TRATAMENTO DAS FISTULAS ARTERIO·VENOSAS COM OCLUSAO INTRALUMINAR COM CATETER DE FOGARTY Ricardo Aun' Hilton Waksman" MillC'.,J. Bechara'" Maxi~iano T. V. Albers"" Berilo. Langer"" L. E. Puech-Leao"'" 5ao apresentados quatro casos de fistulas arteriovenosas tratado$ com oclusao intraluminar com cateter de Fogarty. Um dos casos correspondia fistula gltJtea. oois pacientes apre· sentavam fistula car6tido-jugular e um dos pacientes apresentava fistula vertebral. A tecnica consiste na introdur;ao de cateter de Fogarty e preenchimento do balao ao nivel do segmento distal da arteria, com oclusao da fistula do vaso. A evolur;ao foi boa nos quatro pacientes e nao houve recidiva ate quatro meses de p6s-operat6rio. Nao se registraram complicar;6es locais de procedimento. a A corre<;:ao cirurgica das fistulas arteriovenosas traumcHicas exige, com frequencia, procedimentos de grande porte. A morbidade e mortalidade podem ser determinadas por lesoes iatrogenic as decorrentes de complexidade do procedimento, quer pela via de acesso quer por hem orragia provocada por falta de controle adequado dos segmentos proximaise distais da arteria e da veia. Particularmente, as fistulas arterio-venosas que envolvem as arterias carotida interna e vertebral, exigem procedimentos extensos potencialmente graves como a craniotomia occipital ou temporal. Recentemente, com 0 desenvolvimento de cateteres e baloes para tratamento das fistulas carotido-cavernosas o tratamento das fistulas arteriovenosas teve seu porte reduzido, e a aplica<;:ao deste metodo pode ser ampliada. Particularmente quand~ 0 controle dos segmentos distais da arteria e da veia requer cirurgia extensa, a utiliza<;:ao da oclusao intraluminar e util. Com 0 objetivo de tornar a agressao cirurgica nor porte, bem como diminuir a morbidade e dade, apresentamos quatro casos em que fistulas venosas de dificil' acesso cirurgico saG tratadas de oclusao intraluminar e ligadura proximal. de memortaliarterioatraves CASO 1 - Trata-se de paciente do sexo masculino, com 47 an os de idade que em abril de 1986 foi vitima de urn ferimento por projetil de arma de fogo, sendo que o oriflcio de 'entrada se localizava no hipogastrio. Nao haviam sinais clinicos de lesao de orgaos abdominais, mas a ausculta havia sopro continuo com refor<;:o sist6lico na regiao glutea esquerda. A radiografia simples de abdomen revelava a presen<;a de projetil e fragmentos deste junto a asa do osso ilfaco. Apresentava-se a admissao com pressao arterial de 14x8cmHg, frequencia de pulso de 92 batimentos por minuto e nada alem. Os pulsos perifericos eram normais. Trabalho realizado na Disciplina de Ctrurgia Vascular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo. (Prof. Dr. L.E. Puech Leao) " '" "" "'" Mestre em cirurgia - Medico Assistente Medico Residente 4? ano Receptor Professor Livre-Docente Professor Titular Fig. 1 (Caso 1) - Arteriografia seletiva de arteria hipogastrica evidenciando fistula arteriovenosa traumatica. Observa- se 0 projetil dellrma de fogo na proximidade. Com 0 diagnostico de fistula arteriovenosa glUtea foi submetido a arteriografia seletiva ja arteria hipogastrica e ilfaca externa esquerda, que revelou a presen<;a de ffstula arteriovenosa de arteria e veia glutea. 0 paciente foi entao submetido a cirurgia, que consistiu de via de acesoantero lateral obliqua extraperitonal com abordagem da origem da arteria hipogastrica. Apos pin<;amento desta arteria 'procedeu-se a arteriotomia longitudinal com introdu<;ao de cateter de Fogarty 4F. A ponte do cateter foi posicionada ao nivel da ffstula com auxflio de radioscopia, sendo entao 0 balao insuflado com l.Occ de solu<;ao de diatrizoato de sodio em solu<;ao a 50%. o cateter foi seccionado sobre si mesmo de forma a ocluir seu oriffcio. Foi entao feita a ligadura proximal da arteria hipogastrica. o paciente foi revisto 8 meses apos a cirurgia e evoluia bern, sem intercorrencias e com oclusao de ffstulq .. CASO 2 - Paciente pardo, com 28 anos de idade que em 27 de Novembro de 1986 foi vitima de agressao por faca