24 de Outubro de 2014 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira BRASIL PODE AUMENTAR DEPENDÊNCIA DE IMPORTAÇÃO DE FERTILIZANTES, DIZ EMBRAPA Com 75% dos fertilizantes usados no país adquiridos no exterior, o Brasil enfrenta o risco de aumentar a cada ano a importação do produto se não forem feitos novos investimentos na produção nacional, disse hoje (14) José Carlos Polidoro, vice-líder da Rede BrasilFert, criada em 2009 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para pesquisas na área. Para Polidoro, o Brasil precisa de uma política nacional sobre o assunto, como tem para outros setores do país, “porque é um setor que requer altíssimos investimentos no processo de mineração e fabricação”. O vice-líder lembrou que, em 2010, o governo elaborou um Plano Nacional de Fertilizantes que, entretanto, não chegou a ser implementado. O plano abrangia ações para incentivar investimentos no setor, visando a ampliar a produção nacional. O Brasil consome atualmente em torno de 32 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, das quais 75% são importados, segundo a média dos últimos cinco anos. Os demais 25% são produzidos no país, o que corresponde a cerca de 10 milhões de toneladas. Polidoro explicou que a tendência é aumentar o percentual de importação se não houver investimentos, porque enquanto o mundo aumenta, em média, o consumo de fertilizantes, anualmente, em 2%, o Brasil aumenta 4%. “Nós somos, hoje, o quarto maior consumidor mundial”. Pesquisador da Embrapa Solos, Polidoro informou que a Rede FertBrasil objetiva estimular e promover a inovação tecnológica em fertilizantes tanto no país, como na América Latina. Ele esclareceu que o incentivo ao aumento da produção cabe ao governo, por meio dos ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, “para fazer um plano nacional de fertilizantes”. Para a Rede FertBrasil, ele acentuou que o mais importante é evitar desperdícios no uso dos fertilizantes na agricultura. O pesquisador diz que do total de fertilizantes aplicado hoje na agricultura, em torno de 40% são perdidos de várias formas no solo por falta de uma tecnologia adequada. Nesse sentido, a luta da Rede FertBrasil, em parceria com outros órgãos de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia do Brasil, é aumentar a eficiência e o aproveitamento do fertilizante, seja ele importado ou não. Quanto maior for a eficiência, menor será o custo da produção agrícola no país. Outro desafio é zerar o desperdício. “É um desafio muito grande, mas é a nossa meta”. Polidoro destacou também que no Brasil existem várias fontes de nutrientes que não são utilizadas na indústria convencional de fertilizantes por limitações tecnológicas. Ele citou, entre elas, fontes minerais e orgânicas, como a cama de frango (resíduos da produção de frando de corte), que a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina, inclusive, que tenham uma destinação correta e não sejam mais dispostas no ambiente. A Rede FertBrasil busca superar esses entraves tecnológicos, com tencologias mordernas para viabilizar fontes alternativas para a produção de novos fertilizantes no país. Ele ressaltou que se todos os resíduos orgânicos e minerais fossem aproveitados para a produção de fertilizantes, isso reduziria a importação. “Não diminuiria acentuadamente, mas em torno de 10% a 20% da demanda poderiam ser cobertos com esses novos fertilizantes”. Uma das matérias-primas de resíduos orgânicos é a cama de frango. Segundo Polidoro, entre 8 e 9 milhões de toneladas de cama de frango são produzidos por ano no país. Se elas forem misturadas com outra parte de fertilizante convencional mineral, se produz um fertilizante organomineral granulado, “que é um fertilizante ecologicamente correto, porque faz a reciclagem de resíduos”. A rede está procurando ainda desenvolver novas formas de produção de fertilizante convencional a partir de fontes minerais que não são aproveitadas atualmente na indústria brasileira. Entre essas fontes estão o potássio e o fósforo, minerais encontrados em várias regiões brasileiras. "É preciso que sejam viabilizados processos químicos e biológicos para desenvolver rotas tecnológicas que possibilitem o aproveitamento dessas rochas que são encontradas no país para a produção de fertilizantes", disse. Mapeamento feito pelo Ministério de Minas e Energia identificou que o Pará e Mato Grosso são estados que apresentam ocorrência dessas fontes minerais, mas necessitam de inovação tecnológica que viabil ize a produção. O Rio de Janeiro vai sediar a partir da próxima segunda-feira (20), o 16º Congresso Mundial de Fertilizantes. Será a primeira vez que esse evento ocorre no Brasil. Polidoro informou que 350 especialistas em fertilizantes do mundo, em várias áreas do conhecimento, participarão do congresso. Durante o evento, serão apresentados os trabalhos efetuados pela Rede FertBrasil e pela Embrapa Solos. “Esse evento é um marco para nós porque, pela primeira vez, vai se discutir a inovação tecnológica, a ciência dos fertilizantes, em um país da América Latina”. A Rede FertBrasil tem 300 pesquisadores, sendo metade da Embrapa e 50% de outros institutos de pesquisa, universidades e fundações de apoio ao desenvolvimento agropecuário de todo o país. Segundo o Ministério da Agricultura, há possibilidade de ser elaborado um novo Plano Nacional de Fertilizantes ou mesmo de se implantar o que foi feito em 2010. Autor(a): Alana Gandra Fonte: Agência Brasil Data: 14/10/2014 OURO FECHA EM BAIXA APÓS DADOS POSITIVOS DOS EUA Os contratos futuros de ouro caíram nesta sexta-feira, 17, após a recuperação das bolsas de Nova York minar o apetite dos investidores por ativos considerados mais seguros, como os metais preciosos. O contrato de ouro para dezembro, o mais negociado, caiu US$ 2,20 (0,2%), fechando em US 1.239,00 por onça-troy na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, porém, o ouro acumulou alta de 1,4% em razão das preocupações com o crescimento global que dominaram os mercados internacionais recentemente. A prata caiu 0,6%, para US$ 17,33 por onça-troy. Na semana, o metal teve alta de 0,2%. As bolsas americanas se recuperaram de perdas recentes nesta sexta-feira, após dados econômicos reanimarem a procura por ativos que se beneficiam do crescimento da economia americana. Nos EUA, as construções de moradias iniciadas aumentaram 6,3% em setembro, em comparação com o mês anterior, acima da previsão de 4,6% dos economistas. O índice preliminar de sentimento do consumidor, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 86,4 em outubro, de 84,6 no fim de setembro. O movimento de alta nas ações pesou sobre o ouro, afirmou Frank McGhee, chefe de negociação de metais preciosos da Integrated Brokerage Services em Chicago. "O real componente de medo nos últimos dias tem sido o mercado de ações", acrescentou. O dólar mais forte, que avançou frente ao euro e ao iene hoje, também pressionou os preços do ouro. Às 16h40 (de Brasília), o dólar operava a 106,60 ienes, de 106,13 ienes antes. O euro chegou a US$ 1,2772 de US$ 1,2837 mais cedo. Os preços da platina e do paládio subiram em resposta a dados de venda de carros na Europa. Ambos os metais são muito usados nos filtros de exaustores de veículos, tornando seu preço sensível à demanda automotiva global. As vendas de carros na Europa subiram para 1,24 milhão de unidades em setembro e acumulam alta de 6,1% desde o começo