O MERCADO DE FERTILIZANTES NO BRASIL DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS DE POLÍTICAS Autores: Ali Aldersi Saab Ricardo Almeida de Paula SUMÁRIO O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO O PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO A DEMANDA DE FERTILIZANTES OS PREÇOS DOS FERTILIZANTES CONCLUSÕES RECOMENDAÇÕES E PROPOSTAS AÇÕES FUTURAS A OFERTA DE FERTILIZANTES Diagnóstico A CADEIA PRODUTIVA 1-O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO ATÉ 1992 AS EMPRESAS ESTATAIS ESTAVAM NO COMANDO DA PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES Petrobrás 100% Ultrafértil 100% Fosfértil EM 1992 SE INICIA O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DA FOSFÉRTIL Fertifós Petrobrás 1992 69,88% 100% 0,0% Fosfértil 1992 30,12% Outros Ultrafértil EM 1993 SE INICIA O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DA ULTRAFÉRTIL Fertifós 69,88% 30,12% Outros Fosfértil 100% Ultrafértil 1993 Petrobrás 0,0% PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO 1993 Fertifós 69,88% 30,12% Outros Fosfértil 100% Ultrafértil PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO 1993 Quem?? Quem?? ???? Fertifós 69,88% Outros?? 30,12% Outros Fosfértil 100% Outros?? ???? Ultrafértil Quem?? Quem?? ACIONISTAS DA HOLDING FERTIFÓS E OUTROS EM 1993 Fertibrás Ouro verde 12,76% IAP Manah 4,84% 23,07% 10,0% Fertiza Fertifós 23,07% 1992 23,07% Solorrico 69,88% Takenaka Ouro Verde 6,17% Fosfértil 0,87% 1992 10,96 2,35% Outros Dijon Participações (CVRD) 100% 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar Cargill Fertilizantes FERTIFÓS E SEUS ACIONISTAS APÓS PRIVATIZAÇÃO EM 1994 PRINCIPAIS EMPRESAS QUE ESTAVAM NO MERCADO EM 1994 Bunge Adubos Trevo Fertibrás Serrana S.A 1938 12,76% 4,84% Agrofértil I FC Amoniasul Atta -Kill 23,07% IAP 10,0% Manah Takenaka/ Ouro verde Fertiza Fertifós 1992 23,07% 69,88% 23,07% 6,17% 0,87% Fosfértil 1992 Fosbrasil Fertisul EleQueiroz Solorrico 10,96 Dijon Participações (CVRD) 100% Cargill Fertilizantes 2,35% Fospar Outros 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar 2-O PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO AQUISIÇÕES E FUSÕES AQUISIÇÕES EFETUADAS DE 1996 ATÉ INÍCIO DE 1998 (Bunge-Serrana X Fertisul + Elequeiroz) 100% Bunge Adubos Trevo Fertibrás Serrana S.A 12,76% 1938 Agrofértil 4,84% I FC Amoniasul Atta -Kill 23,07% IAP Manah 10,0% Fertifós 23,07% 1992 69,88% Takenaka/ Ouro verde Fertiza 23,07% Solorrico 6,17% 0,87% Fosfértil 1992 10,96 Fosbrasil Fe rtisul 1996 100% EleQueiroz 1998 2,35% 100% 100% Dijon Participações (CVRD) Cargill Fertilizantes Fospar Outros 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar OUTRAS AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 1998 (Bunge X IAP + Takenaka/Ouro Verde) 100% Bunge Adubos Trevo Fertibrás Serrana S.A 12,76% 1938 4,84% Agrofértil I FC Amoniasul Atta -Kill 100% IAP 23,07% 1998 Manah Fertifós 23,07% 10,0% 1992 69,88% 5 0% Takenaka/ Ouro verde 23,07% Fertiza Solorrico 6,17% 1998 0,87% Fosfértil 1992 10,96 Fosbrasil 100% Fe rtisul 1996 100% EleQueiroz 1998 2,35% 100% Dijon Participações (CVRD) Cargill Fertilizantes Fospar Outros 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar FERTIFÓS – VOTOS NO CONSELHO ATÉ 1998 Fertifós - N° votos no Conselho antes das Operações 1 2 Bunge Serrana 1 Manah Solorrico Fertibrás 1 Fertiza 2 Ouro Verde 2 Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos sites das Empresas. AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 1999 (Cargill X Solorrico e Bunge X Fosbrasil) 100% Bunge Adubos Trevo Fertibrás Serrana S.A 12,76% 1938 Amoniasul 4,84% Agrofértil I FC Atta -Kill 100% IAP 23,07% 1998 Manah Fertifós 23,07% 10,0% 1992 69,88% 5 0% Takenaka/ Ouro verde 23,07% Fertiza Solorrico 1999 6,17% 100% 1998 Fosfértil 0,87% 1992 100% 10,96 Fosbrasil Fe rtisul 1996 100% EleQueiroz 1998 2,35% 100% 100% Dijon Participações (CVRD) Cargill Fertilizantes Fospar Outros 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar AQUISIÇÕES EFETUADAS NO INÍCIO DE 2000 (BungeXManah CargillXFertiza FertibrásXAgrofertil e Atta) 100% Bunge Adubos Trevo Fertibrás Serrana S.A 100% 12,76% 1938 Agrofértil 2000 I FC Amoniasul 4,84% Atta -Kill 2000 100% IAP 23,07% 1998 100% Manah Fertiza Fertifós 23,07% 10,0% 1992 2000 69,88% 5 0% Takenaka/ Ouro verde 23,07% 6,17% 2000 Solorrico 1999 100% 1998 Fosfértil 0,87% 1992 100% 100% 10,96% Fosbrasil Fe rtisul 1996 100% EleQueiroz 1998 100% 2,35% 100% Dijon Participações (CVRD) Cargill Fertilizantes Fospar Outros 1,37% Ultrafértil 1993 Fertipar COMO FICARAM AS PARTICIPÇÕES ACIONÁRIAS DAS EMPRESAS NA FERTIFÓS NO INICIO DE 2000 Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos sites das Empresas. FERTIFÓS – VOTOS NO CONSELHO ACIONÁRIO APÓS AS FUSÕES E AQUISIÇÕES Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos sites