INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS FUNORTE/SOEBRAS IGOR FERNANDO PRADO ANÁLISE DO ÂNGULO NASOLABIAL FRENTE AOS PADRÕES FACIAIS I, II E III DE CAPELOZZA Chapecó 2009 IGOR FERNANDO PRADO ANÁLISE DO ÂNGULO NASOLABIAL FRENTE AOS PADRÕES FACIAIS I, II E III DE CAPELOZZA Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia do ICS – FUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO CHAPECÓ, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista. Orientador: Dr. Fernando S. Buranello. Chapecó 2009 IGOR FERNANDO PRADO ANÁLISE DO ÂNGULO NASOLABIAL FRENTE AOS PADRÕES FACIAIS I, II E III DE CAPELOZZA Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Ortodontia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Ortodontia da instituição ICS – FUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO CHAPECÓ. Chapecó _____, de ____________ de 2009. Drº. Fernando S. Buranello ORIENTADOR Dr. Neudí A. Primo PROFESSOR Dr. Sérgio V. Eidt PROFESSOR DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha mãe que sempre esteve e sempre estará ao meu lado, nas horas em que precisei, e nas horas que ainda vou precisar. Exemplo de profissionalismo, pessoa e caráter. Não existe maneira de compensar todo o seu tempo dedicado a minha pessoa. AGRADECIMENTO Aos colegas e professores que me auxiliaram ou de alguma forma contribuíram para ampliar meus conhecimentos, sempre incentivando e despertando a curiosidade, o interesse por uma ortodontia apaixonante, pela ciência, pelos detalhes, pela maneira como entenderam, acolheram e solucionaram minhas dúvidas. Aos pacientes, porque sem eles não seria possível o aprendizado. Aos funcionários da escola, que me atenderam como se eu fosse o paciente. “A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas “ciências conforme a nossa vontade”. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumentes aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento. “ Francis Bacon, Novum organon (1620) RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o ângulo nasolabial na classificação proposta por CAPELOZZA FILHO (2004) para análise facial, nos padrões faciais I, II e III. A amostra foi composta por 50 indivíduos para cada padrão, selecionados por fotografias padronizadas por centro radiológico, em posição natural da cabeça, apenas o gênero sendo aleatório. Os indivíduos eram portadores de selamento labial passivo, não submetidos a tratamento ortodôntico ou cirúrgico ortognático prévio e não possuiam crescimento. Para o padrão I obteve-se anl médio de 106,22°, com desvio padrão de 9,82°, ângulo máximo de 125° e mínimo de 78°. O padrão II obteve média de 112,86°, com desvio padrão de 8,36°, anl máximo de 132° e mínimo de 92°, enquanto o padrão III 97,62°, com desvio padrão de 9,87°, anl máximo de 117° e mínimo de 74°. O menor anl medido foi para o gênero feminino com 74°, no padrão III e o maior para o gênero masculino, 132°, no padrão II. Afirmamos através dos resultados, que associar o anl a um indivíduo isoladamente não é indicado para realizar diagnóstico ou planejamento, já que os ângulos possuem grande variação dentro dos três padrões. Entretanto, se observarmos uma amostra de indivíduos, pode-se afirmar que existe uma variação na média geral entre os padrões. Deve-se procurar conhecer quais características anatômicas provocam essa variação. E ainda, sugere-se um estudo para relacionar indivíduos dentro da média para seu padrão com a relação com a beleza, para incrementar o planejamento ortodôntico, em busca do ideal, se a média for o desejável. Palavras-chave: ângulo nasolabial, padrão, ortodontia. ABSTRACT The purpose of this study was to analyse the nasolabial angle in the proposed classification by CAPELOZZA FILHO (2004) for facial analysis, in the facial standards, I, II and III. The sample was composed by 50 subjects for each standard, selected by standardized photographs by radiological center in natural position of the head, only the gender being random. The subjects had passive labial sealing not submitted to an orthodontic treatment or previous orthognathic surgical and had no growth. For the standard I it was obtained anl average of 106,22°, with standard deviation of 9,82°, maximum angle of 125° and minimum of 78°. The II standard obtained an average of 112,86°, with standard deviation of 8,36°, maximum anl of 132° and minimum of 92°, while the III standard had 97,62°, with standard deviation of 9,87°, maximum anl of 117° and minimum of 74°. The lower measured anl was to the feminine gender with 74°, in the standard III and the highest for the masculine gender,132°, in the II standard. We affirm by the results, that associating the anl with a unique subject is not recommended to realize diagnosis or treatment since the angles have great variations in the three standards. However, if we observe a subject sample we may affirm that there is a variation in the general average among the standards. It is recommended to know which anatomical characteristics cause this variation. And, it is suggested a study to link individuals within the average for its standard with regard to beauty, to enhance orthodontic planning, in searching for the ideal, if the average is desirable. Key-Words: Nasolabial angle, standard, orthodontics. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 – Fotografia – Pontos para ângulo naso labial em paciente padrão I .................. 28 Figura 02 - Fotografia – Pontos para ângulo naso labial em paciente padrão II ................. 28 Figura 03 - Fotografia – Pontos para ângulo naso labial em paciente padrão III ................ 29 LISTA DE TABELAS Tabela 01 – anl para indivíduos padrão I, II e III ................................................................ 32 Tabela 02 – Comparação do anl entre gêneros e padrão facial na amostra ......................... 33 Tabela 03 – Média Geral .....................................................................................................34 LISTA DE ABREVIATURAS et al. = e outros ° = grau % = por cento anl = ângulo nasolabial lvv = linha vertical verdadeira Cm = columela Sn = subnasal Ls = labial superior SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12 2. RETROSPECTIVA DA LITERATURA ..................................................................14 3. PROPOSIÇÃO ............................................................................................................ 26 4. MATERIAL E MÉTODO .......................................................................................... 27 4.1.Material .......................................................................................................................... 27 4.2.Método ........................................................................................................................... 27 5. RESULTADOS ............................................................................................................ 30 6. CONCLUSÃO.............................................................................................................. 