do ano, para 9,57 milhões. A platina para janeiro subiu 0,8%, para US$ 1.261,50 por onça-troy. O paládio para dezembro ganhou 1,4%, para US$ 765,70 por onça-troy. Fonte: Dow Jones Newswires. Fonte: Estadão Data: 17/10/2014 EXPLORAÇÃO Gastos para não ferrosos cai 25% em 2014 De acordo com dados compilados pela SNL Metals, o orçamento mundial estimado para a exploração de não-ferrosos caiu de US$ 15,19 bilhões, em 2013, para US$ 11,36 bilhões neste ano, o que representa um recuo de 25%. O estudo da SNL tem como base a coleta de informações junto a quase 3.500 mineradoras mundiais, das quais quase 2 mil tinham verba de exploração para 2014. Cada empresa apresentou orçamento de no mínimo US$ 100 mil para a exploração de não-ferrosos. Incluindo as estimativas da SNL para os orçamentos das empresas que não responderam à pesquisa, o orçamento de exploração mundial de ficou em US$ 11,36 bilhões. A exploração de metais nãoferrosos se refere a gastos com metais preciosos e metais comuns, diamantes, urânio, e alguns minerais industriais; e exclui especificamente o minério de ferro, alumínio, carvão e petróleo e gás. Os maiores custos operacionais e de capital, minérios de teor mais baixo e a demanda incerta por algumas commodities fez com que as empresas se concentrassem em um retorno às margens, após anos seguidos de investimentos. Isto contribuiu para que houvesse a queda de 25% no orçamento de exploração global em 2014. Dentre as empresas juniores, o orçamento em exploração caiu 29%, após queda de 39%, em 2013. Com exceção da platina, os aportes para exploração de metais caiu em 2014. O ouro continua sendo o mais atraente, mesmo com retração de 31% - segundo recuo anual consecutivo – para US$ 4,57 bilhões. Apesar do orçamento para metais comuns caírem US$ 1 bilhão, a sua parte coletiva dos orçamentos totais aumentou 2%, atingindo o maior nível desde 2008. Fonte: Brasil Mineral Data: 22/10/2014 COTAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO CONTINUA EM BAIXA E RETOMADA AINDA É INCERTA O mercado global aguarda o equilíbrio entre oferta e demanda da commodity, principal insumo para a produção de aço, diante da queda brusca dos preços nas últimas semanas São Paulo - O mercado global de minério de ferro aguarda o equilíbrio entre oferta e demanda, diante da queda brusca dos preços nas últimas semanas. Enquanto isso, especialistas afirmam que a acomodação dos preços ainda é incerta. Entre 2014 e 2016, as três principais mineradoras globais (Vale, BHP Billiton e Rio Tinto) adicionarão ao mercado capacidade significativa de minério de ferro, o que já vem impactando os preços, que atingiram o menor nível em quase três anos, de cerca de US$ 80 a tonelada. No entanto, o recente movimento chinês de superestocagem do insumo também contribui para derrubar a cotação do minério de ferro. "A demanda existe, porém, a China ainda tem muito estoque do insumo e a acomodação dos preços é incerta", afirma o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. O movimento começou há alguns meses, quando as siderúrgicas chinesas passaram a estocar mais minério de ferro como estratégia para conseguir empréstimos dos bancos locais: com estoques maiores, mais "atividade". "Esta é uma situação atípica, em que as siderúrgicas tomaram o minério como garantia para empréstimos", destaca Galdi. Desaceleração global A China ainda é responsável por mais da metade da demanda global por minério de ferro. No ano passado, a produção de aço do país asiático foi de quase 800 milhões de toneladas, segundo a Associação Mundial do Aço (Worldsteel). No entanto, Galdi aponta para o risco de uma recessão na Europa. "Se isso se confirmar, a retomada dos preços do insumo deve demorar ainda mais", destaca o analista. Segundo a Tendências Consultoria, a desvalorização do preço do minério de ferro foi de 24,4% de janeiro a setembro. Para o ano, a média da depreciação pode atingir 25,4%."Os estoques continuam elevados na China. Se o movimento se tornar mais forte, pode haver um choque ainda mais negativo nos preços", afirma o analista de siderurgia e mineração da Tendências, Felipe Beraldi. De acordo com a consultoria, a média anual da cotação do insumo foi de US$ 135,25 a tonelada em 2013. Para este ano, o preço médio deve atingir US$ 100,84 a tonelada. Beraldi pondera ainda que, com os preços abaixo de US$ 100 a tonelada já há alguns meses, as mineradoras de alto custo não conseguem operar. "Uma parcela significativa da produção mundial deixa de ser competitiva. Na China, esse índice chega a quase 70% do total", diz o analista. Com isso, a expectativa é que mineradoras que operam com alto custo fechem as portas. "No curto prazo, a cotação em baixa deve persistir. Porém, neste e no próximo trimestre deve haver um movimento de corte de produção e consequente recuperação dos preços", acrescenta Beraldi. Para o analista da SLW, quando os preços do minério de ferro atingem patamar abaixo de US$ 100 a tonelada, muitas mineradoras não conseguem se manter. "BHP e Rio Tinto estão desenvolvendo grandes projetos de minério, com preços altamente competitivos. As companhias defasadas acabam saindo do mercado", acrescenta. Galdi destaca, entretanto, que não há previsão para que as siderúrgicas chinesas voltem às compras. "As minas de alto custo já estão botando o pé no freio, mas é difícil dizer quando o mercado voltará ao equilíbrio de US$ 100 a tonelada", afirma. Para Beraldi, a retomada das cotações é inevitável. "A recuperação é esperada, mas o movimento de subida da curva de preços demora para acontecer", pondera. Ele acredita que, até o final do ano, a cotação deva superar US$ 90 a tonelada. "Mas diante do cenário atual, ainda existe a possibilidade de que isso não aconteça", pontua. De acordo com relatório desta segunda-feira (20) do Standard Bank, as principais companhias de minério de ferro têm sido incentivadas a continuar fornecendo o insumo, mesmo a preços baixos. Isso leva a crer, de acordo com o documento, que a cotação da commodity possa cair ainda mais no curto prazo, podendo atingir entre US$ 65 e US$ 70 a tonelada. Projetos O analista da SLW explica que o mercado vem se redesenhando para acompanhar o movimento de queda dos preços. "Companhias como Usiminas e Gerdau não devem acelerar seus projetos de mineração por ora", diz. No Brasil, principalmente as mineradoras de menor porte aguardam para tirar do papel seus projetos. Isso porque muitos foram concebidos no auge dos preços da commodity: em meados de outubro de 2011, a cotação atingiu US$ 150 a tonelada. E com a desaceleração da demanda chinesa, as mineradoras terão que esperar o melhor momento para voltar a investir. "Haverá um retorno do equilíbrio dos preços, mas é difícil dizer exatamente quando", pondera Galdi. Autor(a): Juliana Estigarríbia Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviços Data: 21/10/2014 PROJETO DE OURO DA CLEVELAND TEM POTENCIAL PARA COBRE E ZINCO A Cleveland Mining informou hoje (23) que o recente trabalho de campo realizado no projeto de ouro O Capitão, localizado a 9 quilômetros da mina de ouro Premier, em Crixás (GO), obteve amostras de rochas com até 64,8 gramas de ouro por tonelada. A empresa também identificou mineralização de cobre e zinco, o que reforça o potencial de O Capitão se tornar um projeto polimetálico. De acordo com comunicado ao mercado nesta quinta-feira (23), os resultados iniciais de sondagem apontaram mineralização