SLOW CONSTRUCTION - TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES NUMA CIDADE INTELIGENTE ROCHA, Ana Cecília Prof. MSc.EA/UFMG – Coordenadora do PROPEC-EA/UFMG (Núcleo de Projeto, Pesquisa e Tecnologia) Escola de Arquitetura da UFMG - Rua Paraíba, 697, Depto TAU – Funcionários – BH/MG – 30130-140 [email protected] RESUMO Slow City ou Cittaslow trata-se de um movimento fundado por 32 cidades italianas e uma croata em 1999, visando deter a degeneração da qualidade de vida nos centros urbanos. O nome inspirou-se no movimento gastronômico italiano Slow Food, em prol da preservação das tradições locais contra o Fast Food. O Slow City concorda com diversas propostas e correntes paralelas vigentes, a saber, Agenda 21, EMAS, Bioarquitetura, Teletrabalho, entre outras. Política Ambiental, Política de Infra-Estrutura, Qualidade Urbana, Valorização da Produção Autóctone: alguns dos tópicos que compõem a sua matriz teórica. As Cittaslow implementam uma política integrada, visando manter e desenvolver as características ambientais e do tecido urbano, valorizando as técnicas de preservação, recuperação e reutilização. Investem em uma política de infra-estrutura voltada para o aprimoramento do uso da terra e não para sua simples ocupação. O símbolo – um caracol passando por dois prédios, um moderno e um antigo - bem ilustra a proposta do movimento: escolher o que a tecnologia e a vida moderna trazem de contribuição positiva sem abdicar das tradições. Ao redor do mundo, no Canadá, Austrália, Suíça, Suécia, Grécia, entre outros países, diversas cidades candidataram-se à certificação Cittaslow. No Brasil, certificaram-se inicialmente Tiradentes e Antônio Prado. Já uma Slow Construction, termo por nós elaborado na Especialização em Tecnologia e Produtividade das Construções da UFMG, em monografia homônima a este artigo – seria a construção ideal em uma Slow City. Ou ainda, uma arquitetura sustentável a serviço do bem estar coletivo, do contexto urbano, da saúde físico-mental e dos anseios de seus usuários, aliando as mais avançadas tecnologias construtivas disponíveis na atualidade com o que de mais autóctone possui o local no qual se insere. Assim, conhecer este movimento, discutir sua proposta de desenvolvimento urbano sustentável e valorização da arquitetura do lugar, bem como elaborar parâmetros para suas construções ideais, consistiu nos desafios desta monografia de especialização, aqui sintetizada em seus principais tópicos. ABSTRACT Slow Citty or Cittaslow is an urban movement organized by 32 Italian and 1 Croat cities in 1999. The movement goal is to stop the life quality degeneration process in urban centers. The name was inspired in the gastronomic movement Slow Food that defends the preservation of local traditions against the fast food stores. The Cittaslow agrees with several others movements and streams, as Agenda 21, EMAS, bioarchitecture, Telework, etc. Environmental Politics, Urban Quality of Life and Autochthons Values are some of the topics we could found in its program. The Cittaslow implement an integrated policy to maintain and develop the environmental quality of urban places, while Slow Construction would be a perfect architecture in an intelligent city. This term was elaborated by us in our pos-graduation final paper named “Slow Construction: Technology and Sustainability of Constructions in an Intelligent City”. To know the Cittaslow movement, to understand its propose of sustainable urban planning and to establish parameters to its buildings consist in our challenge in this article. INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS Slow City ou Città Slow trata-se de um movimento urbanístico e arquitetônico fundado por 32 cidades italianas e uma croata em 1999, visando deter a degeneração da qualidade de vida nos centros urbanos. Sua matriz defende um desenvolvimento urbano sustentável e a proteção da qualidade de vida e do bem estar da população. Através da tecnologia e da valorização da cultura local, procura edificar uma cidade inteligente e ideal para se viver. Deste modo, Slow Construction seria a construção ideal numa cidade ideal. Uma cidade onde as tecnologias universais trazem os seus benefícios sem destruir as benesses da vida cultural citadina e da identidade local. Apesar de ser um movimento relativamente recente, que ainda não sofreu nenhuma intervenção crítica aprofundada em nosso país, percebemos alguns pontos de concordância unívoca entre os teóricos do urbanismo que admiramos e a matriz filosófica do movimento. Neste artigo, entretanto, enfocaremos apenas os aspectos gerais do Cittaslow e o termo por nós elaborado para sua construção ideal, acreditando que se a arquitetura de um povo sempre possui características peculiares que merecem ser preservadas, certos parâmetros podem, e devem, ser universalizáveis, sem contudo ferir o legado cultural e o modus vivendi de um lugar. Assim, acreditamos firmemente que é justamente este arquiteto de mente cosmopolita, mas atento ao que é de seu e ao seu entorno, que propiciará cidades e arquiteturas maiores, agregando valores e novas descobertas tecnológicas ao que de melhor lhe legou a tradição. SLOW CITY Slow City ou Città Slow trata-se, como já introduzimos, de um movimento que visa deter a degeneração da qualidade de vida nos centros urbanos. Inspirado no movimento gastronômico Slow Food, fundado na Itália há 14 anos em prol da preservação das tradições locais contra o Fast Food, as Città Slow valorizam o uso da tecnologia para melhoria urbana, entendendo os avanços científicos sem um olhar