0 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO JANAINA WEILER ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO NA ÁREA DE AJARDINAMENTO NA CIDADE DE CAÇADOR - SC CAÇADOR 2008 1 JANAINA WEILER ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO NA ÁREA DE AJARDINAMENTO NA CIDADE DE CAÇADOR - SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel e Administração, do curso de administração,ministrado pela Universidade do Contestado –campus Caçador, sob a orientação da professora Andréa Simone Machiavelli Pontes. CAÇADOR 2008 2 ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO NA ÁREA DE AJARDINAMENTO NA CIDADE DE CAÇADOR - SC JANAINA WEILER Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do Título de: Bacharel em Administração E aprovado na sua versão final em DD de MM de AAAA, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Administração. ______________________________ Paulo Cezar de Campos BANCA EXAMINADORA: ___________________________________ Andréa Simone Machiavelli Pontes ___________________________________ Paulo H. Levecke ___________________________________ Amador Tomazeli 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Nadir e Adinho, a minha família, meu namorado, Sidnei, meus amigos e a meus professores Andréa Simone Machiavelli Pontes e Luiz Antonio De Paula, meus sinceros agradecimentos. 4 AGRADECIMENTO(S) Agradeço a Deus pela vida!!! Agradeço aos meus pais Nadir e Adinho por todo o amor, carinho, dedicação e por estarem sempre presentes, dando-me apoio e coragem. Dedico a vocês uma canção “eu tenho tanto para lhes falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por vocês” . Quero agradecer a minha irmã Simone, meu cunhado Beto, meu irmão Giuliano, meus sobrinhos Nicolas, Gabriela e Kamila que fazem parte da minha vida, um amor imenso, sem medidas, sem palavras para expressar o quanto são importantes para mim. Quero também dedicar todo meu carinho e amor a uma pessoa muito especial, meu namorado, Sidnei, que esteve todo o tempo ao meu lado, transmitindo muita tranqüilidade. Quantas foram às vezes que você compartilhou comigo meu cansaço, esses marcados por discussões, brigas e gargalhadas que nos proporcionou momentos inesquecíveis e felizes que jamais serão esquecidos ou até mesmo vividos. Aos meus verdadeiros amigos quero compartilhar minha imensa alegria por mais essa vitória. E aos meus professores, pela amizade, por todo aprendizado e conhecimento gostaria de expressar minha gratidão. Muito Obrigada ... 5 “todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje” Provérbio Chinês 6 RESUMO O presente trabalho apresenta um estudo de caso sobre planejamento estratégico desenvolvido em uma micro empresa que atua no ramo de ajardinamento na cidade de Caçador. Objetivando a excelência propõe-se objetivos que contribuam para o crescimento da empresa, no comprometimento de melhorias no desempenho de sua atividade. A partir de estudos bibliográficos buscou-se referencial específico para o segmento estudado, e embasamento crítico para a observação das práticas que gerem as atividades desenvolvidas. A observação de quesitos necessários para o êxito dos trabalhos que envolvem um planejamento estratégico, demonstra no decorrer do estudo, realidades não observadas pelos gestores da empresa e indispensáveis para a excelência dos trabalhos executados. Será realizado uma análise ambiental dos pontos fortes e fracos, para melhorias operacionais, também será identificado oportunidade e ameaças que precisão ser enfrentada, para mostrar a empresa como se manter e ampliar suas atuais vantagens competitivas. Demonstrando a importância de se modelar para o futuro, acompanhando mercados e tendências, encontra-se a cada item analisado a relevância ímpar de se estabelecer a curto prazo as metas que possibilitarão a eficácia e futuro empresarial. Representando um segmento tão próximo de nosso consumo, e com particularidades só encontradas em empresas de prestação de serviços, a observação de suas considerações finais, torna-se referencial para a busca do sucesso empresarial. Palavras chave: Planejamento Estratégico, Análise Ambiental, Prestação de Serviços, Micro-Empresa 7 ABSTRACT The present paper presents a study of case about strategic planning developed in a micro enterprise that acts in the gardening area in Caçador. Intending the excellence they purpose objectives that contribute to the enterprise’s growth, in the compromise of improvements in the development of its activities. By the bibliographic studies, searched for specific referential to the studied segment, and critical base to the observation of the practices that gear the developed activities. The observation of the necessary inquiries to the success of the works that involves a strategic planning, shows in the course of the study, realities not observed by the administrators of the enterprise and indispensable to the excellence of the executed works. An environmental analysis will be realized of the strong and weak points, to operational improvements, and also will be identified opportunity and threats which precision to be faced, to show the enterprise how to maintain and amplify its present competitive advantages. Showing the importance of shaping to the future, following markets and tendencies, each analyzed item is the odd relevance of stabilizing in short time the objectives that will make possible the efficacy and entrepreneur future. Representing a close segment of our consume, and with particularities just found in enterprises that lend of services, the observation of the final considerations, turns into referential to the search for the entrepreneur future. Key words: Strategic planning, Environmental analysis, Lend of services, Micro Enterprise. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Análise de SWOT.......................................................................................31 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SWOT – os pontos fortes – Strengts – e fracos – Weakenesses – da empresa em relação a seus concorrentes bem como as oportunidades – Opportunities – e ameças – Threats – do ambiente externo 10 SUMÁRIO 1 1.1 1.2 1.3 1.3.1 1.3.2 1.4 1.5 INTRODUÇÃO.............................................................................................12 APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................13 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................13 OBJETIVOS.................................................................................................14 Objetivo Geral ..............................................................................................14 Objetivos Específicos...................................................................................14 JUSTIFICATIVA...........................................................................................15 ESTRUTURA CAPITULAR ..........................................................................15 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................17 2.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO........................................................................17 2.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM MICRO EMPRESA ..................................18 2.3 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ..........................20 2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................21 2.5 ANÁLISE AMBIENTAL ................................................................................24 2.5.1 Análise Interna .............................................................................................25 2.5.1.1 Pontos fortes................................................................................................26 2.5.1.2 Pontos fracos ...............................................................................................27 2.5.2 Análise Externa............................................................................................28 2.5.2.1 Oportunidades .............................................................................................29 2.5.2.2 Ameaças ......................................................................................................30 2.6 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .................................................................32 2.6.1 Componentes do Diagnóstico Estratégico ...................................................33 2.6.1.1 Descrição da empresa .................................................................................33 2.6.1.1.1 Declaração de valores, crenças e princípios para a empresa ................34 2.6.1.2 Missão .........................................................................................................37 2.6.1.3 Visão............................................................................................................39 2.6.1.4 Análise dos concorrentes.............................................................................43 2.6.1.5 Análise dos clientes .....................................................................................44 2.6.1.5.1 Quem é e onde está nosso cliente? .......................................................45 2.7 AÇÃO ESTRATÉGICA ................................................................................46 2.7.1 Estado de Competição.................................................................................47 2.8 PLANO ESTRÁTEGICO ..............................................................................50 2.8.1 Como Realizar .............................................................................................51 2.8.2 Tomada de Decisão.....................................................................................52 2.8.3 Como Diferencial Competitivo......................................................................53 2.8.4 Estratégia Competitiva .................................................................................54 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................56 NATUREZA DA PESQUISA ........................................................................56 MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................57 UNIVERSO DA PESQUISA .........................................................................57 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ............................................................57 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ...........................................................58 4 4.1 4.1.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ...........................................59 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO E EXTERNO .....................................59 Análise Interna .............................................................................................60 11 4.1.1.1 4.1.1.2 4.1.2 4.1.2.1 4.1.2.2 4.2 4.2.1 4.2.2 Pontos fracos ...............................................................................................61 Pontos fortes................................................................................................61 Análise externa ............................................................................................62 Oportunidades .............................................................................................62 Ameaças ......................................................................................................63 PROPOSTAS DE AÇÃO .............................................................................63 Como Resolver os Pontos Fracos e Ameaças.............................................65 Como maximizar os pontos fortes e oportunidades .....................................65 5 CONCLUSÃO..............................................................................................67 REFERÊNCIAS.........................................................................................................68 ANEXOS ...................................................................................................................72 ANEXO A..................................................................................................................73 ANEXO B ..................................................................................................................74 ANEXO C ..................................................................................................................75 ANEXO D ..................................................................................................................76 ANEXO E ..................................................................................................................77 ANEXO E ..................................................................................................................77 ANEXO F ..................................................................................................................78 12 1 INTRODUÇÃO Muito se fala em Planejamento Estratégico (PE), e nas organizações de maneira geral ainda se pode encontrar uma série de interpretações em relação a esta ferramenta da administração. O Planejamento Estratégico, que se tornou o foco de atenção da alta administração das empresas, volta-se para as medidas positivas que uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente. Empresas de todos os tipos estão chegando à conclusão de que essa atenção sistemática à estratégia é uma atividade muito proveitosa. Empresas pequenas, médias e grandes, distribuidores e fabricantes, bancos e instituições sem finalidade de lucro, todos os tipos de organizações devem decidir os rumos que sejam mais adequados aos seus interesses. As razões dessa atenção crescente à estratégia empresarial são muitas, algumas mais evidentes que outras. Dentre as causas mais importantes do crescimento recente do Planejamento Estratégico, pode-se citar que os ambientes de praticamente todas as empresas mudam com surpreendente rapidez. Essas mudanças ocorrem nos ambientes econômico, social, tecnológico e político. A empresa somente poderá crescer e progredir se conseguir ajustar-se à conjuntura, e o Planejamento Estratégico é uma técnica comprovada para que tais ajustes sejam feitos com inteligência. Trata-se de um instrumento mais flexível que o conhecido Planejamento a Longo Prazo. Um elemento-chave da estratégia é a seleção de apenas algumas características e medidas a serem consideradas tomadas. É um instrumento que força, ou pelo menos estimula, os administradores a pensar em termos do que é importante ou relativamente importante, e também a se concentrar sobre assuntos de relevância. 