das Empresas. RESTANTE DAS AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 2000 (Bunge Fertilizantes YaraXTrevo Cargill e FertiparXFospar) Bunge Fertilizantes Y A RA 100% 2000 100% Adubos Trevo Fosbrasil 100% Fertibrás Serrana S.A 2000 1938 100% 12,76% 100% Agrofértil Amoniasul 2000 I FC 100% 2000 23,07% Manah 2000 10 0% Atta - Kill IAP 1998 100% 4,84% Takenaka/ Ouro verde Fertiza Fertifós 23,07% 2000 10,0% 1992 69,88% 23,07% 6,17% Solorrico 1999 1998 100% Fosfértil 0,87% 1992 100% Cargill Fertilizantes 62 % Fertisul 1996 100% 100% 10,96% 100% EleQueiroz 1998 2,35% Dijon Participações (CVRD Fospar Outros 2000 1,37% Ultrafértil 1993 38% Fertipar AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 2003 (Bunge X Dijon CVRD e Bunge X Cajatí integralização ) Bunge Fertilizantes Y A RA 100% 2000 2000 100% Adubos Trevo Fosbrasil 100% Fertibrás Serrana S.A 2000 1938 100% 12,76% 100% Agrofértil Amoniasul 2000 I FC 100% 2000 23,07% Manah 2000 10 0% Atta - Kill IAP 1998 100% 4,84% Takenaka/ Ouro verde Fertiza Fertifós 23,07% 2000 10,0% 1992 69,88% 23,07% 6,17% Solorrico 1999 1998 100% Fosfértil 0,87% 1992 100% 62 % 10,96 2,35% 100% EleQueiroz 1998 100% Cargill Fertilizantes Fe rtisul 1996 100% 100% Dijon Participações (CVRD ) 2003 Fospar Outros 2000 1,37% Ultrafértil 1993 38 % Fertipar AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 2004 (Yara X Fertibrás e Várias X IFC) Bunge Fertilizantes Y A RA 100% 2000 100% 100% 10 % Adubos Trevo Fosbrasil 100% 45 % Fertibrás Serrana S.A 2000 2004 1938 100% 12,76% 100% Agrofértil Amoniasul 2000 I FC 100% 4,84% 2000 1998 100% 23,07% 45 % Manah 2000 10 0% Atta - Kill IAP Takenaka/ Ouro verde Fertiza Fertifós 23,07% 10,0% 1992 69,88% 23,07% 6,17% 2000 Solorrico 1999 1998 100% Fosfértil 0,87% 1992 100% 62 % 10,96% 2,35% 100% EleQueiroz 1998 100% Cargill Fertilizantes Fe rtisul 1996 100% 100% Dijon Participações (CVRD) 2003 Fospar Outros 2000 1,37% Ultrafértil 1993 38 % Fertipar OUTRAS AQUISIÇÕES EFETUADAS EM 2004 (Mosaic X Cargill Fertilizantes) Bunge Fertilizantes Y A RA 2000 2000 100% 100% 100% 10% Adubos Trevo Fosbrasil 100% 45 % Fertibrás Serrana S.A 2000 2004 1938 100% 12,76% 100% Agrofértil Amoniasul 2000 I FC 100% 4,84% 2000 1998 100% Takenaka/ Ouro verde MOSAIC 2004 23,07% 45% Manah 2000 10 0% Atta -Kill IAP Fertifós 23,07% 1 00 % Fertiza 1992 69,88% 6,17% 10% 2000 23,07% Solorrico 1999 1998 100% Fosfértil 0,87% 1992 100% 2004 62 % Fe rtisul 1996 Cargill Fertilizantes 2,35% 10,96 Fospar 100% EleQueiroz 1998 100% 100% Dijon Participações (CVRD) 2003 Outros 2000 1,37% Ultrafértil 1993 38 % Fertipar COMO FICARAM AS EMPRESAS APÓS 2004 Bunge Fertilizantes 2000 2000 100% 100% Fosbrasil 100% 100% Y A RA 10% Adubos Trevo 45 % Fertibrás Serrana S.A 2000 2004 1938 100% 12,76% 100% Agrofértil Amoniasul 2000 I FC 100% 4,84% 1998 100% Takenaka/ Ouro verde MOSAIC 2000 23,07% 2004 45 % Manah 2000 10 0% Atta -Kill IAP Fertifós 23,07% 100 % Fertiza 10,0% 1992 69,88% 23,07% 6,17% 2000 Solorrico 1999 1998 100% Fosfértil 0,87% 1992 100% Cargill Fertilizantes 2004 62,% Fertisul 1996 10,96 2,35% Fospar 100% EleQueiroz 1998 100% 100% Dijon Participações (CVRD ) 2003 Outros 2000 1,37% Ultrafértil 1993 38 % Fertipar FERTIFÓS – MARKET SHARE DAS EMPRESAS APÓS 2004 Bunge Fertilizantes 52,31% 12,76% YARA Fertifós MOSAIC Fertipar 33,07% 1,37% A FOSFÉRTIL Fonte: www.fosfertil.com.br Fosfértil e Ultrafértil 1- Complexo Industrial de Piaçagüera (SP): Produção de amônia, ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, DAP (fosfato de diamônio), MAP (fosfato de monoamônio) e nitrato de amônio solução e perolado; 2- Complexo Industrial de Cubatão (SP): Produção de ácido nítrico diluído e concentrado, nitrato de amônio solução e nitrato de amônio de baixa densidade; 3- Complexo Industrial de Araucária (PR): Produção de amônia e uréia; 4- Complexo Industrial de Uberaba (MG): Produção de ácido sulfúrico, ácido fosfórico, ácido fluossilícico, MAP (fosfato de monoamônio), TSP (superfosfatotriplo) e SSP (superfosfatosimples); 5- Complexo de Mineração de Tapira: Exploração de jazidas de fósforo para produção de concentrado fosfático e ultrafinos; 6- Unidade de Patos de Minas (MG): Exploração de jazidas de fósforo e produção de fertilizantes fosfatados de baixa concentração; 7- Complexo Minero-Químicode Catalão (GO): Exploração de jazidas de fósforo para produção de concentrado fosfático e SSP (superfosfatosimples); 8- Terminal Marítimo de Cubatão (SP): terminal privativo utilizado exclusivamente para importação, principalmente para recebimento de amônia, enxofre e outras matérias-primas. www.fosfertil.com.br/.../relInvestidores/aSocietarios/comunicados/docs/F Produto Empresas Amônia Anidra (Amônia) Petrobrás Grupo Bunge/Fosfértil Grupo Bunge/Fosfértil Copebras Galvani (Irece/Lagamar) Grupo Bunge/Fosfértil Copebras (Centro) Galvani (Centro) Caraíbas (Nordeste) Profertil (Nordeste) Rocha Fosfática Ácido Sulfúrico Ácido Fosfórico Sulfato de Amônio Nitrato de Amônio Uréia DAP MAP Super-Simples Super Triplo Termo Fosfato Cloreto Potássio Grupo Bunge/Fosfértil % na Concentração do Produção Total Mercado % 50,25% 100,0% 49,75 75,87% 75,87% 14,93% 9,20% 68,95% 12,93% 68,95% 5,82% 5,27% 0,60% 97,52% 4,28% 85,28% 14,72% 100,00% 58,00% 42,00% 97,52% 100,0% 100,0% Bunge/Fosfértil Copebrás (Catalão) 95,72% 4,28% 95,72% CENTROOESTE Grupo Bunge /Fosfértil Grupo Yara/Cargill/Fospar 56,67% 13,13% Copebrás Metracril-Nitrocar (No) Bunge (Centro) Bunge/Fosfértil Petrobrás (Nordeste) Fosfértil (Centro) Bunge/Fosfértil Copebrás Galvani Fertipar/(Fospar) (38%) NORDESTE Cibrafértil Profertil Galvani SUL Adubos Trevo/Yara /Hydro Holier Bunge Bunge/Fosfértil Trevo Mitsui CVRD (Nordeste) 14,72% 100,0% 42,00% 69,80% 13,95% 12,83% 3,42% 42,42% 35,71% 21,87% 33,85% 29,23% 36,92% 93,61% 6,39% 100,00% 100,00% 93,61% 100,0% 100,0% Com os dados disponíveis sobre o market share do mercado de fertilizantes no Brasil, estimou-se o Índice Herfindahl – Hirshman (HHI) cujo valor se situou em torno de 2.463. Segundo Motta (2004), os organismos de proteção à concorrência dos Estados Unidos da América definem como altamente concentrados mercados com HHI superiores a 1800. Assim, baseando-se na regra americana, pode-se concluir que o mercado de fertilizantes no Brasil se configura como um oligopólio. Muito Obrigado aldersi@ hotmail.com [email protected] Market Share no Mercado de Fertilizantes (%) do Faturamento Total - Indice de Herfindahl-Hirshman Empresas Participação Empresa Grupo Bunge Fosfértil 43,4% Grupo Yara/Trevo/Fosfertil 15,0% Grupo Mosaic/Cargill/Fosfer til 14,06% Grupo Heringer 9,92% Copebrás 4,85% Fertipar 3,92% Galvani 2,73% Iharabras 2,13% Unifértil 1,63% Outros 2,36% Total 100% Índices de Concentração do Mercado C4 = 82,38% HHI = 2.463,75 Pensa = 1803 (sem Fosfertil) Fonte: ABIQUIM (2005) e Lima e Schmidt (2002) PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO 2007 OS DADOS ATÉ AQUI APRESENTADOS INDICAM UMA ALTA CONCENTRAÇÃO NESSE SETOR, APONTANDO PARA A EXISTÊNCIA DE UM OLIGOPÓLIO, ONDE O GRUPO BUNGE/FOSFÉRTIL POSSUI A LIDERANÇA, SEGUIDO DOS GRUPOS MOSAIC E YARA CONCORRÊNCIA OLIGOPOLÍSTICA: VOTO DO RELATOR NO PROCESSO DA SECRETARIA ESPECIAL DE AÇÃO ECONÔMICA “A SEAE entende que o poder de veto adquirido pela Bunge sobre as áreas relevantes, em termos de mercado, da Fosfértil/Ultrafértil, após a presente operação, confere a esta empresa influência dominante compartilhada com a Cargill sobre os mercados de atuação da Fosfértil.” Fonte: Versão Pública SEAE/MF Ato de Concentração n° 08012.004904/00-97 pag. 6/27 PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO 2007 GRUPO BUNGE GRUPO YARA OLIGOPÓLIO GRUPO MOSAIC VALOR DO MERCADO DE FERTILIZANTES = US$ 15 bilhões Efeitos do Processo de Concentração na Evolução dos Preços Médios do Concentrado Fosfático 1988-2000 ANO BRASIL USA Corrente US$/t FOB Constante US$ FOB Corrente US$/ton FOB Constante US$ FOB 1988 37,17 54,71 35,25 51,88 1989 32,42 45,50 39,25 55,89 1990 46,75 62,27 39,50 52,61 1991 47,59 60,83 44,17 56,46 1992 43,25 53,64 43,00 53,33 1993 46,80 56,36 47,50 49,98 1994 53,00 62,20 33,00 38,73 1995 54,50 62,26 36,88 42,13 1996 71,72 79,54 38,79 43,02 1997 81,20 88,01 39,00 42,27 1998 84,95 90,16 39,00 41,39 1999 58,28 60,27 39,00 40,33 2000 71,26 71,26 37,40 37,40 Fonte:. - CADE -Gabinete do Conselheiro Cleveland Prates Teixeira Brasília, 04 /02/2004 Conselheiro do CADE Ato de Concentração nº 08012.000497/00-01 Efeitos do Processo de Concentração na Evolução dos Preços Médios do Concentrado Fosfático 1988-2000 100 90 80 US$ 70 60 50 40 30 20 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Brasil Fonte:. - CADE -Gabinete do Conselheiro Cleveland Prates Teixeira Brasília, 04 /02/2004 Conselheiro do CADE Ato de Concentração nº 08012.000497/00-01 1995 USA 1996 1997 1998 1999 2000 INFLUÊNCIA DO OLIGOPÓLIO NOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES CUSTO DE PRODUÇÃO DA SOJA – BRASIL, USA E ARGENTINA Fonte: Pinazza et all. – Cadeia Produtiva da Soja ; série Agronegócios 2005 O AVANÇO PELA ESTRATÉGIA DA PINÇA fertilizantes commodities CONCENTRAÇÃO OLIGOPOLÍSTICA GRUPOS BUNGE MOSAIC YARA GRUPOS BUNGE CARGILL ADM AMAGGI PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO ESMAGADORAS E TRADINGS “O nível de concentração das empresas de esmagamento de soja no Brasil cresceu nos últimos anos, em decorrência dos processos de fusões e aquisições, a partir da segunda metade da década de 1990. 1996 COIMBRA ( Louis-Dreyfus) adquire a ANDERSON CLAYTON (Gessy Lever) 1997 SANTISTA ALIMENTOS (Bunge) adquire INCOBRASA (a maior esmagadora de Soja do Rio Grande do Sul) 1997 BUNGE S.A. adquire a CEVAL Alimentos, após uma disputa acirrada com a Cargill. 