com ferimento penetrante na face postero-lateral direita no pesco<;o. Ao exame clinico nao haviam sinais de lesao neurologica periferica no membro superior direito. Os pulsos carotideo direito e os dos membros superiores eram normais. A ausculta notava-se sopro e fremito contfilUo Com refor<;osi§tOlico irradiado pelo pesco<;o e pela fossa supraclavicular direita. A pressao arterial era de 12x8 e a frequencia do pulso de 84 batimentos por minuto. Como antecedentes relatava epilepsia controlada com (Fenobarbital e Fenitoina). Fumava 2 ma<;os de cigarros por dia. Foi submetido a arteriografia por cateterismo percutaneo de arteria femoral·que firmou 0 diagnostico de fistula arteriovenosa vertebral direita a cerca de 1,5cm da origem desta, junto a arteria subclavia. Os demais exames estavarri, entao, normais. foi reconhecida e feita a ligadura dos ramos proximal e distal da veia e proximal da, arteria. Nesta ocasiao houve dificuldade em se promover 0 pin<;amento da extremidade distal da arteria, que se colocava no interior do canal vertebral, optando-se pela oclusao intraluminar com balao de Fogarty 3F in sufi ado com 0,5ml de solu<;ao de diatrizoato de sodio. 0 cateter foi seccionado a 3cm do balao e ocluido atraves de ligadura com gram po metalico. 0 paciente evoluiu bem sem sinais de recidiva da ffstula .ate 4 meses de pos-operatorio. No 7~ P.O. foi realizado controle radiogratico que mbstrou 0 cateter em posi<;ao adequada. CASO 3 - 21/11/87 - Paciente do sexo masculino, branco, com 33, anos de idade com ferimento por projetil de arma de fogo, cujo oriffcio de entrada situava-se na regiao malar direita eo. projetil se colocava ao nivel da ap6fise mastoide. Por,ocasiao da admissao apresentava tumora<;ao pulsatil que ocupava 0 ter<;o superior da face anterp-lateral direita do pesco<;o com sopro continuo e refor<;o sistolico. Apresentava paresia do membro superior esquerdo que regrediu no 3~ dia decorrido do traumatismo. Foi submetido a angiografia digital de troncos supraaotticos por cateterismo percutaneo da arteria femoral que mostrou ffstula arteriovenosa de arteria.carotida e veia jugular direitas, no 1/3 superior do pesco<;o, com imagem sugestiva de falso aneurisma ao nivel do ferimento. Feita a angiografia de carotida contralateral revelou enchimento satisfatorio dos hemisferios direito e esquerdq atraves da circula<;ao colateral via arteria comunjcante anterior. Fig. 3 (Caso 3) ....:.Arteriografla digital por subtra~iio, seletiva de carotida interna direta, evidenciando fistula arteriovenosa carotido jugular e falso aneurisma traumatico. Fig. 2. (CasQ 1) - Radiografia simples de abdome evidenciando 0 baliio preenchido por material radiopaco em posil;iio de oclusiio da fistula. , 0 paciente foi operado 7 dias aposo trauma, atraves de incisao combinada supraclavicular direita e longitudinal paralela a borda medial do musculo esternocleidomastoideo direito. Foi feita a abordagem de ffstula com reparo proximal da arteria subclavia direita. A ffstula o paciente foi operado 18 dias decorridos do trauma, com recupera<;ao das fun<;6es neurologicas do membro superior esquerdo. A via de acesso empregada foi cervicotomia longitudinal na borda anterior do musculo esternocleidomastoideo. Foi feito reparo proximal e distal da veia jugular intern a e reparo proximal da arteria carotida interna. 0 controle do co to distal da arteria carotida interna foi feito pela introdu<;ao de cateter de Fogarty atraves de foramen petroso. 0 balao foi insuflado com 1.0cc de solu<;ao salina, sendo 0 cateter seccionado a 5cm da extremidade. Feita a ligadura dos cotos venosos Tratamento de FA V com Fogarty c proximal da arteria t a cavidade do falso aneurism a preenchida com cianoacrilato. 