35 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 36 1. INTRODUÇÃO O planejamento ortodôntico na atualidade é resultado de um sistema de interação entre diferentes métodos diagnósticos e o ortodontista. Com o conhecimento e a exigência do cliente, em conjunto com a excelência estética demonstrada pelos meios de comunicação, associada a queixa principal, implica, sobre nós ortodontistas, executarmos o planejamento e tratamento dentro das expectativas estéticas desse nosso cliente. As conseqüências do tratamento e seus resultados aplicados a face, podem determinar o sucesso do tratamento, não apenas resultando em uma má-oclusão de classe I de Angle, mas também em uma face aceitável. Antes de tudo, o ortodontista precisa ter consciência das limitações estéticas do caso, e tão importante, saber qual a conseqüência da movimentação dentária sobre os tecidos moles da face do indivíduo. A análise facial, para CAPELOZZA FILHO (2004), é uma importantíssima ferramenta para diagnóstico e planejamento que poderá fazer parte do sucesso do tratamento, tanto na visão do cliente quanto para o ortodontista. Não levar em consideração todas as expectativas, poderá ser o caminho do insucesso, da não satisfação com o resultado final. Considera ainda, a análise facial subjetiva, não existindo medidas exatas para um equilíbrio facial ou para uma face harmoniosa, ou ainda, para a perfeição. O bonito também é subjetivo, incluindo fatores que podemos identificar mais facilmente, como a harmonia e equilíbrio entre os terços faciais. É muito importante conhecer nossas limitações, tanto no diagnóstico e tratamento, quanto no planejamento. A classificação sugerida por CAPELOZZA FILHO (2004) divide a face em diferentes padrões faciais, sendo padrão I, padrão II, padrão III, padrão face longa e padrão face curta, não estando a beleza necessariamente restrita a um tipo de padrão facial apenas. Para cada padrão encontraremos um equilíbrio e faces consideradas agradáveis. Atualmente, REIS et al (2006), demonstraram atenção para a necessidade do profissional estabelecer valores de normalidade para as variáveis da análise morfológica facial, e valores estéticos na visão do paciente, o que podemos entender como uma necessidade de obtermos valores normais para o padrão de cada indivíduo separadamente ao final do tratamento. Se conseguirmos estabelecer os valores de normalidade, cuidar para não exceder esses limites, mantendo o tratamento dentro do aceitável e possível, para não acarretar frustrações no resultado final. Conforme sujerido por TREVISAN et al.(2006), nosso trabalho terá como objetivo uma avaliação entre a análise subjetiva do perfil e análise facial numérica, precisamente entre os padrões I, II, e 13 III, e sua relação com o ângulo naso labial. Um dos lugares da face que mais sofre modificações com o tratamento ortodôntico é o ângulo nasolabial. CAPELOZZA FILHO (2004) afirma que esse ângulo está diretamente relacionado e dependente da posição dos incisivos superiores, sofrendo variações conforme as compensações dentárias, não devendo basear o posicionamento maxilar somente no ângulo, mas também no restante da análise. POWELL E HUMPHREYS (1984) definiram os ângulos faciais para uma cirurgia estética, dentre os quais o ângulo nasolabial está presente, mostrando ser um ângulo importante para a estética do perfil. Segundo OLIVEIRA et al, a borda inferior do nariz modifica o ângulo nasolabial, conforme sua inclinação. Então o profissional deve estar atento para uma possível indicação de rinoplastia, quando as bases ósseas estiverem equilibradas, dentes bem posicionados e ainda assim existir a necessidade de correção do ângulo. Seria interessante se pudéssemos definir o padrão facial de nossos pacientes por medidas médias, facilitando nosso diagnóstico. Se o ângulo nasolabial determinar o padrão, a tentativa no tratamento seria conseguir uma medida para o ângulo dentro da média para cada padrão, com as ferramentas mecânicas e técnicas disponíveis, o que facilitaria pelo menos uma etapa do planejamento. Mas sempre devemos levar em conta todo o conjunto da análise. 2. RETROSPECTIVA DA LITERATURA CAPELOZZA FILHO (2004) descreve a diferença entre padrão e classe dentária. A classe dentária corresponde especificamente a relação dentária entre as arcadas, que pode ser de má-oclusão de classe I, II ou III. Padrão facial é a relação entre as bases ósseas e independe da má-oclusão. Podemos ter padrão I, padrão II, padrão III, padrão face longa e padrão face curta. Para a identificação dos padrões na análise facial, são utilizadas fotografias em norma frontal e norma lateral. A maior dificuldade na individualização dos padrões está na norma frontal, onde mais de 80% das fotografias são classificadas como padrão I. Mas quando faz-se a análise facial lateral dos mesmos indivíduos, muda-se a distribuição dos padrões, migrando vários indivíduos do padrão I em norma frontal, para o padrão II e padrão III. Ou seja, indivíduos dos padrões II e III podem ser classificados como padrão I em norma frontal. Ainda conforme CAPELOZZA FILHO, onde buscamos o conteúdo científico para nossas definições, o padrão I pode ser resumidamente conceituado como uma má oclusão onde há o equilíbrio dos tecidos faciais, com harmonia das bases ósseas da maxila e da mandíbula, resultando em problemas dentários de ordem primária, na sua maioria confinados aos processos alveolares, sendo difícil diagnosticar quais esses problemas, com base apenas na análise facial do paciente. Pacientes padrão I possuem bases ósseas harmônicas, e quando presentes problemas dentários, os mesmos podem ser completamente diferentes de um paciente para outro, e apresentarem tratamentos também diferentes. Na sua maioria possuem um bom prognóstico, tanto em crescimento, resultado de sua boa relação esquelética. O indivíduo padrão I, é aquele em que as análises frontal e perfil coincidem com padrão I, o mesmo não necessariamente precisará ocorrer com os outros padrões. Para o padrão I, espera-se equilíbrio da face, independente da morfologia do paciente, se ele é mesofacial, braquifacial ou dolicofacial. O paciente padrão I apresenta algumas características já conhecidas pelos ortodontistas, como proporção entre os terços faciais, largura do nariz similar a distância entre os cantos mediais dos olhos, largura labial semelhante a largura interpupilar. No terço inferior da face a metade inferior deve ser duas vezes maior que a metade superior, e no perfil é esperada leve convexidade. CAPELOZZA afirma que deve-se prestar atenção a alguns detalhes que não devem ser medidos, mas sim observados, porque contribuirão para definir o padrão de equilíbrio e incrementar agradabilidade a face do paciente. Devem ser observados o mento, nariz e selamento labial 15 passivo, que são de grande valor estético. Alguns pontos, como sulco nasogeniano, projeção zigomática, sulco mento labial, depressão infraorbiária e linha de implantação do nariz, são de grande importância para diagnóstico diferencial dos padrões, para a análise facial frontal e lateral. O Padrão II é aquele em o aspecto facial é resultado de um degrau sagital entre as bases ósseas da maxila