Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios 1. Introdução A Gestão de risco desempenha um papel crucial na proteção do acervo de informações da organização na era digital tendo em vista que as mesmas dependem cada vez mais de sistemas de tecnologia da informação automatizados para processar suas informações e oferecer melhor suporte à sua missão. O planejamento da continuidade de negócios está intimamente ligado à gestão de riscos. Ele é usado para neutralizar as interrupções das atividades de negócio e proteger os processos críticos dos efeitos de grandes falhas ou desastres. A Gestão de risco e o planejamento da continuidade de negócios tornaram-se componentes críticos de operações que mantêm as empresas funcionando.1 2. O que é Gestão de Risco? A Gestão de riscos é um processo de identificação, avaliação de riscos, e de tomada de medidas para reduzir o risco a um nível aceitável. A Gestão de risco engloba três processos de avaliação de riscos, mitigação de risco e de avaliação e pesquisa. A gestão de riscos permite que gerentes de TI equilibrem os custos operacionais e econômicos das medidas de proteção e obtenham ganhos de capacidade de missão, protegendo os sistemas de TI e os dados que servem de apoio às missões da organização. O principal objetivo da gestão de riscos é permitir que a organização realize suas missões visando uma melhor segurança dos sistemas de TI que armazenam, processam ou transmitem informações organizacionais. Evidências do processo de gestão de risco podem ajudar os gestores a tomar decisões de gestão de riscos bem informadas, justificar os gastos de um orçamento de TI, e autorizar sistemas de TI eficazes. Uma metodologia de gerenciamento de risco bem estruturada pode ajudar a administração a identificar controles apropriados para fornecer capacidades de segurança essenciais a uma missão. Bens de informações de uma organização enfrentam diversos riscos no ambiente de negócios atual. É impossível proteger os bens da organização, se o risco não estiver claramente identificado. No entanto, é necessário esclarecer que risco significa num contexto particular. O risco é a possibilidade de ocorrência de um ato ou fato que possa prejudicar ou trazer prejuízo para a organização e seus bens de informações. Riscos neste sentido referem-se aos riscos associados a um evento potencialmente danoso que ocorre na ausência de controles específicos, que, de outra forma, impediriam o dano. O risco é o impacto negativo de uma ameaça, pois pode explorar as vulnerabilidades dos bens de uma organização e causar perda ou dano a esses bens. Geralmente, o risco é expresso por uma fórmula matemática: 1 ‘Risk Management Guide for Information Technology Systems’ (NIST Special Publications 800-30) por G. Stoneburner, A. Goguen, e A. Feringa; ‘Handbook of Information Security Management’ por M. Krause e H. Tipton; e ‘Business Continuity Management: Good Practice Guidelines’ por D. J. Smith do The Business Continuity Institute são as principais referências dessa sessão. Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios Risco = ameaças x vulnerabilidades x valor dos bens. De acordo com essa fórmula, o risco é uma função da probabilidade de uma determinada ameaça explorar uma vulnerabilidade particular potencial, e o impacto resultante desse evento adverso sobre os bens da organização. Existem quatro tipos de riscos empresariais, que são definidos como: Risco financeiro. A maioria dos sistemas de informação potencialmente possuem algum efeito sobre o desempenho financeiro da organização, e danos a estes, teriam um efeito financeiro negativo, assim, o nível e potencial impacto de tais danos precisam ser considerados. Risco estratégico. Sistemas de informação podem ter efeito estratégico direto sobre a organização. Risco operacional. O risco operacional é mais comum do que qualquer um dos outros fatores de risco de negócios, pois a maioria dos sistemas de informação são projetados para afetar a forma e a eficácia da organização, uma vez que conduz sua atividade diária. Conformidade jurídica. Sistemas de informação podem ter um efeito direto sobre a forma como a organização está em conformidade com as obrigações estatutárias. Uma ameaça é o potencial para uma determinada fonte de ameaça explorar com sucesso a vulnerabilidade particular. Uma fonte de ameaça pode explorar a vulnerabilidade intencionalmente ou pode acionar acidentalmente a vulnerabilidade. A vulnerabilidade é uma falha ou fraqueza que pode ser acionada acidentalmente ou explorada intencionalmente, para resultar em uma violação de segurança ou uma violação da política de segurança. Uma fonte de ameaça não apresenta um risco, a menos que a vulnerabilidade seja exercida. Para determinar a probabilidade de uma ameaça, deve-se considerar fontes de ameaça, a vulnerabilidade potencial e controles existentes. Pelo mapeamento da vulnerabilidade a ameaças, e identificando o potencial impacto das ameaças sobre os bens, a interação entre os diferentes fatores torna-se clara; esta interação é um dos conceitos fundamentais da avaliação de risco. Pode ser observado que diferentes graus de vulnerabilidade permitem ameaças a ocorrer com uma maior ou menor frequência ou impacto. Quanto maior a vulnerabilidade, maior o risco de perda como resultado de uma ameaça. 