13 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA Abordando o segmento de prestação de serviço, em especial o executado por empresas que trabalham no ramo de jardinagem, este trabalho busca demonstrar a importância da implantação de planejamento estratégico para a obtenção de excelência nos serviços prestados, em especial ao atendimento das expectativas dos seus clientes. Há uma grande evolução na área de prestação de serviços, e apesar da grande concorrência em certos setores específicos, ainda existe muito a ser explorado pois a necessidade de evolução dos serviços é fundamental para o atendimento das expectativas dos públicos atendidos, e para isso as empresas devem aperfeiçoar e melhorar a cada dia, encontrando novos métodos e formas de crescimento para que se possibilite a realização de todas as atividades com qualidade. Para que determinada empresa seja reconhecida e buscada no mercado, é indispensável que tenha uma boa estrutura e ofereça serviços que atendam a demandas específicas, atendendo assim aos públicos que buscam o atendimento das suas expectativas. Assim a elaboração de um planejamento estratégico será a ferramenta que orientará toda a organização na busca pela excelência empresarial. Desta forma o crescimento no mercado se dará de forma estruturada e com a prestação organizada dos serviços, o planejamento estratégico terá subsídios para divulgar os serviços que serão criados, estabelecendo uma imagem confiável, demonstrando a sua efetiva capacidade. 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO Devido a necessidade de excelência nos serviços prestados, faz-se necessária revisão constante nos procedimentos executados, objetivando assim, a busca pela satisfação do cliente e a fidelização do mesmo. 14 Dentro desta preocupação, a elaboração de um planejamento estratégico em empresa prestadora de serviço na área de ajardinamento torna-se indispensável. Diante do exposto pergunta-se: Que melhorias e benefícios o planejamento estratégico trará para a empresa prestadora de serviço de ajardinamento na cidade de Caçador? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Propor ações estratégicas que contribuam para o crescimento de uma empresa que presta serviço na área de ajardinamento na cidade de Caçador. 1.3.2 Objetivos Específicos • Levantar através da literatura especializada abordagens estratégicas. • Verificar e analisar o ambiente interno e externo da empresa. • Elaboração de um plano estratégico objetivando o melhor desempenho operacional. • Sugerir melhorias criando um sistema que possibilite maior confiabilidade na tomada de decisões para a empresa buscando o seu crescimento. 15 1.4 JUSTIFICATIVA A elaboração de um planejamento estratégico servirá como base para verificação de que métodos devem ser usados quanto a classificação dos serviços, procedimentos que os mesmos necessitam e processos que definam o que realmente é vantajoso para a empresa nesse segmento. Com a definição de que serviços a empresa irá disponibilizar, poderá elaborar e classificar que tratamento deve se prestar para cada serviço, verificando quais são as necessidades e responsabilidades que deverá ter e assim disponibilizar os recursos que forem necessários. A melhoria dos procedimentos trará mais satisfação aos clientes, pois terão melhor atendimento e confiabilidade para com os serviços que serão disponibilizados pela empresa, além da possibilidade de planejamento com antecedência seus serviços. A gerência também terá uma melhor visão sobre os serviços e seu nível de aceitação podendo assim ter uma melhor tomada de decisões sobre questões estratégicas do negócio, tais como rentabilidade e busca de novos mercados. 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR Será apresentado nesse capítulo de forma resumida quais serão os capítulos constantes neste trabalho de conclusão de curso, de modo que venha facilitar o entendimento com relação à elaboração de um planejamento estratégico realizado na área de ajardinamento. O primeiro capítulo trata-se da introdução, abrangendo a apresentação do tema, a problematização, os objetivos geral e específicos e a justificativa para elaboração dessa pesquisa. O segundo capítulo aborda o referencia teórico, sobre o qual esse trabalho de conclusão de curso foi baseado, apresentando através de referenciais bibliográficos a visão de diversos autores sobre o assunto. 16 Será apresentada no terceiro capítulo a forma como os procedimentos metodológicos foram utilizados para o desenvolvimento desta pesquisa, sendo abordado o conceito de cada um destes procedimentos. Já o quarto capítulo abrange à análise e interpretação dos fatos levantados por meio desse trabalho. É a etapa onde será analisada a situação da empresa pesquisada e, posteriormente será efetuada uma interpretação dessa situação como proposta de ação para melhoria. Finalizado, será a conclusão do quinto capítulo, o qual demonstra de forma resumida os resultados que serão obtidos através das ações sugeridas mediante cada um dos objetivos apresentados para a realização desta presente pesquisa de, acordo os procedimentos necessários para sua realização. 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão abordados assuntos sobre planejamento, relacionado a prestação de serviço em micro empresa, quais seus pontos fortes e fracos, missão e visão, questões ligadas à análise de mercado interno e externo quais as vantagens e desvantagem e certas estratégias para melhorias nos procedimentos realizados. 2.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A prestação de serviço evolui assim como as necessidades do homem, sua área de atuação e bastante diversificada e ampla, buscando sempre atender expectativas em suas mais diversas atividades. Tendo em vista essa evolução verifica-se a necessidade de uma constante qualificação para que com isso sejam desempenhadas atividades visando resultados positivos para as organizações. Segundo Afonso apud Albrecht; Zemke (2004, p.18-19), realizam inúmeras pesquisas com empresas de serviços, publicando o livro “Service América: doing business in the New Economy“ em 1985 nos Estados Unidos, onde relatam as dez ligações que aprenderam sobre serviços: 1. O impacto econômico dos serviços é grande e sua qualidade é pequena; 2. Muitas organizações não desejam melhorar seus serviços; 3. As mudanças organizacionais só ocorrem quando percebidas nos lucros; 4. As organizações mais antigas compreendem menos o cliente; 5. Serviços é profundamente diferente de um produto físico; 6. Os administradores não controlam a qualidade quando o produto é um serviço; 7. A melhoria do serviço começa no topo da organização; 8. A prática da administração precisará passar da produção para o contato com o cliente; 9. Os funcionários são o primeiro mercado da empresa, e 18 10. Os sistemas (normas, etc) geralmente são os inimigos do serviço. Verificando determinados passos, analisa-se no contexto que para toda e qualquer empresa prestadora de serviço, e necessário manter cuidados seja na qualidade do serviço executado, no atendimento de seus clientes antes ou após a execução do serviço, para que com isso possa conquistar e fidelizar o cliente tornado assim seu serviço conhecido e reconhecido no mercado. As organizações mais antigas na sua grande maioria não estão preocupadas com os clientes e sim com a qualidade do serviço isso muitas vezes acaba prejudicando-a pois esses fatores são relevantes e devem trabalhar unidos para realizar o serviço completo com excelência 2.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM MICRO EMPRESA Em dados estatísticos, os pequenos negócios estão em ascensão no Brasil. Pesquisas realizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae mostram que as micro empresas subiram de 2.956.749 para mais de 4.600.000 um crescimento acumulado de 55,8%, passando a participação percentual no total de empresas de 93,2%, em 1996, para 93,6%, em 2002, o que representa quase 10 mil pessoas trabalhando nestes pequenos negócios. As empresas de pequeno porte também apresentam parcela significativa de crescimento: são de 274 mil negócios espalhados pelo país (AMORES, 2008). Verifica-se com isso que micro empresas e empresas de pequeno porte tem sua grande contribuição para o desenvolvimento do paÍs algo significativo e relevante em nossa economia. Porém, percebe-se também, que grande parte dessas micro e pequenas empresas que atuam no ramo de prestação de serviço têm curto período de vida. Esta conseqüência está relacionada a uma serie de fatores, tais como: Falta de profissionalismo e planejamento, acúmulo de funções do proprietário da empresa, sendo este encarregado pelas mais variadas funções sejam elas de produção, vendas, administração financeira, planejamento enfim todas as atividades 19 relacionadas a gestão da empresa, onde conseqüentemente a empresa sofrerá em determinadas áreas por não ter a atenção necessária. Ainda observa-se com dados na pesquisa realizado pela MQS consultoria e treinamento empresarial, muitas destas micro e pequenas acabam por ficar pelo meio do caminho. Na mesma pesquisa o Sebrae identificou que, no estado de São Paulo e Santa Catarina ver, por exemplo, 49,9% das empresas encerraram as atividades com até dois anos de existência; 56,4% com até três anos e 59,9% com até quatro anos. Estes números representam o fechamento de 281 mil postos de trabalho, o equivalente a mais de três estádios do Morumbi, lotados. E quase 15 bilhões de reais em prejuízos com “perda financeira”, ou seja, soma do capital investido e faturamento. (AMORES, 2008). Para o consultor empresarial, especializado em gestão de negócios, Queija, existem inúmeras razões pelas quais a mortalidade entre empresas de pequeno porte seja tão alta.[...]. A principal delas é a falta de planejamento. É preciso traçar meta, objetivos bem definidos antes de se iniciar um empreendimento. Qualquer empresa precisa de planejamento, micro, pequenas ou até mesmo grandes corporações. Segundo o consultor Queija, quando se pensa em montar um negócio, “antes de tudo, é preciso que o futuro empresário busque conhecer bem e levante informações sobre o ramo de atividade onde atuará, como está este mercado, conhecer os concorrentes, os melhores pontos e fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática na nova empresa”. Uma dica do consultor é procurar instituições de credibilidade como o IBGE, sindicatos, associações e o próprio Sebrae. Por essa realidade entende-se que grande parte das empresas que decretam falência, se da pela falta de conhecimento perante o mercado que o mesmo irá atuar, tornando-se assim mais uma das empresas com grandes possibilidades de insucesso. 20 2.3 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Tendo em vista determinadas fraquezas e métodos que são utilizados verifica-se que o alto índice de falências por falta de conhecimento de mercado, é fator relevante que necessita da administração estratégica para identificar o mercado e estabelecer procedimentos para identificar qual a real situação e verificar quais as possibilidades de sucesso para tal atividade. Segundo os autores Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 24), a administração estratégica é um termo mais amplo que abrange não somente a administração dos estágios já identificados mas também os estágios iniciais de determinação da missão e os objetivos da organização no contexto de seus ambientes externo e interno. Deste modo à administração estratégica pode ser vista como uma serie de passos em que a alta administração deve realizar as tarefas a seguir: 1. analisar oportunidades e ameaças ou limitações que existem no ambiente externo; 2. analisar os pontos fortes e fracos de seu ambiente interno; 3. estabelecer a missão organizacional e os objetivos gerais; 4. formular estratégias (no nível empresarial, no nível de unidades de negócios e no nível funcional) que permitem à organização com as oportunidades e ameaças do ambiente; 5. implementar as estratégias; e 6. realizar atividades de controle estratégico para assegurar que os objetivos gerais da organização sejam atingidos. Verificando assim tais procedimentos, na visão de Thompson Jr. e Strickland III (2000, p. 1), os gerentes de estratégia decidem sobre indicadores que: “(...).Sem a estratégia, um gerente não tem um rumo previamente considerado para seguir, não tem um mapa e não tem um programa de ação unificada para produzir os resultados almejados.” (THOMPSON JR; STRICKLAND III 2000, p. 1) O grande índice de falência das empresas como citado acima, é resultado de fatores significativos que nem sempre são considerados pelos proprietários por falta de conhecimento. Como a maioria das micro empresas tem sua administração e produção gerenciada apenas pelo empreendedor esse muitas vezes preocupa-se 21 mais em produzir e acaba não se preocupado com o planejamento estratégico o qual modela e estrutura a empresa definindo sua missão, visão enfim aspectos que direcionam e possibilitam conhecimento de causa para manter a estrutura em atualização constante para atuar no mercado. Segundo Oliveira (2001, p. 26), na realidade os executivos deveriam entender que esse é o momento primordial para as empresas terem um planejamento estratégico estruturado, pois só assim poderão delinear um futuro esperado para suas empresas e maneiras de alcançar ou se aproximar, o mais possível, desse futuro desejado. Inclusive se uma maneira não der certo, o executivo sabe como pular para outra maneira no momento certo e de forma adequada. 