e da mandíbula, em que a maxila sempre se encontra a frente da mandíbula, independente de quem esta bem ou mal posicionada. Para o padrão II, as discrepâncias serão mais evidentes no exame lateral, incluindo até as pequenas discrepâncias desse padrão. No exame frontal, como já foi dito, o padrão II pode não ser evidente, especialmente se for de pequena expressão, mas as seguintes observações podem ser feitas: no terço médio da face, o osso zigomático é normal ou está mais expressivo, criando um sulco nasogeniano e depressão infraorbitária. O terço inferior pode ter sua metade inferior diminuída, nos casos de mandíbula deficiente, e como conseqüência o lábio inferior poderá apresentar-se invertido, e um sulco mentoniano poderá pronunciar-se proporcionalmente ao tamanho do mento. O lábio superior pode-se encontrar hipotônico, em casos de protrusão maxilar ou deficiência mandibular sem compensação, com exposição dos incisivos superiores. Se houver compensação dentária superior, o lábio inferior poderá estar evertido, com maior exposição do vermelhão do lábio. O mento pode estar normal ou deficiente. Se há uma mandíbula boa em paciente padrão II, o problema pode estar localizado na maxila. No exame de perfil do padrão II, espera-se a princípio que sua maior característica, a convexidade facial esteja pronunciada. Para o terço médio, é importante a observação da linha de implantação do nariz, que revela um possível posicionamento do complexo naso maxilar. Quanto mais obliqua se encontrar essa linha, mais protruso esse complexo, revelando uma possível protrusão maxilar. O osso zigomático tem boa expressão no padrão II. Para o ângulo naso labial existe uma correlação com o posicionamento dos incisivos superiores. Se os dentes estiverem bem posicionados, a maxila bem posicionada e ângulo naso labial bom, para diagnosticar o padrão II espera-se encontrar uma mandíbula deficiente. Como os incisivos superiores podem sofrer grandes variações de inclinações e compensações, deve-se sempre procurar o posicionamento da maxila através do restante da análise, não apenas baseado no ângulo naso labial, que pode estar agudo ou obtuso. Ângulo naso labial fechado pode ocorrer com maxila protruida ou mandíbula deficiente, indicando ausência de compensação dentária, ou ângulo aberto pode ocorrer quando a maxila esta boa e mandíbula deficiente, sugerindo uma forte compensação dos incisivos, em alto ângulo interincisivo. A altura facial inferior pode-se encontrar diminuída em proporção a deficiência mandibular. 16 O mento é muito importante na análise de perfil, para definir deficiência mandibular. A relação do mento com uma linha que passa pela glabela perpendicular ao solo, e uma linha que sai do ponto subnasal perpendicular ao solo, deve ser avaliada, para definir essa deficiência. Se a mandíbula estiver atrás do primeiro plano (plano facial), a deficiência mandibular é real. Se estiver a frente ou encostada, a deficiência tem que guardar relação com o posicionamento maxilar. Para um maxila boa, deve-se levar em conta o segundo plano, onde a mandíbula deve estar a frente deste plano. Se a mandíbula estiver atrás desse plano, mesmo a frente do plano facial, pode-se considerar a mandíbula como deficiente. Espera-se uma linha queixo pescoço curta para mandíbula deficiente no padrão II, e uma linha normal quando a maxila protruida for a causadora do padrão II. O lábio no perfil pode ajudar a revelar uma protrusão maxilar. Quando o ângulo queixo pescoço for aberto, associado a uma linha queixo pescoço curta, é sinal de deficiência mandibular. O padrão III é resultado de um degrau mesial entre as bases ósseas da maxila e da mandíbula, ou seja, a mandíbula sempre mais a frente da maxila. Pode ocorrer um prognatismo mandibular ou retrusão maxilar, ou ainda combinação das duas. O problema maxilar é responsável por 66% do padrão III e a mandíbula por 33%. Se o tratamento da maxila é suficiente para a compensação, pode-se dizer que a mandíbula não é prognata ou não é totalmente. Projeção zigomática deficiente, ausência de depressão infraorbitária e estreitamento do nariz são sinais de deficiência maxilar real. Para a identificação do padrão III de CAPELOZZA, espera-se uma maior facilidade, já que os detalhes de um padrão III, por menores que sejam, distinguem bem o padrão, na sua maioria. Quando for possível a identificação de um Padrão III no exame frontal, significa que as más oclusões resultantes serão mais graves. Quando o padrão for determinado por uma projeção mandibular, em conjunto com uma maxila boa ou deficiente, a projeção zigomática pode não estar presente, devido a um deslocamento dos tecidos faciais para anterior, mascarando o sulco naso geniano. Pode-se observar a maxila então pela depressão infraorbitária, que estará presente se a maxila for boa ou ausente se a maxila for deficiente. A altura facial inferior estará aumentada na parte inferior, na projeção mandibular, com ausência ou quase ausência do sulco mentoniano, lábio inferior maior, lábio superior curto. Quando causada por deficiência maxilar, a altura inferior estará normal ou diminuída. Lábio superior geralmente encontra-se curto em relação ao inferior. O mento torna-se expressivo nos pacientes prognatas, com maior impacto estético em pacientes femininos. No exame de perfil, em relação a projeção zigomática, deve-se levar em conta a depressão infraorbitária, para definir o posicionamento da maxila, e não esquecer que se o 17 paciente for prognata, o sulco naso geniano pode estar ausente pela projeção tecidual. O ângulo naso labial novamente esta associado ao posicionamento dos incisivos superiores, os quais encontram-se freqüentemente compensados em pacientes padrão III. Se o paciente tiver maxila deficiente, mas uma vestibularização dos incisivos superiores, o ângulo pode estar bom, e a ma oclusão estar sendo causada por uma deficiência maxilar. Mas a maxila pode estar bem posicionada, com incisivos bem posicionados, com bom ângulo, e com a mandíbula sendo a responsável pelo padrão III. Quanto maior a altura facial inferior, maior o prognatismo. Lábio inferior a frente do lábio superior é sinal clássico de paciente padrão III. Se houver compensação dentária, a relação labial estará mais em harmonia, com um ângulo nasolabial fechado pela inclinação vestibular dos incisivos superiores, e o lábio inferior estará mais retruido passando atrás do plano facial, devido a retrusão dos incisivos inferiores. Linha queixo pescoço deve ser boa se a mandíbula for boa, e aumentada se a mandíbula for a causa do padrão III. O ângulo da linha queixo pescoço deve ser normal para pacientes com mandíbula aumentada. FERES (2006) avaliou subjetivamente o perfil facial através da análise proposta por CAPELOZZA FILHO, avaliou o perfil cefalometricamente, registrando se há concordância entre as duas análises e avaliou quantitativamente em pacientes padrão I a posição da maxila, mandíbula, lábios e pogônio em relação a linha vertical verdadeira (LVV). A amostra do estudo foi composta de 50 fotografias de perfil e 50 telerradiografias. Os pacientes foram selecionados por pertencerem