significativa de ouro, com destaque para uma interseção de quatro metros com teor de 7,04 g/t, que inclui um metro com teor de 17,37 g/t Au. Os ensaios retornaram ainda amostras de rochas com até 64,8 g/t Au, a partir de um corredor que se estende 1,5 quilômetro ao sul do prospecto Dona Maria, onde a sondagem está em andamento. Segundo a Cleveland, a localização das amostras de rochas estão sendo identificadas por mapeamento e análise fotográfica aérea e podem ser uma extensão da estrutura que hospeda os prospectos Lavra e Dona Maria. Uma zona de cobre significativa, incluindo calcopirita e calcocite, também foi identificada nas amostras. Teores de zinco superiores a 1% também foram recebidos a partir de resultados históricos de sondagens estratigráficas, levando a Cleveland a acreditar que O Capitão tem potencial para hospedar um grande sistema mineralizado polimetálico. Segundo a mineradora, a sondagem em Dona Maria está progredindo bem, com cerca de metade do programa de sondagem adamantada de mil metros concluído até o momento. De acordo com o diretor-administrativo da Cleveland, David Mendelawitz, os últimos resultados de O Capitão foram motivantes e demonstram o potencial de áreas inexploradas próximas daquelas já conhecidas. “Historicamente, O Capitão retornou cerca de 300 mil onças de ouro a partir de uma pequena cava e, mas teve poucas técnicas de exploração modernas aplicadas até o momento", disse. "Nós já havíamos identificado duas áreas de mineralização de ouro consistentes, Lavra e Dona Maria, e agora temos sondagens, amostragens litogeoquímicas e mapeamentos geofísicos que sugerem que o projeto tem potencial para sediar recursos polimetálicos consideráveis”, afirmou Mendelawitz. A Cleveland afirmou que a sondagem continua em Dona Maria e as amostras estão passando atualmente por testes metalúrgicos em Perth para avaliar o potencial de transformar o projeto de ouro em polimetálico. A Cleveland Mining é uma empresa australiana especializada no desenvolvimento de projetos minerais na América do Sul. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 23/10/2014 CORTE DE PRODUÇÃO ATÉ 2016 DEVE SOMAR 230 MILHÕES DE TONELADAS, DIZ GOLDMAN Ao menos 230 milhões de toneladas de minério de ferro deixarão de ser produzidas até 2016 em todo o mundo, com o fechamento de minas de altos custos de produção. A previsão é de Christian Lelong, diretor executivo de commodities do Goldman Sachs. Em passagem pelo Brasil, ele disse que o novo patamar de preço da commodity está tirando do mercado principalmente mineradoras chinesas, que devem ter redução de produção 130 milhões de toneladas até 2016. Mas os cortes não chegam a equilibrar o mercado, já que existe um aumento bem mais expressivo da produção previsto para os próximos anos. Apenas na China, são esperadas 20 milhões de toneladas novas ao ano. No Brasil e na Austrália, novos projetos vão adicionar cerca de 200 milhões de toneladas até 2016. "2014 será o primeiro ano de superávit no mercado global", afirma Lelong, autor do estudo "O fim da era do ferro", publicado em setembro. "Enquanto a oferta de minério de ferro cresce entre 9% e 10% ao ano, o consumo e a produção de aço cresce de 2% a 3%. O excesso de oferta está crescendo três vezes mais do que a demanda", diz. Com essa realidade, o setor terá empresas cada vez mais competitivas, eficientes e mecanizadas, diz Lelong. E o mercado vai se acostumar com pilhas cada vez maiores de estoques de minério de ferro. Neste ano, o Goldman calcula aumento de 23 milhões de toneladas apenas na China. "E a tendência é de preços em queda", afirma. Lelong calcula um preço médio de US$ 102 por tonelada neste ano, US$ 80 no ano que vem e US$ 79 no ano seguinte. "Achamos que o mercado pode ter uma modesta taxa de deflação, de 2% ou 3% ao ano", diz. Ontem, o minério com teor de 62% de ferro foi negociado a US$ 81,20 por tonelada no mercado à vista da China. Neste ano, acumula queda de 39%. No curto prazo, Lelong acredita que existe a possibilidade de o preço cair mais e se aproximar dos US$ 70 por tonelada se produtores com custos altos mantiverem o ritmo de produção mesmo com perdas. "Isso parece irracional, mas, na verdade, é racional. O fechamento de uma mina custa dinheiro. É preciso demitir funcionários e fazer acertos com fornecedores e clientes. Enquanto tiverem capital para financiar o negócio, mesmo perdendo, esses mineradores continuam a operar a não ser que não acreditem que voltarão ao lucro", afirma o especialista. Lelong acredita, porém, que existe a possibilidade de outro cenário menos desafiador para as mineradoras, com um preço estabilizado em torno de US$ 80 por tonelada no curto prazo. Considerando que o mercado melhore rapidamente, seria até possível um retorno da cotação para perto de US$ 100 por tonelada, diz. Para isso, seria preciso que a demanda chinesa cresça entre 4% e 5% no ano e que produtores fechem mais capacidade do que o previsto. O Goldman calcula que os fechamentos de minas na China, principalmente na região da costeira, serão de 27 milhões de toneladas neste ano. Fora da China, há fechamentos já reportados na Indonésia e na Austrália, comenta. Baseado em Sidney, Lelong acompanha de perto as operações na Austrália e acredita que além das grandes mineradoras locais - BHP Billiton, Rio Tinto e Fortescue Metals -, a brasileira Vale e outras empresas com grandes volumes de minério de boa qualidade vão se posicionar bem nessa nova realidade do mercado. Também vão suportar as novas exigências do setor as empresas chinesas que estão investindo em mecanização, afirma. "Esse grupo ficará bem. O segundo grupo, que é todo o resto, será mais vulnerável nos próximos anos." Os investimentos em aumento de produção serão raros. "O período para investir em nova capacidade ficou para trás. Agora, a produção cresce após os investimentos dos últimos anos, e o preço não justifica novos projetos. No máximo, veremos expansões em unidades com baixas necessidades de capital." Além de Brasil e Austrália, Chile, Peru e África investiram no passado e terão maiores produções nos próximos anos. As expectativas de todas essas mineradores são de aumento da demanda na China. Atualmente, o país tem consumo per capita de cinco toneladas, bem abaixo das 13 toneladas nos Estados Unidos, segundo o especialista. "Uma família chinesa de três pessoas compra um carro novo a cada oito meses. Os prédios chineses têm vida de 30 a 35 anos, enquanto em países desenvolvidos duram 50 anos." "Mas há muitas questões sobre quanto a China ainda pode crescer na próxima década. Muitos investidores estão céticos", afirma. O aumento dos volumes de sucata de aço na China também gera preocupação. No cálculo do Goldman, até o fim desta década, a participação da sucata no suprimento de aço da China subirá para 15%, de 10% atualmente. Autor(a): Olivia Alonso Fonte: Valor Econômico Data: 21/10/2014 MINÉRIO DE FERRO DO BRASIL PERDE MERCADO NA CHINA; PRODUTO AUSTRALIANO AVANÇA SÃO PAULO (Reuters) - As importações chinesas de minério de ferro do Brasil cresceram 13 por cento no acumulado do ano até o final de setembro, enquanto os desembarques do produto da Austrália na China aumentaram 33,5 por cento, indicando que o produto brasileiro perdeu participação no principal mercado global da commodity. Os dados, divulgados nesta quarta-feira pela alfândega da China, mostram ainda que as importações totais chinesas cresceram 16,5 por