Aliene Araújo Villaça- Bolsista Pronoturno- Participante GEINE – Universidade Federal de Minas Gerais - Projetos para a construção de uma mentalidade inclusiva Projetos para a construção de uma mentalidade inclusiva. A inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais na sociedade é um tema que vem sendo discutido desde o séc. XX, visto que, essas pessoas foram durante muitos anos excluídos de todo e qualquer convívio social em função de serem portadoras de determinadas características físicas, sensórias ou mentais. Pois como analisa Gomes (2004) em seu trabalho, a exclusão é uma construção social e para entendê-la é necessário compreender a maneira como ela é produzida pelas instituições como escola, empresa, cidade entre outros, além do que, a “exclusão é um processo que concerne especificamente a certas categorias de indivíduos no curso de sua existência .Sendo assim, é também um processo “biográfico” que se relaciona às chances de acesso aos empregos e à construção de relações familiares e sociais”( GOMES, 2004, p.20) Essa história foi sendo modificada ao longo de anos com muita luta no sentido de modificar este panorama exclusivo. O primeiro passo neste sentido foi a criação da Escola de Cegos, no Rio de Janeiro criada por Dom Pedro II, que se caracterizava como escola especializada, em regime de internato e sobretudo pago, salvo uma pequena parcela de vagas era destinada aos alunos baixa renda. A instituição se destinava aos alunos de 6 a 12 anos, sendo oferecidos dois cursos: um voltado para a introdução literária e o outro para a formação profissional. Uma escola para uma sociedade elitizada ignorando assim as classes mais baixas da sociedade. Em 1981 esta escola recebeu o nome de Instituto Benjamim Constan. Mas tarde em 1857 temos a criação da Escola de Surdos também no Rio de Janeiro , mais uma iniciativa de Dom Pedro II, quando inaugurado era considerado por muitos como um asilo, pois só eram aceitos surdos do sexo masculino, muitos deles abandonados pelas famílias. A instituição com o passar do tempo foi adquirindo novas funções e passou a ter um caráter profissionalizante que persiste até os dias de hoje e vem sendo considerada atualmente um centro de referência na área de surdez no país. Assim as escolas tanto para cegos quanto para surdos, tornaram-se referências para o meio, o que se deveu às grandes modificações e adequações para atender o seu objetivo primeiro, que era a atenção ao público com deficiências sensoriais. Entre as décadas de 50 e 70 do séc. XX temos algumas iniciativas tímidas como a criação a primeira APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) no estado do Rio e mais tarde a criação do Centro Nacional de Educação Especial pelo Ministério da Educação e Cultural. Em 1981 temos o ano Internacional das Pessoas com Deficiência. A Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) lançou um programa da ação mundial pela igualdade de oportunidades para todos. Esse movimento mudou o enfoque para a noção de direito e não mais de mais concessão ou benevolência. Já em 1988 um grande avanço ocorreu na Constituição Brasileira no capitulo terceiro na primeira seção do artigo 205 que estabelece: “A educação direito de todos, dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania, e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, p.94) que garantia o atendimento educacional especializado, preferencialmente nas escolas regulares para os portadores de deficiência. Nos idos de 1994 ,através de uma ação de maior repercussão ,foi assinado na Espanha a Declaração de Salamanca que previa princípios e diretrizes políticas para a área. Reafirma a educação como direito universal e propõe que todos os alunos devam aprender juntos, independente de suas diferenças e dificuldades. Em 1996 temos um grande passo dentro da história da inclusão dos portadores de necessidades especiais à criação da LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) que se dedica o seu capitulo quinto a educação especial , tema que será melhor abordado à frente. Em 1999 houve a Convenção da Guatemala que culminou na criação de um documento interamericano que orienta a eliminação de todas as formas de discriminação