1997 ADM adquire parte das plantas de processamento de soja da Sadia. 1997 CARGILL adquiriu a processadora de soja Marangatu”. Fonte: Pinazza et all. – Cadeia Produtiva da Soja ; série Agronegócios 2005 “O mercado de commodities agrícolas é um dos setores mais concentrados do mundo, sendo dominado, na maior parte, por empresas familiares e de atuação secular. Para se ter uma idéia da concentração desse setor, a comercialização mundial de grãos está concentrada nas mãos de apenas cinco famílias ( Famílias Hirshes e Brons, da Bunge; famílias Cargill e Macmillans, da Cargill e a familia Louis-Dreyfus, da Louis-Dreyfus) e quatro empresas (ADM, Bunge, Cargill e Louis-Dreyfus)” Fonte: Pinazza et all. – Cadeia Produtiva da Soja ; série Agronegócios 2005 3-A CADEIA PRODUTIVA DOS FERTILIZANTES A CADEIA PRODUTIVA DOS FERTILIZANTES Ambiente Organizacional (Anda, BB, Embrapa, Portos, Logística,) Extração Mineral Nacional Importação Minérios Produtor Nacional de Matérias Primas Intermediárias Importação de Matérias Primas Intermediarias Produtor de Fertilizantes Simples Importador de Fertilizantes Simples ou Complexos (NPK) Produtor de Fertilizantes Mistos e Granulados Complexos (NPK) Ambiente Institucional (Mapa, Mdic, Ibama) Distribuição Produtor Rural e Outros MATÉRIAS PRIMAS BÁSICAS MATÉRIAS PRIMAS INTERMEDIÁRIAS FERTILIZANTES SIMPLES FERTILIZANTES COMPLEXOS URÉIA ÁCIDO NÍTRICO AMÔNIA ANIDRA NITRATO DE AMÔNIO NITROGÊNIO N SULFATO DE AMÔNIO ENXOFRE ÁCIDO SULFÚRICO MAP DAP ROCHA FOSFÁTICA SUPERFOSFATO TRIPLO ÁCIDO FOSFÓRICO FÓSFORO P SUPERFOSFATO SIMPLES SULFATO DE POTÁSSIO SAIS POTÁSSICOS CLORETO DE POTÁSSIO POTÁSSIO K 4. A OFERTA DE FERTILIZANTES A OFERTA DE FERTILIZANTES Panorama da Industria Mundial de Fertilizantes Disponibilidate Mundial Nitrogênio Fosfatado Potássio Relativamente Ampla Limitada Grande Limitação + 60 40 12 Países Produtores Uréia Maiores Exportadores DAP TSP 15% EUA 33% 32% - Canada 35% Rússia 15% China 32% 17% 27% Rússia 22% Ucrânia 11% Rússia 25% 11% - Belarus 17% Arábia Saudita 10% Tunísia - 9% 31% Alemanha 13% Marrocos 9% 8% 20% Israel 6% TOTAL 99% 77% 78% TOTAL 93% 51% Marrocos Uréia Ac Fos. 46% MAP Rocha 45% TSP KCL Índia 19% Brasil 26% Brasil 30% China 20% EUA 18% Canadá 10% Irâ 17% EUA 19% Brasil 7% Argentina 8% Bangladesh 11% Brasil 15% Tailândia 5% Austrália 6% Indonésia 8% Índia 10% TOTAL 49% TOTAL 50% TOTAL 66% TOTAL 64% MAP 6 M t Trade Mundial DAP 11,5 M t Uréia 35 M t Novos Projetos KCL China TOTAL Maiores Importadores MAP China, Irã, Egito, Arabia Saudita Fonte:HERÉDIA (BUNGE) IFA 2008 KCL 44,6 M t TSP 4 M t China, Brasil, Marrocos, Peru, Tunísia, Arábia Saudita Argentina, Canadá A OFERTA DE FERTILIZANTES Novas Capacidades de Produção Principais Novas Capacidades Tempo para implantação de um novo projeto Custo de um novo Projeto* 3 anos US$ 1 bilhão** para 1 milhão de toneladas de NH3 2007 2,2 2008 4,2 Iran 1,1 1,7 Oman 0,0 1,1 Egito Subtotal 0,7 3,9 0,7 7,7 China N P K 3-4 anos US$ 1,5 bilhões para 1 milhão de toneladas de P2O5 US$ 2,5 bilhões*** 5-7 anos para um mina de 2 milhões de toneladas *base dos custos Canadá – Saskatchewan **Complexo Amônia/Uréia ***Não inclui custos com ferrovia, estradas, infra-estrutura portuária. China 0,9 1,3 Marrocos 0,1 0,6 Rússia -0,7 0,0 EUA -1,1 0,0 Subtotal -0,8 1,9 Rússia 0,4 0,4 Canadá 1,3 0,0 China 0,5 0,0 Subtotal 2,2 0,4 Fonte: IFA e PotashCorp PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE MATÉRIAS PRIMAS E FERTILIZANTES Rocha Fosfática (1.000 t) Acido Sulfúrico (1.000 T) Amonia (1.000t de N) Enxofre (1.000 t) Cloreto de Potassio (1.000 t de K2O) 130.000 110.000 90.000 70.000 50.000 30.000 Fonte: IFA (2007). Outros Espanha Tunisia Paquistão Indonesia India México Polonia Iran Arabia Saudita Japão Canada Kazaquistão Brasil Tunisia Alemanha Jordania Siria Israel Ucrania Bielo Russia Russia Abu Dhabi Jordania Africa do Sul Estados Unidos China -10.000 Marrocos 10.000 PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE URÉIA PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES DE URÉIA Capacidade Instalada das Empresas na Produção de Amônia, Nitratos e Fertilizantes Compostos (NPK) Milhões de toneladas Capacidade de Produção de AMÔNIA 7 6 5 4 3 2 1 0 5,6 4,2 YARA AGRIUM 3,2 3 3 P CS T ERRA KOCH Empresas Milhões de toneladas Capacidade de Produção de NITRATOS 6 5 4 4,6 3 2,1 2 1 1,5 1,4 1,4 DSM CHERKASSY KEMIRA 0 YARA ACRON Empres as Milhões de toneladas Capacidade de Produção de Fertilizantes Compos tos (NPK) 5,0 4,0 3,7 3,0 2,1 2,0 1,7 1,2 1,1 BASF ROSSOSH 1,0 0,0 YARA KEMIRA ACRON Empresas Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos sites das Empresas. AS PRINCIPAIS EMPRESAS PRODUTORAS DE URÉIA NO MUNDO 10 7,5 5 3,8 3,3 3,2 3 2,9 2,7 2,65 2,3 2,5 2,05 Fonte: IFA (2007). F R C I SR PU F C O AF C Q Y A R A M K G R A AL IU TI U M FL N O C IF F O PE C 0 SI N