cento no acumulado do ano, num momento em que as maiores mineradoras australianas aumentam a extração em ritmo mais forte que a brasileira Vale, a maior produtora global de minério de ferro. O total importado de minério de ferro da Austrália pela China somou no período 406 milhões de toneladas, 58 por cento do total das cerca de 700 milhões de toneladas desembarcadas no maior importador global no ano até setembro. Enquanto isso, o volume de compras do produto brasileiro pelos chineses --exportado majoritariamente pela Vale-- somou aproximadamente 125 milhões de toneladas, de janeiro a setembro, ou 17,9 por cento to total importado pelos chineses. No mesmo intervalo de 2013, a China havia importado 600 milhões de toneladas, com a Austrália fornecendo 304 milhões de toneladas (participação de 51 por cento do total) e o Brasil 111 milhões (18,4 por cento do total), segundo o mesmo órgão do governo chinês. Esse aumento de participação do minério da Austrália, maior exportador global, no mercado chinês ocorre em um momento em que as mineradoras Rio Tinto e BHP ampliam a produção em ritmo mais forte do que a Vale. A mineradora brasileira divulga seu relatório de produção do terceiro trimestre na manhã de quinta-feira. A Rio Tinto, que já divulgou seus dados do terceiro trimestre, aumentou em 12,4 por cento a produção de minério de ferro no período, e reafirmou a sua meta de elevar em 11 por cento sua extração em 2014, para 295 milhões de toneladas. Já a BHP planeja aumentar sua produção de minério de ferro para 245 milhões de toneladas no ano financeiro vigente, ante 225 milhões de toneladas do período 2013/14 (alta de 9 por cento). A empresa espera ampliar a produção para 290 milhões de toneladas nos próximos anos. Já a Vale projeta elevar a produção em 2014 em 4 por cento, para 312 milhões de toneladas, ante aproximadamente 300 milhões em 2013, quando a empresa registrou um recuo de 3 por cento em sua extração anual, por restrições na capacidade de transporte da commodity em Carajás, no Pará, além chuvas fortes em minas do Sudeste. O minério de ferro tem sido nos últimos anos o principal produto de exportação do Brasil. CITI VÊ QUEDA A propósito, relatório do Citi Research desta semana prevê que a produção de minério de ferro da Vale (incluindo pequenos volumes da Samarco, joint venture da Vale e BHP) deverá recuar 2 milhões de toneladas no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 84 milhões de toneladas. A queda na produção da Vale ocorreria em um período em que o preço de exportação do minério de ferro do Brasil atingiu mínimas de mais de quatro anos, sob influência do mercado global, pressionado pelo aumento expressivo da oferta, especialmente das companhias australianas. Procurada, a Vale informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta as informações, e lembrou que os números sobre vendas para a China serão conhecidos na divulgação de resultados do terceiro trimestre, agendada 30 de outubro. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as mineradoras do país, também não fez imediatamente comentários sobre o assunto. Autor(a): Roberto Samora Fonte: Reuters Data: 22/10/2014 VALE Bons resultados com ferro e carvão A Vale obteve bom resultado no segundo trimestre de 2014, com recorde na produção de minério de ferro e de carvão – “desempenho muito positivo de caixa para o base metals, um cenário mais benigno para fertilizantes e ainda desafiador para o carvão no que se refere a preços”, destacou o presidente da companhia, Murilo Ferreira, durante a apresentação dos resultados. De abril a junho, a Vale gerou um fluxo de caixa livre bastante saudável, tanto que pagou dividendos equivalentes a US$ 2,1 bilhões e manteve o seu nível de endividamento líquido total estável do primeiro para o segundo trimestre, apesar da implantação de projetos como o S11D na Serra Sul de Carajás, como a mina e ferrovia e porto em Moçambique e os projetos de Itabirito, em Minas Gerais. Ainda no 2T14, a produção de minério de ferro alcançou 79,4 Mt, o melhor desempenho para um segundo trimestre, e a produção de Carajás atingiu 29,3 Mt, devido ao bem-sucedido ramp-up da Planta 2. Apesar dos preços do minério de ferro mais baixos, a Vale informa que pagou “confortavelmente” dividendos no valor de US$ 2,1 bilhões, mantendo o seu nível de endividamento total em US$ 30,257 bilhões e preservando uma posição de caixa semelhante à do 1T14, no valor de US$ 7,067 bilhões. No 2T14, a Vale apresentou um Ebitda ajustado de US$ 4,104 bilhões, incluindo uma melhor contribuição do segmento de metais básicos de US$ 609 milhões, em consequência do melhor Ebitda de Salobo (US$ 87 milhões), Onça Puma (US$ 106 milhões) e PT Vale Indonésia (US$ 107 milhões), apesar dos efeitos da manutenção programada nas operações de Sudbury. A receita bruta foi de US$ 10,079 bilhões, representando um aumento de 4,1% em relação ao 1T14, apesar dos preços mais baixos de minério de ferro. No primeiro semestre de 2014, os investimentos totalizaram US$ 5,056 bilhões, representando uma queda de US$ 2,105 bilhões quando comparados com os US$ 7,161 bilhões investidos no primeiro semestre de 2013. No 1S14, o capex de manutenção totalizou US$ 1,658 bilhão, apresentando um decréscimo de cerca de 21% em relação ao 1S13. O lucro líquido totalizou US$ 1,428 bilhão contra US$ 2,515 bilhões no trimestre anterior, refletindo os efeitos do impairment de ativos relacionados a Simandou e à mina de Integra Coal. “Reconhecemos um impairment em Simandou de US$ 500 milhões, uma vez que as discussões com o Governo da Guiné estão avançando no sentido de reconhecer e, de certa forma, compensar os investimentos feitos pela Vale naquele país. Continuamos diligentes no desenvolvimento de alternativas que possam permitir a recuperação do valor desses ativos no futuro”, disse Ferreira. Como destaques, o relatório da Vale ressalta que o Ebitda ajustado de minério de ferro no 2T14 foi de US$ 2,679 bilhões e ficou em linha com o 1T14, apesar dos preços mais baixos do minério de ferro; a produção de minério de ferro foi de 79,4 Mt no 2T14, principalmente devido aos ramp-ups da Planta 2 (Adicional 40 Mt) e de Conceição Itabiritos; o volume de vendas de minério de ferro e pelotas foi de 76,9 Mt no 2T14, 13,4% maior do que no 1T14; o preço médio realizado de finos de minério de ferro (ex-ROM) foi de US$ 84.6/wmt contra a média do Platt's IODEX 62% de US$ 102,6/dmt (CFR China) no 2T14, indicando uma queda mais suave nos preços realizados da Vale do que a queda do preço de referência IODEX; e que o estoque acumulado no centro de distribuição da Malásia para blendar minérios de diferentes qualidades, facilitar a logística e fortalecer a geração de fluxo de caixa no futuro próximo alcançou 2 Mt. Em metais básicos, o Ebitda ajustado atingiu US$ 609 milhões no 2T14 apesar da manutenção programada em Sudbury, acumulando US$ 1,158 bilhão no 1S14. A Vale informa ainda que durante a manutenção programada neste ano em algumas instalações de beneficiamento, as minas de Sudbury - que são o gargalo no sistema de Sudbury - não pararam a produção, acumulando estoques de minério e concentrados a serem refinados no segundo semestre deste ano. Salobo I e Onça Puma, que ainda estão em ramp-up, geraram fluxos de caixa consistentes e contribuíram com 32% do Ebitda do segmento de metais básicos no 2T14. A receita de vendas alcançou US$ 1,889 bilhão, ficando 9,3% acima do 1T14, devido