f P p c A i p C A c O p c L q p m D p r d o , e m o Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): pouco apropriados para a escleroterapia, que complementa o tratamento dos vasos menos dilatados. O tratamento cirúrgico das varizes em membros inferiores em pacientes com boa condição clínica e funcionamento normal do enxerto, que é promovido pela revascularização da veia safena magna - melhor substituto, pode ser a opção com resultado mais eficaz e duradouro (13, 29). 2.1 Fleboextração A safenectomia segmentar ou total dependendo dos achados de refluxo, é aperfeiçoada utilizando-se como auxilio o eco-Doppler colorido (13). Pode ser realizada com uso de fleboextratores e/ou por mini-incisões de modo a preservar o máximo possível da veia safena magna, para eventual uso como enxerto vascular (30). Assistimos atualmente ao desenvolvimento de novos métodos de tratamento para a doença varicosa (endovasculares), que promovem grande eficácia e menor agressividade que o tratamento cirúrgico convencional. São indicados no tratamento de veias varicosas de pequeno diâmetro (£ 9 mm) e trajeto linear, como: a obliteração endovenosa por radiofrequência, o laser endovascular, o calor intralumial que teriam a vantagem de ser minimamente invasivos (26). Suas limitações e complicações para varizes primárias são conhecidas, como trombose venosa profunda (TVP), queimaduras cutâneas e lesões do nervo safeno. 2.2 Cauterização com Laser ou Radiofrequência Consiste na aplicação endoluminal de calor com cateteres especiais. Provoca a obliteração da veia em toda a extensão, ou então constrições subvalvulares segmentares (28). O laser ganha crescente aceitação nos tratamentos das veias varicosas por ser uma forma efetiva e segura no tratamento da incompetência da veia safena. Entretanto, as seguintes complicações podem aparecer: queimaduras cutâneas, neurite do nervo safeno, hiperpigmentação e fibrose na região da veia safena interna, podendo desaparecer com o passar dos dias. A escolha do laser a ser utilizado (diodo), do vaso a ser tratado (maior ou menor calibre), e a energia despendida em cada procedimento podem ser fatores, que talvez levem a ocorrência dessas complicações (31). Pesquisadores analisaram outros estudos que mostram frequências maiores de complicações decorrentes desses tratamentos: parestesia local em 36,5%, equimose em 23%, queimadura superficial em 4,8%, flebites superficiais em 6% e hematoma em 0,8% dos casos, contudo, não foram registradas morbidade ou mortalidade significantes (29) . A cirurgia de varizes, embora considerada um procedimento menor e seguro, realizado há cerca de 100 anos com poucas variações, inovações técnicas e com resultados conhecidos, é associada a uma taxa não-desprezível de morbidade cirúrgica, insatisfação do paciente e de alta recorrência (31). Considerações Finais A doença varicosa tem controle e não há, no momento, uma cura definitiva ou tratamento ideal (26), sendo a prevenção um aspecto crucial para se evitar o surgimento ou agravamento de varizes. O exercício físico é considerado atualmente uma medida efetiva de prevenção e tratamento da insuficiência venosa crônica, sendo a prática da caminhada um foco de destaque nos estudos que investigam essa tema, além dos procedimentos de tratamento comuns como os farmacológicos, cirúrgicos e alternativos (compressão elástica) (11). Lembrando que a intervenção eficaz deve respeitar a etiologia e a classificação das veias varicosas. No caso de varizes primárias, aquelas que são de origem ainda controvérsia, mas na maioria das vezes adquiridas em obesos, pessoas que trabalham durante um grande período na mesma posição dentre outros, se não houver uma mudança de hábitos, como postura de trabalho, dieta, sedentarismo, mesmo que se realize a melhor técnica disponível atualmente no mercado, as chances de acontecer recidivas aumentam. Dessa maneira, é necessário reforçar que o conhecimento aprofundado sobre a doença das veias varicosas é de suma importância, pois somente com o conhecimento será possível o desenvolvimento de novas técnicas cada vez mais eficazes e que permitem o retorno as atividades de vida diária mais precoce. Além de aumentar as chances da descoberta da cura definitiva da doença, com o desenvolvimento de novas pesquisas. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 19 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): Referências Bibliográficas: 2 1. Bettmann OL. A pictorial history of medicine. Springfield:Charles C. Thomas; 1979. p. 14-31. 2. Moraes IN. Enciclopédia de cirurgia vascular. São Paulo: Santos; 1988. p.375-383. 3. Evans CJ, Fowkes FGR, Ruckley CV, Lee AJ. Prevalence of varicose veins and chronic venous insuficiency in men and women in the general population: Edinburgh Vein Study. J epidemiol community health .1999;53(3):149–153. 2 v 2 d 4. Pitta GBB, Castro AA, Burihan E. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: Uncisal/Ecmal & Lava; 2003. p.3-17. 2 i 5. Sacchi AA, Castro AA, Pitta GBB, Miranda Junior F. Avaliação da bomba muscular da panturrilha em pacientes portadores de varizes primárias dos membros inferiores através da pletismografia à ar. J Vasc Bras .2007;6(1):25-34. 2 D 6. Seidel AC, Mangolim AS, Rossetti LP, Gomes JR, Miranda Júnior F. Prevalência de insuficiência venosa superficial dos membros inferiores em pacientes obesos e não obesos. J. Vasc. Bras. 2011;10(2):124-130. 