AgriYield Brazil: A Conferência de Otimização de Produção 13‐14 abril, São Paulo, Brasil Como minimizar os custos do produto e maximizar o lucro para impulsionar o investimento na sua colheita O campo de batalha retórico da ‘guerra cambial’ tem denegrido a euforia que envolve os mercados BRIC, porém a agricultura se mantém vigente para os investidores que buscam se engajar nos mercados emergentes. Por Ben Darlington, Co‐Editor da Pulsamérica.co.uk De acordo com relatórios da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o rendimento agrícola do Brasil está definido para aumentar mais rápido nesta década do que qualquer outro competidor global, vangloriando‐se de um índice de crescimento de 19% até 2019.1 A produção tem oscilado nos produtos principais desde os anos 70, particularmente em colheitas estratégicas como a soja e feijão. Somente nos últimos dez anos, a produção de carne bovina quadriplicou no país, colocando o Brasil como o principal exportador mundial; o objetivo agora é fazer o mesmo para a produção da soja. Muito foi feito sob a administração de Lula (2003‐2010) para alinhar a política agrícola brasileira com as últimas recomendações da Declaração de Doha da Organização Mundial do Comércio que defende as condições aprimoradas do mercado e a remoção tanto das tarifas de importação como os subsídios de exportação. Além disto, o Brasil tem sido proativo sobre o desenvolvimento de uma política agrícola sustentável. Em 2007 todos os produtos agrícolas derivados de áreas desflorestadas ilegalmente da Amazônia foram banidos em uma concorrência para reduzir o desflorestamento da floresta tropical. Ao mesmo tempo, o investimento tem sido forte no Brasil desde meados dos anos 90. O Presidente Fernando Henrique, que tomou posse em 1994, anunciou uma mudança das medidas protecionistas com relação à liberalização do mercado, finalizando notavelmente a distinção entre o capital estrangeiro e nacional em escala geral. A política sob o Presidente Lula demonstrou aprovar a continuidade na transição em direção a uma economia brasileira globalmente integrada. Lula, um esquerdista popular com raiz nas atividades de sindicato surpreendeu muitos dos economistas ortodoxos com o seu comprometimento a uma reforma liberal e estabilidade e a sua protegida ‐ Dilma Rousseff – parece determinada a manter o equilíbrio entre o encorajamento de investimento e a proteção do desenvolvimento e sustentabilidade. Os números dizem muito: O estoque de FDI cresceu quase dez vezes desde 1995 de US$ 47 887m para US$ 400 808m em 2009.2 Diante do desempenho lento nos Estados Unidos, Japão e na Zona Euro, onde o investimento de carteira rendeu lucros insatisfatórios, taxas de crescimento robustas por toda a América Latina – a maioria dos países divulgou 6% em 2010 – e a promessa de lucros honestos têm visto os mercados financeiros lançar impostos aumentando a concentração da atenção no Brasil. 1
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http://www.fao.org/news/story/en/item/43208/icode/ Relatório sobre o Investimento Mundial de 2010 da UNCTAD AgriYield Brazil: A Conferência de Otimização de Produção 13‐14 abril, São Paulo, Brasil Como minimizar os custos do produto e maximizar o lucro para impulsionar o investimento na sua colheita No entanto, entre a alta de preços retórica envolvendo os países BRIC, uma tensão aumentada envolvendo o fluxo de capital internacional foi observada no último trimestre de 2002. De fato, foi o próprio ministro das finanças, Guido Mantega, que inventou a expressão ‘guerra cambial’. O que incomoda Mantega é que na medida em que grandes economias, como os Estados Unidos reduzem artificialmente a força das taxas de câmbio e contêm as taxas de juros para promover crescimento em casa e reduzir o recebimento de importações depois da crise financeira, os investidores estão procurando investir os seus dólares em outro lugar. Estes dólares constituem os fluxos de capitais ´´quentes`` fluindo na economia brasileira, criando uma euforia de características potencialmente instáveis no investimento. Como um relatório do banco mundial observa: “Muitos destes fluxos são efêmeros, voláteis e às vezes especulativos por natureza” adicionando que se “não forem verificados, tais fluxos podem levar a apreciações e depreciações reais abruptas que estão fora de linha com fundamentos subjacentes e podem causar danos duradouros para economias”3 As questões sobre a efeito desestabilizador do fluxo de dinheiro ´´quente`` nos mercados emergentes revelam o espectro de investimento exagerado da América Latina nos anos 90. O encantamento das reformas no estilo do Consenso de Washington sob Salinas no início dos anos 90 viu a entrada de capital no México. Saiu para fora novamente seguindo uma crise cambial que despachou os investidores rapidamente de volta a Wall Street, estimulando uma desvalorização monumental do câmbio que repercutiu por todos os países em desenvolvimento. Todavia, tais fluxos de capitais não‐regulamentados geralmente entram de forma imprevisível de investimento de carteira e sim, isto representa uma ameaça hoje. Porém o Brasil tomou medidas arrojadas para regular a entrada de capital, incluindo a duplicação das taxas de transações sobre as aquisições estrangeiras de obrigações nacionais. Uma vez considerado um anátema para os valores do mercado livre, um papel branco apresentado pelo FMI em fevereiro do ano passado anunciou uma atitude nova para tais controles de capitais. “Pode haver circunstâncias em que os controles de capitais são componentes legítimos da resposta política para as oscilações nos fluxos de capitais.” 4 Este regulamento deixou muitos investidores ocidentais se sentindo rejeitados. No entanto, controles de capitais mais rígidos devem enfatizar a importância do investimento direto nas áreas em crescimento, como a agricultura: FDI – Investimentos Estrangeiros Diretos – defendem uma parceria de longo prazo e desenvolvimento sustentável, fornecendo o capital para satisfazer alguns dos grandes desafios que enfrentam o setor agrícola no Brasil. Entrada de capitais a longo prazo ou dinheiro ´´legal``, tem o potencial para resolver os problemas estruturais, como baixa produtividade por quase todo o país: enquanto grandes corporações executam operações de classe mundial, muitas das terras cultivadas do Brasil são pouco utilizadas já 3
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Nota sobre a Posição dos Funcionários do FMI, 19 de fevereiro de 2010 SPN/10/04 AgriYield Brazil: A Conferência de Otimização de Produção 13‐14 abril, São Paulo, Brasil Como minimizar os custos do produto e maximizar o lucro para impulsionar o investimento na sua colheita que técnicas e tecnologias arcaicas prevalecem. É o fluxo de capital de longo prazo que os países em desenvolvimento precisam, sem falar da transferência de tecnologia que vem com a cooperação internacional a nível de gerenciamento. Alguns dos grandes desafios que cercam a modernização da agricultura através dos países em desenvolvimento são as limitações infraestruturais que exigem investimento na construção civil em grande escala, tais como rodovias e pontes para facilitar a distribuição e reduzir os custos de transporte. Contudo, estudos realizados nos meados dos anos 90 pelo Banco Mundial mostraram que medidas relativamente simples e acessíveis a nível micro podem ser tomadas para melhorar a sustentabilidade e rendimentos. Técnicas simples como o mulching e o cultivo em nível, por exemplo, têm mostrado melhorar a erosão do solo entre 50% e 85%. Enquanto que o potencial para aumentos massivos na produtividade – prometendo produções altas de prazos médios – é uma oferta atraente para os investidores estrangeiros, é bastante promissor também para uma estratégia ambiental a longo prazo mais sustentável: maximizar a produtividade na terra agrícola verdadeira, tradicional reduz a pressão na Amazônia através do desincentivo do desmatamento ilegal. 
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