Trabalho nº 3929
DESAFIOS INTERDISCIPLINARES NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO E
TRABALHO EM SAÚDE URBANA NA COMUNIDADE VILA SOSSEGO
Temário: Relato de Pesquisa / Cuidado em Saúde
Modalidade preferida pelo Autor: Comunicação Oral
Autores:
Alzira Maria Baptista Lewgoy / LEWGOY, A.M.B / UFRGS
Maria Inês AZAMBUJA / AZAMBUJA,M.I / UFRGS
Elisa L.WAQUIL / WAQUIL,E.L. / UFRGS
Gabriela Zanin / Zanin,G. / UFRGS
Pamela Carolina Pasqualotto ROSSETTO / ROSSETTO, P.C.P. / UFRGS
João H. KOLLING / KOLLING,J.H. / UFRGS
Introdução: O projeto de pesquisa nasce da experiência de Projeto de
Extensão Comunitária, para aprofundamento do diagnóstico sócio-demográfico
e ambiental do contexto local e da organização da prestação de serviços,
desafiando o grupo a refletir, de forma interdisciplinar, sobre a adequação da
formação profissional às necessidades e demandas locais, e sobre o papel da
universidade na promoção da cidadania
Objetivos: Caracterizar o perfil da Comunidade com dados epidemiológicos,
sociodemográficos e qualidade de vida; Identificar fatores que mobilizam a
comunidade para o acesso aos direitos de cidadania; Identificar os desafios
para o trabalho interdisciplinar
Metodologia:
Perspectiva
mista
quali-quanti.
Caracterização
socio-
demográfica das habitações e da população, e coleta suplementar de
informações referentes à saúde e qualidade de vida. Compreensão dos sujeitos
pesquisados, composta por entrevistas semi-estruturadas realizadas em tres
grupos da comunidade: idosos, adultos e adolescentes, e um grupo focal com
lideranças. Fontes de informações primárias: a) os moradores da Vila Sossego
atendidos pela Unidade Básica de Saúde do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre/Santa Cecília. A pesquisa de campo foi organizada de forma a atingir a
totalidade dos moradores da comunidade Vila Sossego (Censo). Pesquisa
aprovada pelo comitê de ética em Pesquisa da UFRGS.
Resultados: A Vila Sossego é um local com infraestrutura e condições de
saneamento relativamente precários e heterogênea com relação à educação e
renda. Em sua maioria, as famílias não são extremamente pobres. Há um
déficit importante de escolarização dos jovem adultos, especialmente entre o
primeiro e o segundo graus, embora o acesso ao terceiro grau esteja
aumentando, por comparação à todos com mais de 15 anos. A cobertura
populacional por serviços de saúde e assistência é bem alta. Embora seja uma
área irregular de moradia, com problemas crônicos na qualidade das
habitações e no saneamento, tem muito mais acesso a serviço e renda mais
elevada que as periferias mais distantes do centro da cidade
Conclusões/Considerações: A pesquisa deu aos moradores a possibilidade
de se verem melhor e conhecerem suas potencialidades e vulnerabilidades.
Oportunizou ainda à UBS o início de uma avaliação sobre a ficha A do SUS,
com potencial para melhorias; aos docentes e acadêmicos da UFRGS, permitiu
um conhecimento mais aprofundado do território e a qualificação do projeto
InterSossego, e dos temas interdisciplinaridade e intersetorialidade na relação
com a saúde nas cidades
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