2 e 7. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – BVS [Citado em Dicas em Saúde – Varizes; 2005 - acessado em 2013, fev 12] Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/80varizes.html>. 2 8. Abu-Own A, Scurr JH, Coleridge Smith PD. Saphenous vein reflux without incompetence at the saphenousfemoral junction. Br J Surg. 1994;81:1452-4. 9. Gomes OM , Gomes ES. Iliac valve regurgitation disease: implications for the surgical approach of the venous insufficiency in the lower extremities. Rev Bras Circ Cardiovasc. 2002;17(4):339-344. 10. Viarengo LMA, Meirelles GV, Potério Filho J. Tratamento de varizes com laser endovenoso: estudo prospectivo com seguimento de 39 meses. J. Vasc. Bras. 2006;5(3):184-193. 11. Silva GCC, Medeiros RJD, Oliveira LS, Araújo Júnior AT, Niceto RR, Sousa MSC, Athayde Neto RA .Treinamento de Sobrecarga Muscular Não Afeta o Diametro das Principais Veias dos Membros Inferiores em Mulheres Adultas com Insuficiencia Venosa. Ver. Bras. Med. Esporte.2010;16(6):413-7. 12. Barros Junior N, Perez MDC, Amorim J E, Miranda Junior F. Gestação e varizes de membros inferiores: prevalência e fatores de risco. J Vasc Bras 2010;9(2):29-35. 13. Timi JR, Del Valle CE .Cirurgia de varizes dos membros inferiores em receptores de transplante hepático. J Vasc Bras.2009; 8(1):86-8. 14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR REGIONAL DO RIO DE JANEIRO - SBACVRJ. [Citado em Veias desobstruídas; 2012 – acessado em 2013 fev 22. Disponível em : <http://www.sbacvrj.com.br/medico/br/ler/1178/85/veias-desobstruidas>. 15. Maffei FHA. Insuficiência venosa crônica: diagnóstico e tratamento clínico. In: Maffei FHA, Lastória S, Yoshida WB.Doenças Vasculares Periféricas. Rio de Janeiro: Medsi ; 1995. p.1003-11. 16. Lima R, Santiago L, Moura R, Souza C, Evangelista S, Britto RG. Efeitos do fortalecimento muscular da panturrilha na hemodinâmica venosa e na qualidade de vida em um portador de insuficiência venosa crônica. J Vasc Bras. 2002;1:219-26. 17. Cassou M F, Gonçalves PCZ, Engelhorn CA .Probabilidade de refluxo nas veias safenas de mulheres com diferentes graus de insuficiência venosa crônica. J. Vasc. Bras. 2007;6(3):238-46. 18. Secchi F, Miyamotto M, França GJ, Oliveira A,Vidal EA, Timi JRR, Moreira RCR. Prevalência do refluxo na veia safena parva em varizes primárias não complicadas dos membros inferiores pelo eco-Doppler colorido. J. Vasc. Bras. 2006; 5(1):47-52. 19. Christman EF, Raffo JM, Ottolenghi CE, Grolman GV. Técnica Cirúrgica.2ªed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1958. p.1846-56 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 20 2 1 2 t 2 3 3 m l 9 . Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): 20. Moore KL, Dalley AF, Agur AMR. Anatomia Orientada para a clínica.6ª Ed.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2012. p.535-6 21. Dezotti NRA, Joviliano EE, Moriya T, Piccinato CE. Correlation between the hemodynamic gain obtained after operation of primary varicose veins and chronic venous disease classification. Acta Cirúrgica Brasileira. 2011;26(2):115-9. 22. Andrade ART, Pitta GBB, Castro AA, Miranda Júnior F. Avaliação do refluxo venoso superficial ao mapeamento dúplex em portadores de varizes primárias de membros inferiores: correlação com a gravidade clínica da classificação CEAP. J Vasc Bras. 2009; 8(1):14-20. 23. Saliba Júnior AO, Giannini M, Rollo HA. Métodos de diagnóstico não-invasivos para avaliação da insuficiência venosa dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2007;6(3):267-76. 24. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – BVS [Citado em Dicas em saúde – Varizes; 2012 – acessado em 2013 fev 16]. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/247_varizes.html> 25. Frota NM, Rolim LR,Melo EM,de Almeida NG, Barbosa IV,de Almeida DT.Sistematización de la asistencia de enfermería: enfoque en un paciente portador de úlcera venosa. Estudio de caso. Revista electrônica trimestral de Enfermería. 2012;11(4):23-30. 26. Evangelista SSM . Ecoescleroterapia com microespuma em varizes tronculares primárias. J. Vasc. Bras. 2006;5(3):167-8. 27. Bastos FR, Lima AL, Assunção. Ecoescleroterapia de varizes com espuma: revisão de literatura. Rev Med Minas Gerais __ 2009; 19(1): 38-43 28. Rollo HA.Cirurgia de varizes com preservação da veia safena magna: avaliação dos resultados tardios dos pacientes tratados com técnica de ligadura da junção safenofemoral.J. Vasc. Bras. 2008; 7(3):289-90. 29. Medeiros CAF. Cirurgia de varizes: história e evolução. J Vasc Bras. 2006;5(4):295-302. 30.Monteiro ELC, Santana EM. Tecnica Cirurgica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan Editora 2006 31. Soracco JE, D’ámbola JL, Ciucci JL, de Godoy JMP, Belczak CEQ. Complicações no tratamento com laser endovascular em varizes de membros inferiores. J. Vasc. Bras. 2005; 4(4):333-5. J ; CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 21 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): UPCOMING EVENTS EVENTOS CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 22 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 23 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 24 Cardiovasc Sci Forum 2013; 8(3): INSTRUCTIONS TO AUTHORS 1- Objectives: The Cardiovascular Sciences Forum aims to serve all the Cardiovascular Sciences fields of investigation to hold together multiprofessional experience to optimize the generation of new ideas, improving mankind resources in the prevention and treatment of cardiovascular diseases. 