ao padrão I. Foram traçados os pontos anatômicos e a LVV. A análise cefalométrica obteve 9 indivíduos padrão I, 33 padrão II e 8 padrão III, enquanto a análise subjetiva obteve 19 padrão I, 26 padrão II e 5 padrão III. Para o padrão I o lábio superior e inferior se encontraram sempre a frente da LVV, e houve concordância entre a análise cefalométrica para o padrão I e II. TREVISAN et al (2006) Estudaram através de um método fotográfico padronizado, o perfil facial de brasileiros brancos, com oclusão normal, classificando-os em agradáveis, aceitáveis e desagradáveis, separando os ângulos e proporções obtidas, para futuramente servirem de parâmetros para designar quais as medidas para o perfil facial considerado como belo. A amostra inicial foi de 58 indivíduos com média de 16 anos, 23 do gênero masculino e 35 o gênero feminino. Para inclusão no grupo não foi considerada análise estética, apenas 4 das 6 chaves de oclusão, sendo indispensável a presença da primeira, e a funcionalidade no movimento de lateralidade e protrusão sem contatos prematuros. O grupo jamais foi submetido a tratamento ortodôntico prévio. As fotografias obtidas foram digitalizadas e para a marcação dos pontos cefalométricos foi utilizado o programa CorelDraw, Corel Corp., USA. 18 Para o ângulo nasolabial (anl) foram utilizados os pontos Cm (columela nasal), Sn (subnasal) e Ls (labial superior). Indivíduos do gênero feminino obtiveram anl mínimo de 91,37° e máximo de 125,31°, média de 107,87°. No gênero masculino o mínimo obtido foi 56,65°, e máximo 128,69° com média de 105,52°. Através da metodologia apresentada verificou-se que o método fotográfico pode ser usado com finalidade de pesquisas. Sugerem que mais pesquisas poderiam ser realizadas para relacionar a análise subjetiva do perfil à análise numérica do perfil facial, relacionando a estética a valores numéricos para ângulos e proporções cefalométricas. REIS et al (2006) determinaram as medidas numéricas para o perfil de indivíduos portadores de equilíbrio facial, sem tratamento ortodôntico prévio, numa análise subjetiva da face. Uma amostra de 50 pessoas do gênero feminino e masculino com média de 23 anos, considerado o padrão I na análise de perfil, foi selecionada. Dois examinadores realizaram o traçado e as medidas das fotografias. Para a formação do ângulo nasolabial foram utilizados os pontos columela nasal, subnasal e labial superior, localizados na base do nariz e no lábio superior. O menor valor para o anl foi 81° e o maior valor foi 127°, média de 108,13°. Esse ângulo é dependente da inclinação dos incisivos superiores e da inclinação da base do nariz. Determinaram ainda que as medidas foram diferentes das recomendadas pela literatura internacional. Concluíram também que as medidas devem ser usadas com cautela, pois medidas muito divergentes foram encontradas, mesmo considerando o equilíbrio morfológico do padrão I. OLIVEIRA et al, avaliaram as possíveis diferenças de valores na medida do ângulo naso labial (ANL), quando utilizadas inclinações diferentes para a borda inferior do nariz, na obtenção do traçado do ANL, em pacientes com oclusão normal e dentes superiores bem posicionados. Foram utilizadas 25 fotografias de perfil para traçado do ANL. Ao exame clínico os incisivos superiores encontravam-se bem posicionados, e oclusão considerada normal. O grupo foi dividido conforme inclinação da columela nasal, obtendo-se 17 indivíduos que possuíam inclinação nasal alta, 5 com inclinação nasal média e 3 com inclinação nasal baixa. A média encontrada para o ANL nos indivíduos com inclinação alta foi de 111,0°, na inclinação média 103,6° e para a inclinação baixa o valor de 78,3°. Concluise que a inclinação nasal tem grande influência na obtenção dos valores do ANL, pois apresentou valores maiores para pacientes com inclinação nasal alta e valores menores para pacientes com inclinação nasal baixa. Deve-se levar em consideração essas inclinações nasais em pacientes com bom posicionamento dentário e em boa relação com suas bases ósseas. 19 REIS et al (2006) avaliaram a aplicação prática da análise facial subjetiva, e sugeriram uma nomenclatura que facilite essa análise estética e morfológica. Deve-se estar atento não somente à necessidade do profissional na obtenção de valores de normalidade no tratamento, mas também aos objetivos e expectativas do paciente, referente a estética, agradabilidade e aceitação. Deve-se eliminar as expectativas que não poderão ser alcançadas com o tratamento, expondo os limites tantos numéricos quanto estéticos do tratamento. Considerando os indivíduos como esteticamente desagradáveis, aceitáveis e agradáveis, realizaram um estudo em uma amostra composta por 100 pessoas, brancos, 50 femininos e 50 masculinos, com idade média de 23 anos e sete meses, sem tratamento ortodôntico prévio, considerados com uma face equilibrada. Procuraram identificar as estruturas faciais responsáveis pela estética facial desagradável. Para os examinadores, os responsáveis seriam o mento pequeno e o nariz proeminente, além de características das sobrancelhas, olhos, pele. Essas características não são passíveis de modificações pelo ortodontista, mas deve-se levar em conta para não criar expectativas inalcançáveis no tratamento. Para a análise morfológica no frontal e no perfil os indivíduos podem ser classificados como padrão I, padrão II, padrão III, face longa e face curta. No padrão I existe um equilíbrio entre as bases óssea, perfil levemente convexo, o ângulo naso labial pode estar aberto, normal ou fechado, devido a inclinação dos incisivos superiores. No padrão II há um degrau sagital positivo entre maxila e mandíbula, perfil convexo devido a projeção maxilar ou deficiência mandibular, com ângulo naso labial bom e sulco mento labial marcado. No padrão III há um degrau negativo entre maxila e mandíbula, resultando em perfil reto ou côncavo. Para os pacientes face longa e face curta, a discrepância é vertical. Na face longa há um aumento da altura facial, falta de selamento labial com exposição excessiva de dentes e gengivas, linha queixo pescoço curta. Para a face curta há uma altura facial diminuída, convexidade diminuída, lábios finos, pouca exposição dos incisivos em repouso e no sorriso, linha queixo pescoço longa. Concluíram que a análise estética do paciente é um instrumento diagnóstico, que pacientes esteticamente agradáveis são exceções, que a grande maioria são considerados esteticamente aceitáveis enquanto outra minoria é esteticamente desagradável, e relataram que a análise estética facial e morfológica estabelecem parâmetros para o entendimento multidisciplinar, para profissionais das diversas áreas estéticas envolvidas, na busca da satisfação do paciente. SILVA FILHO et al (1990) procuraram determinar os valores para o ângulo nasolabial em indivíduos brasileiros portadores de oclusão normal, na faixa etária de 7, 12 e 15 anos, observando possível diferença entre o dimorfismo sexual e sua variação durante o crescimento. Para isso utilizaram de uma amostra composta de 200 indivíduos, brancos, perfil 20 equilibrado e nunca submetidos a tratamento