de pessoas com deficiência e a última conquista foi em 24 de abril 2002 com a criação da Lei 10.436 de 2002 Lei de Libras que reconhece legalmente a LIBRAS como a língua brasileira de sinais dos surdos. Com isso ao longo da história o conceito de inclusão e exclusão foi se modificando como relata Santos e Nogueira (apud GOMES, 2004, p.14) “ nos primeiros séculos da nossa historia, os termos inclusão/exclusão escolar referia-se à possibilidade ou impossibilidade de acesso ao sistema escolar, mais tarde, nas primeiras décadas do nosso século referir-se à possibilidade e a impossibilidade de permanecer no sistema de ensino; e na atualidade eles referem-se aos processos de segregação/diferenciação internos ao sistema escolar. Assim, a preocupação com o par inclusão/exclusão escolar, marcando a preocupação central dos educadores de incluir, nas escolas, estudantes com necessidades educativas especiais e crianças e jovens que vivem em situações de risco.”( GOMES, 2004 p. 14 ) Assim, como nossa cronologia mostra, com o passar do tempo esta mentalidade inclusiva foi se estruturando. É esta nova maneira de se pensar a inclusão que o GEINE (Grupo de estudos de educação inclusiva e necessidades educacionais especiais) da Faculdade de Educação/ UFMG se propõe a pensar e discutir. Na Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) (Lei 9394/96), a educação especial é definida como “modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. São considerados alunos que necessitam de ensino educacional diferenciado: portadores de deficiências, com dificuldade de aprendizado e com alta habilidade. No artigo 59 da referida lei é estabelecido que estes educandos receberão em suas escolas todos os aparatos necessários para que suas necessidades sejam atendidas; como modificação nos currículos, nos métodos, técnicas , melhoria dos recursos didáticos; o ritmo escolar de cada aluno será respeitado; os professores serão capacitados e o ensino será voltado para uma formação de futuros trabalhadores.Conseguindo assim atender todas as necessidades deste alunado. Assim a proposta inclusiva vem para superar a exclusão, pois como explica Lima (2005) “ A proposta de inclusão de todos como participantes da produção social, cultural e econômica enfatiza a igualdade social (histórica) entre sujeitos, com o reconhecimento das diferenças nos aspectos, físicos, psicológicos e culturais. A diversidade não se opõe à igualdade” (LIMA, 2005 p.17) Estudos nesta temática vêm mostrando que a escola tem recebido alunos com dificuldades educacionais, mas a esperada capacitação de professores, como esta prevista por lei, não vem ocorrendo de maneira efetiva. Como exemplo, há o estudo de Ramaldes (2004), que visitou escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, na qual um de seus focos foi inclusão; constatando que os professores tem o nível superior de ensino, mas não apresentam uma formação em educação especial. Outro exemplo é que em algumas escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, tem optado por contratar estagiários, que em alguns casos são estudantes de pedagogia ou mesmo jovens não qualificados, provenientes de programas sociais do governo, cujo o objetivo é a inserção de jovens no mercado de trabalho, para acompanhar estes alunos em suas atividades. O docente não faz, muitas das vezes, um acompanhamento mais atento, visto que, as salas possuem um número elevado de alunos e os demais também necessitam de atenção. Portanto os alunos ficam sob responsabilidade de um estagiário, que muitas das vezes tem menos preparo do que um professor para lidar com sua especificidade. Nesta perspectiva é importante ressaltar a colocação de Marchesi (apud LIMA, 2005, p.25) quando diz que “ as escolas inclusivas não aparecem da noite para o dia, mas vão se configurando mediante um longo processo; portanto, é preciso tomar consciência dos objetivos que se tenta alcançar e do tipo de estratégias que se deve impulsionar. Matricular estes alunos na escola não pode ser pensado como o ponto final para a inclusão desses estudantes. É apenas um primeiro passo para que esta inclusão ocorra de maneira mais efetiva como afirma Couto e Pantuzzo (2004) em sua