Milhões de Toneladas 7,8 PRINCIPAIS EMPRESAS MUNDIAIS FABRICANTES DE FERTILIZANTES Empresa/Grupo RECEITA (US$ Bilhões) PAÍS DE ORIGEM Empresa/Grupo RECEITA PAÍS DE ORIGEM Yara 7,3 Noruega Eurochem n.i. Rússia Mosaic 5,5 Estados Unidos Phosagro n.i. Rússia Potash 3.8 Canadá Safco n.i. Arábia Saudita K+S 3.5 Alemanha EFC n.i. Egito Agrium 3,3 Canadá AFCCO n.i. Egito ICl 3,0 Israel Cherkassy n.i. Ucrânia Terra 1.9 Reino Unido Koch n.i. Estados Unidos Growhow (Kemira) 1,5 Finlandia Uralkaly n.i. Rússia Sinochem n. i. China Togliatti Azot n.i. Rússia Fonte: Elaborado pelos autores a partir De Relatórios e Balanços da Empresas para 2005. A OFERTA DE FERTILIZANTES 30 29,77 25 Milhões de t 20 15 17,3 12,90 9,67 10 7,15 5 2,8 5,27 0,48 0 1994 1995 1996 1997 1998 IM P OR TAÇÃO Fonte: ANDA (2008) e MDIC (2008). 1999 2000 P R ODUÇÃO 2001 2002 2003 TOTAL 2004 2005 2006 ES TOQUE 2007 A OFERTA DE FERTILIZANTES PRODUÇÃO NACIONAL - 2007 (1000 TON) 12.000 9.816 10.000 8.950 6.599 7.139 7.127 7.261 8.534 8.771 7.751 7.670 8.000 9.301 7.291 6.000 4.000 2.000 0 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 PRODUTOS Fonte: ANDA (2008) NUTRIENTES PRINCIPAIS PAÍSES FORNECEDORES DE MATÉRIA PRIMA PARA O BRASIL 1.Os principais fornecedores de rocha fosfática para o Brasil foram o Marrocos (46%), Israel (26%) e Argélia (14%). 2.Os principais exportadores de ácido fosfórico (produtos intermediários) para o Brasil foram a Rússia (23%) , Marrocos (21%), Estados Unidos (18%), Israel (10%) e Tunísia (6%). 3.Os principais fornecedores de potássio pra o Brasil foram Canadá (26%), Rússia (20%), Alemanha (18%), Bielorússia (16%) e Israel (15%). A OFERTA DE FERTILIZANTES Produção Nacional x Importações Consumo Brasileiro em 2007 (milhões de toneladas de nutrientes) 2,8 3,7 4,2 10,7 9% Produção Importação As importações representam 74% do consumo total 25% 49% 26% 91% 74% Potássio NPK 75% 51% Nitrogênio Fonte: ANDA e SiACESP Fósforo PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E CONSUMO DE FERTILIZANTES BRASIL - 2006 Produtos Sulfato de Amônia Uréia DAP MAP Super Simples Super Triplo Cloreto de Potássio Amônia Nitrato de Amônia Àcido Fosfórico Ácido Sulfúrico Enxofre Fonte: ANDA (2006). Produção (1000t) 236 1.062 5 1.098 4.223 698 731 867 471 1.793 4.821 - Exportação Importação Consumo (1000t) (1000t) (1000t) 4 1.636 1.876 7 1.588 2.657 11 253 269 1 1.135 2.234 121 126 4.470 4 929 1.631 5 5.401 6.137 59 926 19 339 829 12 328 2.133 477 5.298 2.990 2.990 Imp./Cons. (%) 87 60 94 51 3 57 88 0 41 15 9 100 5.DEMANDA DE FERTILIZANTES DEMANDA DE FERTILIZANTES Consumo Mundial de Fertilizantes (milhões de toneladas de nutrientes) N P K 2005 90,8 36,6 25,3 152,7 2006 97,0 38,6 26,5 162,1 2007 101,1 40,0 28,6 169,7 2008E 102,8 41,5 30,2 174,5 05X08 +13,2% +13,2 +13,4% +13,4 +19,3% +19,3 +14,2% +14,2 Fonte: IFA 2008 NPK EVOLUÇÃO DA DEMANDA 26.000 24.609 24.000 milhões de t 22.000 20.000 18.000 16.000 14.000 11.944 12.000 Fonte: ANDA (2008). 20 07 20 06 20 05 20 04 20 03 20 02 20 01 20 00 19 99 19 98 19 97 19 96 19 95 19 94 10.000 DEMANDA DE FERTILIZANTES ENTREGAS AO CONSUMIDOR FINAL - 2007 (1000 TON) 30.000 24.609 25.000 22.796 22.767 20.195 20.982 19.114 20.000 15.000 17.069 13.834 14.669 13.689 16.392 12.248 10.000 5.000 0 96 97 98 99 00 PRODUTOS Fonte: ANDA (2008) 01 02 03 04 05 06 NUTRIENTES 07 DEMANDA DE FERTILIZANTES ENTREGAS AO CONSUMIDOR FINAL POR ESTADOS (1000 TON) 2006 ESTADOS TON (A) 2007 % TON (B) % (B/A)% MATO GROSSO 3.140 15,0 4.020 16,3 28,0 SÃO PAULO 3.540 16,9 3.849 15,6 8,7 PARANÁ 2.837 13,5 3.418 13,9 20,5 MINAS GERAIS 2.928 14,0 3.125 12,7 6,7 RIO GRANDE DO SUL 2.388 11,4 2.701 11,0 13,1 GOIÁS 1.677 8,0 2.183 8,9 30,2 BAHIA 1.217 5,8 1.521 6,2 25,0 MATO GROSSO DO SUL 779 3,7 1.068 4,3 37,1 SANTA CATARINA 595 2,8 662 2,7 11,3 MARANHÃO 269 1,3 336 1,4 24,9 ESPÍRITO SANTO 315 1,5 328 1,3 4,1 ALAGOAS 264 1,3 269 1,1 1,9 PERNAMBUCO 242 1,2 224 0,9 -7,4 17.051 81,3 19.684 80,0 15,4 3.931 18,7 4.925 20,0 25,3 20.982 100,0 24.609 100,0 17,3 SOMA OUTROS TOTAL BRASIL Fonte: ANDA (2008) DEMANDA ESTADUAL DE FERTILIZANTES (%) 20% 16,34% 15,64% 13,89% 15% 12,70% 10,98% 8,87% 10% 6,18% 4,34% 5% 0% MT Fonte: ANDA (2008). SP PR MG RS GO BA MS CONSUMO DE FERTILIZANTES POR LAVOURA - 2006 (%) Fumo 2% Laranja 2% Trigo 2% Batata 2% Banana 1% Tomate 1% Feijão 3% Sorgo 0,5% Reflorestamento 3% Arroz 3% Outras 3% Algodão Herbáceo 5% Café 8% Fonte: ANDA (2006). Cana-de-açúcar 15% Milho 17% Soja 33% 6. PREÇOS DOS FERTILIZANTES VARIÁVEIS RELEVANTES NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES VARIÁVEIS RELEVANTES: i) Custo da Matéria Prima; ii) Custo do Transporte Marítimo; iii) Custos Portuários; iv) Tributos Externo e Interno; e v) Custo de Transporte até os centros consumidores. Índice de Preços Pagos por Fertilizantes 1994 – 2007 400 350 300 250 200 150 100 ago/94 ago/95 ago/96 ago/97 ago/98 ago/99 ago/00 ago/01 ago/02 ago/03 ago/04 ago/05 ago/06 ago/07 Fonte: Construído pelos autores à partir de FGVDados (2008). CUSTO DA MATÉRIA PRIMA – EVOLUÇÃO DOS PREÇOS INTERNACIONAIS DAS MATÉRIAS PRIMAS (US$/t) MAP 550 TSP KCL Uréia 14-34 500 500 US$/tonelada 450 401 380 400 350 362 300 250 213 200 173 168 138 150 100 2003 Fonte: Ama-Brasil (2007) e Anda (2007). 