ortodôntico. Para interesse desse trabalho, descreveremos somente a amostra de adultos. Composta por 49 adultos, 25 do sexo masculino e 24 do sexo feminino, Os pontos utilizados para determinação do ângulo nasolabial foram os pontos pronasal (Prn), subnasal (Sn), derivado do pronasal (Prn’) e lábio superior (Ls). Estes pontos formam as linhas Prn’ Sn e Sn Ls, que formam o ângulo a ser observado. Segundo o autor, a análise deste ângulo pode determinar a posição ântero posterior da maxila, sendo especial para o diagnóstico de má oclusão esquelética, principalmente para pacientes classe II. Se o ângulo encontrar-se diminuído pode ser devido a uma retração maxilar, e se estiver aumentado pode ser devido a uma projeção maxilar. Na amostra feminina, o valor mínimo encontrado foi de 69,4°, e o máximo 137,3°. Na amostra masculina o valor mínimo foi de 80,4°, e o máximo 137,3°. É atribuída essa diferença entre os valores mínimos e máximos a espessura do lábio e a convexidade do tubérculo labial, e a conformação nasal. Concluiram que o valor médio do ângulo nasolabial é de 104°, e não existe diferença entre os sexos para o ângulo nasolabial. MORAES et al (2001) verificaram as alterações ocorridas no ângulo nasolabial de pacientes tratados ortodonticamente com ou sem extrações de pré-molares. Utilizaram 52 telerradiografias de norma lateral, correspondente ao início e término do tratamento, todos com má oclusão de Classe II divisão I de angle, num total de 26 pacientes do sexo feminino, sendo 13 tratados com extração e 13 tratados sem extração. Realizou-se o traçado do ANL (ângulo nasolabial), correspondente aos pontos Cm.Sn.Ls. , nas 52 radiografias . Verificou-se que o ANL encontrado nos pacientes submetidos a extração, após o tratamento, ficou entre 104,00° e 132,00°, com média de 116,77°, diferente dos 108,00° obtidos antes do tratamento. Para os pacientes com tratamento sem extração, após o tratamento o ANL ficou entre 90,00° e 131,00°, com média de 113,81°, diferente dos 111,88° obtidos antes do tratamento. Uma diferença média de 8,77° foi observada entre o ANL inicial e final para os pacientes submetidos a extração, e uma diferença média de 1,92° foi observada entre o ANL inicial e final para os pacientes não submetidos a extração. Se o ANL é aberto, levando-se em consideração os 8,77° de diferença obtidos entre os pacientes submetidos a extração prétratamento, deve-se tomar cuidado com a retração dos dentes anteriores, pois o aumento do ANL pode ocasionar proeminência do nariz. Concluíram que os pacientes classe II divisão I apresentaram aumento estatisticamente considerável do ANL naqueles submetidos a extração, quando comparados a pacientes tratados sem extração. SALGADO et al (2003), mensuraram o ângulo naso labial (ANL), dividindo-o em ANL superior (ANLs) e ANL inferior (ANLi), em indivíduos masculinos e femininos, 21 portadores de má oclusões de classe II e III. Utilizaram 120 radiografias de norma lateral prévias ao tratamento ortodôntico, sendo 60 classes II e 60 classes III, cada classe dividida em 30 pacientes do sexo feminino e 30 pacientes do sexo masculino, ambos com idade entre 13 e 43 anos. Traçaram nas amostras em papel ultraphan os pontos Cm.Sn.Ls., correspondente ao ANL, e uma paralela ao plano de frankfort passando pelo ponto Sn (subnasal), dividindo o ANL em superior e inferior. Para os pacientes classe II o ANL mínimo foi de 92,00° e o máximo de 129,00°. Para classe III o ANL mínimo mensurado foi de 78,00° e o máximo de 123,00°, ficando as médias respectivamente em 109,37° e 103,48°. Para o ANLs, a média obtida nos pacientes classe II foi de 26,48° ± 8,68°, e para má oclusão de classe III a média obtida foi de 17,708° ± 6,543°. Para pacientes classe II o ANL médio foi de 109,58° para o sexo masculino e 109,15° para o sexo feminino. Para pacientes classe III o ANL foi de 104,45° para o sexo masculino e 102, 50° para o sexo feminino. Concluíram que para o ANL e para o ANLs os indivíduos classe II de angle possuem angulações maiores, portanto diferindo dos indivíduos classe III. Não houve diferenças significantes para esses ângulos quando relacionados ao sexo dos pacientes no mesmo grupo de má oclusão. BONECO et al (2005) compararam a morfologia labial de indivíduos com padrão vertical curto com indivíduos com padrão facial longo, e avaliaram a influência do sexo sobre a morfologia labial. Foram incluídos 109 adultos jovens no estudo, com altura facial total anterior e altura facial antero-inferior acima ou abaixo do desvio padrão para essas medidas. Os 109 indivíduos foram divididos em 4 grupos, sendo 28 indivíduos do sexo masculino e 25 do sexo feminino de face longa e 24 indivíduos do sexo masculino e 32 do sexo feminino de face curta. Para os pacientes braquifaciais o ângulo nasolabial (ANL), foi de 108,2° em média contra 105,4° nos indivíduos dolicofaciais. A protrusão do lábio superior(LS) ficou em -6,7° contra -5,8°. A exposição do LS ficou entre 6,9° para braquifacial e 7,6 ° para dólicos. Para o ANL as diferenças encontradas não são consideradas significantes, apenas com uma diferença de 2,5° a menos no grupo dos dólicos faciais. A protrusão do lábio superior é maior nos indivíduos com padrão facial longo, e essa diferença é maior e também observada no ângulo labial inferior. Pode estar associada a maior protrusão labial superior em indivíduos dolicofaciais, um retrognatismo mandibular. O comprimento labial é maior nos indivíduos dolicofacias, podendo estar relacionado a altura inferior da face aumentada, ou devido a um selamento labial forçado. Os resultados obtidos demonstraram que os tecidos moles tentam compensar as deficiências esqueléticas, que pacientes com padrão facial vertical curto tendem a possuir tecido mole menos espesso e protruídos, e que pacientes com padrão facial vertical 22 longo tendem a possuir tecidos mais proeminentes. E concluiu-se ainda que essas medidas cefalométricas tendem a variar com o sexo do paciente e com a tipologia facial. REIS et al (2006), procuraram definir as medidas das variáveis da análise facial numérica do perfil parra os padrões II e III portadores de selamento labial, comparando os resultados com os valores para o padrão I. A amostra de pacientes foi composta por 100 brasileiros, todos com selamento labial passivo, 50 do gênero feminino e 50 do gênero masculino, todos sem tratamento ortodôntico prévio. Foram analisadas as fotografias de perfil dos pacientes, observando-se 50 % de indivíduos padrão I, 41 % dos indivíduos padrão II e 9 % padrão III. Da amostra, 85% dos indivíduos possuíam discrepância de perfil, porém na visão frontal são classificados como padrão I, apresentando consequentemente melhor prognóstico para correção compensatória, e dificilmente necessitariam de intervenção cirúrgica. É difícil aos iniciantes na prática da análise morfológica identificar os padrões em indivíduos portadores de discrepâncias leves e moderadas, ao contrário de grandes discrepâncias , podendo recorrer a análise facial numérica. Nas mensurações, o ANL em pacientes padrão II ficou com média 106,96° enquanto no padrão III 104,44°. Na