pesquisa sobre a inclusão em escolas da rede pública de ensino na cidade de Belo Horizonte, pois não é somente matricular o aluno, mas também, oferecer um ensino de qualidade. Além disso, é necessário pensar nas formas educacionais que serão administradas em sala de aula e maneiras de facilitar este aprendizado. Outro aspecto é a receptividade dos outros alunos aos que são considerados especiais, evitando a visão de “coitadinho”, mas sim,tomando-os estudantes com potencialidades a serem descobertas, mesmo que estas não sejam as esperadas para os demais alunos de mesmo faixa etária. Como afirma Pessoti ( apud LIMA, 2003, p.33) “... a evolução social no tratamento das pessoas com deficiência propicia benefícios não só a elas próprias mas a sociedade em geral. A diminuição da discriminação e os conhecimentos obtidos com as pessoas com necessidades especiais são alguns desse ganhos.” Um ponto que também deve ser levado em consideração, é a auto-estima dos professores pois quando se sentem capazes e preparados para executar seu trabalho, eles conseguem realizar a inclusão de maneira mais completa.Seria importante o professor conhecer o tipo de deficiência do aluno que ele está recebendo em sua sala, quais são suas limitações, não às ignorando, mas procurando entendê-las. Não as ocultando e também não considerando este aluno apenas como mais um aluno. A escola junto com professores, direção, funcionários poderia olhar para este desafio de maneira objetiva, não colocando apenas como um problema físico, se a escola é ou não é adaptada, ou vendo que o aluno como alguém que não tem capacidade. É importante buscar soluções para que este aluno possa aprender, compreendendo assim que sua aprendizagem é um problema da educação que deve ser solucionado. Esta motivação de todo o meio escolar na inclusão deste aluno esta prevista nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica quando diz “... o corpo docente, e não cada professor deverá partilhar a responsabilidade do ensino ministrado à criança com necessidades especiais...” (BRASIL, 2001, p. 18). Pois com a conscientização do corpo docente e discente das instituições de ensino, a inclusão pode chegar a seu objetivo. Além disso, a nova LDBN prevê advertência sobre a organização da escola para receber este aluno “... a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns, exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem, a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiência...”( BRASIL, 2001, p.18) , fazendo assim com que todos possam compartilhar suas experiências e consigam chegar a uma inclusão de fato. Assim, é necessário que as escolas pensem quais são os procedimentos que vem adotando, se estão optando por uma socialização destes alunos, visto que, de acordo com o dicionário da língua portuguesa, socializar é “processo de integração mais intensa dos indivíduos no grupo” ou se esta de fato empenhada em incluir, que é fazer com que o individuo se sinta como parte da escola, como explica Lima (2006) “... o termo inclusão relaciona-se ao principio lógico do pertencimento, fazer parte de, constituir...” (LIMA, 2006,p.24 e 25) e fazendo assim com que este sujeito realmente adquira conhecimentos e sinta-se como membro do meio que vive,pois ainda de acordo com Lima “ integrar não significa necessariamente reconhecer a diversidade. Para acolher a diversidade, é preciso que todos os alunos tenham acesso e possam se desenvolver em uma escola comum” ( LIMA, 2006, p. 25). Ressaltando esta importância Marchesi e Martín (1995) afirmam que “ a integração é um processo dinâmico e mutante, cujo objetivo central é encontrar a melhor situação para que um aluno se desenvolva o melhor possível, podendo, assim variar segundo as necessidades dos alunos, segundo os lugares e segundo a oferta educacional..” (p. 15). Além dessas afirmações há a de Sassaki que diz que a integração é diferente de inclusão, pois a primeira faz com que o sujeito se adeque a sociedade e a segunda é a sociedade que tem que se adaptar ao sujeito. Assim com esta perspectiva de inclusão o GEINE/ UFMG se propõem a discutir e pensar novas maneiras de lidar com a inclusão que vem ocorrendo nas escolas e na sociedade. O GEINE (Grupo de Estudos de Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais) tem por objetivo desenvolver estudos, pesquisas e eventos sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais na escola e no trabalho. Tem como coordenadora a Prof. Dra. Priscila Augusta Lima, cuja a tese de doutorado é A produção de estratégias de locomoção e orientação espacial: um estudo com universitários cegos, pela Universidade de São Paulo, além de vários trabalhos publicados com a temática inclusão. O grupo vem atuando, desde 2002, através de reuniões quinzenais buscando e discutindo ações relacionadas à inclusão da pessoa com necessidades especiais na escola comum, visando o desenvolvimento de suas potencialidades e sua inserção social plena. Para tanto, mantém contato com instituições especializadas, escolas comuns e especiais e diversas pessoas com necessidades especiais. Participam do GEINE: professores de escolas públicas, da Faculdade de Educação da e de outras unidades da UFMG, além de outras universidades; estudantes de graduação de pósgraduação; pessoas da comunidade envolvidas com a temática. O GEINE participa de eventos nacionais e internacionais relacionados à inclusão e do Fórum Mineiro de Educação Inclusiva. Ao lado destas atividades, vem realizando palestras, publicações e seminários. A partir de 2004 realiza anualmente os Ciclos de Debates sobre Educação e Necessidades Educacionais Especiais. Iniciou em 2005, a oferta semestral das oficinas de Libras e Braile. Os ciclos de Debates têm por objetivo ampliar a reflexão sobre o processo inclusivo vivenciado em nossa sociedade e propiciar um primeiro contato com a língua brasileira de sinais – LIBRAS – já aderida por muitos deficientes auditivos, e com a linguagem em Braile amplamente utilizada por deficientes visuais. O grupo em 2002 elaborou uma cartilha abordando o tema paralisia cerebral tendo como base a historia de vida de um portador desta limitação física. Neste ano de 2007 desenvolvemos várias atividades. As nossas reuniões se dividem em relatos de experiências de professores, divulgação de pesquisas na área, oficinas e exibição de filmes e documentários sobre o tema inclusão. Buscando assim um meio de discussão e compreensão da temática. As pesquisas relatadas neste ano foram as seguintes: Inclusão ou exclusão: Eis a questão... a inserção de portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino público , apresentada por Fernanda Pantuzo. Objetivando demonstrar como ocorreu a inclusão com 5 sujeitos de uma determinada escola da rede ensino de Belo Horizonte. Estratégias de inclusão desenvolvidas por graduandos da Licenciatura e Pedagogia, esta foi uma pesquisa realizada pela Prof.ª Dra. Priscila Augusta Lima e François Xavier Berthou contando com a colaboração de alguns membros do GEINE, teve como foco analisar como os alunos de graduação que estão trabalhando em escolas, recebem e lidam com seus alunos que possuem algum tipo de necessidades educacionais especiais. Esta pesquisa ainda esta em andamento, pois falta a elaboração do artigo final. Educação Inclusiva: Realidade ou Utopia? As experiências de duas escolas em Belo Horizonte de Ana Cláudia Bambirra. Esta pesquisa foi realizada com o intuído de analisar duas escolas sendo uma da rede particular e outra da rede pública de ensino de Belo Horizonte, buscando assim verificar como ambas lidavam com a inclusão de seus alunos. Estas pesquisas foram realizadas individualmente por participantes do GEINE. Entre as experiências relatadas temos duas professoras, uma sobre a atuação com crianças surdas, em uma escola especial de Belo Horizonte e outra na escola para cegos São Rafael também na mesma cidade. As duas professoras buscaram mostrar para o grupo que é possível fazer um trabalho de qualidade com essas crianças, lembramos que não era uma escola da rede regular de ensino, não sendo consideradas inclusivas, mas que o trabalho desenvolvido por elas pode ser adotado em escola comum. Nestes relatos as professoras explicaram como é a suas práticas em sala de aula, quais são as metodologias aplicadas e como é a assimilação de seus alunos. Foram realizadas junto ao grupo duas oficinas. Uma foi de Libras, no sentido