Comunicado dos Serviços de Saúde datado de 26 de Outubro de 2010 A avaliação preliminar do Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde do ano de 2009 foi concluída, a consciência dos cidadãos em relação à protecção de saúde tem vindo a aumentar progressivamente Na sequência do termo do Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde do ano de 2009, a Autoridade realizou a avaliação preliminar do mesmo, no sentido de tomar conhecimento das mudanças em relação à procura e aos modos de consumo da assistência médica comunitária por parte dos cidadãos, ao longo do período de implementação do Programa. Os trabalhos de liquidação da fase final dos vales de saúde do ano de 2009 terminaram no passado dia 30 de Setembro, 457.895 cidadãos imprimiram os vales de saúde e a Autoridade recolheu mais de 4,1 milhões vales, atingindo a taxa de utilização os 90% e envolvendo uma comparticipação de cerca de 206 milhões patacas. De acordo com os dados dos Serviços de Saúde, relativamente ao hábito de consumo dos cidadãos, geralmente os vales de saúde foram utilizados no tratamento das doenças não graves ou na manutenção da saúde, 84.26% dos vales de saúde foram utilizados pelos próprios beneficiários, dos quais 48,92% foram utilizados na assistência médica tradicional chinesa e os restantes foram aplicados na realização de exames físicos ou no tratamento das doenças não graves nos consultórios de médicos ocidentais, dentistas ou nas policlínicas. A partir dos dados disponíveis, os Serviços de Saúde também tomam conhecimento mais pormenorizado sobre a situação de exercício dos direitos transferidos. A maioria das transferências foi dos filhos para os pais e foi relativamente menor a transferência para o cônjuge. De acordo com a situação de recolha dos vales de saúde das unidades médicas de diferente natureza, na área da medicina ocidental, mais cidadãos utilizaram os vales de saúde separadamente ou optaram pela transferência dos mesmos para os elementos da família, implicando que é significativa a eficácia de aplicação dos vales de saúde neste âmbito. Na fase inicial da implementação do Programa, a Autoridade verificou a prática de algumas irregularidades por uma parte dos profissionais do sector, tais como o estabelecimento de condições para a utilização dos vales de saúde ou a cobrança de emolumentos e, por isso, reforçou de imediato várias medidas tais como divulgar as respectivas informações, instar com as unidades privadas de saúde para 1 que afixassem as instruções de utilização e efectuar vistorias, no intuito de aperfeiçoar o mecanismo de supervisão. Quanto ao comportamento de algumas farmácias da medicina tradicional chinesa de aceitarem vales de saúde para a aquisição de medicamentos chineses, como ginseng, chifre de veado e delícias do mar, apesar das dificuldades na sua verificação, a Autoridade adoptou as medidas de supervisão e vistorias activas para perseguir os comportamentos irregulares. No Programa do ano de 2009, a Autoridade rescindiu o acordo com 5 unidades privadas de saúde aderentes, das quais 4 foram médicos que exerceram a profissão nas farmácias de medicina tradicional chinesa. Para além disso, a Autoridade também emitiu advertência a 48 médicos, tendo-lhes aconselhado que melhorassem as condições sanitárias do seu estabelecimento de actividade e o arquivamento das informações clínicas e prescrições. Depois de realizadas as vistorias repetidamente por mais do que um ano, as irregularidades diminuíram substancialmente. Desde a activação do Programa do ano de 2010 no dia 1 de Agosto do corrente ano, cumulativamente mais de 290 mil residentes imprimiram os vales de saúde, significando que mais de metade dos beneficiários qualificados imprimiram os seus vales, o que se traduz em que o Programa continua a receber apoios do público em geral. O grau de participação dos profissionais do sector de saúde também é satisfatório e, actualmente, 623 unidades privadas de saúde e 1015 médicos aderiram com sucesso ao Programa deste ano, dos quais os médicos ocidentais ocupam a maior percentagem, seguidos pelos médicos tradicionais chinesas e policlínicos. A fim de ainda melhor controlar as eventuais irregularidades praticadas pelo sector e pelos profissionais no acto de receberem os vales de saúde, a Autoridade activou um mecanismo de vistoria de rotina, tendo procedido à vistoria de 70 unidades no primeiro trimestre e, em Novembro deste ano, desenvolverá a vistoria de rotina do segundo semestre para garantir que todas as unidades aderentes cumprem as normas do Programa, sobretudo, as relacionadas com o arquivamento de informações clínicas e prescrições e o cumprimento da Lista de Medicamentos Tradicionais Chineses. Até agora, durante a vistoria de rotina verificaram-se 31 unidades infractoras, das quais 3 se obrigaram a apresentar à Autoridade justificação escrita em relação à infracção que praticaram e o acordo de 1 unidade foi rescindido. 2