2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É um recurso usado para planejar e organizar as empresas, no desempenho das atividades hoje, visando um futuro inserto porém com alternativas que ajudarão a suprir eventuais necessidades ou investir para o desenvolvimento da organização. Os autores Tiffany e Peterson (1998, p. 9), identificam planejamento estratégico como: É claro que nem um de nós prevê o futuro. Mas todos nos sabemos que amanha será diferente de hoje e que hoje é diferente de ontem. Planejar essas diferenças é uma forma de se adiantar e enfrentar os fatos desconhecidos e incertos. Planejar é uma estratégia para sobreviver. As empresas fazem planos estratégicos pelas mesmas razões. Planejar é uma estratégia para aumentar as chances de sucesso em um mundo de negócios que muda constantemente. É evidente que os planos estratégicos não assumam a garantia. O planejamento estratégico não é uma ciência que mostra o que é certo e errado em relação ao futuro. O planejamento estratégico é um processo que prepara você para o que esta por vir. (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 9-10). Entende-se com isso que as organizações precisam estar em constante atualização para que aumentem suas chances de sobrevivência em um mercado bastante competitivo, e que tragam garantias para os procedimentos realizados. 22 Para que isso possa acontecer é necessário a elaboração de uma planejamento estratégico, mesmo que esse não minimize todos os problemas gerados pela organização ao menos eliminará grande parte e poderá servir de sustentação para os que necessitarem de uma atenção especial. Sabendo-se que grande parte das micro e pequenas empresas não estão preocupadas ou até mesmo informadas da importância de se ter um planejamento, entende-se que isso prejudica ou até mesmo interrompe as atividades de uma empresa, pois sem a definição de determinados procedimentos não conhecemos que mercado a empresa esta inserida e se essa poderá sofrer oscilações no decorrer do tempo. Definir o planejamento estratégico é identificar procedimentos nas suas mais diversas áreas, abordando aspectos necessários para base da empresa. Para Oliveira (2001, p. 34), Steiner (1969, p. 12), estabelece as cinco dimensões de planejamento cujo os aspectos básicos são apresentados a seguir: A primeira dimensão do planejamento corresponde ao assunto abordado, que pode ser produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações, recursos humanos etc. Outra dimensão corresponde aos elementos do planejamento entre os quais pode ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos, normas e procedimentos, entre outros. Uma terceira dimensão corresponde à dimensão de tempo do planejamento, que pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo. Outra dimensão corresponde às unidades organizacionais onde o julgamento é elaborado, e neste caso, pode-se ter planejado corporativo de subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de departamentos, de produtos etc. Uma quinta dimensão corresponde às características do planejamento que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade; planejamento estratégico ou tático, confidencial ou publico, formal ou informal, econômico ou caro. As dimensões citadas à cima possuem uma característica bastante diversificada para elaboração de um planejamento estratégico o qual terá suma importância e servirá de alicerce das organizações, essa irá direcionar e fundamentar a atividade que a mesma está inserida definindo determinados procedimentos para curto, médio e longo prazo traçando metas com base em dados 23 de mercado, concorrência enfim tudo que é necessário para planejar o andamento da organização possuindo subsídios e estrutura para eventuais mudanças. Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. (OLIVEIRA, 2001 p. 47- 48). Na visão de Almeida (2001, p.13), planejamento estratégico e uma técnica administrativa que procura ordenar as idéias das pessoas, de forma que possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia). Depois de ordenar as idéias, são ordenadas as ações, que é a implementação do Plano Estratégico, para sem desperdícios de esforços, caminhe na direção pretendida. Todas estas formas possuem em comum a preocupação mais geral de fazer com que a organização defina seus objetivos e procedimentos necessários para o bom desempenho das atividades. Neste contexto, acreditamos que o processo de planejamento é, para as empresas, a ferramenta adequada para o gerenciamento do pensar e do agir estratégico das pessoas ou, em outras palavras, o direcionamento estratégico. (LIMA; TEIXEIRA, 2000, p.21) Visando elaborar o planejamento estratégico se faz necessário conhecer a organização como um todo, analisando ambiente interno: seus pontos fortes e fracos, o ambiente externo: as oportunidades e ameaças e os diagnósticos estratégicos da organização e quais as ações e planos estratégicos que serão necessários para tais procedimentos. Para Almeida (2001, p. 14), o processo de desenvolvimento do plano estratégico que será utilizado (...), inicialmente, quatro atividades para utilizar a realização da estratégia: • análises dos aspectos internos: nessa atividade ocorre a conscientização sobre os pontos fortes e fracos; essa e a forma de maximizar a eficiência da entidade; • análise do ambiente: essa a atividade mais complexa e geralmente mais importante do planejamento estratégico pois nelas são indicadas as oportunidades e ameaças, que serão a base para se chegar à eficácia da entidade; 24 • comparação da missão ou vocação com o campo de atuação: nessa atividade e verificada a coerência entre aquilo a que a entidade se propõe ou é vocacionada a fazer, e aquilo que realmente esta fazendo. A sintonia entre a missão ou vocação com o que a entidade esta fazendo (Campo de Atuação) contribui para o sucesso da entidade; • estabelecimento da estratégia vigente: é preciso conhecer a estratégia que vem sendo seguida pela entidade para que não aconteça um prejuízo a ela, em função da falta de continuidade das estratégias que vinham sendo desenvolvidas. 2.5 ANÁLISE AMBIENTAL A análise ambiental tem por finalidade conciliar informações sobre o ambiente interno e o ambiente externo, identificando quais são suas potencialidades e seu mercado, visando ter alternativas para qualquer mudança que possa acontecer, garantindo com isso a sobrevivência e visando melhorias no ramo em que atua. As mudanças são constantes nessas áreas, assim também deve ser a analisada para que possa acompanhar determinadas mudanças em tempo real. Para Tiffany e Peterson (1998, p. 159): O equilíbrio entre estes fatores determina o que a sua empresa deve fazer e quando deve fazer. (...) A mudança é a única constante em seu negócio, seu setor e seu mercado. Mudanças constantes significam que a análise S.W.O.T. (os pontos fortes – Strenghts – e fracos – Weakenesses – da empresa em relação a seus concorrentes, bem como as oportunidades – Opportunities – e ameaças – Threats – do ambiente externo), não pode ser feita uma única vez; é preciso ver a matriz regularmente à medida que seus concorrentes crescem e o ambiente em sua volta muda. Pense na análise do SWOT como um processo contínuo – algo que você faz repetidamente como parte importante de seu ciclo de planejamento estratégico. Identifica-se assim que toda empresa necessita de revisões continuas em relação a análises feitas entre o meio que está inserido, podendo assim identificar as mudanças, evoluções e as tendências de mercado que terão no futuro agilizando as decisões e dando-lhes a ela mais transparência e certezas sobre tais mudanças e 25 conseqüentemente maior evolução da organização em relação aos seus concorrentes. O dimensionamento dos pontos fortes e pontos fracos internos da empresa e suas oportunidades externas normalmente recebe o nome de análise de SWOT. Essa é uma técnica fácil de ser usada para obter uma visão geral da situação estratégica da empresa. A análise de SWOT enfatiza o principio básico de que a estratégia deve produzir um bom ajuste entre a capacidade interna da empresa (seus pontos forte e seus pontos fracos) e suas circunstâncias externas (refletidas em parte por suas oportunidades e ameaças). (THOMPSON JR; STRICKLAND III, 2000, p.125). A análise SWOT serve para identificar fatores internos e externos como pontos fortes e fracos as oportunidades e ameaças que necessitam de atenção para identificar suas potencialidades e necessidades em relação ao mercado, objetivando assim, manter um nível equiparado em relação a suas evoluções ou tendências. 2.5.1 Análise Interna É o entendimento que se tem da atividade em seu ambiente interno, como funciona qual são os costumes e objetivos. Compreende-se que isso é necessário para a empresa saber qual é sua potencialidade, seja ela financeira ou de produção, sabendo de seus pontos fortes e fracos para que possa avaliar determinados procedimentos que são e serão executados, tirando vantagens das situações. Almeida (2001, p. 16), comenta que nessa atividade de análise dos aspectos internos são identificados, inicialmente os fatores de sucesso de uma empresa em seu ramo de atividade, de uma unidade de empresa ou de um profissional, que levam a entidade ao cumprimento de sua missão (razão de ser) ou vocação. Para Tavares (2000, p. 263), a análise do ambiente interno é o instrumento que propiciará o conhecimento das habilidades e competências. Deve ser conduzida segundo as exigências da atuação visualizadas no ambiente externo e pelo que se pretende para a organização, por meio de sua visão e missão. 26 De acordo com Oliveira (2001, p. 101), a análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa em que esta sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa deverão ser determinados diante de sua atual posição produto versus mercado. Essa análise deve tomar como perspectiva para a comparação as outras empresas de seu setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes potenciais. A análise interna requer um acompanhamento especial o qual deverá se avaliar de forma transparente a situação da empresa em relação sua posição no mercado e qual suas potencialidades internas em caso de mudanças. Fazer um alto-retrato honesto para Tiffany e Peterson (1998, p. 143) - seja vendo ou ouvindo assim mesmo objetivamente ou fazendo afirmações isentas sobre seus próprios pontos fortes e fracos - é dificílimo. Os pontos fortes e fracos têm que ser avaliados em relação às situações enfrentadas, é um ponto forte em uma circunstância pode ser um ponto fraco em outra. Liderança e decisões rápidas podem ser extremamente úteis em uma situação de emergência. Mas o mesmo temperamento pode ser uma desvantagem é parte de uma equipe que esta envolvida em negociações delicadas. Costa define (2002, p. 87): Ambiente interno – a primeira tarefa para uma análise do ambiente interno é elaborar uma lista ampla, geral e irrestrita de pontos fortes e fracos e os que precisam ser melhorados, ou seja, aqueles que fornecem ou prejudicam a instituição. 2.5.1.1 Pontos fortes Esses identificam quais os pontos positivos da empresa e visam atender suas atividades sejam elas operacionais ou administrativas, as quais demonstram que a empresa tem estrutura para manter se no mercado com oportunidades de crescimento. Os pontos fortes são pontos favoráveis para organização pois esses proporcionam uma situação controlável nos aspectos internos os quais representam estabilidade e confiança na realização de suas atividades. 27 Para Thompson JR e Strickland III (2000, p. 125), um ponto forte é algo que a empresa faz bem ou uma característica que lhe proporciona uma capacidade importante. Um ponto forte pode ser uma habilidade, uma perícia importante, um recurso organizacional ou uma capacidade competitiva valiosa ou um empreendimento que coloca a empresa numa posição de vantagem no mercado (tal como ter um produto melhor, nome mais forte, tecnologia superior ou melhor serviço ao cliente). Um ponto forte pode resultar também de alianças ou de investimentos com parceiros detentores de habilidades ou perícia que melhorem a competitividade da empresa. De acordo com Oliveira (2001, p. 89): • Pontos fortes: são as variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação a seu ambiente. Hartmann (1996, p. 58) define que: Pontos Fortes. Situações ou fatores internos ou pedaços de um certo Negócio que apresentam condições favoráveis para a melhoria dos resultados. Costa (2002, p. 111) define: Pontos Fortes - São aquelas características positivas de destaque, na instituição, que a favorecem no cumprimento do seu propósito. Conclui-se que a empresa que possui uma margem considerável de pontos fortes poderá exercer o cumprimento de seu propósito com maior tranqüilidade em relação aos seus concorrentes. 2.5.1.2 Pontos fracos Com a identificação dos pontos fracos, é necessário avaliá-los, visando assim entender tais situações, encontrando soluções para tais acontecimentos. Essa análise deve ser feita em pequeno espaço de tempo pela grande mudança de mercado. Para evitar falhas grosseiras na atividade que exerce, é necessário que essa se inove, participe ativamente de curso e palestras, acompanhe seus concorrentes e tendência de mercado, caso contrário sofrerá as conseqüências e em períodos curto de tempo estarão fora do mercado. 28 Thompson JR e Strickland III (2000, p. 125), diz que um ponto fraco é algo que a empresa não tem ou faz não muito bem (em comparação com as outras) ou uma condição que coloca a empresa em desvantagem. Um ponto fraco não torna necessariamente uma empresa vulnerável competitivamente, dependendo de quanto ele pesa no mercado. De acordo com Oliveira (2001, p. 89): • Pontos fracos: são as variáveis internas que provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação a seu ambiente. Hartmann (1996, p. 58) define que: • Pontos Fracos. Situações ou fatores internos ou pedaços de um certo Negócio que apresentam condições desfavoráveis para a melhoria dos resultados. Para Costa (2002, p. 112) pontos fracos - são características negativas, na instituição, que a prejudicam no cumprimento do seu propósito. Entende-se com isso que pontos fracos são fatores que ocorrem em determinados departamentos da organização que são desfavoráveis para com a atividade que essa exerce. 2.5.2 Análise Externa É a análise que se faz em relação ao mercado externo, para identificar as oportunidades e ameaças que a empresa possui. Com o conhecimento de seu mercado interno buscando oportunidades que destaquem a empresa, essa busca deve ser objetiva e cautelosa para não se tornar uma ameaça no futuro. A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças bem como sua atual posição produtos versus mercados e, prospectiva, quanto a sua posição produtos versus mercados desejado no futuro (OLIVEIRA, 2001, p. 92). Análise Externa é a identificação de oportunidades ou ameaças e suas respectivas causas priorizadas localizadas externamente ao seu Negócio ou Território, entendidas como fatores ou situações que podem ser aproveitadas ou neutralizadas que afetam positiva ou negativamente seus resultados (HARTMANN, 1996, p. 78-79). 