aos maiores preços de venda, os quais mais do que compensaram o efeito de menores volumes de vendas, em razão das paradas para manutenção em Sudbury e Clydach. Salobo II foi concluído no prazo e dentro do orçamento, com investimento total de US$ 1,220 bilhão até o final do 2T14, marcando uma fase de investimentos de sucesso nas operações de cobre. Os investimentos de Salobo I e II totalizaram US$ 3,727 bilhões, de um montante orçado 10 Representantes das empresas premiadas pela Samarco de US$ 4,214 bilhões. A primeira produção de concentrado de cobre de Salobo II aconteceu em 5 de junho de 2014. Carvão tem performance negativa O Ebitda ajustado foi negativo em US$ 154 milhões, devido aos baixos preços de carvão e à baixa utilização da base de ativos em Moatize, como resultado da restrição da capacidade ferroviária e portuária. A ferrovia e o porto operarão plenamente quando for concluído o Corredor Nacala. A mina de Integra Coal foi colocada em care and maintenance, como parte do turnaround em curso, implicando no reconhecimento do impairment de US$ 274 milhões no 2T14. A produção total de carvão no 2T14 foi de 2,2 Mt, 23,8% maior do que no 1T14, principalmente devido ao forte desempenho de Carborough Downs, após a movimentação do longwall no trimestre anterior. O projeto Moatize II teve um capex de US$ 150 milhões no 2T14, alcançando 66% de avanço físico, com o início da montagem da estrutura de aço do britador primário e conclusão das obras civis da infraestrutura da pera ferroviária. As seções greenfield da ferrovia do Corredor Nacala alcançaram 77% de progresso físico (primeiro trem é esperado para o 4T14) e o porto de Nacala alcançou 68% (primeiro embarque esperado para o 1T15). Fertilizantes O Ebitda ajustado para o segmento de fertilizantes aumentou de US$ 35 milhões no 1T14 para US$ 72 milhões no 2T14, principalmente devido ao impacto positivo dos preços de venda. A produção de rocha fosfática atingiu 2,1 Mt, o que representou produção recorde para um segundo trimestre, significando aumento de produção de 9,9% e de 11,9% em relação ao 1T14 e 2T13, respectivamente. A produção cresceu no Brasil e no Peru e no 2T14 a Vale avançou em seus projetos em execução, continuou os ramp-ups de operações importantes, reduziu custos, despesas e investimentos, reforçando o seu objetivo de gerar fluxos de caixa positivos em quaisquer cenários de preços. Fonte: Revista Brasil Mineral Data: Setembro 2014 - Nº 344 DEMANDA POR ZINCO E CHUMBO AUMENTA EM 2015 A demanda global por chumbo refinado e zinco deverá aumentar em 2014 e 2015, com a procura superando a oferta projetada para ambos os metais. No Brasil, a produção de zinco deve ser menor. A afirmação é do Grupo Internacional de Estudos de Zinco e Chumbo (ILZSG), com sede em Lisboa. Em comunicado enviado ontem (22) para a imprensa, a entidade diz que a demanda global por chumbo refinado pode aumentar em 1,4% para 11,3 milhões de toneladas, em 2014, e 2,1%, para 11,6 Mt, em 2015. No Brasil, a exportação de minério de chumbo e seus concentrados de janeiro a setembro de 2014 foi de 15,3 mil toneladas, com valor total de US$ 11,3 milhões, ou seja, valor médio de US$ 738 por tonelada. Esse valor é superior à média de 2013, no mesmo período, que foi de US$ 491 por tonelada. O volume exportado este ano é 7% superior ao de 2013. A demanda por zinco refinado, de acordo com o estudo, subirá de 5,1% este ano e 2,9% no próximo ano, ILZSG disse após a sessão 59 do grupo. No Brasil, a importação de zinco e seus concentrados de janeiro a setembro de 2014 foi de 131,7 mil toneladas, com valor total de US$ 92,9 milhões, ou seja valor médio de US$ 703 por tonelada. Esse valor é superior à média de 2013, no mesmo período, que foi de US$ 675 por tonelada. O volume importado este ano é 35% inferior ao de 2013. O grupo estima um déficit de chumbo refinado de 38 mil toneladas, em 2014, e 23 mil toneladas, em 2015, enquanto a demanda de zinco refinado deverá ultrapassar a oferta por 403 mil toneladas em 2014 e 366 mil toneladas no ano seguinte.A produção mundial de chumbo deverá aumentar 2,4%, a 5,56 Mt, em 2014, e 5,5%, para 5,87 Mt, em 2015. A produção de chumbo refinado, por sua vez, deverá aumentar 1,5% e chegar a 11,3 Mt, em 2014, e 2,2%, para 11,5 Mt, em 2015. A produção mineral de zinco no mundo deverá crescer 1% e chegar a 13,3 Mt, em 2014, e 3,6%, para 13,8 Mt, em 2015, principalmente devido a um aumento da produção na China. A produção de zinco refinado global está prevista para crescer 2,9% para 13.3Mt, em 2014, e 3,3% para 13.7Mt em 2015, disse ILZSG. Fora da China, o aumento do suprimento de zinco na Bélgica, França, Itália, Coreia do Sul, Noruega e Federação da Rússia será equilibrado por reduções no Brasil, na Índia e nos Estados Unidos, em 2014. Em 2015, a produção dos Estados Unidos deve se recuperar devido à produção maior na planta da HorseHead Resources, na Carolina do Norte. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 23/10/2014 COBRE OPERA EM ALTA Os contratos futuros do cobre operam em leve alta, diante de especulações sobre possíveis medidas adicionais de estímulo pelo Banco Central Europeu (BCE). Os investidores se mostraram otimistas em meio a relatos de que o BCE está considerando a compra de bônus corporativos, o que pode ajudar a sustentar a recuperação econômica da região. Enquanto isso, no evento anual London Metal Exchange Week, o sentimento de curto prazo para os metais industriais manteve-se moderado. A demanda tem sido prejudicada pelo enfraquecimento do crescimento global, como a desaceleração na China, o que significa que o consumo de cobre não está crescendo tão rápido como muitos esperavam. Os embarques de cobre, níquel e alumínio para a China têm caído neste ano e mostram poucos sinais de melhora, o que reflete a desaceleração na taxa de crescimento chinês, disse um diretor de uma empresa de frete da América do Sul. Os preços do cobre, em particular, são sensíveis à demanda chinesa, visto que o país responde por cerca de 40% do consumo global do metal. A economia da China cresceu no terceiro trimestre em seu ritmo mais lento em cinco anos, prejudicada por um mercado imobiliário em queda e demanda fraca. Mas os embarques para os EUA melhoraram neste ano, disse o diretor. A fonte relatou uma alta concentração de embarques para a área de Houston, que está vivendo um boom imobiliário. Entre outros ativos, a consultoria Capital Economics disse que estava otimista sobre a perspectiva para os preços de chumbo. A perspectiva de oferta fraca no metal provavelmente vai sustentar os preços no próximo ano, disseram analistas da Capital Economics. "O fechamento de uma série de grandes minas de zinco em 2015 vai afetar negativamente a oferta de chumbo, visto que os dois metais são geralmente extraídos juntos". Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses ganhava 0,3%, a US$ 6.688,25 por tonelada por volta das 9h45 (de Brasília). O alumínio avançava 0,9%, para US$ 2.100 por tonelada, o zinco subia 0,9%, para US$ 2.231 por tonelada, o níquel tinha alta de 0,2%, para US$ 15.330,00 por tonelada, o chumbo registrava elevação de 1%, a US$ 2.051 por tonelada, e o estanho subia 0,4%, para US$ 19.525,00 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da Nymex, o cobre para dezembro ganhava 0,36%, a US$ 3,0390 por libra-peso, às 10h05 (de Brasília). Fonte: Estadão e Dow Jones Newswires. Data: 22/10/2014 A MINERAÇÃO E OS POVOS INDÍGENAS Os compromissos assumidos na Declaração de Mineração e Posicionamento dos Povos Indígenas, lançado pelo International Council on Mining & Metals (ICMM) em 2013, entrarão em vigor a partir de maio de 2015. O documento veio substituir um outro elaborado em 2008 e articula um conjunto progressivo de compromissos que se aplicam a todas as empresas associadas ao ICMM. A mudança mais significativa é a adoção do compromisso de obtenção do consentimento dos povos indígenas para novos projetos (e alterações em projetos já existentes) que estão localizados em terras tradicionalmente pertencentes ou sob o uso habitual de indígenas e possam ter significativa impactos negativos sobre essa população. Tais processos devem ser coerentes com os processos de tomada de decisão tradicionais dos povos indígenas, respeitando os direitos humanos internacionalmente reconhecidos. A prestação de consentimento constrói os compromissos que se aplicam à maioria das interações entre os membros do ICMM e comunidades indígenas locais. Estes compromissos de apoio abordam o envolvimento com os povos indígenas, a compreensão de seus direitos e interesses, construindo a compreensão intercultural, concordando processos adequados de consulta. Para download da declaração, basta acessar www.icmm.com/publications/icmmposition-statement-on-indigenous-peoplesand-mining. A Declaração é apoiada por um Guia de Boas Práticas - Povos Indígenas e Mineração, que foi supervisionado por um grupo consultivo independente e inclui as seguintes seções: ▪Envolvimento e participação indígena - definição de uma série de princípios, compromissos e resultados; ▪Lançamento das bases - a realização de estudos de base e avaliação regular de impactos positivos e negativos; ▪Acordos - exploração de acordos negociados para definir relações empresa/comunidade; ▪Gestão de impactos e repartição de benefícios - identificar os mecanismos práticos de mitigação e repartição de benefícios de impacto; ▪Lidar com Queixas - reconhecimento de inevitáveis desacordos e processos de delineação e medidas para essas situações. O guia está disponível para download gratuito em http://www.icmm.com/document/1221. Indicadores de performance em segurança e saúde O ICMM também lançou este ano o Relatório de Indicadores de Performance em Segurança e Saúde. O documento contém definições recomendadas e limites de indicadores de saúde e de desempenho de segurança utilizados pelo ICMM e por suas empresas associadas. Inclui as seguintes seções: definições para indicadores de desempenho de saúde e segurança; apoio à orientação em casos de lesões e doenças; e definições adicionais para a terminologia usada nas definições de indicadores. Fonte: Revista Brasil Mineral Data: Setembro 2014 - Nº 344 AVANCO INICIA PROGRAMA DE EXPLORAÇÃO 2014/15 EM ANTAS NORTH A Avanco Resources iniciou o programa regional de exploração 2014/2015 do projeto de cobre Antas North, no Pará. A mineradora vai testar uma série de alvos de exploração a leste de Pedra Branca, outro projeto da Avanco, com o objetivo de descobrir outras ocorrências de cobre. As informações são de comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (23). A Avanco disse que o Conselho de Administração da empresa decidiu retomar a sondagem em busca de descobertas, depois de ter obtido a concessão de lavra para o projeto de cobre e pelo fato de acreditar que o financiamento de sua dívida está dentro de seu alcance. De acordo com o comunicado, a Avanco mobilizou uma plataforma de sondagem para testar sistematicamente cinco alvos identificados dentro do portfólio de terras da empresa. Os alvos que vão ser testados são East Pedra Branca, São Pedro, Água Azul e Rio Branco, localizados perto de Pedra Branca, que fica a 50 quilômetros de Antas North. A Avanco disse que espera identificar novos alvos em breve. A mineradora informou que uma campanha de sondagem de 2,5 mil metros será realizada até o fim de 2014. A equipe de projetos da companhia se prepara para dar início à construção de Antas North, enquanto a equipe de exploração realiza trabalhos de campo em busca do próximo projeto de cobre da Avanco. A mineradora informou que pretende realizar quatro furos de sondagem adamantada em East Pedra Branca; três furos para testar anomalias magnéticas identificadas em São Pedro; testar três zonas dentro de Água Azul; e dois furos de sondagem adamantada em Rio Branco, para testar anomalias identificadas que são similares a alterações hidrotérmicas de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG, na sigla em inglês). A Avanco Resources recebeu, no início deste mês, os equipamentos adquiridos para o projeto Antas North. Os produtos devem ser descarregados e levados para o site antes do fim de novembro. A mineradora disse que o embarque das máquinas, como moinho de bolas e células de flotação, estava agendado para o meio de outubro, saindo do porto de Houston (EUA). Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 23/10/2014 PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ALUMÍNIO CAI 35% EM SETEMBRO E 24,4% EM 9 MESES SÃO PAULO - A produção brasileira de alumínio primário somou 68,6 mil toneladas em setembro, 35% abaixo da produção de 105,4 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a produção soma 750,9 mil toneladas, queda de 24,4% em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e refletem os cortes de produção que vem sendo anunciados pela maioria das produtoras do país: Alcoa, BHP Billiton, Votorantim Metais e Novelis. Na semana passada, a Novelis anunciou que encerrará permanentemente suas operações de alumínio primário no Brasil. A empresa pretende centrar seus negócios na laminação e na reciclagem do metal. No ano passado, havia produzido 29,2 mil toneladas e, em 2012, 46,5 mil toneladas. Autor(a): Olivia Alonso Fonte: Valor Econômico Data: 23/10/2014 EDITORIAL: QUEM LIGA PARA A MINERAÇÃO? Se depender dos programas de governo dos principais candidatos à Presidência da República, as expectativas para o setor de mineração não são das mais promissoras. De uma maneira geral os programas passam ao largo da questão, o que pode ser uma indicação de que ou a mineração não dá voto ou não está mesmo entre as prioridades dos futuros governantes. De uma maneira geral, os programas dos três candidatos não se referem especificamente à mineração ou ao setor mineral. Mas todos tratam do agronegócio, talvez pelo peso que os produtos agrícolas têm na balança comercial e pelo crescimento que a atividade apresentou nos últimos anos. O agronegócio contribuiu, em 2013, com uma receita de cerca de US$ 82 billhões para a balança comercial, liderando as exportações do País. Mas a mineração, que se colocou em segundo lugar nas exportações, também contribuiu com aproximadamente a metade do valor aportado pelo agronegócio, somando US$ 40,5 bilhões em exportações e registrando um saldo positivo de US$ 31,9 bilhões. Portanto, do ponto de vista da contribuição para a balança comercial, a mineração também fez sua parte. Os programas de governo dos candidatos também são unânimes em colocar nas suas prioridades questões relacionadas com a me lhoria da qualidade de vida dos brasileiros, com destaque para Educação, Saúde, Saneamento, Habitação, melhoria da Infraestrutura, Transporte e Desenvolvimento Econômico. Mas o que talvez todos eles ignorem é que nenhum desses programas pode ser concretizados sem a contribuição decisiva