ANTROPOS
Método de Pesquisa
Sociocultural
Elementos da Comunicação
Informação
(mensagem)
Interpretação
(decodificação)
Associação
(aplicação)
Códigos Receptores
Língua
Cultura
Ambiente
CONCEITOS BÁSICOS
ANTROPOLOGIA
“O resultado da aglutinação histórica de impressões, fatos e idéias
sobre a identidade do homem disperso em seus diferentes
ajuntamentos sociais.”
CULTURA
“Os sistemas mais ou menos integrados de idéias, sentimentos, valores e
seus padrões associados de comportamento e produtos, compartilhados
por um grupo de pessoas que organiza e regulamenta o que pensa, sente
e faz.”
HOMEM
“O ser em cultura, que se define a partir da sua história, suas idéias e
envolvimento social.”
DIALEKTOS
Método de Aquisição Lingüística
Coleta e
Organização
Estudo e
Análise
Prática e
Convívio
Informante e
Preparação
Estudo
Individual
Análise Lingüística
Fonética - Sons
Fonologia - Fonemas
Morfologia - Palavra
Sintaxe - Oração
Semântica - Significado
Discurso
- Texto
Pragmática - Língua em uso
Aquisição de Nova Língua
Algumas Considerações
1. O aprendizado de língua é um processo baseado na motivação
2. Além da motivação, é preciso iniciativa, técnica e perseverança.
3. O método é importante mas não determinante
4. Invista no método escolhido
5. É mais fácil não aprender a língua
Aquisição de Nova Língua
Dicas do Método LAMP
(Language Acquisition Made Practical)
1. OBTENHA o que você precisa
2. APRENDA o que você obteve
3. USE o que você aprendeu
4. AVALIE o que você usou
Padrões de
Aproximação
Ético
Êmico
Observa a partir dos
meus próprios valores
Observa a partir dos
valores do outro
Êmico-Teológico
Observa a partir dos
valores bíblicos
Método
ANTROPOS
Abordagem
ANTROPOS
Abordagem
PNEUMATOS
Abordagem
ANGELOS
+ Etnográfica
+ Fenomenológica
+ Missiológica
Abordagem
ANTROPOS
Histórica
Origem - Quem somos nós?
Ética
Valores - Quais são os nossos valores?
Étnica
Cultura - Como nos organizamos socialmente?
Fenomenológica
Religião - Quais forças dominam em nosso meio?
Dimensão
HISTÓRICA
Historicidade Cultural
- Persona Alfa
Origem Universal
- Ponto Alfa
Dimensão
ÉTICA
Culturalidade
Reguladores
Sociais
Heranças de
Agrupamento
Leis
Heranças de
Relacionamento
Normas
Heranças de
Religiosidade
Hábitos
Costumes
Tradições
Heranças de
RELIGIOSIDADE
1. Deus
2. Pecado
3. Condenação
4. Salvação
5. Pureza
6. Conflitos
Reguladores Sociais
Leis
[+ rígido]
Normas
Padrões
Tabus  Sanções
Hábitos
Costumes
Tradições
[+ flexível]
Dimensão
ÉTNICA
Progressista
ou
Tradicional
Existencialista
ou
Histórica
Teófana
ou
Naturalista
Dimensão
FENOMENOLÓGICA
1. Totemismo
2. Veneração
3. Fetichismo
4. Animismo
5. Encarnação
6. Deuses e deusas
7. Deus
8. Espíritos a-éticos
9. Espíritos éticos
Sistema Religioso – Laburthe-Tolra e Warnier
CRENÇAS
Espíritos
Ancestrais
Ritos
Malignos
Presentes
Prescritivos
Benignos
Ausentes
Proibitivos
Controle
Comemorativos
Sacrifício
Culto
Passagem
Nascimento
Iniciação
Casamento
Funeral
PNEUMATOS
Padrões de Abordagens
1. Analítica: Como acontece?
2. Axiomática: Qual a idéia?
3. Correlativa: O que gerou?
4. Explicativa:
Como conceituar teologicamente?
