UGT apela à libertação dos dois sindicalistas iranianos Breve histórico: Mansour Osanloo, Presidente do Sindicato de Motoristas de Teerão foi preso a 10 de Julho de 2007. A sua prisão ocorreu após uma viagem que efectuou à Europa a fim de recolher apoios internacionais para os sindicatos independentes no Irão, assunto que abordou também no Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), a 21 de Junho de 2007, em Bruxelas. Na altura da sua prisão, o autocarro onde seguia foi interceptado por uma viatura descaracterizada com homens vestidos à civil que mandaram os restantes passageiros permanecer no autocarro, enquanto Mansour Osanloo foi espancado e obrigado a entrar noutra viatura. Mansour Osanloo foi levado para a prisão de Evin (Teerão), onde se encontra detido. Foi condenado a uma pena de prisão de cinco anos pelo Tribunal de recurso de Teerão, sem um julgamento adequado. A 12 de Julho, foi transferido para a secção 209, onde estão os presos políticos, e, desde então, está em regime de isolamento. Os seus advogados estão impedidos de entrar em contacto com ele e a sua família suspeita que ele tenha sido vítima de abusos. Mansour Osanloo já tinha sido preso anteriormente durante oito meses, de Dezembro de 2005 a Agosto de 2006, devido à sua actividade sindical. Mahmoud Salehi é porta-voz do “Comité fundador para a criação de sindicatos” (Founding committee for establishing trade unions), antigo presidente da “Associação de Trabalhadores da Indústria Panificadora de Saqez” (Bakery Worker’s Association of Saqez) e co-fundador do “Comité de coordenação para a criação de organizações de trabalhadores” (Coordination Committee for Establishment of Worker’s Organisations). Foi preso a 9 de Abril de 2007. Seguranças e oficiais do Ministério Público prenderam Mahmoud Salehi, sem apresentarem qualquer ordem judicial ou documentos sobre a sentença do processo que se arrasta desde 2004. Em protesto contra a ordem de prisão, Salehi recusou-se a assinar a intimação judicial, tendo sido transportado imediatamente para o estabelecimento prisional de Sanandaj. Este dirigente enfrenta acusações desde o dia 1 Maio de 2004, tendo sido preso nesse mesmo dia devido às manifestações do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Após vários recursos, Salehi viu a sua pena ser reduzida para um ano de prisão efectiva e três meses de pena suspensa, Apesar de estar gravemente doente com problemas renais, Mahmoud Salehi não está a receber tratamento médico, situação que coloca a sua vida em risco. Também ele foi privado de receber as visitas do seu advogado e da família, com quem apenas pode comunicar por telefone. A CSI, a ITF e a Amnistia Internacional estão convictos de que os dois dirigentes foram detidos em razão do exercício da actividade sindical pelo que apelam e exigem a sua libertação imediata e incondicional. Esta prisão resulta do aumento do clima de repressão no Irão. Recorde-se que, recentemente, nove trabalhadores da área da Educação foram sentenciados a 90 dias de prisão. Segundo as autoridades iranianas, as actividades sindicais destes trabalhadores constituem “ameaças à segurança nacional”. A CSI e a ITF lançaram uma petição online onde é exigida a libertação imediata dos dois sindicalistas iranianos. Para subscrever a petição aceda http://www.labourstart.org/cgi-bin/solidarityforever/show_campaign.cgi?c=339 ao link: