Cotagem em Desenho Técnico
Norma ABNT
NBR 10126/1987
Cotagem em Desenho Técnico
• Um desenho para estar com todas as informações
necessárias precisa estar dimensionado e portanto,
conhecer as normas de Cotagem é uma obrigação de
todo desenhista, projetista e engenheiro.
• Cotagem é a representação gráfica no desenho da
característica do elemento, através de linhas,
símbolos, notas e valor numérico em uma unidade
de medida.
Tipos de cotagem
Cotagem funcional: Essencial para a função do objeto ou local
(F). Estas dimensões devem aparecer explicitamente no desenho
e não devem ser deduzidas de outras dimensões ou obtidas a
partir da escala do desenho.
Cotagem não funcional: Não essencial para o funcionamento do
objeto e devem ser localizadas da maneira mais conveniente
para a produção e/ou inspeção da peça.
Cotagem auxiliar: Dada somente como informação.
Elemento : Uma das partes características de um objeto, tal
como uma superfície plana, superfície cilíndrica, ressalto etc.
A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no
desenho
A cotagem funcional pode ser escrita indiretamente
no desenho quando é justificada ou necessária.
• A cotagem também pode ser definida como cotagem de
posição e cotagem de dimensão.
• Exemplo: o diâmetro de um furo é uma cotagem de
dimensão, mas a localização desse furo na peça é uma
cotagem de posição.
Aplicação da cotagem
• Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou
componente, clara e completamente deve ser representada
diretamente no desenho.
• A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente
mais claramente o elemento.
• Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade de medida.
• Cotar somente o necessário para descrever o objeto, nenhum
elemento do objeto deve ser definido por mais de uma cota.
• Linhas tracejadas não podem ser cotadas.
Elementos de cotagem: incluem a linha auxiliar, linha
de cota, limite da linha de cota e a cota.
• Linhas auxiliares e de
cotas são desenhadas
como linhas estreitas
contínuas.
Elementos de cotagem: incluem a linha auxiliar, linha
de cota, limite da linha de cota e a cota.
• Linha auxiliar deve ser prolongada
ligeiramente além da respectiva linha
de cota. Um pequeno espaço deve
ser deixado entre a linha de contorno
e linha auxiliar.
• Linhas auxiliares devem ser
perpendiculares ao elemento
dimensionado, entretanto se
necessário, pode ser desenhado
obliquamente a este,
(aproximadamente 60o) porém
paralelas entre si.
Elementos de cotagem: incluem a linha auxiliar, linha
de cota, limite da linha de cota e a cota.
• A construção da interseção de linhas
auxiliares deve ser feita com o
prolongamento desta além do ponto de
interseção.
Elementos de cotagem: incluem a linha auxiliar, linha
de cota, limite da linha de cota e a cota.
• Linhas auxiliares e cotas sempre que possível, não devem cruzar
com outras linhas, porem se isso ocorrer, as linhas não devem ser
interrompidas no ponto de cruzamento
Elementos de cotagem: incluem a linha auxiliar, linha
de cota, limite da linha de cota e a cota.
• Os limites da linha de cota podem ser de traços oblíquos, setas ou
ponto, mas só um destes pode ser utilizado num mesmo desenho.
• Entretanto quando o espaço for muito pequeno, outra forma de
indicação pode ser utilizada.
Quando as peças são muito longas e estreita devem ser
interrompidas e representar a parte que contém detalhes,
mas a linha de cota não se interrompe e o valor numérico da
cota é o real.
• Somente uma seta de limitação da linha de cota é
utilizada na cotagem de raio.
• Na cotagem de diâmetros devem ser utilizadas duas
setas limitando a linha de cota.
• Sempre que o elemento seja um círculo fechado
completamente, deve ser utilizada a cotagem de
diâmetro, caso o mesmo tenha alguma abertura é
opcional a utilização de raio ou diâmetro.
Apresentação da cotagem
As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com
tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no
original como nas cópias ampliadas ou reduzidas. As cotas devem
ser colocadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou
separadas por qualquer outra linha.
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um dele deve
ser utilizado num mesmo desenho.
Método 1:
As cotas devem ser lidas da base da folha de papel, mantendo a legenda
no canto inferior direito.
As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de
cotas e preferivelmente no centro.
A cotagem angular pode ser realizada segundo a fig. (a); e a cotagem
em linhas inclinadas segundo a fig. (b)
Método 2:
As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio
para inscrição da cota.
A cota pode ficar na posição horizontal ou alinhada com a linha de cota
No método 2 a cotagem angular pode ser realizada segundo
a fig. c; e a cotagem em linhas inclinadas segundo a fig. d.
45°
25°
65°
41,64
41,64
41,64
45°
41,64
30°
45°
60°
45°
41,64
41,64
41,64
41,64
A localização das cotas frequentemente necessita ser adaptada
às várias situações.
por exemplo, as cotas podem estar: No centro subtendido da
linha de cota, quando a peça é desenhada em meia-peça em
corte ou em meio corte.
• Quando o espaço for limitado, podem ser
utilizados pontos ou traços oblíquos.
• Sobre o prolongamento horizontal da linha de
cota, quando o espaço não permitir a
localização com a interrupção da linha não
horizontal.
• Cotas fora de escala (exceto onde a linha de
interrupção for utilizada) devem ser
sublinhadas com a mesma largura da linha do
algarismo.
• Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a
identificação das formas e melhorar a interpretação do
desenho.
• Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos
quando a forma for claramente indicada.
• Os símbolos devem preceder a cota
quadrado;
: diâmetro;
R: raio;
 ESF: diâmetro esférico;
R ESF: raio esférico.
:
• Quando o centro do arco cair
fora dos limites de espaço
disponível, a linha de cota do
raio deve ser quebrada ou
interrompida, conforme a
necessidade de localizar ou
não o centro do arco.
• Quando o tamanho do raio
for definido por outras
cotas, ele deve ser
indicado pela linha de cota
do raio com o símbolo R
sem cota.
Disposição e apresentação da cotagem
A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a
finalidade do uso.
Geralmente é resultado da combinação de várias finalidades.