29 Entende-se que está é a ligação que existe entre empresa e seu ambiente esta demonstrando as oportunidades e ameaças as quais podem ser favoráveis ou não ao resultado da empresa. 2.5.2.1 Oportunidades As oportunidades são variáveis que possibilitam o crescimento da empresa, estes são os fatores que podem fazer com que a empresa conquiste novos mercados, clientes enfim diversos são os pontos que podem ser analisados e identificados como oportunidades para a empresa crescer e se tornar referencia no mercado em que atua. De acordo com Oliveira (2001, p. 89): • Oportunidades: são as variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis para a empresa, desde que a mesma tenha condições e/ ou interesse de usufruí-las. Diferente do que muita gente pensa, uma idéia de negócio não significa uma oportunidade de negócio. Uma idéia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade de mercado. Ou seja, quando existem potenciais clientes. Uma oportunidade também tem seu tempo, isto é, seu momento correto. Por exemplo, um produto que num primeiro momento traduz o aproveitamento de uma grande oportunidade, um ano depois pode estar ultrapassado e não ser mais lembrado pelos consumidores. Se a empresa que o comercializa não estiver preparada para melhorar, atualizar ou até mesmo substituir o produto, poderá estar entrando na “fila” das empresas que irão desaparecer. Assim, uma empresa somente pode permanecer no mercado se ela está aproveitando as oportunidades que se apresentam. E fazer isso exige inicialmente uma postura do empreendedor de sempre estar atento ao que está acontecendo ao redor do seu negócio. Se considerarmos a empresa como se fosse uma árvore, a atitude do empreendedor, neste caso, seria a de olhar para a floresta, ou para o todo, ou para o sistema, como se costuma dizer. Na prática, esta postura significa participar de várias atividades como feiras, exposições e eventos relacionados ao setor de negócios no qual a empresa atua, procurar ler revistas do segmento, participar de reuniões e encontros em associações, conversar com os concorrentes, clientes, empregados, fornecedores e empresários de outros setores. Procurar compreender as tendências de mercado, situações econômicas, políticas, sociais etc. 30 Este hábito se constrói com o tempo e ajuda o empreendedor a ter muitas idéias. Quando uma destas idéias resulta na constatação de uma oportunidade, a empresa tem um momento especial para transformar todo o seu potencial em “ouro” (GIANNI, 2008, p. 4-5) Hartmann (1996, p. 58), define oportunidade como situações ou fatores externos com variabilidade que criam condições favoráveis para a melhoria dos resultados do Negócio, podendo ser aproveitadas ou não. 2.5.2.2 Ameaças Define quais são os pontos que podem interromper ou atrapalhar o andamento das atividades realizadas pela empresa, essas devem ser analisadas e estudas com muita cautela para que a empresa se programe tanto no presente quanto no futuro e identificando seus concorrentes, mercado e determinadas falhas que podem ser determinantes para o bom andamento da empresa. De acordo com Oliveira (2001, p. 89): • Ameaças: são as variáveis externas e não controláveis pela empresa que podem criar condições desfavoráveis para a mesma. Ameaças - Situações ou fatores externos com variabilidade que criam condições desfavoráveis para a melhoria dos resultados do negócio, podendo ser neutralizadas ou não. Hartmann (1996, p. 58). Analisando o ambiente interno e externo da empresa podemos citar alguns pontos básicos que devem ser avaliados para identificar a real situação da empresa. Para Thompson Jr e Strickland III (2000, p.126) sugerem: Análise do SWOT O que deve ser observado para avaliar os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e ameaça a uma empresa. 31 Pontos Fortes Internos Potenciais Competência básica em áreas chave Recursos financeiros adequados Bem vista pelos compradores Líder de mercado reconhecida Estratégicas de áreas bem concebidas Acesso às economias de escala Isolada (pelo menos um pouco) contra fortes pressões competitivas Tecnologia patenteada Vantagens de custo Melhores campanhas de propaganda Habilidade de inovação dos produtos Gerência comprovada Vanguarda na curva de excelência Melhor capacidade de fabricação Habilidades tecnológicas superiores Outros? Oportunidades Externas Potenciais Serve grupos adicionais de clientes Entra em nossos mercados ou segmentos Expande a linha de produtos para atender uma faixa maior da necessidade dos clientes Diversifica em produtos relacionados Integração vertical (para frente ou para trás) Queda de barreiras comerciais em mercados estrangeiros atrativos Complacência entre as empresas rivais Crescimento mais rápido no mercado Outras? Pontos Fracos Internos Potenciais Falta de rumo estratégico claro Instalações obsoletas Lucratividade abaixo da média porque... Falta de profundidade e talento gerenciais Ausência de algumas habilidades chave e de competência Pouca experiência na implementação de estratégia Incomodada com problemas operacionais internos Atrasadas e termos de P& D Linha de produtos muito estreita Rede de distribuição fraca Habilidade de comercialização abaixo da média Incapacidade de financiamento das mudanças necessárias na estratégia Custos unitários gerais altos em relação aos concorrentes chaves Outros? Ameaças Externas Potenciais Entrada de concorrentes estrangeiros com custos mais baixos Elevação das vendas de produtos substitutos Crescimento mais lento do mercado Mudanças adversas nas taxas de câmbio internacionais e nas políticas comerciais de governos estrangeiros Exigências legais onerosas Crescimento do poder de barganha de clientes e fornecedores Mudanças na s necessidades e nos gostos dos compradores Mudanças demográficas adversa Outros? Figura 1- Análise de SWOT Fonte: Thompson Jr; Strickland III As ameaças são ligadas a diversos fatores cuja empresa nem sempre esta preparada para enfrentar, são fatores externos que podem trazer prejuízos 32 incalculáveis para empresa, o estudo de mercado e a viabilização em outras áreas é algo significativo que deve ser realizado para se proteger das ameaças em determinados casos. 2.6 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO O diagnóstico estratégico é uma ferramenta de suma importância, o qual tem como objetivo a identificação de como a empresa está, verificando seus pontos positivos e negativos os quais serviram de base para elaboração do planejamento estratégico. Para Oliveira (2001, p. 86), o diagnóstico estratégico corresponde à primeira fase do processo de planejamento estratégico e procura responder à pergunta básica ”qual a real situação da empresa quanto a seus aspectos internos e externos?”, verificando o que a empresa tem de bom, de regular o de ruim seu processo administrativo. Oliveira (2001, p. 87), o diagnóstico que corresponde a uma análise estratégica, apresenta algumas premissas básicas, a saber: • Deve-se considerar o ambiente e suas variáveis relevantes no que está inserida a empresa; • Esse ambiente proporcionará à empresa oportunidade que deverão ser usufruídas e ameaças que deverão ser evitadas; • Para enfrentar essa situação ambiental, a empresa devera ter pleno conhecimento de seus pontos fortes e fracos: e • Esse processo de análise interna e externa deverá ser integrado, contínuo e sistêmico. Portanto, um diagnóstico estratégico deve ser bem elaborado pois com seu resultado podemos elaborar um plano estratégico capaz de suprir determinadas necessidades que a empresa possui. 33 2.6.1 Componentes do Diagnóstico Estratégico Nesta etapa do trabalho será verificado além dos aspectos inerentes do diagnóstico estratégico, os quais se referem à realidade interna e externa de uma organização, também aqueles que influenciam e determinam a razão se ser da empresa. 2.6.1.1 Descrição da empresa A finalidade da descrição da empresa é uma avaliação mais detalhada de como funciona em âmbito geral a organização, objetivando assim conhecer procedimentos que são realizados em nível gerencial de produção e mercado. A descrição da empresa analisa mais detalhadamente o que ela tem a oferecer. A descrição deve incluir informações sobre a gerência, organização, nova tecnologia, seus produtos e serviços, operações da empresa e potencial de marketing – em suma. Tudo especial que você oferece ao seu setor. (TIFFANY; PERERSON, 1998, p.17). Para Tiffany e Peterson (1998, p. 17), em particular, você deve analisar cuidadosamente e objetivamente a longa lista de potenciais e recursos de sua empresa. Selecione os que representam pontos fortes e os que constituem pontos fracos. Nesse processo, ente indicar as suas verdadeiras vantagens sobre seus concorrentes. Conhecer bem a sua empresa é sinônimo de conquistas a curto e longo prazo programando-se em relação ao seu concorrente com objetivos que lhes proporcione maior e melhor conhecimento sobre as áreas que atua tanto internamente quanto externamente. Examinar a empresas como os de seus clientes é muito útil. Muitas vezes, essa perspectiva pode ajudar a descobrir algum valor que você está oferecendo aos clientes e que desconhecia; assim, você pode descobrir novas alternativas alongo prazo para competir mo mercado. (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 17). 34 2.6.1.1.1 Declaração de valores, crenças e princípios para a empresa Se houver dedicação por parte dos integrantes da empresa em elaborar e definir valores que são significativos à sua existência, terá maiores chances de se restabelecer perante os fatores inesperados que venham a acontecer, tendo com isso objetivo e maior confiabilidade em elaborar saídas coerentes para tais situações sem que afetem a atividade da empresa. Sua empresa enfrenta todos os tipos de opções, alternativas e decisões diariamente. Se dedicar algum tempo à definição dos valores de sua empresa, esses princípios e crenças podem guiar seus gerentes, funcionários ou simplesmente você (se você é a sua empresa), ajuda-os a enfrentar situações complicadas para as quais não a respostas fáceis. Quando ocorrer o inesperado, você estará preparado para reagir rápida e decisivamente, baseado em uma clara compreensão do que realmente importa (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 38). Uma declaração de valores é um conjunto de crenças e princípios que orienta as atividades e operações de uma empresa, independente de seu porte. O alto escalão de sua empresa deve mostrar na prática seus valores e os sistemas de incentivo e recompensa da empresa deve fazer com que as atitudes de todos os funcionários seja coerentes com os valores da empresa (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 40). Para Hartmann (2000, p. 233), como todos já sabemos, o negócio começa e termina por aquilo em que acreditamos (crenças); por aquilo que mais valorizamos (valores); e, pelos princípios a que nos condicionam. Precisamos saber claramente sobre isso e deixá-la devidamente registrada para que todos nossos pensamentos e atitudes se fundamentem nesse conjunto de idéias. É considerado então que todo e qualquer área de serviço que se atua e fruto do que pensamos e acreditamos os quais são formados por crenças, valores e princípios os quais devem estar ligados para obtermos sucesso. Hartmann (2000, p. 233), define: Crenças: 1- Planejar á antes de tudo evitar erros no futuro. 2- Ser precedente a ter. 35 3- Servir aos outros é o início do processo que busca recompensas para satisfazer as nossas necessidades. 4- Respeitar o próximo como a si mesmo implica, primeiramente, respeitar a si próprio como ser humano. 5- Ser cliente é ter o direito de ser o centro das atenções. Para Tavares (2000, p. 300), os valores servem como instrumento para avaliar e dar significado à direção buscada pelos participantes da organização. São eles evitam que o senso de propósito seja imoral ou antiético. Os valores servem como padrão para avaliar e julgar programas e orientar decisões. Os valores estabelecem a natureza e o sentido do vínculo entre a visão e a tomada de decisões. Ambas-– visão e tomada de decisões – precisam ser apoiadas em valores para dar significado às ações dos membros organizacionais. Segundo Costa (2002, p.39), como seu próprio nome diz, os valores são características, virtudes, qualidades da organização que podem ser avaliadas como se estivessem em uma escala, com gradação entre valores extremos. São atribuídos realmente importante para a organização, virtudes que devem ser preservadas, meritizadas e incentivadas. É como se os princípios fossem os alicerces de um edifício, enquanto os valores seriam as paredes externas e internas do prédio; ambos são importantes, mas em natureza e graus diferenciados. Hartmann (2000, p. 233), define: Valores: 1- Atingir um nível de satisfação de cem por cento entre os clientes do nosso negócio. 2- Prover um fundo de reserva para independizar o negócio do sistema financeiro; 3- Partilhar os ganhos de produtividade com a equipe de colaboradores, com os acionistas e com os fregueses. 4- Trabalhar é uma das atribuições que nossos ancestrais nos legaram com menor sacrifício e, menor ainda, o legaremos aos nossos filhos e netos, se formos bem sucedidos. 5- Usufruir o lazer é renovar as energias para atender cada vez melhor as pessoas que nos cercam, os nossos clientes. Os princípios podem ser entendidos como regra ou códigos de conduto segundo os quais as pessoas governam suas ações, em sua vida social e 36 profissional. Alguns desses princípios são universais e pertencentes a todos os seres humanos, tais como a imparcialidade, o senso de justiça, a honestidade e a integridade. Outros podem ser típicos da vida organizacional, tais como respeito ao funcionário, ao cliente, criação de valor para as partes envolvidas, agilidade e flexibilidade na tomada de decisão, ênfase na cooperação e no trabalho em equipe, equidade e responsabilidade social. Pode-se subentender, a partir que é comum e partir do que é típico, que nem sempre os princípios cultivos pelo grupo relacionamse de forma ampla aos princípios e valores individuais (TAVARES, 2000, p. 300). Segundo Costa (2002, p. 39), os princípios são aqueles pontos e tópicos que a organização não está disposta a mudar, aconteça o que acontecer. Em alguns casos, podem vir expressos como uma carta de princípios, credo ou profissão de fé, declarando quais são as crenças básicas das organizações criam um código de ética, declarando aquilo que é considerado aceitável e aquilo que não é admissível naquela casa. Quanto aos princípios, podemos afirmar que em relação a eles não há meio termo: ou são respeitados integralmente ou estão sendo violados. Como honestidade, lisura nos negócios, fidelidade a compromissos assumidos. Eles devem ser respeitados, mesmo que, ao fazer isso, a organização tenha de incorrer em perdas. Caso se admita a possibilidade contrária, o ponto em questão não se tratava de um princípio, mas era apenas uma política, uma conveniência, um capricho ou um costume. (COSTA, 2002, p. 39). Hartmann (2000, p. 234), define os princípios: 1- Fazendo o que sempre fizemos, farão por nós o que sempre fizeram ou menos. 