comparação dos valores obtidos para o ANL, nos padrões II e III, não observou-se diferenças numéricas, como conseqüência essa medida não é adequada para auxílio na diferenciação entre os padrões I, II, e III em pacientes adultos com discrepâncias moderadas em normalidade funcional. Pode ocorrer influência da verticalização dos incisivos superiores em classe II e incisivos superiores protruídos em classe III , resultando em ANL semelhante a classe I, e também devido a amostra que incluiu apenas indivíduos com normalidade no perfil. Concluiu-se que não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos I, II e III nas medidas obtidas para o ANL. MAGNANI MBBA (2004) et al, avaliaram o ângulo nasolabial em 36 radiografias laterais de pacientes melanodermas jovens, entre 10 e 14 anos. Dividiram em dois grupos conforme o gênero, masculino e feminino. O valor médio entre os gêneros foi de 88,14°, para o gênero masculino 92°, e para o feminino 85,05°. Concluiram que o perfil facial desses pacientes encontra-se mais protuido, e o ângulo nasolabial encontra-se mais agudo. ISMALL et al (2002) compararam os efeitos tridimensionais em pacientes padrão I esquelético, tratados com e sem extração dentária. Composta a amostra de 24 pacientes, de ambos os sexos, padrão I, 12 tratados com extrações e 12 sem extrações. Foi realizada leitura ótica 3-D da superfície de cada paciente. Houve dificuldade para localização dos pontos que formam o ângulo nasolabial. Definiram o ângulo nasolabial como ângulo do lábio superior pronasal subnasal. O ângulo nasolabial no grupo com extração planejada, antes do tratamento, 23 apresentava média de 124,46°, com desvio padrão de 8,30°. Para o grupo sem extração planejada, o ângulo nasolabial apresentava antes do início do tratamento média de 119,24° com desvio padrão de 5,16°. Concluíram que a análise tridimensional da face permite uma avaliação mais detalhada e diversificada sobre o efeito do tratamento nos tecidos. TORRES MARIA et al (2005), estudaram as variações ocorridas para o ângulo nasolabial (anl) e para o lábio superior. Considerando que Burstone em 1967 fez a primeira referência ao anl e sua importância no tratamento ortodôntico, devido a tendência do ângulo modificar-se na retração dos incisivos superiores, e que outros autores mantiveram atenção as mudanças causadas no anl após o tratamento, propuseram-se a avaliar uma amostra de 40 pacientes jovens, entre 12 anos, 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, tratados com 4 extrações de pré-molares Para o gênero masculino o anl encontrou-se 5,52° mais obtuso, e para o gênero feminino 7,20° após retração dos prés. O menor aumento para o sexo masculino pode ser em decorrência do crescimento do nariz para frente e para baixo, no sentido horário, junto com a retração dos incisivos. O maior aumento para o sexo feminino deve-se ao menor crescimento do nariz para frente e para baixo. CARDOSO et al (2005) realizaram um estudo sobre as características cefalométricas dos indivíduos padrão face longa, em comparação com indivíduos padrão I. Os indivíduos foram selecionados através de uma análise morfológica da face. A amostra para o estudo foi composta de 34 indivíduos, 22 do gênero feminino e 12 do gênero masculino, com média de 22 anos. O padrão face longa é de incidência pequena, cerca de 1,5% da população. Pode-se então considerar a amostra de 34 indivíduos como aceitável. Os resultados do estudo mostraram que nos indivíduos face longa as discrepâncias em relação ao padrão I encontramse abaixo do plano palatino, com significante aumento da altura facial inferior, conseqüente aumento da altura facial total. A mandíbula e a maxila encontram-se retruídas, ângulo goníaco aumentado, comprimento mandibular normal e os dentes anteriores encontram-se extruídos. CAPELLOZA FILHO (2007) et al, estudaram o dimorfismo sexual para os pacientes considerados faces longas. Para os indivíduos da amostra serem considerados padrão face longa, foram pertinentes as seguintes características: baseado na morfologia facial do perfil, possuírem altura facial inferior aumentada, linha queixo pescoço curta, ângulo formado pelo queixo pescoço fechado, ausência de selamento labial passivo e grande exposição dentária em repouso. Ocupou-se de uma amostra de 34 telerradiografias, 12 masculinos e 22 femininos para o padrão face longa, e para o grupo controle, padrão I, 39 telerradiografias, 26 femininos e 13 masculinos. Concluiram que foram bastante similares os resultados para as medidas lineares e angulares entre os gêneros no padrão face longa. 24 REIS et al, realizaram um estudo avaliando fatores determinantes da estética do perfil facial. A amostra foi composta de 100 indivíduos, 50 do gênero feminino e 50 do gênero masculino, com idade média entre 23 anos. Foram avaliados esteticamente por 32 avaliadores, e separados posteriormente pelos padrões faciais sugeridos por Capelozza Filho. Foram avaliados como esteticamente agradáveis, aceitáveis ou desagradáveis. Mostraram haver concordância entre a estética facial e o padrão morfológico. Todos os indivíduos considerados agradáveis pertenciam ao gênero feminino, e 64 % destes estavam contidos dentro do padrão I. Dos 8 classificados como esteticamente desagradáveis, 6 são do gênero masculino, que teve sua maior incidência nos padrões II e III. No padrão III todos os indivíduos considerados esteticamente desagradáveis foram do gênero feminino. Todos as mulheres padrão II e todos os homens padrão III foram considerados aceitáveis. Não houve associação entre o ângulo nasolabial e a estética do perfil, provavelmente devido a todos os pacientes da amostra possuírem selamento labial passivo, não havendo grande desequilíbrio na região dos lábios. Consideram que 80% dos pacientes têm como queixa principal a estética e não a função. Concluiram que o aumento da convexidade no gênero masculino e a diminuição no gênero feminino é indesejável. GOMES et al (2006) realizaram estudo para identificar as mudanças ocorridas no perfil facial de indivíduos submetidos a tratamento com e sem extração. Basearam-se em uma amostra de 56 indivíduos, 29 sem extrações e 27 com extrações. Observaram uma maior redução da protrusão do lábio superior, nos pacientes tratados com extração, porém, não significante em comparação com os indivíduos tratados sem extração. Concluíram que a extração de pré-molares não tem necessariamente um impacto negativo sobre o perfil facial. TÔRRES et al (2006) realizaram estudo comparando a posição natural da cabeça em relação ao plano horizontal de Frankfurt. Realizaram fotografias do perfil em posição natural da cabeça, com pacientes em pé, relaxados, à frente 1m de um espelho olhando em seus olhos. Com auxilio de um prumo definiram a linha vertical verdadeira, e sobrepuseram as imagens nas radiografias de perfil, sobrepondo a LVV com um plano passando pela glabela e pogônio mole. Para comparação, foi utilizada a linha de Frankfurt na radiografia com uma linha perpendicular a LVV. Concluíram que uma quando existir uma diferença entre essas linhas horizontais, poderá haver comprometimento do planejamento e diagnóstico das discrepâncias sagitais mandibulares. Destacam a importância das avaliações faciais e cefalométricas em norma lateral serem realizadas em posição natural da cabeça, utilizando as linhas horizontal e vertical verdadeiras como referências. 