3. Avaliação de Risco O termo gestão de riscos caracteriza um processo global que é contínuo e de complexidade crescente. A primeira fase é a avaliação de risco. Esta fase inclui a identificação de riscos, medidas para redução de riscos e o impacto orçamental da implementação de decisões relacionadas à aceitação, anulação ou transferência do risco. A segunda fase da gestão de risco inclui o processo de atribuição de prioridade, orçamentos, implementação e manutenção de medidas de redução de risco adequadas. Na era da informação, a segurança da informação torna-se efetivamente uma tarefa infinita de catchup conforme a tecnologia de armazenamento de informação, processamento, transferência e acesso continua a desenvolver-se rapidamente. É essencial que o processo de análise e avaliação de risco sejam bem compreendidos por todas as partes e executados em tempo hábil. Os riscos potencialmente associados à informação e tecnologia da informação devem ser identificados e geridos de uma forma E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 2 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios rentável. A análise de risco é o processo de análise de um ambiente alvo e identificação das relações entre seus atributos relacionados a riscos. A análise deve identificar ameaças e vulnerabilidades, incluindo a vulnerabilidade dos bens relacionados e associados. Ela deve identificar o potencial e a natureza de um efeito ou resultado indesejável, e identificar e avaliar contramedidas de redução de risco. A análise de risco continua a ser a espinha dorsal da boa gestão de segurança, pois os gerentes precisam de um meio para compreender a segurança e os riscos a que suas organizações estão expostas. A análise de riscos fornece a justificativa para o meio de comunicação e pode agir como tal, dentro da organização. O termo avaliação de risco refere-se à atribuição de um valor aos bens, à frequência de ameaças, às consequências de um evento potencialmente prejudicial, e para quaisquer outros elementos casuais. Os resultados da análise de risco podem ser usados em uma avaliação ou medição de risco. Assim, o termo avaliação dos riscos é usado para caracterizar o processo e o resultado da análise e avaliação do risco. A avaliação de risco é, portanto, uma consideração sistemática de: Probabilidade de dano ao negócio que resulta de uma falha de segurança, levando em consideração as potenciais consequências de uma perda de confidencialidade, integridade, ou disponibilidade de informações e outros bens. A probabilidade realista de uma falha que ocorre mediante ameaças e vulnerabilidades prevalecentes, e os controles atualmente implementados. O resultado desta avaliação pode ser usado para orientar e determinar a gestão adequada da ação e prioridades para o gerenciamento de riscos de segurança de informações para implementação de controles que tenham sido selecionados para proteção de tais riscos. 4. Abordagens Quantitativas versus Qualitativas Existem duas abordagens fundamentalmente diferentes para a avaliação de risco; quantitativas e qualitativas. Elas diferem na natureza dos indicadores que utilizam. 1. A abordagem quantitativa emprega dois elementos fundamentais: a probabilidade de ocorrência de um evento e a provável perda, caso ocorra. 2. A abordagem quantitativa procura descrever o risco do ponto de vista puramente matemático; a fixação de um valor numérico para cada risco, e usar isso como uma diretriz para as decisões de gestão dos riscos. A principal vantagem de uma abordagem quantitativa é que esta fornece uma medida da magnitude do impacto, que pode ser usada na análise de controles de custo-benefício recomendada. A desvantagem é que o significado da abordagem quantitativa pode não ser claro, dependendo dos intervalos numéricos utilizados para expressar a medição. Os resultados podem precisar ser interpretados de uma forma qualitativa. Os prós e contras associados à abordagem quantitativa estão listados abaixo. 