de trabalhar a percepção junto ao grupo quanto a surdez, trabalhando alguns elementos da Libras, e de representação do mundo, esta foi oferecida por uma bolsista do grupo. A outra foi de percepção musical, sendo ministrada por uma professora de didática da FaE/UFMG, com o objetivo de estimular a música e os sentidos nas crianças com necessidades especiais. Um dos filmes apresentado em nossas reuniões no decorrer deste ano foi “O milagre de Anne Sullivan” que narra a história de Helen Keller, sendo uma narrativa real de uma jovem com deficiências múltiplas e a sua interação com sua educadora Anne Sullivan. Também foi apresentado um documentário sobre a inserção de deficientes no mercado de trabalho. Além destes foi apresentado um vídeo feito durante uma aula da Prof. Priscila, na qual esta leva a sua aula um portador de paralisia cerebral, que narra a sua história de vida e esclarece dúvidas dos alunos. E sempre depois da exibição de filmes há uma discurssão sobre o tema. Além disso, dentro das reuniões se é discutidos dúvidas referentes a temas diversos que envolvam inclusão, ou definições de conceitos básicos, para tal quando se faz necessário é apresentado um estudo sistematizado, como ocorreu neste ano no sentido de esclarecer algumas dúvidas em relação a surdez, como a diferenciação dos conceitos de Oralismo, Comunicação Oral e Bilingüismo, entre outros temas demandados pelo grupo. Assim como neste grupo há a presença de profissionais de várias áreas, este dialogo se torna uma constante, mesmo que não haja um roteiro a ser seguido a comunicação entre áreas se faz presente. Entre outras foi realizado neste ano o Ciclo de Debates que teve como tema Inclusão: O dialogo com a Fonoaudiólogia e a Psicologia, contou com a participação na mesa redonda, de profissionais da área de Fonoaudiólogia e da Psicológia que tem experiências positivas em educação inclusiva, mostrando aos alunos de graduação da FaE/UFMG uma lado mais prático da inclusão.Além de oficinas de Libras e Braile. Contamos este ano com a participação de um deficiente visual, que relatou sua história de vida e mostrou como utilizar o método Braile. Deste modo, o GEINE busca a todo o momento construir uma mentalidade inclusiva , pois mais que aceitar um aluno considerado como especial em uma sala de aula é necessário aceitá-lo como ser humano em desenvolvimento. O grupo trabalha no sentido de mostrar e conscientizar os seus participantes o quão é importante respeitar e aceitar o portador de necessidades educacionais especiais, acreditando assim que não é somente uma lei que fará mudanças em uma sociedade mas sim a criação de uma mentalidade inclusiva universal . O professor pode aceitar um aluno, mas se ele não acreditar neste aluno,ele não conseguira realizar a sua inclusão efetiva podendo em alguns casos até fazer com que este se sinta mais excluído do que já se sentia anteriormente. Sabemos da demanda de tempo necessário para a efetivação de conceito inclusivo, mas este grupo acredita que com o esclarecimento do que venha ser as necessidades especiais e como estes sujeitos se comportam, quais são suas limitações e como a sociedade responde a estas especificidades, muito ajudará na compreensão destes fenômenos e dos fatos para construção desta mentalidade inclusiva. Fazendo assim com que as pessoas respeitem e acreditem nestes alunos considerados como especiais. Referência Bibliográfica BRASIL, Ministério da Educação / Secretaria de Educação Especial. MEC/ SEEPS, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, 2001 BRASIL, Senado Federal. Constituição Federal de 1988. Brasília, 1988. COLL, César, MARCHESI, Álvaro e PALACIOS, Jesús (org.), Desenvolvimento Psicológico e educação: Necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar, Porto Alegre: Artes Medicas, 1995, v.3. COUTO, Margareth Pires e PANTUZZO, Fernanda Leal, Inclusão ou exclusão eis a questão: a inserção dos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino público, Anais do seminário Puc Minas, Belo Horizonte. 2004. 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(Texto digitado) < www.ines.org.br > acessado em 27 de junho de 2007. <www.priberam.pt > acessado em 18 de abril de 2007