25 HWANG et al (2000) demonstraram a necessidade de especificar o método utilizado para a obtenção do traçado cefalométrico na obtenção de ângulos e medidas. Compararam os valores obtidos com 2 métodos diferentes de traçado. Através de linha tangente e ponto anatômico. A análise através de pontos anatômicos mostrou-se com mais concordância entre os examinadores. Concluíram que uma descrição precisa do método utilizado se faz necessário na análise dos tecidos, devido a diferença entre os métodos, e que a análise com pontos anatômicos mostrou-se melhor reproduzível para estudos. PASINATO et al (2008), compararam ângulos faciais, entre eles o ângulo nasolabial, pré e pós rinosseptoplastia. A amostra foi composta de 37 pacientes, estudados em fotografias de perfil. O valor inicial para esse ângulo foi de 99°, com desvio padrão de 9,7°. O valor pós operatório final foi de 107,6° com desvio de 7,5°. Observaram um aumento médio de 8,6 ° no ângulo nasolabial. Citam a dificuldade em definir beleza objetiva, e que pode ser resultado de um equilíbrio da face, simetria, proporções e relação harmônica entre as estruturas. Concluiram que o ângulo nasolabial sofre mudança significativa quando o paciente submetese a rinosseptoplastia. CARDOSO (1999) relata que o nariz influencia na harmonia e no equilíbrio do perfil facial, o que o torna importante para elaboração do planejamento, para o tratamento com rinoplastia, cirurgia ortognática ou ortodontia. Relata ainda que tais procedimentos podem influenciar diretamente sobre a morfologia nasal. 3. PROPOSIÇÃO O objetivo deste trabalho é avaliar os valores do ângulo nasolabial , antes do tratamento, para os indivíduos padrão I, II e III de CAPELOZZA, verificando a interrelação das medidas, qual a média para cada padrão, facilitando o entendimento de cada padrão em relação a esse ângulo, e se poderá ou não seguir de guia para valores numéricos no diagnóstico e planejamento. 4. MATERIAL E MÉTODO 4.1.Material Foram selecionadas para o devido estudo, em um universo de mais de 1000 indivíduos, com fotografias de incidência frontal e perfil, 50 indivíduos considerados padrão I, 50 indivíduos padrão II e 50 indivíduos padrão III. As fotografias foram coletadas em um único centro radiológico, para padronização da posição do paciente. Foram requisitos para a seleção dos indivíduos que os mesmos fossem portadores de selamento labial passivo, não tivessem sido submetidos a tratamento ortodôntico prévio, nem cirurgia ortognática ou plástica, e não possuíssem crescimento. Dos 50 indivíduos padrão I, 24 % são do gênero masculino, e 76 % do gênero feminino. Para o padrão II, 48 % do gênero masculino e 52 % do gênero feminino e, ainda, para o padrão III, 30 % para o gênero masculino e 70 % para o gênero feminino. Procurou-se para o padrão II e padrão III, faces com características marcantes para ambos os padrões. Para o padrão face longa foram encontrados 16 pacientes na amostra, o que significa 1.6 %, corroborando o que CARDOSO (1999) citou , sobre 1,5 % desse padrão afetar a população mundial, sendo suficiente estatisticamente, não sendo objeto desse estudo, servindo apenas para diferenciar do padrão III. 4.2. Método As tomadas fotográficas foram sempre realizadas com os indivíduos em pé, na posição natural da cabeça, olhando em frente a um espelho os próprios olhos, mantendo assim a postura habitual da cabeça e pescoço. A distância do fotógrafo ao modelo é sempre de aproximadamente 1,50 m, não alterando o ângulo medido nem o padrão facial do paciente. As fotografias foram feitas com máquina digital Sony dsc H50 , copiadas para um computador. Para aferir o ângulo naso labial foi utilizado o programa CorelDraw X3 Version 13.0.0.576 (2005) Corel Corporation. Para a identificação das linhas que formam o ângulo naso labial, foram utilizados os pontos Cm – columela nasal, Sn – subnasal, Ls – labial superior. Traçam-se duas linhas, Cm-Sn e Cm-Ls. A intersecção dessas linhas forma o ângulo 28 naso labial. Os dados coletados de cada indivíduo foram as iniciais do nome, o gênero, a idade e o ângulo nasolabial. Os resultados obtidos foram agrupados e estudados em tabelas com o programa Microsoft Office Excel 2007. Figura 01 - Pontos para ângulo naso labial em paciente padrão I. Figura 02 - Pontos para ângulo nasolabial paciente padrão II 29 Figura 03 - Pontos para ângulo nasolabial paciente padrão III 5. RESULTADOS Vários autores pesquisaram e descreveram as características e valores para o ângulo nasolabial, as vezes sem interesse específico, outras vezes com íntima relação com o tratamento. Alguns mencionam sua relação com a classe de angle, alguns com o tipo facial, e outros ainda avaliaram o valor médio para esse ângulo em pacientes considerados equilibrados. SILVA FILHO et al (1990) em sua pesquisa encontrou um ângulo nasolabial médio de 104°, atribuída essa diferença entre os valores mínimos e máximos devido a espessura do lábio e a convexidade do tubérculo labial, e a conformação nasal, sem diferenças entre os sexos. TREVISAN et al (2006) encontrou entre todos os padrões um ângulo nasolabial médio de 107,87° para o gênero feminino, e 105,52° para o gênero masculino. No presente estudo, separados os padrões, obtivemos os seguintes resultados: Para os indivíduos padrão I, a média do ângulo nasolabial, não considerando o dimorfismo sexual foi 106,22°. O menor ângulo foi obtido em um individuo do gênero masculino, medindo 78°. O maior ângulo foi obtido em um individuo do gênero feminino, medindo 123°. A média para o gênero masculino, num total de 12 indivíduos, foi de 101,16°, e para o gênero feminino, entre 32 indivíduos foi 105,21°. Podemos ainda considerar, aplicando simples regra de três, que, apesar de encontrado um menor ângulo de 78°, 82% dos indivíduos possuem ângulo igual ou maior que 100°. Indivíduos padrão II tiveram como resultado encontrado, um ângulo nasolabial médio de 112,86 °. O menor ângulo foi para o gênero masculino, 92°, e o maior ângulo para o mesmo gênero, 132°. A média para o gênero masculino, num total de 24 indivíduos, foi 112,66°, muito próximo da média geral encontrada para o padrão, enquanto para o gênero feminino em um total de 26 indivíduos, foi 103,3°. Para este padrão, apenas 3 indivíduos obtiveram ângulo nasolabial menor que 100°, ou seja 6%. O padrão III comportou-se de maneira um pouco diferente para o ângulo, alcançando média de 97,62°. Pode ser resultado de uma compensação dentária, com incisivos protruídos, que projetam o ponto Ls (labial superior), agudizando o ângulo. O menor ângulo obtido, foi de 74°, encontrado em indivíduo feminino. O maior foi 117°, em indivíduo masculino. A média para os gênero masculino, em um total de 15 pessoas, foi 99,33°, enquanto que para o gênero feminino, num total de 35 pessoas, foi 82,62°. Apenas 50% dos ângulos encontraramse igual ou acima dos 100°. 