2- O reino dos céus está dentro de nós, Deus mora no céu, portanto nós somos um pedaço da morada de Deus. Deus é a Espiritualidade infinita que nos leva a Plenitude. Ou seja, estar de bem com os outros significa respeitar e ser respeitado, confiar e ser fonte de confiança. 3- Medir o trabalho que ser faz é a condição primeira para que se possa administrar. 4- Praticar a autodisciplina é poupar nos outros que nos cercam o desperdício de energia. 5. Ter iniciativa em direção aos clientes e antecipar-se a ocorrência de problemas desagradáveis e, por outro lado, surpreendê-los positivamente. 37 Então considera-se que esses princípios representam a base para a caminhada da empresa em busca de aperfeiçoamento e melhorias necessárias para sua permanência no mercado. 2.6.1.2 Missão A missão da empresa é o papel que ela desempenha em seu negócio. A missão é a determinação de onde a organização quer ir, é a razão de existência do empreendimento, e como tal deve ter "a cara da empresa", deve ser sua carteira de identidade, um guia para o trabalho das pessoas. Para Tiffany e Peterson (1998, p. 22), a declaração de missão de sua empresa visa comunicar interna e externamente o propósito do seu negocio. Define o que você é e o que faz. Para que seja eficaz, sua declaração de missão deve: Destacar as atividades de sua empresa incluindo os mercados que ela serve incluindo as áreas geográficas em que atua e os produtos e serviços que oferece. Enfatizar as atividades que sua empresa desempenha e que a diferenciam de todas as outras empresas do mercado. Incluir as principais conquistas que você prevê para os próximos anos. Transmitir o que você que dizer de forma clara, concisa, informativa e interessante um pouco de inspiração não faz mal a ninguém. A missão de uma empresa deve responder algumas – não necessariamente todas – das cinco questões a seguir: O que a empresa deve fazer? • Para quem a empresa deve fazer? • Por que a empresa deve fazer? • Como a empresa deve fazer? • Onde a empresa deve fazer? Por exemplo, se a missão da empresa é um excelente atendimento ou baixos preços, isso deve estar explícito pela organização e todos devem trabalhar para que a missão seja perseguida e alcançada nas ações do dia-a-dia. 38 Vejamos, agora, alguns exemplos que podem ser adaptados e utilizados, quando você for definir a missão para sua empresa. MISSÃO DO SEBRAE/RS: “Promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micros e pequenas empresas. MISSÃO DA NESTLÉ: "Desenvolver as oportunidades de negócios, presentes e futuras, oferecendo ao consumidor produtos alimentícios e serviços de alta qualidade e de valor agregado, a preços competitivos. (DIRNEI, 2006). Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 94), coloca que em níveis corporativos e de unidade de negócio geralmente mudam ao longo do tempo; em muitos casos, a mudança é lenta e gradual, mas em outros acontecem muito rapidamente. Sendo assim a organização deve estar sempre em constante atualização visando às mudanças que ocorrem no mercado, objetivando assim alternativas que proporcionem uma melhor conscientização de mercado e possa se projetar em tempo hábil para suprir tais necessidades que viram com o tempo. Oliveira (2001, p. 128) comenta que “missão é uma forma de se traduzir determinado sistema de valores e termos de crenças ou áreas básicas de atuação considerando as tradições e filosofias da empresa”. Missão: Razão de ser de um certo negócio cuja resposta é obtida pelas seguintes questões. Para onde? Para quando? Para quem? E, com o quê? A Missão é o resultado, em primeiro lugar, do Teste da Realidade pelo qual passa a nosso sonho, a visão (HARTMANN, 1996, p. 58). A missão, para ser consistente, precisa ser mantida e desenvolvida ao longo do tempo. Deve viabilizar a criação de novas demandas, o ingresso em novos mercados e o desenvolvimento de novos produtos. Deve resultar de monitoramento contínuo das possibilidades tecnológicas, mudanças de hábitos e de estilo de vida do consumidor, mudança na economia e estrutura do setor. Esse monitoramento deve ser orientado para a inovação e sobrevivência a longo prazo da organização. Deve na perspectiva interna, deve representar a oportunidade para a busca do aprendizado e desenvolvimento relacionados a suas habilidades e competências distintivas. Na perspectiva externa, a missão deve estar relacionada à capacidade em estabelecer alianças, parcerias e redes (TAVARES, 2000, p. 180). Os princípios que definem a missão podem ser considerados relevantes para a identificação de pontos em relação sua atividade e seu mercado alvo a fim de obter informações pertinentes a sua atividade que lhes propiciam condições e 39 alternativas de saber qual rumo certo a ser seguindo para conquistar mercado e definir assim sua missão. Ao definir missão, a organização deve atentar para alguns pressupostos básicos, que devem ser utilizados para a sua elaboração e para o sentido que se pretende para ela. Deve responder, entre outros, aos seguintes questionamentos: • Quem é e onde está nosso cliente? • Quem poderá vir a ser nosso cliente? • O que podemos fazer para manter os primeiros clientes e conquistar os demais? • O que compra o nosso cliente? • Como nossas competências distintas poderão ser utilizadas para significar vantagem competitiva sustentável? (TAVARES, 1981, p. 181). Para Costa (2002, p. 35) a missão é além de uma auto-imagem simples e objetiva é necessário também haver um sentido claro sobre qual a razão da existência da organização, num conceito conhecido como missão. A formulação da missão pretende responder a perguntas como: Qual a necessidade básica que a organização pretende suprir? Que diferença faz, para o mundo externo, ela existir ou não? Para que serve? Qual a motivação básica que inspirou seus fundadores? Por que surgiu? (COSTA, 2002, p. 36) Costa (2002, p. 36) comenta que muitas pessoas que trabalham para uma organização e não conseguem explicar a razão básica de sua existência ou missão perdem-se numa infinidade de objetivos secundários ou imediatistas. 2.6.1.3 Visão Visão é a ferramenta fundamental para se projetar o destino da empresa, serve para direcionar o futuro visando às dificuldades e riscos que a mesma sofrerá. Essa servirá para que a organização esteja preparada para eventuais alterações que terá no decorrer de sua existência. Segundo Oliveira (2001, p. 88): A visão da empresa pode ser conceituada das seguintes formas: 40 • Articulações das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro (Hart, 1994, p. 8); • Clara e permanente demonstração, para a comunidade, da natureza e da essência da empresa em termos de seus propósitos, do escopo do negócio e da liderança competitiva, para promover uma estrutura que regule as relações entre a empresa e os principais interessados e para os objetivos gerais de desempenho da empresa (HAX; MAJLUF, 1984, p. 17). • Algo que se vislumbre para o futuro desejado da empresa. (QUIGLEY, 1993, p. 4); e • Idealização de um futuro desejado para a empresa (COLLINS; PORRAS, 1993, p. 10). Com a visão definida muitas empresas poderão ter os métodos para alcançar o futuro desejado o qual ira proporcionar a busca pelos objetivos definidos, com isso a organização poderá trabalhar de acordo com o mercado buscando formas que a façam alcançar o que foi determinado. Oliveira (2001; p. 89) destaca: Algumas dicas apresentadas por Quigley (1993, p. 41) para seu delineamento são: • Estabeleça uma visão tão clara quanto o objetivo de lucro; • Defina e respeite o direito das pessoas; • Certifique-se que a visão e os valores se direcionam aos focos básicos, ou seja,aos consumidores, funcionários e fornecedores; • Incremente sua participação de mercado e lucratividade pelo aumento da percepção dos consumidores de seus produtos e serviços em relação a seus concorrentes;e • Desenvolva uma cultura de atuação para os resultados da empresa. Diferentemente da missão, a visão deve funcionar como meta a ser atingida pela organização. Objetivos Intenções assertivas e factíveis na busca por algo de valor; de resultados auspiciosos de progresso, lucro, vantagens, melhorias, (...) onde a situação futura almejada seja melhor que a presente. É um propósito ou alvo desejado e perseguido pela entidade visando uma situação melhor “Os objetivos devem surgir da análise 41 das oportunidades e recursos e não de pensamentos e desejos“ (KOTLER, 2000, p.69) • Objetivos permanentes: propósitos a serem perseguidos contínua e ininterruptamente na busca das realizações; • Objetivos situacionais: propósitos impostos por mudanças na ambiência resultantes de novas conjunturas de fatores internos ou externos. • Aos objetivos segundo os escopos assumem duas dimensões: • Objetivos estratégicos: aqueles que propiciarão a vantagem competitiva para a organização (uma nova tecnologia, por ex.) (HERRERA, 2007) A visão geral da empresa constitui uma oportunidade de fazer observações importantes sobre a natureza de seu negócio. Na visão geral, você discute o seu setor, seus clientes e os produtos e serviços que oferece ou planeja desenvolver, embora deva tentar incluir a história e as principais atividades de sua empresa na visão geral, você pode reservar os detalhes para as seções posteriores (TIFFANY, PETERSON, 1998, p. 15) De acordo com Oliveira (2001 p.88), visão é conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. (...). A visão representa o que a empresa quer ser. Para Gardner (1961, p. 24) comentou o elevado senso de visão que os lideres das nações procuravam ter, tais como: paz com justiça, liberdade, dignidade individual e igualdade antes da lei. A visão geral da empresa constitui uma oportunidade de fazer observações importantes sobre a natureza do seu negócio. Na visão geral, você discute o seu setor, seus clientes e os produtos e serviços que oferece ou planeja desenvolver. Embora deva tentar incluir a história e as principais atividades de sua empresa na visão geral (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 15). Para Hartmann (1996; p. 58), expressão do sonho ou de onde se quer fazer chegar o nosso negócio no longo prazo e para quem, sintetizando o conjunto de aspirações. Gluck, (1981; p. 175), (...) diz, como se pretende que a organização seja vista e reconhecida, a partir de uma visão de futuro. Uma organização precisa estar ancorada no futuro para estabelecer como pretende atuar no presente. Só assim poderá proporcionar significado, orientar e dar congruência aos esforços de todos os 42 seus colaboradores, tornando-os contínuos e inovadores ao longo do tempo. A visão é uma projeção das oportunidades futuras do negócio da organização, para permitir uma concentração de esforços em sua busca. É, assim, uma projeção do lugar ou lugar que se pretende que a organização venha ocupar no futuro e, a partir da articulação das aspirações de seus componentes no presente, imaginar o tipo de projeto necessário para alcançá-lo. A visão é uma intenção sobre quais as ações que devemos adotar hoje para que isso ocorra. Em suma, visão refere-se a onde desejamos colocar a organização, dotando-a uma forma que a permita incorporar as inovações para seu atingimento. Costa (2002, p. 35), comenta que a visão tem sido utilizada em várias épocas da história, em culturas e contextos com significados muito diferentes. Entretanto, para os fins didáticos deste livro, visão é um conceito operacional muito preciso que procura descrever a auto-imagem da organização: como ela se vê, ou melhor, como ela gostaria de se ver no futuro. Visão não é um mero sonho, uma utopia, fantasia ou quimera. Para uso prático na nossa metodologia, adotaremos a seguinte definição: visão é um modelo metal, claro, de um estado ou situação altamente desejável, de uma realidade futura possível (COSTA, 2002, p. 35). Costa (2002, p. 35) comenta ainda que a visão deve ser definida de maneira simples, objetiva, compreensiva, tornando-se, assim, útil e funcional para todos envolvidos com a organização. A característica essencial da visão é que funcionando como um alicerce para o propósito organizacional, ela deve ser compartilhada pelas pessoas que formam o corpo dirigente da empresa e explicada, justificada e disseminada por todos os que trabalham para a organização. A elaboração da visão deve ser bem definida objetivando assim um fácil entendimento pra que essa possa ser desenvolvida e alcançada como planejada pela organização. 