 



 
 
• em cadeia;












Cotagem por elemento de referência paralela
















Cotagem paralela centrada






























































Cotagem combinada (em cadeia e por elemento de
referência).
ocruzam
entoentre
linhasdecotaseauxiliares
deveserevitado.
40
30
8
10
50
Ø
16
30
6 15
Ø
10
70
cotagememcadeia
15
cotagempor
elem
ento
dereferência
• Cotagem por coordenadas;
No caso de elementos equidistantes ou uniformemente
distribuídos a cotagem pode ser simplificada.






















• Elementos repetidos
• Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo
tamanho e assim, evitar repetir a mesma cota, eles podem ser
cotados como mostram as figuras.
Chanfros e escareados
• Chanfros e Escareados devem ser cotados como mostram as
figuras.
Chanfros
Escareados
• Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for
cotado, os grupos de cotas específicos para cada objeto devem
permanecer, tanto quanto possível, separados.
• Fique sabendo alguns dos erros mais comuns na cotagem!!!
CERTO
ERRADO
• Fique sabendo alguns dos erros mais comuns na cotagem!!!
CERTO
ERRADO
• Fique sabendo alguns dos erros mais comuns na cotagem!!!
CERTO
ERRADO
Bibliografia:
• NBR 10067 – 1987 – Cotagem em desenho Técnico
• SPECK Henderson J; PEIXOTO, V.V. Manual Básico de Desenho
Técnico. 5. Ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.
• FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Leitura e Apresentação de
Desenho Técnico. Rio de Janeiro: 2009 (Novo Telecurso
Profissionalizante de Mecânica).
Download

2.Normas_de_Cotagem