260 2004 2005 2006 2007 400 out/07 jul/07 abr/07 jan/07 out/06 jul/06 abr/06 jan/06 out/05 jul/05 abr/05 jan/05 out/04 jul/04 abr/04 MAP jan/04 out/03 160 jul/03 100 abr/03 138 jan/03 600 out/02 200 jul/02 abr/02 jan/02 US$/tonelada PREÇO CIF DO FERTILIZANTE IMPORTADO PELO BRASIL KCl 503 500 310 300 0 jan /0 2 ma i/0 2 se t/ 0 2 jan /0 3 ma i/0 3 se t/ 0 3 jan /0 4 ma i/0 4 se t/ 0 4 jan /0 5 ma i/0 5 se t/ 0 5 jan /0 6 ma i/0 6 se t/ 0 6 jan /0 7 ma i/0 7 se t/ 0 7 jan /0 8 MAP 700 Fonte: ANDA (2008) – US$ / TON–CFR DEZEMBRO US$ 580- 600 / t 600 500 400 300 200 100 7 /07 no v/0 jun jan / 07 300 ou t /0 5 ma r /0 6 ag o/0 6 5 4 ma i /0 de z/0 jul /04 fev / 04 se t/ 0 3 ab r /0 3 2 /02 no v/0 jun jan / 02 CLORETO DE POTÁSSIO– US$ / TON–CFR 400 350 NOVEMBRO US$ 345- 355/ t 250 200 150 100 ja n /02 ma i/0 2 se t/0 2 ja n /03 ma i/0 3 se t/0 3 ja n /04 ma i/0 4 se t/0 4 ja n /05 ma i/0 5 se t/0 5 ja n /06 ma i/0 6 se t/0 6 ja n /07 ma i/0 7 se t/0 7 ja n /08 SULFATO DE AMÔNIO - 350 Fonte: ANDA (2008) (US$ / TON–CFR) 400 DEZEMBRO US$ 300- 310 / t 300 250 200 150 100 50 ma i/0 2 se t/0 2 jan /03 ma i/0 3 se t/0 3 jan /04 ma i/0 4 se t/0 4 jan /05 ma i/0 5 se t/0 5 jan /06 ma i/0 6 se t/0 6 jan /07 ma i/0 7 se t/0 7 jan /08 /02 jan URÉIA - 550 Fonte: ANDA (2008) (US$ / TON–CFR) DEZEMBRO US$ 440- 450 / t 450 350 250 150 50 600 ma i/0 2 se t/0 2 jan /03 ma i/0 3 se t/0 3 jan /04 ma i/0 4 se t/0 4 jan /05 ma i/0 5 se t/0 5 jan /06 ma i/0 6 se t/0 6 jan /07 ma i/0 7 se t/0 7 jan /08 /02 jan SUPER TRIPLO – US$ / TON–CFR DEZEMBRO US$ 490-500/ t 500 400 300 200 100 ja n /0 2 ma i/0 2 se t/0 2 ja n /0 3 ma i/0 3 se t/0 3 ja n /0 4 ma i/0 4 se t/0 4 ja n /0 5 ma i/0 5 se t/0 5 ja n /0 6 ma i/0 6 se t/0 6 ja n /0 7 ma i/0 7 se t/0 7 ja n /0 8 SUPER SIMPLES - US$/TON–CFR 300 Fonte: ANDA (2008) DEZEMBRO US$ 275 t 250 200 150 100 50 Fretes Internacionais: Média das Principais Rotas de Transporte (US$/t) 70 US$/Toneladas 60 50 40 30 20 10 4 3 4 /0 /0 t/0 r n u ja o ab 4 5 4 5 /0 l/0 /0 t/0 r n u ju ja o ab Fonte: Elaborado pelos autores a partir de ANDA (2008). 5 6 5 6 /0 l/0 /0 t/0 r n u ju ja o ab 6 7 6 7 /0 l/0 /0 t/0 r n u ju ja o ab 7 7 l/0 t/0 u ju o FRETES - (US$/TON) Origem Báltico Mar Negro Tampa Hopwell/Norkfolk OUT/ 03 15/17 18/22 15/18 18/22 OUT/05 27/32 25/30 23/26 30/35 OUT/06 35/40 32/37 30/33 32/37 OUT/07 60/65 55/60 60/65 65/70 Taxas de demurrage: . Navios pequenos (+/- 25.000 t) – US$ 30.000/dia a US$40.000/dia . Panamax Fonte: US$60.000/dia a US$80.000/dia ANDA- Empresas do setor-média de preços de mercado IV-TRIBUTOS EXTERNO E INTERNO Os custos tributários são aqui compreendidos como: --Tarifa Externa Comum – TEC alem da Lista de Exceção do Mercosul --Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICM) --Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) --Programa de Integração Social (PIS) --Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) --Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). TEC os valores foram modificados pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que decidiu zerar as alíquotas de importação de fertilizantes. Os fertilizantes possuíam uma alíquota de importação de 6% dentro da TEC e de 2% na Lista de Exceções. Hoje constam da Lista de Exceção com alíquota ZERO cerca de 100 produtos e que a partir de janeiro/08 cairão 25 deles por ano e a Lista de Exceção acabará a em 2011. IPI o setor está isento deste imposto. ICM a base de cálculo aplicada está reduzida em 30% nas operações interestaduais. Vigora também o diferimento nas operações internas dos principais estados consumidores (MG, GO, MT, MS, PR) e a isenção nas operações dentro do estado de São Paulo a partir de 1995. PIS/PASEP e a COFINS A Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, reduziu a zero as alíquotas desta contribuição incidente sobre a importação e receita bruta de vendas no mercado interno de fertilizantes. (Nota: aparentemente a diminuição dos impostos não foi capaz de conter ou reduzir os preços dos fertilizantes, que estão em alta constante. Com os impostos, possivelmente estariam mais caros ainda) PREÇO DOS FERTILIZANTES AO PRODUTOR (setembro de 2006 a setembro de 2007) Preços - Rio Grande do Sul 950 886 900 Reais/t 850 800 800 750 733 700 700 650 600 585 588,5 550 set/06 mar/07 00-20-20 Fonte: ANDA (2007). set/07 08-28-16 PREÇO DOS FERTILIZANTES AO PRODUTOR (setembro de 2006 a setembro de 2007) Preços - Paraná 1000 932,39 907 900 Reais/t 800 700 682,72 