43 2.6.1.4 Análise dos concorrentes Todo e qualquer empreendedor deve conhecer seus concorrentes, identificando quais são suas expectativas de mercado, para que possa se desenvolver algo ainda mais robusto e com diferencial, que aliados a uma boa estratégia ajude a identificar seu público alvo e com seus atrativos consigam ganhar maior fatia no mercado e a credibilidade em relação aos seus concorrentes. Costa (2002, p. 111) assim, querendo ou não, os concorrentes estão aí, e a concorrência, embora traga algum desconforto para os fornecedores tradicionais, acaba criando vantagens de longo prazo para os consumidores, clientes e usuários. Mas como se pode saber, de antemão, qual será a reação dos seus concorrentes a suas estratégias? Como prever seus próximos movimentos? Não se pode entrar na mente dos gerentes de uma empresa concorrente, mas existem ferramentas e abordagens que ajudam a entendê-la. Primeiro, é preciso conhecer a natureza do jogo competitivo. Quem são os jogadores? Quais são os custos e benefícios (resultados) relativos de diversos movimentados? Para entender esses resultados e possíveis movimentos, é preciso entender a mentalidade de seus rivais – as forças racionais e, às vezes, irracionais que moldam suas estratégias. Por fim, é preciso entender como as sucessivas internações modificam a natureza do jogo, as percepções dos rivais e sua própria estratégia. À medida que os concorrentes aprendem e co-evoluem, suas visões do jogo se modificam, comentam (DAY, apud REIBSTEIN; GUNTHER, 1999, p. 133). Conhecer a concorrência é dever de qualquer empreendedor que queira competir e vencer no mercado. A importância de uma análise criteriosa dos principais concorrentes fica evidente quando a empresa precisa estabelecer uma estratégia de marketing e conhecer quais as alternativas de produtos/serviços existe no mercado onde sua empresa atua e, ainda, porque seus clientes-alvo optam por outro produto. Essa análise deve ser feita de forma comparativa, em que os atributos de sua empresa são avaliados tendo como referência os competidores principais. Ao identificar os principais pontos fracos de seus competidores, o empreendedor deve saber explorá-los para proporcionar melhor os resultados para sua empresa (DORNELAS, 2005, p.148). 44 “A prática tem demonstrado que, na análise dos concorrentes, é valido que a empresa elabore o plano estratégico de cada um dos seus principais concorrentes, da forma mais detalhada possível” (OLIVEIRA , 2001, p.115). Avaliar o que a concorrência esta fazendo, a tecnologia utilizada as formas de comercialização e a propaganda deve ser uma constante atividade da Área Comercial, da, Auto Administração, de cada funcionário. (SAVIANI, 1994, p. 31). Tiffany e Peterson (1998, p. 122) comentam que a competição encoraja as empresas de seu setor a descobrirem como oferecer aos clientes o maior valor possível. A concorrência cria uma situação do tipo “vencer ou vencer”; portanto, não tente evitá-la simplesmente ignorando os concorrentes. Nem pense que esta imune a eles. Ao contrário, tire proveito da concorrência e do que ela pode fazer por sua empresa. Aprenda a sobreviver na concorrência. • A concorrência não é de todo má. Novos concorrentes significam novos produtos, serviços e clientes em seu mercado. • Os clientes pesam os benefícios de um produto ou serviço em relação ao preço, a fim de medir seu valor. • A concorrência cria uma situação do tipo “vencer ou vencer” (TIFFANY; PETERSON, 1998, p. 122). O conhecimento obtido dos concorrentes faz com que a empresa desenvolva ainda mais seus produtos, instigando os proprietários a serem ousados e estarem em constante atualização para buscar novos mercados. 2.6.1.5 Análise dos clientes Antes as empresas elaboravam seus produtos sem tantas imposições por parte de seus clientes e conseguiam manter-se no mercado em alta. Hoje porém, a necessidade de saber quais são as expectativas, desejos, experiências dos seus clientes transformou-se em um desafio estratégico, para que as empresas possam conquistar seu público-alvo e manter-se no mercado. Para Karplan e Norton (2002, p. 67-68), antes, as empresas podiam se concentrar em suas capacidades internas, enfatizando o desempenho dos produtos 45 e a inovação de tecnologia. Porém as empresas que não compreenderam as necessidades dos clientes acabaram constatando que os concorrentes lhes tomavam mercado oferecendo produtos ou serviços melhor alinhados às preferências desses clientes, por isso, as empresas hoje estão voltando seu foco para fora, para os clientes. As declarações de missão visão afirmam rotineiramente a meta de ser “o principal fornecedor de nossos clientes”. Esquecendo a impossibilidade evidente de que todas as empresas se tornem à fornecedora número um de seus clientes, não se pode então constatar a validade de declarações inspiradoras que estimulam todos os funcionários a satisfazer às necessidades dos clientes. É óbvio que para obter um desempenho financeiro a longo prazo, as unidades de negócio precisam criar e oferecer produtos e serviços pelos clientes. A dimensão de relacionamento com os clientes refere-se à entrega do produto /serviço ao cliente, inclusive a dimensão do tempo de resposta e entrega e o conforto do cliente na relação compra (...) (KARPLAN; NORTON, 1997, p. 78). 2.6.1.5.1 Quem é e onde está nosso cliente? A identificação para saber sobre nossos clientes é algo relevante pois sabendo quem são e onde estão podemos criar métodos que façam o produto ou serviço, estar no mercado com fácil acesso aos mesmos aumentando com isso as oportunidades. Para Tavares (2000, p. 181) o cliente, consumidor ou usuário é o ponto de partida e o fator mais importante de qualquer negócio. O cliente tem desejos e necessidade que espera satisfazer quando compra produtos e serviços. Os benefícios que busca devem ser traduzidos em um conjunto de atributos de produtos e serviços aos quais a organização deverá incorporar, ainda, a noção de valor que permita diferenciá-los em relação aos produtos concorrentes. A organização deve, continuamente, questionar: • Como cada um dos benefícios buscados pelo consumidor está sendo ou pode ser traduzido em atributos do produto? • Os benefícios que o cliente está levando são superiores ao preço que ele está pagando pelo produto e em relação às ofertas concorrentes? 46 • Como o nosso produto diferencia-se dessas ofertas? A satisfação e finalidade do cliente. Várias empresas adotaram a satisfação do cliente como seu indicador de desempenho mais importante. De acordo com o Juran Institute, 90% dos altos gerentes de uma amostragem das 500 da fortume concordaram com a afirmação “a maximização da satisfação do cliente maximizará a lucratividade e a participação de mercado”, e vêm agindo de acordo com essa crença ao instituírem métodos formais para monitorar e melhor o registro de satisfação do cliente em suas empresas. (DAY, apud REIBSTEIN; GUNTHER, 1999, p. 73). Para que a empresa consiga obter sucesso em sua trajetória mais do que nunca essa deve possuir o maior número de informações possíveis sobre seus clientes para que assim possa identificar suas necessidades em tempo de oferecerlhes alternativas que a satisfação e com isso retorne para outras negociações futuras. Com os clientes já identificados, deverá saber quais são suas perspectivas em relação ao negócio. Definindo assim público alvo para que consiga desenvolver atrativos que conquiste uma leva cada vez maior de clientes obcecados pelo bom atendimento e variedades oferecidos pela organização, obtendo assim um excelente resultado, o que se alcançará quando existir um bom conhecimento sobre as preferências dos clientes. 2.7 AÇÃO ESTRATÉGICA A ação estratégica está ligada a uma série de fatores significativos que podem ajudar em sua trajetória, como marcas, estilos, modelos os quais já tem sua identificam e o poder de influenciar clientes a adquirir aqueles produtos pelas características que contém, pelo tempo que está no mercado e pela aceitação que tem perante outros clientes e estabelecimentos que trabalham com o mesmo produto pela qualidade que possui. A escolha que uma empresa faz quando a fornecedores e grupos de compradores deve ser vista como uma decisão estratégica crucial. Uma empresa pode melhorar sua postura estratégica encontrando fornecedores e compradores 47 que possuam no mínimo de poder para influenciá-la adversamente. (PORTER, 1998, p. 19). Esse tipo de estratégia é um dos meios de integrar-se no mercado e na maioria das vezes obter sucesso pelo histórico que possui dos produtos e serviços que vendem. Porém existe produtos e serviços novos ou que não são conhecidos e que necessitam de estratégias para ingressar-se no mercado, esses porém devem ser bem avaliados e pensados para que consigam obter sucesso e conquistem sua fatia no mercado em que atuam. Para Tavares (2000, p. 40), no contexto organizacional, a informação passa a ser a principal munição para a vantagem estratégica, uma vez que ela é quem a impulsionará. Dependerá contudo, de seu uso apropriado. Assim, o recurso crítico da organização passa a ser as pessoas, isto é, as usuárias da informação. As formas tradicionais de organização, gradualmente, não serão mais adequadas para mobilizar a energia e os recursos de seus componentes em torno de sua intenção estratégica. Os processos de evolução do mercado e de toda a tecnologia precisam ser acompanhadas pelos processos de evolução de capacidade e competências. 2.7.1 Estado de Competição Essa deve estar em constante revisão, estudando processos que deixem a empresa sempre à frente e em vantagens para com os demais. Assim como a própria competição, a vantagem competitiva é um alvo em constante movimento. Para qualquer empresa de qualquer setor, a chave esta em não se ater a uma idéia fixa a única do que seja sua fonte de vantagem. Os melhores concorrentes, aqueles mais bem sucedidos, sabem como estar sempre em movimento e se manter à frente. (MONTGOMERY; PORTER, apud STALK JR, 1998, p. 43) Oliveira (1991, p. 130), define a análise competitiva como uma metodologia estruturada que considera determinadas técnicas que fornecem as informações básicas para o processo decisório inerente ao delineamento estratégico da empresa. 48 A vantagem competitiva de uma empresa pode ser resultado do ambiente onde ela opera, da situação geral da empresa, bem como da postura da atuação da sua alta administração (OLIVEIRA, 1991, p. 133). As empresas podem ter vantagem competitiva, correlacionada ao seu ambiente, quando, entre outros aspectos: • Não tem concorrentes muito fortes; • Não tem problemas de suprimentos de recursos financeiros, humanos e materiais, bem cômodos aspectos de equipamentos e instalações; • Tem acesso à tecnologia inovadora; e • Tem boa imagem institucional, Oliveira (1991 p.134). A situação geral da empresa pode proporcionar vantagem competitiva quando, entre outros aspectos, apresentar: • Alta tecnologia que apresente redução de custos, simplicidade do processo produtivo e preços competitivos dos produtos ou serviços; • Alta liquidez financeira; • Baixo grau de endividamento; • Alto nível do quadro profissional; • Adequado sistema de informações gerenciais; • Boa imagem dos produtos e serviços; • Boa relação com o mercado; • Adequada situação de capacidade instalada; • Alto poder de penetração nos segmentos de mercado; • Agilidade e flexibilidade interna, comenta Oliveira (1991 p.134). Quanto à postura da Alta Administração, esta pode facilitar uma situação de vantagem competitiva para a empresa quando, entre outros aspectos, ocorre o seguinte: • Aceitar o risco; • Ter sentido de oportunidade; • Saber o que realmente deseja para a empresa; • Saber formular e operacionalizar estratégias; • Saber estabelecer políticas; • Estar com a visão voltada para o mercado; • Saber liderar; 49 • Saber motivar; • Estar aberta à inovação e à criatividade; • Ter adequada atuação de lobby; • Administrar adequadamente os projetos e os recursos; e • Controlar e avaliar de forma rígida, compreensível, imparcial, simples e constante. (OLIVEIRA, 1991, p.134-153). Várias podem ser as vantagens competitivas que proporcionam crescimento para empresa, uma boa decisão, boa flexibilidade financeira, produtos com anos de mercado enfim, são inúmeras as vantagens que se pode ter, porém todos precisam ser revistas e acompanhadas para tenham mais resistência a cada dia. Segundo Crainer apud Porter (2002, p. 159), o guru da competitividade, argumenta que “em qualquer indústria, seja local ou internacional, de bens ou de serviços, as regras da concorrência envolvem cinco forcas competitivas, ”essas cinco forças competitivas são: A entrada de novos concorrentes. Diante de novos concorrentes, há a necessidade de alguma resposta competitiva, que, inevitavelmente, demandará o uso de recursos, reduzindo, desse modo, os lucros. A ameaça de substitutos. Se houver alternativas viáveis ao produto ou serviço no mercado, os preços que você que você poderá fixar serão limitados. O poder de barganha dos compradores. Se os clientes possuírem poder de barganha, eles usarão. Isso reduzirá as margens de lucro e, em conseqüência, afetará a rentabilidade. O poder de barganha dos fornecedores. Se houver poder de barganha do lado dos fornecedores, eles aumentarão os seus preços e afetarão a rentabilidade de modo adverso. A rivalidade entre a concorrência existente. A concorrência leva à necessidade de investimentos em marketing e em pesquisa e desenvolvimento ou à redução de preços, diminuindo os lucros. Existe muitas rivalidades envolvendo competição de produtos e serviços os quais são observados de diversos ângulos, e merecem uma atenção especial pra que se chegue a uma decisão coerente, evitando prejuízos no futuro. Para Day, apud Reibstein; Gunther (1999, p. 59) a estratégia é buscar uma vantagem competitiva sobre os concorrentes e, ao mesmo tempo, diminuir a erosão 50 das vantagens atuais. Poucas vantagens podem ser sustentadas indefinidamente, pois o tempo acaba tornando-as obsoletas. Em ambientes de mudanças mais lentas, as empresas podem sustentar as vantagens durante períodos relativamente longo antes de serem substituídas. Em ambientes dinâmicos, esse prolongos antes de serem substituídas. Em ambientes dinâmicos, esse processo de criação e erosão das vantagens se acelera. À medida que as vantagens se tornam cada vez mais temporárias, os gerentes mudam a ênfase da busca de uma vantagem estática incontestável para a criação de organizações que buscam continuamente novas fontes de vantagens. Entender as fontes principais de vantagens e como elas são sustentadas ou sofrem erosão se tornou, portanto, mais importante do que nunca para a formulação de estratégias competitivas. Para atender as demandas de um ambiente cada vez mais complexo e dinâmico, os gerentes precisam de novas ferramentas e perspectivas. Diversas teorias podem ajudar os gerentes a entender e prever melhor os desafios competitivos comenta Day, apud Reibstein; Gunther (1999, p. 23). Para Oliveira (2001, p. 147), a vantagem competitiva de uma empresa pode ser resultado do ambiente onde ela opera, da situação geral da empresa, bem como da postura de sua alta administração. 