Abordagem
PNEUMATOS
1. Atos da Vida
2. Atos da Providência
3. Atos de Adoração
4. Funcionalidade Humana
5. Funcionalidade dos Seres Invisíveis
6. Magia
7. Mitos
8. Ritos
ATOS DA VIDA
1. Fertilidade
2. Fecundação
3. Concepção
4. Gravidez
5. Nascimento
6. Iniciação
7. Casamento
8. Morte
9. Funeral
10. Pós-morte
ATOS DA PROVIDÊNCIA
1. Destino e Controle da Vida
Vida governada ou desgovernada?
Força pessoal ou impessoal?
Pré-destino ou acaso?
2. Revelação
3. Forças Místicas
Superior, igualitária ou inferior?
Mágica ou pessoal?
ATOS DE ADORAÇÃO
1. Gratidão e Reverência
2. Familiar e individual
3. Cura, Produção e Prosperidade
Categorização dos Seres na Cosmovisão Indiana
VERTICAL [+ hierarquizada]
Paul Hiebert
[+ espírito]
-
Deuses elevados
Deuses menores
Demônios
Espíritos
Semi-deuses
Santos
Encarnações
[misto]
-
Sacerdotes
Governantes
Comerciantes
Castas de artesãos
Castas de trabalhadores
Castas de serviçais
[+ matéria]
-
Castas excluídas
Animais elevados
Animais inferiores
Plantas
Seres inanimados
Categorização dos Seres na Cosmovisão Chakali
HORIZONTAL [- hierarquizada]
Ronaldo Lidório
Deuses
Homens
Animais
ALÉM
Ancestrais
Totens
AQUÉM
Espíritos
Seres
Inanimados
Natureza
Funcionalidade Humana
na Organização Religiosa
1. Homens humanos
2. Homens mágicos
3. Homens espirituais
4. Homens sagrados
5. Homens inspirados
6. Homens místicos
7. Homens inumanos
Funcionalidade dos Seres
Invisíveis na Organização Religiosa
1. Espíritos dos antigos
2. Espíritos espirituais
3. Espíritos espirituais bons
4. Espíritos espirituais maus
5. Espíritos espirituais a-éticos
6. Espíritos não espirituais
Como acontece o
SINCRETISMO:
ANIMISMO
CRISTIANISMO
- Chefe tribal
- Pastor
- Homem comum
- Crente comum
- Xamã
- Crente maduro
- Bruxo
- Diabo
- Curandeiro
-X
Magia
Elementos
Categorias
Pensamento
Branca
Indivíduo
Negra
Preparação
Imitativa
Rito Mágico
Simpática
Alegórica
Mitos
1. Mitos Cosmogônicos
2. Mitos Antropogônicos
3. Mitos Antigos
4. Mitos de Metamorfose
5. Mitos de Seres Espirituais
6. Mitos Naturais
7. Mitos Messiânicos
Ritos
1. Ritos Expiatórios
2. Ritos Apotropaicos
3. Ritos de Purificação
4. Ritos de Transição
5. Ritos Renovação Natural
6. Ritos Paliativos
7. Ritos de Reconhecimento
Totemismo
1. Força da vida e a associação dos elementos
2. Transferência e o conceito de pares
3. Valor moral e manipulação da força da vida
Totemismo
1. Há uma clara conexão entre todos os elementos da
natureza.
2. A ligação totêmica é normalmente sentida por pessoas
com maior sensibilidade mística.
3. O totemismo geralmente produz tabus e normas que
regulam parentesco, função social e habilidade.
4. O totemismo, de certa forma, é a procura pelo par que
compartilha a mesma força da vida.
Comunicação Transcultural do Evangelho:
1. Dever ser baseada nos princípios bíblicos não
sendo negociada pelos pressupostos culturais
das culturas doadoras e receptoras do mesmo.
2. Deve ter como objetivo final ver a Igreja de
Jesus plantada de forma autóctone, com
capacidade própria para expansão e
amadurecimento.
3. Deve ser uma atividade realizada a partir da
observação, estudo, aplicação e constante
reavaliação da cultura observada e da
mensagem que está sendo comunicada.