0 paciente evoluiu bem sem sinais de recidiva ou outras complica<;oes locais ate 2 meses decorridos da opera<;ao. Apresenta-se sem sinais neurol6gicos. CASO 4- Paciente de 16 anos, negro, sexo masculino, que ha 8 meses foi vftima de ferimento cervical por projetil de arma de fogo, cujo orificio de entrada situ.ava-se ao nivel do angulo esquerdo da mandfbula e 0 oriffcio de saida na regiao submandibular direita. Na ocasiao procurou socorro medico, porem teve alta urn dia depois do trauma sem recomenda<;oes e sem ter side submetido a qualquer interven<;ao. Cerca de 2 semanas ap6s come<;ou a sentir pulsa<;oes e zumbido em ouvido direito, que de tao intenso procurou socorro medico. Fig. 4. (Caso 3) - Radiografia simples de face mostrando 0 bahio insuflado com substancia radiopaca (seta), em posi~ao de oclusao de fistula arteriovenosa. Na admissao apresentava pressao arterial braquial de 12 x 7 e frequencia de pulso de 84 batimentos por mi.nuto. Havia sopro continuo com refor<;o sist6lico, de intensidade forte na face antero lateral direita do pesco<;o, desde a ap6fise mast6ide, onde era mais rude ate a furcula. 0 restante do exame fisico estava norm~1. Foi submetido a arteriografia digital por cateterismo percutaneo da arteria femoral que revelou fistula arteriovenosa c~r?tido-jugular direita ao nivel do foramen patroso. A InJe<;ao de contraste pela outra car6tida revelou circula<;~o colateral adequada do hemisferio esquerdo para 0 dHelto atraves de arteria comunicante anterior. o paciente foi, entao, operado, em 18 de Fevereiro de 1987, submetido a cervicotomia longitudinal direita na borda anterior do musculo esternocleidomastoideo. Feito os reparos na veia jugular interna e car6tida comum externa e interna, nao se conseguiu abordar a fistul~ mesmo ap6s a luxa<;ao de articulac;ao temporo-mandibular e a sec<;ao do cabo superior do musculo esternocleidomastoideo. Assim, optou-se pela Iigadura da arteria car6tid~ interna junto a sua eme'rgencia e a colocac;ao de balao para oclusao do cClto distal da arteria e ·da fis.t~la. Foi colocado cateter de Fogarty 5F e 0 balao fO! Insufladocom 1,5ml de solulSao de diatrizoato de sadio e a coloca<;ao foi acompanhada atraves de fluoroscopia. o paciente teve boa evolu<;ao, sem altera<;oes neurolagicas ou locais, recebendo alta hospitalar no 5~ P.O. e atualmente com cerca de 2 meses de evoluc;ao. o tratamento clrurgico das fistulas arteriovenosas traumaticas foi iniciado por volta do seculo XVIII. Desde entao e particularmente, desde 0 inicio do corrente secu10, urn grandenumero de trabalhos procurando definir a fisiopatologia das fistulas arteriovenosas bem como preparando varios tratamentos foi pUblicad~· .. De modo geral, era aceito que as fistulas arteriovenosas, em sua fase cronica poderiam ser submetidos a a Hgad'ura quadrupla, ou seja, ao bloqueio cirurgico das extremidades proximal e distal da arteria e da veia comprometida. Este fate se baseia na riqueza de circula<;ao colateral desenvolvidii a partir da fistula arteriovenosa, causada pela diferen<;a de pressao entre os segmentos proximal e digtal de arteria e veia. Foi entao admitido que a forma ideal de tratamento cirurgico desta era manter 0 paciente em observa<;ao na fase aguda eaguardar, no mfnimo, dois meses para poder ,rata-Io cirurgicamente. Nas decadas de 40 e 50, durante os conflitos militares iniciou-se 0 tratamento cirurgico imediato das fistula~ a~t~riove~osas traumaticas. Porcurou-se mudar 0 prinClplO de hgadura dos quatro cotos e 0 desenvolvimento de tecnicas de restaura<;ao arterial tornou frequente a manuten<;:1o do fluxo arterial. Mais recentemente, 0 melhor apuro tecnico dos materiais de sutura e instrumental cirurgico popularizou a restaura<;ao venosa. Assim, hoje em dia, e comum tratar-se fistulas arteriovenbsas com restaura<;ao das arterias e veias concomitantemente e na fase aguda. Outras formas de tratamento cirurgico colocadas entre o bloqueio completo e a restaurac;ao de ambos vasos sac indicados em situa<;oes particulares conforme os vasos iinplicados e a localiza<;ao das fistulas. o desenvolvimento de baloes destacaveis tornou acessivelo tratamento das fistulas de vasos cerebrais, particularmente da fistula car6tida cavern os a antes de elevada mortalidade. 