2.8 PLANO ESTRÁTEGICO A elaboração de um plano estratégico tem como objetivo a elaboração de novas oportunidades de trabalho com a elaboração de novos produtos, visando atender novos clientes no futuro e conseqüentemente manter-se em destaque no ramo em que atua. O desenvolvimento de missão e visão estratégicas, estabelecimentos de objetivos e a decisão sobre uma estratégia são tarefas básicas do estabelecimento de um rumo. Elas indicam o rumo da organização, seus objetivos de desempenho de curto prazo e longo prazo, bem como as mudanças competitivas e as abordagens de ação interna que devem ser usadas para atingir os resultados programados. Juntas, 51 elas constituem o plano estratégico. (THOMPSON JR; SRICKLAND III, 2000, p. 26). Para Robert (1998, p. 223), a nosso ver um plano estratégico e aquele que irá alterar “aparência” da organização no futuro. Os elementos-chave que iram alterar “aparência” de uma empresa no futuro são os novos produtos, novos clientes e novos mercados que a empresa quer agregar à sua aparência. Focando esse objetivo, verifica-se que existe uma grande probabilidade de uma empresa evoluir com a elaboração de um bom plano estratégico, independente da área que está sendo visada. Porém para realizar esse plano é necessário pessoas que não estejam ligadas diretamente com a atividade da empresa, evitando assim que as mesmas não optem por mudanças agressivas não desvinculando do já existente. Nossa experiência revela que se você que criar atividades totalmente novas (produtos, mercados, aquisições), é sensato fazê-lo com pessoas novas e não com as que estão administrando as atividades na empresa. O raciocínio é simples aqueles que administram sua empresa têm uma locomotiva nas mãos e manter o motor sobre os trilhos é algo que irá demandar todo seu tempo e energia. Assim, é valido permitir que as novas atividades sejam gerenciadas fora da estrutura normal da empresa. (ROBERT, 1998 p. 223). O plano estratégico é feito para botar ordem na desordem e, muitas vezes, botar desordem na ordem. Se o seu negócio estiver engessado pela burocracia, que monopolizou-se como força motriz, pois já não existe espaço para os empreendedores, a ordem para as mudanças será uma super estratégia para a desordem (HARTMANN, 2000, p. 252). Costa (2002, p.1999) diz que todo plano estratégico precisa ter desafios, objetos e metas a serem atingidos ao longo do horizonte de tempo de planejamento. É a formalização desses elementos, que fornecem os alvos a serem alcançados pela, organização. 2.8.1 Como Realizar Com o plano estratégico e suas características já definidas é necessário então estudarmos formar para executar certo plano, os quais identificam processos e 52 políticas que vão ser usadas, esses deverão ser repassados para todos os envolvidos nas mudanças, gerentes, funcionários visando o entusiasmo para defender o plano que foi elaborado. Para Tiffany e Peterson (1998, p.18-19), plano de ação descreve como você deve colocar em prática seu planejamento estratégico. Esta seção deve indicar mudanças propostas na gerência ou na própria organização bem como novas políticas e procedimentos que espera adorar. Você deve incluir também possíveis habilidades adicionais que você, seus gerentes e funcionários talvez precisem adquirir para que o plano funcione. Finalmente, você vai querer falar um pouco como vai conseguir entusiasmar os membros de sua empresa em relação ao seu plano estratégico, além de criar uma postura que apóie o que você pretende colocar em prática. Só assim poderá assegurar o sucesso de seu plano estratégico. Comenta Tiffany e Peterson (1998, p. 318): Se espera que todos os envolvidos levem o plano a sério, você precisa dar exemplo. Ao colocar em prática seu plano estratégico, analise-o regularmente. Façase as seguintes perguntas: • Os procedimentos definidos fazem sentido em temos do tipo de organização que você está criando? • Sua liderança promove o tipo de cultura empresarial desejado? • A forma de sua organização estimula as habilidades necessárias em seus funcionários? • As habilidades enfatizadas somam-se às qualidades de liderança que você deseja desenvolver? • Suas atitudes reforçam o plano estratégico pelo qual você vem trabalhando? 2.8.2 Tomada de Decisão Com a decisão já tomada sobre determinado plano, esse é lançado no mercado, a necessidade então de capacitar a empresa a desenvolver novos 53 produtos, objetivando com isso verificar se o mesmo possui características semelhantes já existentes. Depois de explorar os obstáculos para criação de novo produto, nós procuramos elementos que contribuem para capacitar uma organização a criar novos produtos continuamente. O primeiro foi à capacidade de responder à seguinte pergunta: até que ponto esse novo produto se encaixa com a estratégia da empresa? Essa é uma pergunta básica que freqüentemente não se faz, mas que deveria ser feita. (ROBERT, 1998, p. 251). O desenvolvimento de novos produtos “tendências” devem ser bem elaborados e com fundamento, mantendo assim um propósito sobre sua criação, não desvinculando seu foco que alcançar as metas da empresa. A criação novos produtos ou mercados não é uma questão de entusiasmos desenfreados em todas as direções. É uma questão de tentativas organizadas, com um propósito e focalizadas para melhorar os produtos, clientes e mercados da organização. O resultado final das inovações tem de ser maior capacidade de atender e exceder as metas de negócios da empresa (ROBERT, 1998, P. 252). Para Cowley e Weissenlber (1977, p. 233), ninguém ficará sabendo precisamente até que ponto, você e a equipe que puser em ação, são eficazes se você não mantiver um sistema de verificação contínua do progresso seguido. Isso significa perguntar a si mesmo periodicamente: Quão eficazes foram as decisões que tomei? (...) é somente revisando o progresso obtido por você (e o conseguido pela sua equipe de decisão) uma ou duas vezes por ano, no mínimo, que você pode melhorar sua capacidade como um tomador de decisões. 2.8.3 Como Diferencial Competitivo Estruturar a organização definindo posições de seus colaboradores, para que se possa obter uma mesma linha de pensamento e com isso definindo um mesmo horizonte referente determinada decisão, onde todos possam desempenhar sabendo qual é a razão de realizar aquele trabalho. Assim podendo obter um bom diferencial competitivo o qual lhes dará força para ação. 54 Assim, a chave para a melhora do desempenho não está em enunciar as aspirações da empresa nem exercer pressão para obter um desempenho melhor. Na verdade, a solução está em mudar o ambiente organizacional para incentivar um processo decisório alinhando com os objetivos gerais da empresa. Crucial para esse desafio de alinhamento é o conceito de direitos de decisão: Quem toma que decisões ? E que informações, restrições, ferramentas e incentivos afetam a forma de avaliar tais decisões? Compreender porque e onde o conjunto dos diretos de decisão leva a decisões menos do que ótima é, portanto, requisito para desempenhar o modelo organizacional (BOOZ-ALLEN; HAMILTON, 2002, p. 137). Se uma empresa decidir competir somente procurando melhorar suas operações , enfretará uma concorrência de difícil de vencer. O desafio que as empresas têm pela frente, no mundo todo, é, cada vez mais, consolidar uma posição competitiva realmente única e diferenciada e não mais imitar outras empresas nem copiar o que as outras fazem. A idéia é definir uma posição realmente exclusiva que envolva uma forma particular de trabalhar, de desenvolver atividades, de fornecer um tipo particular de valor. Esse é o grane desafio que as empresas estão apenas começando a conhecer, depois de se concentrar nas questões operacionais durante toda uma década. (PORTER, 2000, p. 198) 2.8.4 Estratégia Competitiva A estratégia competitiva é uma das forças mais usadas no mercado. Essa obstrui ou atrapalha que novos competidores entrarem no ramo, objetivando com isso a permanecer no mercado como lideres e produzindo produtos de alta qualidade as quais possam ser observadas pelo consumidor. Segundo Tachizawa e Rezende (2000, p. 71), o grande objetivo de toda a organização é ter uma forte posição competitiva, o que significa elevar as barreiras à entrada de novos competidores, engendrar um perfil de potencialidade maior e melhor do que o perfil dos seus concorrentes; tornar seu perfil compatível ou sinônimo de fatores-chave de sucesso do setor; ter um conjunto competente de estratégias competitivas inerentes; aumentar a integração ou poder de barganha em 55 relação aos fornecedores e intermediários e, por último, ter uma alta participação no segmento de mercado, ou seja, possuir um conjunto de produtos ou serviços altamente compatibilizados pelos usuários. Em outros termos, poderíamos dizer que o que as empresas buscam é criar para os seus produtos ou serviços vantagens que possam ser observadas pelos consumidores. 56 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Serão apresentados procedimentos que foram utilizados para a realização da pesquisa, os quais demonstraram a natureza da pesquisa, o método da pesquisa, coleta e análise de dados, e por fim a delimitação do universo onde irá se realizar a pesquisa. 3.1 NATUREZA DA PESQUISA A pesquisa trata-se de uma pesquisa qualitativa a qual tem a finalidade não de estabelecer padrões para organização mais sim buscar e contemplar determinadas inovações e alterações que venham a contribuir para o sucesso e o crescimento da organização. Para Oliveira (1999, p. 116) Com relação ao emprego do método ou da abordagem qualitativa esta difere do quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. A diferença esta no fato de que o método qualitativo não tenha pretensão de numerar o medir unidades ou categorias homogêneas. A elaboração de uma pesquisa busca e agrega valor para o crescimento de todo e qualquer negocio, pois essa busca experiência de diversas pessoas, autores os quais já vivenciaram ou buscaram inovação para situações as quais possui características semelhantes a que as empresas vivem em seu dia-dia e que poderiam ser solucionadas com muito mais facilidade. As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interpretação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos e experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitude dos indivíduos (OLIVEIRA, 1999, p. 117). 57 3.2 MÉTODO DE PESQUISA Foi elaborada uma pesquisa bibliográfica com a finalidade de se esclarecer e estabelecer referenciais as quais abordam o tema em questão, esclarecendo e abordando pontos de fundamental importância para o projeto. Com a conclusão da pesquisa bibliográfica, iniciou a coleta de dados utilizada hoje pela empresa, com finalidade de se analisar e cruzar as informações entre os procedimentos utilizados e os levantados pela pesquisa, com objetivo de avaliar e ver a viabilidade de se propor mudanças para melhorias perante os que são utilizados hoje. 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA A realização da pesquisa ocorreu em uma micro empresa que atua no ramo de ajardinamento na cidade de Caçador, foi abordando procedimentos e política utilizadas hoje, com objetivo de aplicar novos procedimentos que foram foco da pesquisa. 3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS A coleta de dados se deu através de pesquisa bibliográfica, onde foi levantado referencias de autores e mestre nas áreas sobre determinadas hipóteses que ocorrem na empresa, com intuito de encontrar procedimentos que restabeleçam e de novos horizontes com intuito de obter maiores e melhores resultados. A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobres os principais trabalhos já realizados revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente pode ajudar a planificação do trabalho, evitar duplicações e certos erros, e representa um fonte 58 indispensável de informações podendo até orientar as indagações (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 25). Já a coleta de dados da organização foi realizada com base nos arquivos da empresa e arquivo fiscal, onde foram analisados procedimentos utilizados e comparado com os levantados no referencial com objetivo de avaliar a compatibilidade e sugerir eventuais mudanças. 3.5 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS Os dados levantados em referencias bibliográficas e os procedimentos utilizados pela empresa foram analisados e comparados, com a perspectiva de se obter melhorias necessárias para o bom andamento das atividades realizadas pela empresa. Segundo Oliveira (1999, p. 119) a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição cientificas que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno. 59 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O planejamento estratégico desenvolvido no decorrer deste trabalho buscou demonstrar aos proprietários da empresa quais as suas vantagens e contribuições, objetivando principalmente agregar ao dia a dia das suas operações, qualidade e eficácia, possibilitando em contra partida efetiva melhoria nos processos internos, externos e nos resultados financeiros da empresa. O trabalho realizado oportunizou a avaliação dos procedimentos realizados na empresa, as vantagens e oportunidades atuais, bem como suas fraquezas e pontos deficitários, demonstrando de tal forma um panorama de como a empresa está no mercado em que atua. Desta forma possibilita comparações com os seus demais concorrentes e em especial, o desenvolvimento de estudos ligados a obtenção de conhecimentos específicos, fortalecendo pontos considerados como diferenciais e buscando aprimorar aspectos em que há a necessidade de melhoria. 4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO E EXTERNO Os trabalhos executados na empresa atualmente têm princípios e políticas definidas pela experiência adquirida no decorrer de anos de trabalho no ramo, a qual define como sendo corretos. Observa-se, no entanto, a percepção por parte dos proprietários, de que com a evolução e exigência por parte dos consumidores, não basta apenas realizar um trabalho bem feito, é necessário estudar as melhores tendências de mercado para satisfação de seus clientes e traduzi-las em contínua melhoria nos processos internos. Verificando as mudanças que ocorrem no mercado, identificando os seus concorrentes e as novas demandas de seus clientes, a empresa define como indispensável uma avaliação constante nos procedimentos realizados, com objetivo de manter-se em destaque e ter êxito perante as decisões tomadas. 