4.1 Prós Quantitativos E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 3 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios A avaliação e resultados suportam uma análise estatística significativa que se baseia em processos objetivos substanciais independentes e indicadores. O valor da confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação são expressos em termos monetários, com apoio racional. Isto faz com que seja mais fácil compreender a perda esperada. Informações de segurança de tomada de decisão orçamentária são apoiadas por uma base confiável de custo/benefício das medidas de atenuação de risco. O desempenho da gestão de risco pode ser facilmente monitorado e avaliado. O risco é melhor compreendido e os resultados da avaliação de risco são procedentes e apresentados de uma maneira compreensível; o valor monetário, percentagens, e probabilidade são mensurados anualmente 4.2 Contras Quantitativos Os cálculos são complexos. Sem explicações eficazes os gestores podem não ser compreendidos e os resultados dos cálculos mal interpretados. Uma ferramenta automatizada reconhecida e a base de conhecimento associadas são necessárias para executar uma avaliação quantitativa dos riscos. Esforços manuais também são necessários. Uma quantidade substancial de informações sobre as informações alvo e seu ambiente de TI deve ser recolhida. Pesquisa sobre população e frequência da ameaça deve ser realizada através do esforço dos usuários quando não há base de conhecimento relevante. Os problemas com este tipo de avaliação de risco são normalmente associados à insegurança e imprecisão dos dados. A probabilidade raramente pode ser precisa, e pode, em alguns casos, promover a complacência. Além disso, controles e medidas defensivas, muitas vezes enfrentam uma série de eventos em potencial, e os eventos em si são frequentemente inter-relacionados. Não obstante as dificuldades, uma série de organizações adotaram com sucesso a abordagem quantitativa. Tem sido afirmado por muitos especialistas que uma abordagem puramente quantitativa não é possível ou prática, devido à dificuldade na aferição de um valor numérico para amplos impactos de um incidente. Por conseguinte, uma abordagem qualitativa também pode ser necessária. A avaliação qualitativa dos riscos é o processo de avaliação de risco com base na análise de diferentes cenários que exploram o impacto potencial e possível de vários incidentes e ameaças. Na abordagem qualitativa, uma série de breves cenários de incidentes potenciais é delineada. Os cenários são desenvolvidos ou pesquisados para examinar quais as áreas da corporação que seriam afetadas e a provável extensão do dano apresentado no qual esse cenário nunca ocorreria. A abordagem qualitativa é, de longe, a abordagem mais amplamente utilizada. Dados de probabilidade não são necessários e só a perda estimada potencial é utilizada. Metodologias de avaliação E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 4 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios mais qualitativas de riscos fazem uso de uma série de elementos inter-relacionados: ameaças, vulnerabilidades e bens. A principal vantagem da abordagem qualitativa é que ela prioriza os riscos e identifica as áreas que necessitam de melhorias imediatas para solucionar uma vulnerabilidade. A desvantagem da avaliação qualitativa é que ela não fornece medições específicas quantificáveis da magnitude do impacto de um incidente, portanto, dificulta uma análise de custo-benefício de qualquer controle recomendado. 4.3 Prós qualitativos Os cálculos são simples, facilmente compreendidos e executados. Não há necessidade de se determinar o valor monetário de confidencialidade, integridade e disponibilidade de informações. Não é necessário determinar a frequência de ameaça quantitativa e impacto sobre os dados. Não há necessidade de estimar o custo das medidas de mitigação de risco recomendadas e calcular o custo/benefício. Aborda uma indicação geral de áreas significativas de risco. 4.4 Contras Qualitativos A avaliação de riscos e resultados são essencialmente subjetivos no processo e aferições. Aferições independentemente objetivas não são utilizadas. A percepção do valor dos bens de informação dirigidos não é desenvolvida em uma base objetiva monetária, e pode não refletir o valor real em risco. Nenhuma base é fornecida para análise de custo/benefício das medidas de mitigação de risco, apenas a indicação subjetiva de um problema. Não é possível acompanhar o desempenho de gestão de risco objetivamente, pois todas as medidas são subjetivas. No entanto, não é possível realizar uma avaliação dos riscos puramente qualitativa. Quantitativas e qualitativas indicam a categorização binária de métricas de risco e técnicas de informação de gestão de risco. Na realidade, existe um espectro entre essas abordagens e são praticamente sempre aplicadas em combinação. Isso pressupõe, naturalmente, um nível elevado de entendimento e conhecimento sobre os processos de uma empresa e os riscos potenciais. 5. Mitigação de Riscos Mitigação de riscos é o segundo processo da gestão de riscos. Trata-se de priorizar, avaliar e implementar controles de redução de risco apropriados, recomendados a partir do processo de avaliação E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 5 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios de risco. Geralmente para um negócio, controlar o risco a um nível administrável é a opção mais rentável. A gestão do risco é o caminho atualmente favorecido pela maioria das organizações, pois a eliminação de todos os riscos é geralmente impraticável ou quase impossível. A responsabilidade da gestão é usar a abordagem mais eficaz e implementar os controles mais adequados para diminuir o risco a um nível aceitável, com um impacto negativo mínimo sobre os recursos da organização e missão. Mitigação de risco é uma metodologia sistemática utilizada pela alta administração para reduzir o risco da missão. Ela pode ser alcançada através de qualquer uma das seguintes opções: Aceitação de riscos. Aceitar o risco potencial e continuar a operar o sistema de informação, ou a implementação de controles para reduzir o risco a um nível aceitável. Prevenção de riscos. Evitar o risco, eliminando o caso de risco e/ou consequência (por exemplo, abrir mão de certas funções do sistema ou desligar o sistema quando os riscos são identificados). Limitação de riscos. Limitar o risco através da implementação de controles que minimizem o impacto negativo da vulnerabilidade que exerça uma ameaça (por exemplo, utilização de apoio, controles de prevenção, investigação). Planejamento de riscos. Gerenciar o risco através do desenvolvimento de um plano de mitigação de risco, que priorize, implemente e mantenha controles. Pesquisa e reconhecimento. Reduzir o risco de perda, reconhecendo a vulnerabilidade, ou falha, e pesquisar controles para corrigir a vulnerabilidade. Transferência de Risco. Transferir o risco usando outras opções para compensar a perda (por exemplo, seguro de compra). Os gerentes têm um forte interesse na identificação e aplicação de proteções que podem ser esperados para mitigar a vulnerabilidade. Consequentemente, deve ser dada prioridade para identificação de pares de ameaça e vulnerabilidade que têm o potencial de causar impacto significativo ou dano na missão. É importante selecionar garantias apropriadas para cada vulnerabilidade alvo. Em seguida, mapear ou confirmar o mapeamento de pares de proteção/vulnerabilidade de todas as ameaças relacionadas, e, finalmente, determinar a extensão da redução do risco ativo a ser alcançada através da aplicação de proteções para cada ameaça. Controles técnicos de segurança podem ser configurados para proteção contra certos tipos de ameaças no interesse de mitigação de risco. Esses controles, quando usados adequadamente, podem evitar, limitar ou impedir a ameaça de danos à missão de uma organização. Esses controles técnicos podem incluir apoio, detecção, prevenção e controle de recuperação. Todos esses controles devem trabalhar juntos para proteger dados críticos e sensíveis, informações e funções de sistemas de TI. 6. Avaliação e Pesquisa E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 6 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios O processo de gestão de riscos é um processo contínuo e em constante evolução. Isto se deve ao fato de que a rede está em contínua expansão e atualização. Suas alterações de componentes e suas aplicações de software são substituídas ou atualizadas com versões mais recentes. Além disso, mudanças de equipe ocorrerão, e políticas de segurança podem ser alteradas ao longo do tempo. Estas alterações podem trazer à tona novos riscos e os que foram previamente mitigados podem se tornar uma preocupação novamente. Portanto, um programa de gestão de risco precisa ser revisto e praticado periodicamente. Deve haver uma programação específica para avaliar e mitigar riscos de missão. Processos realizados apenas periodicamente também devem ser revistos e flexíveis o suficiente para permitir alterações sempre que justificáveis. Um programa de gestão de risco bem sucedido conta com o compromisso da alta administração e todo o apoio e participação da equipe de TI. Ele também irá contar com a competência da equipe de avaliação de risco. Essa equipe deve ter a experiência necessária para aplicar a metodologia de avaliação de risco em um local e sistema específico, identificar os riscos da missão, e fornecer o custo-efetivo das proteções que atendam às necessidades da organização. Além disso, a sensibilização e a cooperação de membros da comunidade de usuários será importante, assim como uma avaliação contínua e dos riscos da missão relacionados a TI. Um programa de gestão de risco bem administrado e integrado pode ajudar os gestores a melhorar de forma significativa o desempenho de custo-benefício do ambiente de tecnologia da informação, e garantir baixo custo de conformidade com os requisitos regulamentares aplicáveis. A capacidade de uma agência do governo identificar os riscos e prevenir incidentes ou exposições, é um benefício significativo para garantir a viabilidade do negócio e crescimento contínuo, mesmo em meio a crescentes ameaças e pressões. 