das matérias-primas minerais, que é a base para tudo. Até para o agronegócio. Alguém precisa mostrar aos candidatos (um deles futuro governante do País pelos próximos quatro anos) que sem mineração não se tem Educação, porque não há com o que construir escolas e os itens que vão equipar as mesmas; sem mineração não há Saúde, porque também não se pode construir os hospitais, os postos de saúde, nem como fabricar equipamentos, dos mais simples aos mais sofisticados; sem mineração não há saneamento, não se pode fazer as estações de tratamento de água e esgoto, as tubulações que vão conduzir a água para os lares dos brasileiros ou o esgoto que precisa ser tratado e não descartado nos mananciais, como ainda acontece hoje; sem os bens minerais não existe Habitação, porque não há como construir as moradias que uma parcela da população ainda demanda; sem mineração não há infraestrutura e Transporte, porque não se pode construir estradas, pontes, ferrovias, aeroportos, portos; nem como fazer os meios de transporte para locomoção das pessoas; não há ônibus, nem carros, nem aviões, nem navios; por fim, sem mineração não há Desenvolvimento Econômico, porque além de gerar divisas essenciais para o País, a atividade mineral é a base da indústria. Portanto, sem ela não há crescimento da economia. Fala-se muito, nos planos de governo, da indústria do petróleo. Mas a mineração é mais importante que o petróleo, inclusive porque são a partir dos bens minerais que se fabricam os equipamentos que possibilitam a extração, o refino e o transporte do óleo que vai se transformar nos combustíveis e produtos que vão suprir a cadeia da indústria química. Essa incompreensão ou desconhecimento do papel desempenhado pela mineração talvez seja uma das principais explicações para que o setor seja relegado nos planos de política para o País. E para que se tenha uma visão distorcida dessa indústria? que, embora extrativa, é uma indústria ? que tem uma importância decisiva para a sobrevivência da humanidade. Aqui e alhures. O que se espera, portanto, é que, embora não coloque a mineração em seu programa, o futuro governante entenda e atribua a este setor o papel que de fato lhe cabe para que o Brasil possa alcançar outros patamares de desenvolvimento. Autor(a): Francisco Alves Fonte: Revista Brasil Mineral Data: Setembro 2014 - Nº 344 VALE FARÁ DESINVESTIMENTO DE 20% EM UNIDADE NA INDONÉSIA DENTRO DE 5 ANOS, DIZ CEO JACARTA (Reuters) - A mineradora de níquel Vale Indonésia fará um desinvestimento de fatia adicional de 20 por cento da companhia para partes na Indonésia dentro de cinco anos, afirmou o presidente-executivo da companhia nesta sexta-feira, depois de assinar um contrato de mineração aperfeiçoado com o governo do país. A Vale já se desfez de uma participação de 20 por cento na empresa através da sua listagem na bolsa de valores da Indonésia. Entre as disposições do contrato alterado, a Vale concordou em pagar royalties mais altos para a maior economia do Sudeste Asiático, com efeito imediato. A empresa vai agora pagar royalties de 2 por cento para a Indonésia, ante 0,6 a 0,7 por cento, disse o CEO da Vale Indonésia, Nico Kanter, a repórteres. A alta dos royalties vai "definitivamente afetar nosso resultado final", disse Kanter. Autor(a): Wilda Asmarin Fonte: Reuters Data: 17/10/2014 EX-LÍDER DA XSTRATA PROMETE MAIS UMA POTÊNCIA GLOBAL DA MINERAÇÃO Davis, que tem 56 anos, está voltando ao ringue num momento em que BHP Billiton e Anglo American PLC tentam vender ativos não prioritários. Ele está procurando erguer outra potência mineradora depois que, em 2013, a empresa anglo-suíça que ele presidiu por uma década, a Xstrata PLC, foi adquirida pela Glencore PLC, liderada pelo seu colega sul-africano Ivan Glasenberg. O acordo foi inicialmente concebido como uma fusão de iguais em que Davis seria o diretor-presidente. Mas diante da resistência de acionistas importantes da Xstrata, Glasenberg redesenhou o negócio como uma aquisição e ficou com o cargo principal. O novo empreendimento de Davis, a X2 Resources, já levantou cerca de US$ 4,8 bilhões de vários investidores, inclusive a negociadora de commodities Noble Group e a firma de private equity TPG. O retorno dele, ao lado de uma equipe formada, em sua maioria, por veteranos da Xstrata, ocorre em meio a uma queda nos preços das commodities que está pressionando as mineradoras a enxugar seus portfólios. “Achamos que há uma oportunidade confiável para investir”, disse Davis ao The Wall Street Journal, em sua primeira entrevista desde que saiu da Xstrata, em maio de 2013. “Estamos agora num período de queda cíclica que aumenta as oportunidades que achamos que vale a pena capitalizar”, disse. “Em 2001, quando começamos a Xstrata, ninguém acreditava que haveria uma demanda crescente [por commodities].” Incluindo financiamentos através de dívida, Davis pode ter acesso a uma soma de até US$ 16 bilhões, diz um banqueiro que ajudou o executivo na captação de recursos. O currículo de Davis inclui duas mineradoras grandes que ele fez crescer através de aquisições oportunas. Como diretor financeiro, ele ajudou a desenvolver a Billiton PLC depois que a empresa comprou os ativos de mineração da Royal Dutch Shell, em 1994. Ele então ajudou a orquestrar a megafusão com a BHP, em 2001, antes de ir para a Xstrata, uma pequena empresa que se tornou a quinta maior mineradora do mundo após uma série de grandes negócios. Repetir esse sucesso, porém, pode ser difícil. Apesar das recentes quedas de preços, o boom vivido pelas commodities desde cerca de 2000 inflou o valor dos ativos. Muitos participantes do setor dizem que as chances de se comprar ativos de mineração de boa qualidade são pequenas. A BHP Billiton recusou, em meados desse ano, um acordo com a X2 envolvendo ativos de carvão, manganês e níquel avaliados em até US$ 18 bilhões, segundo pessoas a par do assunto. Em vez disso, a BHP informou, em setembro, que vai desmembrar os ativos numa nova empresa. Davis não comentou sobre esse negócio específico ou se há outras transações nos planos. A BHP também não quis comentar. Davis permanece confiante que pode fechar negócios com as grandes mineradoras. “Se oferecermos a eles um preço que faz sentido, que é lógico e que se enquadra nos seus planos estratégicos, e oferecermos uma solução a eles que permitirá que abordem a estratégia de forma mais rápida ou melhor, bem, para mim, a pessoa racional aceitaria”, disse ele. Davis acrescentou que os investidores deixaram de acreditar que o crescimento dos países emergentes criaria uma demanda forte e contínua por commodities. Isso significa que existem ativos de mineração sendo negociados com descontos “razoáveis” ante seu valor real. “Temos uma visão alternativa, temos uma convicção”, disse Davis, observando que agora é “quase impossível” captar recursos para um empreendimento como a X2 nos mercados acionários tradicionais, com grandes fundos de investimento mais preocupados em ver as mineradoras gerarem retorno para eles através de dividendos maiores ou recompra de ações. Outros ex-líderes de grandes mineradoras de capital aberto também se voltaram para o financiamento privado. Este mês, Aaron Regent, diretor-presidente da Barrick Gold Corp. até 2012, se uniu ao Temasek, fundo soberano de Cingapura, para comprar ativos de nióbio e outras terras raras da mineradora canadense Iamgold Corp., por US$ 500 milhões. Em 