31 Considerando as características que formam os padrões faciais, sabemos que pacientes classe II podem ter sido respiradores bucais na infância, o que poderia mudar a anatomia nasal, inclinando a base do nariz, e, para SILVA FILHO et al (1990), o ângulo nasolabial pode determinar a posição antero posterior da maxila, para diagnosticar má oclusão esquelética. Se o ângulo encontrar-se diminuído pode ser devido a uma retração maxilar, e se estiver aumentado pode ser devido a uma projeção maxilar, o que projeta o nariz, de forma a aumentar este ângulo. Como planejamentos para tratamento destes clientes podem envolver extrações, o que, segundo MORAES et al (2001), pode causar retração do lábio superior, apresentando aumento estatisticamente considerável do ângulo, deve-se estar atento para os resultados, sempre abordando e considerando o ângulo. Considerando o individuo isolado, apenas pelo valor do ângulo não poderemos afirmar para qual padrão ele pertence, pois encontramos variações em todos os padrões. O que poderá ser observado, é que, se estivermos diante de uma amostra de clientes, e estes apresentarem uma média para o ângulo nasolabial abaixo de 100°, poderemos encontrar um maior número de padrões III, ou ainda, se apresentarem média acima de 112°, poderemos encontrar maior número de pacientes padrão II. Deve-ser salientar que OLIVEIRA et al, em seu trabalho sobre a influência da morfologia nasal sobre o ângulo nasolabial, divide a inclinação da columela nasal em alta, média e baixa, e classifica o paciente previamente com bases ósseas e incisivos bem posicionados. Essa diferença de inclinação da base do nariz tem grande influência sobre o ângulo nasolabial. Neste estudo, consideramos apenas o padrão do paciente, não relacionando o posicionamento dentário. Ao fazer o planejamento ortodôntico poderemos observar que o tratamento não trará vantagens para o perfil em relação ao ângulo naso labial, mas o mesmo encontra-se longe da média, para o padrão, deve então levar em consideração a morfologia nasal e uma possível indicação cirúrgica. Um estudo futuro que deve ser realizado, com relação entre as médias encontradas para o ângulo nasolabial em cada padrão e a representatividade estética no perfil do paciente, se o paciente que possuir um ângulo mais próximo da média, seria considerado esteticamente aceitável, agradável ou desagradável, como propôs CAPELOZZA FILHO. Não sendo o objetivo deste trabalho, mas apenas analisando os dados, observou-se que os 150 indivíduos desse estudo obtiveram como média geral 107°, com o menor ângulo para o gênero feminino, 74°, e o maior ângulo para o masculino, 132°. Os 99 indivíduos do gênero masculino obtiveram média de 108,13°, e o gênero feminino obteve média de 106,41°, não 32 corroborando com outras pesquisas, onde o ângulo masculino é em média menor que o feminino. A média de idade dos pacientes padrão I e II ficou respectivamente com 22,655 e 22,008 anos. O padrão III obteve 25,06 anos de média. Considerando que todos os indivíduos foram coletados em banco de dados de centro radiológico, previamente ao tratamento, observou-se um atraso médio de 3 anos na realização dos exames pelos pacientes padrão III. A maior variação no anl sofrida por um grupo de indivíduos foi para o gênero masculino no padrão I, com 41° de diferença. A menor variação foi para o gênero feminino padrão II, com 30°. Tabela 01 – anl para indivíduos padrão I, II e III Padrão I Nome Idade Gênero AL 312 M AL 216 M AA 210 F AL 300 F BL 240 F BB 264 M CK 348 F CC 252 M CS 420 F CS 210 F DP 214 F DK 208 F DRB 408 F DI 217 F ES 192 M EMV 198 F ECS 205 F EB 300 F EM 384 F EB 210 F ER 264 F EO 300 M FS 370 F FL 216 F FM 240 F GAM 228 F GP 360 F HT 208 F ANL 87 92 101 90 114 89 96 94 112 110 116 112 107 110 78 112 118 98 102 103 111 102 104 114 105 106 107 111 Nome AZ AR AG AK BB BB CSM CM DB DS DF DJ DC DG DD ER ES ES EP FK FSC FM GNF GB IB IK JR JS Padrão II Idade Gênero 240 M 360 M 300 F 216 M 202 F 342 M 216 M 252 F 276 F 216 M 288 M 264 F 300 M 300 F 366 M 248 F 264 F 300 M 264 F 202 F 228 M 216 F 408 M 210 F 268 F 216 M 224 F 216 M ANL 112 117 117 100 109 120 111 99 108 116 98 115 106 118 120 114 117 119 129 111 119 117 114 111 114 120 117 102 Nome AD AS AMK ACS CC CR CSV CDK CFM DK DC DG DG EM EM ETB ES GD GBO GS HB JP JDW JAB JG JSB JOT JT Padrão III Idade Gênero 360 M 252 M 240 F 336 F 264 F 216 F 288 M 408 F 408 F 348 M 192 F 216 F 408 M 408 F 380 F 324 F 330 M 300 F 312 F 303 F 294 M 360 F 210 F 192 F 396 M 240 F 264 F 240 M ANL 104 91 81 82 112 104 101 89 94 101 97 90 100 103 91 91 91 103 93 112 108 95 110 91 83 103 110 90 33 Padrão I Nome Idade Gênero ANL IT 330 F 109 IS 300 M 109 IG 202 F 86 IP 226 F 119 JMM 330 F 112 JC 300 F 119 JGS 252 M 119 JSA 212 M 113 JR 288 F 119 LS 336 M 108 LK 203 F 105 MC 288 F 100 MK 217 M 113 MP 360 M 110 ML 408 F 101 MR 216 F 103 PB 288 F 112 RS 300 F 114 RB 298 F 94 SFA 324 F 123 TA 205 F 112 ZM 216 F 110 271,86 106,22 dp= 9,825602 Nome JVM JN JF JL JP JML JDN JC JG LC LM LP LAS MM MM MCS MLK NI RC RE TM TI Padrão II Idade Gênero ANL 208 F 107 300 M 116 440 M 109 216 M 103 276 M 117 216 M 92 216 M 99 300 F 107 340 F 117 282 M 117 336 F 115 324 F 119 240 M 117 216 M 128 216 F 124 252 F 102 222 F 109 324 F 105 216 M 132 240 F 102 231 F 119 192 F 117 264,1 112,86 dp= 8,364185 Nome LM LS MR MH MS MLM MCJ MAM NL ND NP RCM RB SW SC SFC SC SGA TK TP WK WPS Tabela 02 – comparação do anl entre gêneros e padrão facial na amostra Padrão I Número anl min anl max feminino 38 86 123 masculino 12 78 119 Padrão III Idade Gênero ANL 392 M 86 252 M 106 408 F 114 216 F 94 372 F 74 336 F 100 336 F 91 252 F 90 216 F 100 288 F 103 360 F 109 276 F 85 300 F 81 288 M 94 480 M 117 195 F 103 360 F 94 300 F 105 192 F 103 288 F 94 228 M 113 216 M 105 300,8 97,62 dp= 9,876565 Média 105,21 101,16 Padrão II feminino masculino Número 26 24 anl min 99 92 anl max 129 132 Média 103,03 112,66 Padrão III feminino masculino Número 35 15 anl min 74 86 anl max 114 117 Média 82,62 99,33 34 Tabela 3 – média geral Todos Feminino Masculino n anl min anl max Média 150 99 51 74 74 78 132 129 132 107 106,41 108,13 6. CONCLUSÃO Foram encontradas médias diferentes e significantes nos valores do ângulo nasolabial, porém os valores mínimos e máximos foram distribuídos dentro dos três padrões, não podendo classificar o padrão facial do paciente baseado apenas no valor numérico do ângulo nasolabial. Estudo subjetivo de pacientes que possuam para o anl os valores médios encontrados, em seu respectivo padrão, é necessário para sabermos se as faces com esses valores médios, são aceitáveis, agradáveis ou desagradáveis, para a partir daí, sabermos se a média é o desejável. REFERÊNCIAS BONECO, C.; JARDIM. Estudo da Morfologia Labial em Pacientes com Padrão Facial Vertical Alterado. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, 2005. v. 46, n.2,. CARDOSO, M.A.; BERTOZ, F.A.; FILHO, L.C; REIS, S.A.B. Características cefalométricas do padrão face longa. Revista Dental Press Ortodontia Ortopedia Facial Maringá, mar/abr. 2005. v.10, n.2, p.29-43. CARDOSO, I.M.L. 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