7. Planejamento de Continuidade de Negócios (PCN) Planejamento de Continuidade de Negócios é composto de planos testados e procedimentos construídos em processos normais de operações, que permitem que uma empresa se proteja contra ameaças. Inclui monitoramento, gestão de crises, resposta de emergência, recuperação, redução de danos, mitigação e aceitação de risco residual. Não é um plano de recuperação de desastres, um plano de contingência, ou um plano de resposta de emergência, embora estes possam de fato ser vistos como parte do processo de planejamento de continuidade dos negócios. Inventário, bens, processos e pessoas são fatores essenciais que devem ser considerados no planejamento de continuidade de negócios. O sucesso do planejamento de continuidade de negócios se baseia na capacidade da organização de integrar a recuperação do sistema no maior esforço de planejamento global. Planejamento de continuidade de negócios é um processo de gestão orientado a negócios holísticos, que identifica o potencial impacto de um incidente que ameaça uma organização. Ele fornece uma estrutura para a construção de resiliência e capacidade de resposta eficaz para proteger os interesses dos seus principais intervenientes, a reputação, a marca, e atividades de criação de valor. PCN é uma questão de negócios, ao invés de uma questão técnica. 7.1 Objetivo do PCN Devido aos avanços na tecnologia da informação, as organizações dependem fortemente de TI. Com E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 7 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios o surgimento do e-government, e-commerce e e-business, um único período de tempo de inatividade poderia ter consequências desastrosas para uma organização. Um plano de continuidade de negócios abrangente e rigoroso é necessário para atingir um estado de continuidade de negócios, onde sistemas críticos e redes estão disponíveis continuamente. Planejamento de continuidade de negócios de uma organização se destina a fornecer um quadro genérico e abordagem padronizada para ativar e informar o processo. Ele é projetado para neutralizar as interrupções das atividades de negócio e proteger os processos críticos dos efeitos de grandes falhas ou desastres. Portanto, uma organização precisa garantir que sua competência e capacidade de PCN satisfaça a natureza, a escala e a complexidade das suas atividades, e reflita sua cultura individual e ambiente operacional. Planejamento de continuidade de negócios deve ser implementado para reduzir a interrupção causada por desastres e falhas de segurança (que podem ser resultado de desastres naturais, acidentes, falhas de equipamentos e ações deliberadas) em um nível aceitável através de uma combinação de controles preventivos e de recuperação. As consequências de desastres, falhas de segurança e perda de serviço devem ser analisadas. O PCN deve incluir controles para identificar e reduzir os riscos e limitar as consequências dos incidentes prejudiciais. Os planos de contingência devem ser desenvolvidos e implementados. Tais planos devem ser mantidos e praticados para que se tornem parte integrante de todos os outros processos de gestão, a fim de garantir que os processos de negócio e operações essenciais sejam restaurados dentro das escalas de tempo exigidas. Planejamento de continuidade de negócios não é um planejamento de algo que nunca pode acontecer; é um planejamento de algo que é provável que aconteça. Após os ataques terroristas em Nova Iorque em 11 de Setembro de 2001, a alta administração tem reconhecido o valor de tornar os dados de sua organização e sistemas de comunicação mais robustos através do PCN. Mais organizações têm aumentado seu orçamento em PCN, pois ter um processo gerenciado por um PCN é útil para desenvolver e manter a continuidade dos negócios em toda a organização. Um planejamento de continuidade de negócios forte pode ajudar as organizações a se recuperar rapidamente, proporcionando uma continuidade confiável e transparente das operações. Ele também pode proteger ativos da organização, fornecer controle de gestão de riscos e exposições, oferecer medidas preventivas, se for o caso, e assumir o controle