60 4.1.1 Análise Interna Estabelecida em ponto estratégico na cidade de Caçador, possui um espaço físico de boa qualidade, fator relevante que possibilita vantagens para a realização dos trabalhos, porém são inúmeras as deficiências encontradas por ela tanto em âmbito administrativo como de controle operacional, o que prejudica o desempenho das atividades e ocasiona aumento nos custos. Hoje a empresa possui um número significativo de funcionários e uma movimentação financeira considerável. Observando-se que toda a área administrativa e operacional é gerenciada apenas pelos proprietários, algo que desperta certa preocupação, pois se identifica que o tempo necessário para a realização das atividades é considerado curto, muitas vezes algumas atividades operacionais são executadas sem um efetivo acompanhamento ou ainda sem um planejamento da melhor alocação dos recursos disponíveis. Disponibilizar tempo e atenção para que se consiga prestar um serviço de boa qualidade, não significa apenas a verificação da qualidade das atividades desenvolvidas, mas a exploração do pensamento estratégico, sendo no desenvolvimento de novos mercados, busca de fornecedores com preços e produtos mais atrativos, identificação correta dos resultados dos serviços prestados. Embora se saiba que o feeling ditou o crescimento da empresa por muito tempo, não existem ferramentas que possibilitem a análise dos dados resultantes das suas atividades, pois se as decisões são tomadas verificando-se apenas que os recursos disponibilizados são utilizados, em particular a mão-de-obra disponível, corre-se o risco de não fazer a melhor alocação desses recursos, buscando-se serviços que tragam as melhores margens de rentabilidade. A empresa necessita hoje da implantação de um sistema gerencial, que disponibilize relatórios, dados tabulados que gerem informações de acompanhamento e de planejamento, possibilitando tomadas de decisão efetivas que estabeleçam em toda a organização ações de qualidade e de reconhecido retorno, seja econômico ou financeiro. Dentre muitos aspectos positivos, isto proporcionará a empresa melhor conceito perante o mercado e o desenvolvimento de atividades com um custo bem menor que o praticado hoje, tendo em vista atual falta de controle. 61 4.1.1.1 Pontos fracos Os pontos fracos encontrados são reconhecidos apenas a partir de uma análise mais detalhada das atividades, e em um ambiente competitivo a sua continuidade pode ser preocupante. Estes pontos fracos estão elencados a seguir: • Não possui diferenciais que destacam e valorizam a empresa perante seus concorrentes; • Possui um mix de mercado considerado baixo em relação oferta versus procura; • Colaboradores sem metas e objetivos definidos, fazendo com que esses divaguem sobre determinadas tarefas, não sabendo o que deve fazer; • Tomada de decisões sem base concreta; • Pouca atenção aos clientes. 4.1.1.2 Pontos fortes Reconhecendo a vontade administrativa dos seus gestores, identifica-se isto como o principal aspecto positivo para instituir ações voltadas ao estabelecimento do planejamento empresarial. Os pontos fortes são: • A qualidade de seus produtos é acompanhada de forma constante e efetiva, buscando-se a sua excelência; • Sua localização e a boa estrutura valorizam e destacam o negócio; • O grande número de clientes conquistados no decorrer dos anos de atuação e, juntamente com uma gama de serviços de alta rotatividade, em pequenos espaços de tempo, proporciona um bom faturamento, o que ajuda a estrutura e os funcionários existentes atualmente. manter a 62 4.1.2 Análise externa O mercado de prestação de serviços hoje e a cada dia mais, desenvolve novas demandas e novas possibilidades de serviços. Sendo estabelecida em uma cidade em que existem outras empresas do mesmo segmento, observa-se que os serviços de ajardinamento prestados por esta empresa já são referência, seja para clientes em propriedades particulares ou mesmo para grandes empresas, demonstrando sua importância no mercado. 4.1.2.1 Oportunidades Identificando-se a realidade local, o grande número de propriedades sendo construídas e de empresas se instalando na cidade, o aumento na procura para realização de trabalhos nessa área tende a aumentar, sendo que para tal, a estruturação da empresa tem que ser feita de forma planejada e estratégica, pois é em mercados em expansão que criam-se novos participantes, atacando principalmente nas falhas reconhecidas dos atuais participantes. A tendência pela busca de fatores associados à qualidade de vida das pessoas é outro fator positivo na área de atuação da empresa, pois não sendo um serviço de primeira necessidade, será buscado de forma mais natural pelas pessoas. As oportunidades de sucesso que as empresa de ajardinamento possui, são consideradas bem distintas e direcionadas ao contexto da empresa, para a criação de novos produtos, ou simplesmente preparando-se para o crescimento urbano, através de métodos, que tem como objetivo, oportunizar um crescimento e sucesso esperado. A especialização e credibilidade no desempenho da atividade são percebidas e cobradas por clientes exigentes e por uma sociedade cada vez mais ambientalmente consciente, o que pode ser explorado não somente com a execução correta das atividades, mas com planos de ação que envolva a comunidade na percepção do ambientalmente mais apropriado. 63 4.1.2.2 Ameaças Tem-se na percepção dos administradores como principal ameaça, a concorrência desleal, pois se verificam vendas de produtos por preços baixíssimos em relação ao preço de mercado. Isto se dá provavelmente devido à empresas ditas “frias” que, por não possuírem encargos com impostos e demais taxas necessárias para abertura e permanência do estabelecimento, acabam proporcionando uma procura maior por parte dos consumidores, atraídos pelos preços considerados excelentes em comparação aos demais mercados. Significativo preço dos insumos, sementes e instrumentos usados pela empresa na execução da atividade, são fatores relevantes, pois influenciam diretamente na cobrança dos serviços prestados, ocasionando a desistência de diversos clientes quando é apresentado o orçamento para a realização do serviço. Este é outro quesito preocupante quando são identificados concorrentes que buscam em mercados paralelos produtos muitas vezes não confiáveis e de origem duvidosa, porém com menor preço. A pouca concorrência pode ser negativa quando os empresários não buscam atender de forma excepcional sua clientela. De toda forma a qualidade deve ser buscada, e se existem outros participantes no mercado, o que fará a diferença será a criação de novos produtos ou ainda o aperfeiçoamento dos já existentes. 4.2 PROPOSTAS DE AÇÃO A conscientização dos administradores e conseqüentes esforços para o êxito empresarial, é o passo primeiro para que haja mudança. Com a necessidade de se ter à informação em tempo hábil com qualidade e confiabilidade sugere-se a implantação do planejamento estratégico apresentado, o qual visa atender determinados requisitos que são primordiais para qualquer empresa, no objetivo de se ter maior confiabilidade para tomada de decisão, 64 controle e qualidade, sinônimos que destacam a organização no mercado perante seus concorrentes. A reformulação do ambiente operacional poderá proporcionar, melhorias nas instalações, mudança de layout (arranjo físico da organização), no intuito de estar mais receptível aos seus clientes proporcionando maior comodidade e conforto, e um melhor espaço para exposição de seus produtos. Outro ponto que acredita-se ser primordial é a implantação de um sistema de informação, com computadores e sistemas que absorvam informações no decorrer do exercício e que tragam relatórios informativos nas mais diversas áreas da empresa, proporcionando assim maior agilidade e confiabilidade na tomada de decisões, indiferentemente da área que essa for necessária. Com a implantação de um sistema informatizado pretende-se amarrar todas as áreas, diminuindo significativamente o número de erros e fraudes cometidas no desempenho da função o que proporcionará a empresa ter relatórios com dados precisos sobre determinado produto ou serviço, como tempo necessário para se realizar determinada tarefa, quantidade de funcionários para executar determinado trabalho e quantidade de produto que será necessário para a aquele trabalho, com essas informações a empresa terá dados estatísticos que poderão demonstrar se os serviços e os produtos estão sendo usados corretamente. A necessidade de se ter uma pessoa responsável para gerenciar as áreas operacionais também é necessário pois esta acompanharia os demais colaboradores que trabalham a campo, verificando assim desempenho e comportamento dos mesmos. Com a contratação de uma pessoa como foi mencionado acima, poderão os proprietários disponibilizar de maior tempo para ganhar novos clientes, resolver problemas e tomar decisões de nível gerencial a qual estão sujeito todos os momentos, também poderão fazer pesquisas, participar de palestras, cursos os quais contribuiriam para a reformulação do negócio como proposto no planejamento estratégico. As mudanças citadas, que são base do planejamento proporcionarão uma revisão sobre toda a empresa a reformulação das formas de agir, pensar e controlar, proporcionando segurança para o efetivo crescimento. 65 4.2.1 Como Resolver os Pontos Fracos e Ameaças Com os pontos fracos e ameaças já identificados, será necessário remodelar o espaço físico da empresa e disponibilizar de atrativos que encante os clientes, destacando-a perante as demais que atuam na mesma área. Também será necessário disponibilizar de um mix de mercado maior e mais diferenciado que possuam preços atrativos, a fim de atender a demanda exigida e disponibilizar de mais atrativos fazendo com que seja mais procurada evitando que seus clientes procuravam a concorrência ou empresas frias para adquirir produtos e serviços que a mesma não possui o que tem um preço muito elevado. Deverá se detalhar as atividades realizadas na empresa as quais definam procedimento de como se deve realizar cada trabalho, a fim de estipular objetivos e metas os quais proporcionaram melhores resultados para a empresa. Será necessária a implantação de um sistema, o qual toda movimentação de compra, venda e operacional será incluída, a qual proporcionara a emissão de relatórios com dados confiáveis que servira de base para eventuais decisões. Decisões essas que ajudaram a empresa a adquirir produtos mais baratos e de melhor qualidade, conseqüentemente trarão melhores resultados para empresa e proporcionaram destaque no mercado. A contratação de um colaborador que trabalhe na área gerencial, também se faz necessário para que com isso disponibilize de mais tempo para atender todas as exigências e necessidades dos clientes de forma que os cative e continuem utilizando seus serviços. 4.2.2 Como maximizar os pontos fortes e oportunidades Considerando a boa clientela conquistada pela empresa no decorrer dos anos, será elaborada uma pesquisa de mercado objetivando analisar qual o nível de satisfação desses clientes, a fim de identificar quais são as falhas cometidas 66 objetivado proporcionar melhorias para total satisfação dos serviços e produtos prestados pela empresa. Contando com a ótima localização o bom conhecimento de mercado e os produtos fornecidos serem de boa qualidade pretende-se aumentar o campo de atuação, o qual será realizado através de uma divulgação por meios eletrônicos e panfletos divulgando os serviço e produtos fornecidos pela empresa. A divulgação objetiva maior procura considerando que a um aumento urbano considerado e para que a empresa seja conhecida e procurada é necessário desenvolver quais as potencialidades que ela possui e pode prestar. Com as mudanças significativas que ocorrem no mercado, é fundamental que a empresa esteja informada sobre tendências e novos produtos que estão no mercado, para que isso ocorra será agendado a participação de proprietários em eventos, palestras e convenções as quais propiciem uma reciclagem, possibilitando assim uma atualização constante sobre o mercado. 67 5 CONCLUSÃO O presente trabalho foi realizado visando à elaboração de um plano estratégico para a empresa prestadora de serviço na área de ajardinamento, com intuito de oportunizar melhorias, as quais foram abordadas no objetivo específico e serão tratadas a seguir. A busca por referenciais bibliográficos oportunizou a contribuição para a elaboração do planejamento estratégico e possibilitou através de fundamentações teóricas um estudo mais aprofundado sobre a real situação da empresa, levantando questionamentos em relação às atividades desenvolvidas na empresa que até a presente data observava-se como a mais correta. As informações levantadas levaram a necessidade de se analisar o contexto onde a empresa estava inserida, conhecendo assim seu ambiente interno e externo o qual levantou informações que após sua interpretação proporcionaram pareceres relevantes para empresa e que conseqüentemente serviram de base para projeções de curto, médio e longo prazo. Conclui-se que um plano estratégico como base aos referenciais e as identificações em relações a empresa, será de muito proveito, pois contribuirá para o acompanhamento operacional e definirá um direcionamento da empresa objetivando ótimos resultados em menor espaço de tempo, com redução dos gastos desnecessários. A empresa agendará melhores seus serviços, permitindo um menor custo operacional e maior agilidade no desenvolvimento dos serviços. Sugere-se que para a análise do ambiente, e para o bom funcionamento do plano estratégico se faz necessário à implantação de um sistema que possibilite a inclusão dos dados sobre toda movimentação da empresa os quais proporcionará a ela, maior confiabilidade na tomada de decisões e maior controle sobre as operações por ela desenvolvida. Por fim, foram elaboradas propostas relevantes para a empresa demonstrando-a que poderá obter a excelência nos serviços prestados com redução nos custos e maior confiabilidade sobre sua movimentação tanto operacional quanto financeira, e aumentar ainda mais o seu mercado caso realize determinadas alterações que são fundamentais para melhor desempenho das atividades. 68 REFERÊNCIAS AFONSO, Marcos Lemos. Administração da Empresa de Serviços. 3 ed. Goiânia, 2004. ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de Planejamento Estratégico: Desenvolvimento de um Plano Estratégico com a Utilização de Planilhas de Excel. São Paulo: Atlas, 2001. AMORES, Érica. 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