2012, o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, criou com o banco BTG Pactual uma empresa, a B&A Mineração, para investir em fertilizantes, minério de ferro e cobre. Outros pesos pesados do setor também montaram fundos, inclusive Lloyd Pengilly, ex-executivo do banco J.P. Morgan. Enquanto Davis tenta consolidar a X2, seu velho rival Glasenberg agita a indústria da mineração ao propor uma fusão de US$ 160 bilhões da Glencore com a Rio Tinto. A Rio Tinto recusou a proposta, feita em julho. A X2 instruiu os bancos a analisarem ativos que a Anglo American poderia vender, como minas de carvão na África do Sul, dizem pessoas a par do assunto. A Anglo American não quis comentar. Davis disse que tem como alvo commodities como carvão e manganês, mas metais básicos como cobre, minério de ferro, chumbo e zinco interessariam a ele se encontrasse a mina certa. Ele disse ainda que a X2 poderia comprar ativos na África do Sul, onde frequentes agitações trabalhistas e gargalos na infraestrutura deixaram as grandes mineradoras ansiosas por sair do país. “Somos sul-africanos, entendemos o país e o ambiente. Achamos que existem bons ativos lá e alguns onde eu ficaria feliz em investir”, disse. Autor(a): Alexis Flynn (Colaboraram Shayndi Raice e Gillian Tan.) Fonte: The Wall Street Journal Americas Data: 21/10/2014 ORINOCO ESTENDE ZONA DE ALTO TEOR EM CASCAVEL PARA 15 METROS COM 88 G/T DE OURO A Orinoco Gold obteve até 239 gramas de ouro por tonelada no resultado dos ensaios do prospecto Cascavel, que faz parte do projeto polimetálico Faina Goldfields, em Faina (GO). Com os bons resultados dos novos ensaios, a Orinoco informou que a zona de alto teor de Cascavel se estendeu para 15 metros com teor de 88 gramas por tonelada de ouro. As informações são do comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (23). Segundo a mineradora, os bons resultados confirmam a continuidade e o teor da mineralização. O alto teor identificado pela mineradora foi considerado bonanza, ou seja, um teor excepcional. De acordo com a Orinoco, a rampa de exploração tem progredido para baixo e soma extensão de 29 metros a partir do corte transversal. A mineradora disse que as zonas com teor bonanza podem estar correlacionadas ao longo da rampa, o que contribui com a interpretação de que os teores bonanza estão superficialmente na direção leste. Segundo a Orinoco, essas características são importantes porque aumentam as onças por metro vertical, gerando um impacto positivo nos custos com a mineração do projeto. Os bons resultados dos ensaios, de acordo com a mineradora, são um progresso importante para avaliar o potencial de uma operação inicial com baixo custo. A rampa de exploração de Cascavel fica em uma série de zonas de cisalhamento com mineralização de ouro, com ocorrência em uma distância de quatro quilômetros. O objetivo da Orinoco com a rampa de exploração é definir a concentração do teor de ouro em uma pequena parte do corpo mineral, para aumentar a confiança da mineradora na geometria e concentração de alto teor antes de começar uma operação inicial de mineração. A Orinoco informou que pretende atualizar o mercado em breve, no que diz respeito à realização do estágio inicial da mineração em Cascavel, para tirar vantagem dos baixos custos de capital e operacionais que são esperados, com base nas boas recuperações por gravidade e no alto teor da mineralização do prospecto. A mineradora disse ainda que uma troca da empresa que fornece e opera os explosivos em Cascavel resultou em progresso mais lento do que o esperado. Entretanto, as sondagens e detonações devem ser retomadas em breve. No Brasil, a Orinoco possui as subsidiárias Orinoco Brasil Mineração, Mineração Curral de Pedra e Rio do Ouro Mineração. Fonte: Notícias de Mineração Brasil Data: 23/10/2014 METAIS RECUAM DIANTE DE INCERTEZAS COM CHINA Os contratos futuros de metais básicos operam em queda nesta segunda-feira, diante de incertezas sobre a perspectiva econômica da China. A segunda maior economia do mundo publica os dados relativos ao Produto Interno Bruto do terceiro trimestre nesta terça-feira. Embora a China responda por cerca de 40% do consumo global de cobre, não há indícios que apontem para uma demanda crescente pelo metal industrial, disse Ed Meir, da INTL FCStone em sua apresentação no evento LME Week. Meir afirmou que vê uma chance de 30% de o crescimento da China recuar para 5% a 6% no próximo ano, a partir de uma alta esperada de 7,2% em 2014, o cenário chamado de "hard landing". Ele ressaltou uma preocupação especial com o mercado imobiliário, que compõe 20% do Produto Interno Bruto. Um dólar forte também poderia prejudicar o preço do cobre, alertou Meir, prevendo que os preços do cobre na London Metal Exchange (LME) ficariam em média em US$ 6.700 por tonelada em 2015. Outros participantes do mercado concordam que a perspectiva de demanda da China pode pesar sobre os preços do cobre, dado vários atrasos recentemente anunciados em metas de produção. A mina de cobre de Las Bambas, no Peru, vai custar mais e demorará mais para ser concluída do que o esperado anteriormente, de acordo com o banco de investimentos americano Morgan Stanley. A notícia segue o anúncio feito pela operadora da mina de cobre Oyu Tolgoi, na Mongólia, de que não vai conseguir atingir a meta de produção neste ano. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 1,3%, para US$ 6.555,25 por tonelada, por volta das 9h30 (de Brasília). O alumínio recuava 0,2%, para US$ 1.967,25 por tonelada, o zinco tinha queda de 1,1%, para US$ 2.223,25 por tonelada, o níquel perdia 1,9%, a US$ 15.390,00 por tonelada, o chumbo cedia 0,6%, a US$ 2.015,75 por tonelada, e o estanho estava estável em US$ 19.298,00 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da Nymex, o cobre para dezembro recuava 0,63%, a US$ 2,9845 por libra-peso, às 10h27 (de Brasília). Fonte: Estadão e Dow Jones Newswires. Data: 20/10/2014 BIS APONTA FORTE QUEDA DE CRÉDITOS PARA O BRASIL Os créditos internacionais para o Brasil caíram a menos da metade no segundo trimestre, ficando em US$ 3,1 bilhões ante US$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). A queda no fluxo para o Brasil ocorreu no mesmo período em que os créditos internacionais cresceram 12% em direção aos países emergentes, totalizando US$ 97 bilhões. A China dominou o fluxo, obtendo US$ 65 bilhões. Espécie de banco dos bancos centrais, o BIS mostra que o Brasil é o segundo emergente que acumulou mais empréstimos no mercado internacional, com estoque de dívidas de US$ 312 bilhões, apesar do fluxo menor no segundo trimestre. A China figura como o país que mais pegou dinheiro emprestado no mercado internacional, com estoque de US$ 1,1 trilhão, seguido do Brasil (com os US$ 312 bilhões) e de Índia e Coreia do Sul, com mais de US$ 200 bilhões. Em base consolidada - excluindo as transações entre bancos e levando em conta os créditos dos bancos internacionais por meio de suas filiais nos países -, a exposição das instituições internacionais no Brasil alcançou US$ 446 bilhões, pouco mais da metade dos US$ 813 bilhões na China. No México, a exposição era de US$ 381 bilhões. O BIS também apontou que os bancos brasileiros reduziram em US$ 10 bilhões, a US$ 115,5 bilhões, sua exposição no exterior entre o fim de março e junho na comparação com o primeiro trimestre, e quase tudo foi retirado dos EUA. Autor(a): Assis Moreira Fonte: Valor Econômico Data: 21/10/2014