de gestão pró-ativa de interrupção dos negócios. Muitas grandes organizações usam o planejamento de continuidade de negócios como parte chave do processo de negócio para aumentar a produtividade global. As contribuições que um processo de planejamento de continuidade de negócios bem gerido pode trazer a uma organização incluem 8. Crescimento e inovação sustentáveis. Melhoria de satisfação de clientes. Atendimento das necessidades das pessoas. Melhoria da qualidade do processo global de missão crítica. Proporcionar práticas métricas financeiras. Abordagem do Planejamento de Continuidade de Negócios. E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 8 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios Planejamento de continuidade de negócios é um processo interativo constituído das cinco fases seguintes. 8.1 Escopo e Planejamento do Projeto de PCN Esta é a fase inicial que irá direcionar as fases subsequentes da atividade. A primeira ação é analisar as operações de negócios distintas e serviços de suporte ao sistema de informação. Atividades de planejamento de projetos envolvem a definição do escopo preciso, organização, tempo, recursos humanos (especialmente aqueles que irão desempenhar um papel vital no desenvolvimento do PCN), e outras questões, de modo que o status do projeto e os requisitos podem ser articulados em toda a organização. 8.2 Avaliação de Impacto nos Negócios Esta fase envolve a compreensão do tamanho das potenciais ameaças, e a provável magnitude do seu impacto, em termos de capacidade de interromper os sistemas de informação e serviços de comunicação da organização. Esse impacto pode ser financeiro (perda monetária, por exemplo), ou de natureza operacional (por exemplo, a incapacidade da prestação e monitoramento de serviço de qualidade ao cliente). 8.3 Desenvolvimento de Estratégia de Recuperação Durante esta fase, a avaliação de alternativas de recuperação com opção de estimativas de custo serão elaboradas e apresentadas à administração. As informações coletadas na segunda fase podem ser empregadas para aproximar os recursos de recuperação necessários para apoiar as funções de negócios com tempo crítico. 8.4 Desenvolvimento do Plano de Recuperação Esta fase envolve o desenvolvimento real de um plano de continuidade de negócios. Documentação explícita é necessária para a execução de um processo de recuperação eficaz, que inclui informações de inventário administrativo e um plano de ação detalhado da equipe de recuperação. 8.5 Implementação, Teste e Manutenção Esta é a fase final de um PCN, que envolve o estabelecimento de teste rigoroso e programa de gestão de manutenção, bem como aborda o teste inicial e contínuo e atividades de manutenção. 9. Princípios de Planejamento de Continuidade de Negócios Ao desenvolver um plano de continuidade de negócios organizacional, é importante considerar os seguintes princípios. 1. Planejamento de continuidade de negócios é uma parte integrante da governança da organização. 2. As atividades de planejamento devem corresponder, concentrar, e apoiar diretamente a estratégia de negócios e os objetivos da organização. 3. O PCN deve fornecer resiliência organizacional para otimizar a produtividade e disponibilidade de serviço. E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 9 de 10 Gestão de Risco e Planejamento de Continuidade de Negócios 4. O PCN deve ser um processo de gestão de custos eficaz. Ele agrega valor a um processo de gestão de negócios ao invés de governança ou considerações regulatórias. 5. A organização e seus componentes são responsáveis pela manutenção de exercícios consistentes, simulação e teste de programa para assegurar uma resposta eficaz, atualizada e apta à finalidade da competência e capacidade do PCN. 6. Todas as estratégias, planos e soluções do PCN devem ser proprietarios e orientado a negócios. Elas devem ser baseadas nas atividades críticas de negócios da missão. 7. É necessário que a política e estratégia da organização seja acordada, publicada e distribuída, juntamente com orientações práticas associadas ao PCN. 8. Os requisitos legais e regulamentares devem ser identificados, definidos e compreendidos antes de empreender um programa de PCN. 9. Implicações do PCN devem ser consideradas em todas as fases do desenvolvimento de novas operações, produtos, serviços e projetos de infraestrutura organizacional. 10. Implicações do PCN devem ser consideradas como parte essencial do processo de gestão de alterações de negócios. 11. Todos os terceiros dos quais uma organização é extremamente dependente devem ser obrigados a demonstrar uma eficácia comprovada, e aptidão à finalidade da capacidade do PCN. E-Government – O que um líder governamental deve saber Página 10 de 10