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Tradicional
Pontos de partida
Cosmogonias
Ponto Alfa, Persona Alfa
Teologia de Abordagem (teologia X) Criação
ponto de partida
Elementos auxiliares
Cosmogonias/Antropogonias/Ritos
de Expiação/Ritos de Purificação
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Progressista
Pontos de partida (sugerido)
Antropogonias
Mitos de Pecado/ ritos de limitação
do mal (paliativos)
Teologia de Abordagem (teologia X)
ponto de partida
Queda
Elementos auxiliares na cultura
Antropogonias/Ritos
apotropaicos/Mitos de
Metamorfose/Ponto Alfa/Persona
Alfa/Mitos Messiânicos
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Existencial
Pontos de partida
Problemas da Vida
Ritos apotropaicos/ritos de proteção
Teologia de Abordagem (teologia X)
ponto de partida
Mal
Elementos auxiliares na cultura
Ponto Alfa/Persona Alfa
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Histórica
Pontos de partida
Fatos históricos
Ponto Alfa, Persona Alfa
Teologia de Abordagem (teologia X)
ponto de partida
Criação
Elementos auxiliares na cultura
Antropogonias/Cosmogonias/ritos de
Purificação
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Teófana
Pontos de partida
Deus
Ponto Alfa, Persona Alfa
Teologia de Abordagem (teologia X) Deus
ponto de partida
Elementos auxiliares na cultura
Mitos antigos, ritos
apotropaicos/Totemismo/Sagrado e
Profano
Abordagem ANGELOS
Teologia X
Cultura
Naturalista
Pontos de partida (sugerido)
Necessidades do Homem
Mitos de Perdão
Teologia de Abordagem (teologia X)
ponto de partida
Homem
Elementos auxiliares na cultura
Magia, ritos apotropaicos, ritos
expiatórios
A conversão em uma
perspectiva cultural
1. Observação
2. Assimilação
3. Experimentação
4. Conversão
Estudo de Caso
BANQUETE YUHUPDEH
Na pequena aldeia Buriti, do
povo Yuhupdeh, tem apenas
6 famílias, somando ao todo
30 pessoas. Certa vez
alguns caçadores mataram
quatro porcos selvagens no
mesmo dia e ao chegarem
na aldeia seus familiares
foram tomados por uma
grande euforia. As mulheres
comentavam sobre a
habilidade dos maridos e as crianças corriam em volta dos
porcos em clima de festejo. Os homens acenderam fogueiras,
queimaram os pêlos dos porcos, levaram-nos para a beira do
rio e ali os esquartejaram. A parte central do peito, bem
gordurosa, deram para o pajé. Cozinharam todo o restante e
comeram os quatro porcos naquele mesmo dia.
Estudo de Caso
O CURUPIRA YUHUPDEH
Na cosmovisão Yuhupdeh existe a figura do
Kuayö, ou Curupira. É descrito como um ser
com certos traços humanos, mas com o corpo
coberto de pêlos, pés para trás e que emite um
barulho estarrecedor. Seus urros são tão fortes
que as árvores se envergam como se fossem
varas. Ele é o dono das caças e, assim, quando
faltam animais na floresta é porque o Kuayö
está “suvinando” os mesmos. Então o pajé faz
benzimentos para libertar as caças. Todos têm
o Kuayö, pois quem se encontrar com ele na
floresta certamente será devorado.
Estudo de Caso
RITO DE NOMEAÇÃO YANOMAMI-SANUMÁ
Alguns dias depois que nasce uma criança fisicamente
normal e em condições sociais também normais, o pai vai
caçar. O animal que ele matar será o epônimo da criança,
isto é, esta será chamada pelo nome dado à espécie da caça
morta. Em outras palavras, o pai sai a caçar literalmente o
nome do seu filho (ou filha). Essa caçada se reveste de
grandes cuidados, pois é misticamente sobrecarregada de
perigos, em parte porque a criança receberá do animal,
além do nome, também um certo espírito que se aloja em
seu corpo. O pai deve, pois, evitar ao máximo manusear o
animal abatido; carrega-o para a aldeia pendurado em um
cipó e passa-o imediatamente para os seus afins, ou seja,
os parentes consangüíneos de sua mulher. Nem ele nem ela
podem comer a carne sob pena de porem em risco a vida da
criança. São esses afins do caçador que irão consumir a
carne e dar o veredito: se a carne for de boa qualidade, a
criança viverá; senão, morrerá.