0 balao de Debun pode ~er entao utilizado ~ara oblitera<;ao de arteria, de veia ou do pr6prio trajeto flsculoso. No entanto, nao po de ser utilizado nas fistulas mais proximais de maior calibre sobre 0 risco de nao oclui-Ia alem da possibilidade de migrac;ao. Reserva-se entao para ffstula as vasos cerebrais. o bloqueio completo de fistula pode ser, entao, realizado ~traves de metodo de menor porte, com varias c~mphca<;oes habituais a cirurgia convencional, que imphca em grande dissec<;ao e descolamento. Nos quatro casos apresentados na presente serie ha urn fato comum a todos que e a impossibilidade de acesso cirurgicoa comunicac;ao fistular. Nestas situac;oes, empregou-se acoloca<;ao de baloes na fistula no cota distal de arteria promovendo a ligadura cirurgica do coto proximal e a Iigadura venosa, que foi realizada em dois casos e manutenc;ao do fluxo venoso em outros dois. ' Tratamento de FAV com Fogarty Nos casos 1 e 2 a Iigadura arterial e considerada impune, por ncio trazer conseq.uencias isquemicas pela natureza dos vasos acometidos, porem lias fistulas car6tidajugulares, a ligadura da arteria carotid a intern a e considerada risco potencial de graves sequel as neurol6gicas. Com 0 objetiyo do estudo completo de circula~ao cerebral utilizamos a angiogtafia contralateral que em ambos os casos mostrou enchimento do hemisferio do lado comprometido atraves do poligono de Wyllis. Esta situa~ao tern sua explica~ao pelo fato de a fistula arteriovenosa criar condi~oes hemodinamicas por desviar 0 sangue do territ6rio arterial proximal e distal' para a veia, promovenda verdadeiro "roubo", Assim sendo, nas fistulas arteriovenosas de arteria car6tida e jugular 0 estudo completo de circula~ao craniana e importante para planejamento do tratamento cinlrgico. Nao houve sequelas neurol6gicas nos dois casos emquestao. A monoparesia braquial presente no momenta da admissao no caso 3 e explicada pelo desvio do sangue do hemisferio correspondente ou por emboliza~aode trombo ao nivel do ferimento. A tomografia computadorizada nao revelou infarto cerebral e houve melhoria .clinica nipida. . No casol, a finalidade do cateter foi oclusao do coto distal da arteria, por haver impossibilidade de se realizar o pin~amento. Varias tecnicas sao propostas para ligadu. ra do segmentode arteria vertebral no canal vertebral, na via deregra implicam em outr~s vias de acesso relacionadas com elevada morbidade,pela dificuldade de execu~ao, e pela presteza que sao necessarias. Nao raro ha.necessida~e de craniotomia suboccipital, atraves da qual a arteria vertebral e ocluida para tratamento de aneurism as intradurais. A utiliza~ao dos cateteres de Fogarty como metoda de oclusao de fistula A-V tern base portanto na confirma~ao de duas tecnicas, a primeil'a, dese promover a ligadura do segmento distal da arteria que nestas situ a~oes e de diffcil ou impossivel abordagem cinlrgica, associando-a ao tratamento dos outrosvasos que sao parte da f{stula. 0 metodo pode tambem ser empregad() nos paci~tes com fistulas de alto e grande calibre, nos quais o tratamento exclusivo com baloes destacaveis nao pode ser empregado. Four cases of arterio-venous fistulae treated by intraluminal occlusion with a Fogarty balloon catheter are presented. One case had a fistula of the gluteal vessels. Two fistulas were between the carotid artery and jugular vein and fourth case presented with a fistula of the vertebral artery and vein. The occluding technique consists in introducing a Fogarty catheter and inflating the balloon at the level of the communication. There were no complications and up to four months no recurrence was observed. BIBLIOGRAFIA LHALLOWELL citado por RICHN '- Vascular Trauma, W.B. Saunders Company, Philadelphia, 1978, pg. 218. 2. HOLMAN E - Clinical and experimental observation on arteriovenus fistula. Ann Surg· 112: 840 1940. ' , 3. DeBA~?, ME; SIMEONE FA - Battle injuries of artenes IIIWorld War II: an analysis of 2471 cas~s, AIJ.nSurg, 123: 534, 1946. 4. HUGHES CW -Acute vascular trauma in Korean War casualites: an analysys of 180 cases. Surg Gynecol'Obstet 99: 91, 1954. 5. 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