642,2 400 608,61 582,48 600 500 826,42 759,59 607,38 465,37 421,94 452,83 300 set/06 Cloreto de Potássio Fonte: ANDA (2007). mar/07 Sulfato de Amônia set/07 Superfosfato Simples Uréia PREÇO DOS FERTILIZANTES AO PRODUTOR (setembro de 2006 a setembro de 2007) Preços - Paraná 1050 1017 Reais/t 950 850 814,19 748,08 766,78 750 633,18 650 561,34 550 00-20-20 Fonte: ANDA (2007). set/07 mar/07 set/06 08-28-16 Preços do Fertilizante¹, Consumo2, Preço Internacional da Matéria-Prima pago pelo Brasil3 e Câmbio4 – 1995 a 2007 Ano Preços Consumo 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 111,21 132,05 136,85 137,11 165,99 186,49 201,32 234,05 310,65 358,26 348,81 323,57 338,69 10.839 12.248 13.834 14.669 13.689 16.392 17.069 19.114 22.796 22.767 20.195 20.982 24.609 Preço Int. Mat. Prima 140,19 149,68 142,72 137,24 125,54 124,70 124,26 120,59 116,54 161,34 196,92 190,15 262,26 Câmbio 0,92 1,01 1,08 1,16 1,81 1,83 2,35 2,92 3,08 2,93 2,44 2,18 1,95 Fonte: Elaborado pelos autores à partir de FGV (2008), BACEN (2008), ANDA (2008), MDIC (2008). 1 Índice de Preços Pagos pelo Produtor Rural 2 Em 1.000 toneladas 3 US$ corrente por tonelada - FOB 4 R$/US$ corrente. 85 Resultado do Modelo de Preço do Fertilizante Estimado Variável Coeficiente Intercepto -2,94903 Consumo 0,49203 US$/t 0,62984 Câmbio 0,59331 Erro Padrão 0,07587 R² ajustado = 0,9683 F = 123,11 Teste t Pr> [t] -1,54618 0,15646 1,89548 0,09056 4,16076 0,00244 4,16933 - 0,00241 - Pr > F = < 1,265E-07 Fonte: Elaborado pelos autores à partir de: IPP Fertilizante (FGVDados, 2008); Consumo Fertilizante (ANDA, 2008); Preço FOB pago pela Matéria-Prima (MDIC, 2008); e Taxa de Câmbio (BACEN, 2008). 86 Os coeficientes estimados significam as elasticidades de longo prazo da função preço do fertilizante ao produtor. Como todas as elasticidades estimadas apresentaram sinais positivos (conforme esperado), pode-se interpretá-las da seguinte forma: -a redução de 1% no consumo de fertilizante resultará na diminuição do preço ao produtor em 0,492% ; -a queda de 1% no preço internacional da matéria-prima a custo FOB reduzirá em 0,629% o preço do fertilizante ao produtor; - a variação para baixo de 1% na taxa de câmbio resultará em 0,593% de decréscimo no preço do fertilizante ao produtor. 87 QUEM GANHOU COM O AUMENTO DOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES ? ? JORNAL VALOR ECONOMICO 08/11/2007 Fosfertil lucra 140% mais de janeiro a setembro de acordo com Fernando Lopes a forte demanda brasileira por fertilizantes, que deverá resultar em vendas recordes no segmento em 2007, continua alavancando os resultados da Fosfertil, maior fabricante nacional de matérias-primas para a produção de adubos. De janeiro a setembro a receita líquida da empresa alcançou R$ 1,783 bilhão, 27,2% mais que em igual intervalo de 2006 (R$ 1,402 bilhão). (lucro do oligopólio ?) O seu lucro líquido aumentou 140,1%, para R$ 367,8 milhões, e o Ebitda registrou incremento de 101%. A Fosfertil é controlada pela holding Fertifos, que por sua vez é dominada pelas multinacionais Bunge, Mosaic e Yara. LUCRO DO OLIGOPÓLIO Ora, se as variáveis formadoras dos preços tiveram seus preços majorados, e ainda de janeiro a setembro a receita líquida da empresa aumentou 27,2% mais que em igual intervalo de 2006 , pode-se admitir que alem do repasse dos acréscimos de preços aos consumidores de fertilizantes, alem disso houve um repasse a mais de 27,2 %(lucro do oligopólio ?) Não custa lembrar que a Fosfertil é controlada pela holding Fertifos, que por sua vez é dominada pelas multinacionais Bunge, Mosaic e Yara. Projeções 2007 a 2016 1. Demanda 2. Importação 3. Estoques 4. Produção Projeções da Demanda , Importação, Estoques e Produção de Fertilizantes: 2007/08 a 2017/18 (1000 t) Demanda Projetada Oferta Projetada Ano Estoque Produção Inicial Nacional 2007/08 - 2008/09 Estoque Importação Oferta Consumo 9.670 17.300 26.970 24.609 2.379 2.379 9.700 16.568 28.647 26.047 2.600 2009/10 2.600 9.700 17.740 30.040 27.340 2.700 2010/11 2.700 9.700 18.683 31.083 28.283 2.800 2011/12 2.800 9.700 19.883 32.383 29.483 2.900 2012/13 2.900 9.700 20.967 33.567 30.567 3.000 2013/14 3.000 9.700 22.014 34.714 31.614 3.100 2014/15 3.100 9.700 22.747 35.547 32347 3.200 2015/16 3.200 9.700 23.385 36.285 3.300 2016/17 3.300 9.700 23.902 36.902 32.985 33.602 2017/18 3.300 9.700 24.493 37.493 34.093 3.400 Final 3.300 Fonte: Elaborado pelo Autor para as culturas ( algodão, arroz, batata, café, cana, feijão, laranja, mandioca, milho, soja, trigo). PROJEÇÕES DA DEMANDA Pode-se verificar que a necessidade prevista de fertilizantes para a safra 2017/18 será de 34.093 mil toneladas. E não havendo incremento na capacidade nacional de produção, a importação necessária para completar o abastecimento será de 24.493 mil toneladas, isto é, mais de 70% da demanda interna de fertilizantes será atendida por importações. CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO Pode-se concluir que: 1.Rocha Fosfática: 76% da produção estão concentrados a nas mãos do Grupo Bunge – Fosfértil 2.