Estudo de Caso
RITO MAXAKALI DE CURA
Destinam-se apenas às crianças, aos jovens e adultos. Os recém-nascidos
ainda não têm nomes e por isso não existem socialmente. Os velhos, por
estarem com a idade avançada, necessitam descansar.
A doença é interpretada como uma intervenção dos espíritos dos mortos
que capturam as almas dos vivos. Conseqüentemente, os rituais de cura
visam restaurar o equilíbrio, agradando aos espíritos, dos quais as
mulheres são as presas mais fáceis. O ritual é comandado pelo líder do
grupo residencial. Acompanhado pelos parentes do doente, o líder canta,
dança e pergunta em voz baixa ao doente qual o espírito que o atormenta
e, ao espírito, quais os seus desejos. Cumprida essa etapa, os homens
retiram-se para a casa de religião, onde adotam as medidas necessárias à
continuidade dos trabalhos. Tendo obtido todo o necessário, retornam
junto ao jirau do doente, promovendo nova sessão de cânticos e súplicas,
lançando grandes baforadas de fumo sobre o paciente. Os espíritos são
instados a se retirarem. Quando o cão da casa gane, é considerado que
foi estabelecido o contato com o espírito iniciando-se uma nova etapa do
processo de cura. A palhoça é deixada no escuro e usam-se os zunidores
até novos ganidos do animal. Este é o sinal indicativo da saída do espírito.
Os responsáveis pelo ritual se retiram da palhoça, onde as lamparinas ou
fogueira voltam a ser acesas e a comida ofertada aos espíritos
desaparece, sendo o consumo atribuído aos espíritos homenageados.
Estudo de Caso
RITO FÚNEBRE MAXAKALI
Na cultura Maxakali os rituais fúnebres são marcados
por muito choro. O corpo não é enterrado pelos
parentes e sim pelos amigos. O sepultamento deve ser
o mais rápido possível, antes do pôr-do-sol. Neste
ínterim, todo o grupo residencial deve abandonar as
casas e queimar a casa do morto. Após o
sepultamento, a família enlutada muda-se
temporariamente para a casa dos parentes mais
próximos. Caso a morte aconteça durante a noite,
todo o grupo permanece em vigília, sepultando o
corpo logo pela manhã. Isto se dá porque, naquela
cosmovisão, os yamiy, ou espíritos dos mortos, são
uma ameaça aos vivos. São eles quem roubam as
almas dos vivos causando doenças e até morte. Se a
sua casa não for destruída, ele ficará rondando a
mesma e roubará as almas dos seus familiares.
Estudo de Caso
RITO DE PUBERDADE PANKARARU
Entre os Pankararu do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais,
quando o menino atinge cerca de doze anos, ele é submetido a um
ritual chamado “menino no rancho”. Armam um pequeno rancho
no centro da aldeia e o menino, com o corpo pintado de branco e
vestindo enfeites de croá, é colocado ali. Dois grupos são
formados para disputar a criança. Um grupo é formado pelos
praiás – “encantados” – que dançam vestindo suas indumentárias
– máscaras de palha que cobrem todo o corpo. Neste momento,
todos da aldeia devem crer que não são homens que estão com as
máscaras e sim espíritos. As mulheres são ameaçadas de morte se
comentarem quem estava usando a máscara durante o ritual.
O outro grupo é formado pelos padrinhos do menino, que dançam
pintados. Os dois grupos se rivalizam em torno do menino durante
u m long o te m p o , e m m e io a m u itas c an tor ias e dan ças,
culminando com o êxito dos praiás que introduzem o menino no
poró – local sagrado dentro da mata – permitido apenas aos
homens. Ali ele passa uma temporada servindo ao seu praiá e
aprendendo da cultura. Ao retornar, o menino é considerado
adulto, podendo participar, a partir de então, de toda a vida da
aldeia.
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Capacitação Antropológica - Tabelas