2- Advertising: Cardiovascular Sciences Forum does not hold itself responsible for statements made by any authors. Statements or opinions expressed in Cardiovascular Sciences Forum of the authors(s) and do not represent official policy of the Sponsor Institutions unless so especified. No responsability is assumed by the Cardiovascular Sciences Forum Sponsor Institutions any neither by it’s Publising Enterprises, for any injury and/or damage to persons or propertty as a matter of products liability, negligence or from any use or operation of any methods, products, instructions or ideas contained in the material herein. No suggest test or procedure should be carried out unless, in the reader’s judgment, its risk is justified. Because of rapid advances in the medical sciences we recommend that the independent verification of diagnosis and drug dosages should be made. Discussions, views and recommendations as to medical procedure, choice of drugs and drug dosages are the responsability of the authors. Although all advertising material published in Cardiovascular Sciences Forum is expected to conform to ethical (medical) standards, inclusion in this publication does not constitute a guarantee or endorsement by it’s Sponsor Institutions or the Publisher of the quality or value of such product or of the claim made by its manufacture. 3- 4- 5- 6- Papers sent for publication in Cardiovascular Sciences Forum (Editorials, original articles, conferences, case reports, actualizations brief communications) should be related to cardiovascular sciences and unpublished. Although the stem language of the Archives, happens to be English, articles may also be published in spanish or portuguese. When published in spanish or portuguese for original reports an abstract version in english must be included. They should be typed in double spacing on foolscap paper, with 3 cm margins all around and in 3.5” diskettes, Word 6.0 or superior. Illustrations do not need to be printed in diskettes. Manuscripts should be arranged as follow: a) title page consisting of concise and informative title, full name of authors, b) The Service or Institution name should be displayed in the bottom of the first page. Folowing that, the name of the corresponding author, together with the address, phone, fax and e-mail. c) abstract not exceeding 250 words and three key words that can be called in www.decsbvs.br and/or www.nlmnih.gov/ mesh, d) Introduction, e) material and methods, f) results, g) comments, h) conclusions, i) bibliographic references, j) name of the Service or Institution where the study was performed, k) address for correspondence. 7 - All articles should be sent together with a Submission Letter, mentioning the Section in wich the article is to be part of (see list above), statement from the author and co-authors to the fact that all are in agreement with the contents mentioned in the material, making it clear presence or not of conflict of interest and the absence of ethical problem related. That letter must by all means be sent by fax (55 - 31.3452.6514) or by mail. 8- Illustrations and Tables should be printed in separated pages, with their numbers and legends. 9- The Cardiovascular Sciences Forum adopt the Vancouver Norms (www.icmje.org). 10 - Bibliographic references: listed in the order in which they are first mentioned in the text. Identify references in text in arabic numerals within parenthesis marks. Titles of journals are abbreviated according to the Index Medicus / Medline. References should be numbered sequentially, as per appearance in the text, References cannot have indented paragraphs, but lined up on the left. Personal communications and data that have not been published, should not be included in the list of references, but just mentioned in the text and in the footnotes on the page where mentioned. 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 1 - Journals: Author (s) name (s) based on rule explained in item 10.1) - Article title. Journal title (see item 10.1). year; Volume: first page - last page. 2 - Books: Authors (s) name (s) - Title. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: Number of pages (or that specific for reference). 3 - Chapter in a book: Author (s) name (s) of the chapter. Title of the chapter. In: Author (s) name (s) of the book, eds. Title of the book. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: first and last pages of the referred chapter. 4 - Thesis: Autor’s Name, Title (Thesis degree), City, University, Year. 5 - Annals of Congress: Name of the author (s) - Title of the paper published. In: Annals of the... name of the Congress. City: Promoter Society of Institution, Year: page. 11 - “Unpublished observations” and “personnal communications” should not be used as references. They are included in the text, within parenthesis marks, or, if extensive, appear as footnotes. Include among references: papers accepted but not yet published, designating the journal and adding “In press” (within parenthesis marks). CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 25