Ácido Sulfúrico: 69% da produção estão concentrados nas mãos do Grupo Bunge-Fosfértil 3.Ácido Fosfórico: 98% da produção estão concentrados nas mãos do Grupo Bunge-Fosfértil. 4.Superfosfato Triplo: 94% da produção estão concentrados nas mãos do Grupo Bunge-Fosfértil CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO 5.MAP: 96% da produção estão concentrados no Grupo BungeFosfértil 6.DAP: 100% da produção estão concentrados no Grupo BungeFosfértil 7.Amônia Anidra : 100% da produção estão concentrados nas mãos do Grupo Bunge-Fosfértil e Petrobrás . 8.Nitrato de Amônia: 100% da produção está concentrada nas mãos do Grupo Bunge-Fosfértil 9.Cloreto de Potássio: 100% da produção está concentrada na CVRD. CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO 10.Existe uma alta concentração acionária no setor produtivo de fertilizantes no qual a tomada de decisão está concentrada nas mãos de três grandes grupos multinacionais: BUNGE, YARA E MOSAIC. HHI de 2.463. 11.A capacidade instalada da produção nacional em 2006 somente atende 39% da demanda de fertilizantes. 12.Importa-se 100% da necessidade de ENXOFRE 13.Importam-se 94,1% da necessidade de DAP CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO 14.Importam-se 88% da necessidade de CLORETO DE POTÁSSIO 15.Importam-se 87,2% da necessidade de SULFATO DE AMÔNIA 16.Importam-se 59,8% da necessidade de URÉIA e 40,9% de NITRATO DE AMÔNIA 17.Importam-se 57% da necessidade de SPT e 50,8% da necessidade de MAP 18.Poderá ocorrer em 2018 incremento de 70% nas importações de fertilizantes caso permaneça inalterada a atual capacidade produtiva. 19.Haverá um aumento da dependência de insumo importado que hoje atende a 60% da demanda e em 2018 deverá participar com mais de 70% da demanda. CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO 20.Os preços dos fertilizantes também sofrerão os impactos dos aumentos futuros nos preços do petróleo, incidindo nos preços das matérias primas, como também nos custos do transporte marítimo e rodoviário. 21.Impacto negativo no saldo da balança comercial com previsão de despesas com importação de matérias primas e fertilizantes da ordem de quinze (15) bilhões de dólares em 2018 RECOMENDAÇÕES . 1.AUMENTAR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO INTERNA DE FERTILIZANTES Este aumento da capacidade de produção poderia ser construído fora da esfera de influencia do atual oligopólio O aumento proposto traria enormes benéficos para a competição do setor caso seu capital ficasse sob a égide do setor produtivo. Nesse sentido, o setor produtivo teria que possuir alta capacidade de organização, planejamento e gestão necessários para executar e administrar tal empreendimento. 2.QUEM PARTICIPA O setor Cooperativo organizado num consorcio teria total condição de levar a cabo tal investimento, pois já contaria com um mercado próprio cativo para o fertilizante produzido. Outros setores produtivos regionais organizados em fundações, associações de classe ou congêneres (Aprosoja, Fundação Mato Grosso etc), bem como o setor sucroalcooleiro também poderiam realizar tal empreendimento. RECOMENDAÇÕES 4-LINHA DE CRÉDITO PARA IMPORTAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS Estabelecimento de linha de crédito para financiamento da importação de matérias primas para as novas organizações entrantes nesse complexo (cooperativas, associações de produtores). RECOMENDAÇÕES 5-AUMENTAR OS INVESTIMENTOS EM P&D Para obtenção de variedades e tecnologias que eficiência na adubação. permitam maior 6-NOVA FÁBRICA DE AMÔNIA DA PETROBRÁS Propor que a Petrobrás construa nova fábrica de Amônia, num processo de substituição de importação 7.INVESTIMENTOS LOGÍSTICA EM INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E Visando a diminuição dos custos portuários promover a ampliação dos berços existentes com a melhoria de toda a logística interna necessária, alem da agilização da descarga de fertilizantes diminuindo os pagamentos de demurrage. RECOMENDAÇÕES 8.IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO Manter na lista de exceção todos os fertilizantes nela constantes, bem como sua prorrogação até que seja aprovada proposta de alíquota zero a ser levada no âmbito do Mercosul dentro da Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os fertilizantes e matérias primas importados pelo Brasil nela constantes (itens 31021010; 31022100; 31031010; 31031020; 31031030; 31053010; 31054000; e outros). Propor que todos os decretos anti-dumping existentes que estabeleçam aumentos dos impostos de importação sejam prontamente revogados Muito Obrigado aldersi@ hotmail.com [email protected]