tecnocrático. Propõem uma política integrada, objetivando manter e desenvolver as características ambientais e do tecido urbano, valorizando as técnicas de preservação, recuperação e reutilização. Investem em uma política de infra-estrutura, voltada para o aprimoramento do uso da terra e não para sua simples ocupação. Procuram envolver a população nos princípios do movimento, especialmente através da educação. Acreditam na hospitalidade como elo real entre o visitante e a comunidade local com as suas características peculiares, removendo obstáculos físicos e culturais que possam prejudicar o completo e amplo uso dos recursos da cidade. O símbolo – um caracol passando por dois prédios, um moderno e um antigo, segundo FALCÃO, representa bem a proposta do movimento: escolher o que a tecnologia e a vida moderna trazem de bom sem abdicar das tradições. Cidades italianas famosas aderiram: Orvieto, Urbino e Positano. No Canadá, uma dezena de cidades já pleiteiam sua inclusão no movimento. Ao redor do mundo, na Austrália, Suíça, Suécia, Grécia, diversas outras se inscreveram no Cittaslow, em busca de um desenvolvimento urbano sustentável. No Brasil, duas importantes cidades certificaram-se: Tiradentes e Antônio Prado, no Rio Grande do Sul. “Bom viver”, de acordo com os preceitos do movimento, significa portanto dispor de soluções e serviços que permitam ao cidadão fruir de modo fácil, simples e agradável a própria cidade. Para realizar esta façanha os prefeitos de algumas comunidades italianas decidiram inserir seis categorias indispensáveis para tornar-se uma Slow City. Alguns destes requisitos já são patrimônio destas cidades e podem ser posteriormente protegidos e valorizados, entre tantos outros, compatíveis com as características do território, que podem vir a ser introduzidos, inspirando a sua implementação em outras realidades. Desenvolvimento e riqueza são resultados de uma sociedade que valoriza o trabalho e o conhecimento, também mediante a introdução de adequadas novidades tecnológicas. Assim, o desenvolvimento sustentável de pequenas comunidades pode ser fundamentado na sua capacidade de reconhecer e exaltar as próprias características culturais, através da adoção de soluções inovadoras orientadas para a busca do “bom viver”. Podem aderir à Rede todas as cidades italianas e estrangeiras que, por norma, não possuem mais de 50 mil habitantes e que não são capital de província ou região (na concepção italiana do termo) e que possuem características aceitáveis previstas no Estatuto e no específico Regulamento de adesão. O movimento Cittaslow foi fundado com o propósito de perseguir objetivos comuns, coerentes com um comportamento compartilhado e verificado através de auditores independentes. Periodicamente são discutidos: • Os objetivos, as iniciativas de interesse geral, os parâmetros de previsão e de estrutura necessários de serem avaliados. • A atualização dos requisitos para acesso ao movimento com os relativos pesos e o tempo de adequação. • O padrão, os objetivos de melhoramento relativos à missão e à política. Os valores são inspirados na qualidade de hospitalidade, de serviço, de tecido urbano, de ambiente e da boa mesa. As cittaslow certificadas: • Implementam uma política integrada, visando manter e desenvolver as características ambientais e do tecido urbano, valorizando as técnicas de preservação, recuperação e reutilização. Implementam uma política de infra-estrutura voltada para o aprimoramento do uso da terra e não para sua simples ocupação. • Promovem o uso das tecnologias orientadas à melhoria da qualidade do ambiente natural e do tecido urbano. • Incentivam a produção e o consumo de produtos alimentares obtidos a partir de técnicas naturais e compatíveis com o meio ambiente, excluindo produtos transgênicos. Estabelecem, onde necessário, procedimentos e fomento para salvaguardar e desenvolver produtos típicos ameaçados de extinção, em estreita colaboração com o "Projeto Arca" e com o movimento Slow Food. • Promovem a conscientização de todos os cidadãos, de que eles vivem numa Cittaslow, especialmente dos jovens e das escolas, por meio da educação do paladar. • Oferecem salvaguarda para a produção autóctone enraizada na cultura e no modo tradicional do fazer, fortalecendo a identidade local, preservando costumes e promovendo, através de eventos, o contato direto entre os consumidores e os produtores de qualidade. • Promovem a hospitalidade como elo real entre o visitante e a comunidade local com as suas características, removendo obstáculos físicos e culturais que possam prejudicar o completo e amplo uso dos recursos da cidade. O “bom viver”, entendido como “qualidade de vida”, não deve ser visto como um fenômeno de elite, mas sim proposto e divulgado como evento cultural agregado à exigência do cidadão-cliente. Qualidade, segundo a definição da norma internacional ISO 8402, é “a performance ou características de um produto que revela a sua capacidade às necessidades declaradas ou implícitas”. A qualidade é, então, o resultado de uma série de escolhas estratégicas efetuadas pelo Administrador da Comunidade para assegurar ao cidadão-cliente um serviço excelente. Segundo o movimento, a qualidade do cittaslow está essencialmente correlacionada à contribuição e ao envolvimento individual de todos os operadores públicos ou privados. De fato, é fundamental cada indivíduo, no seu papel de cidadão-cliente e de fornecedor de serviço, participar ativamente no processo de melhoramento global. Uma vez obtida a qualificação, tal engajamento que vem formalizado e colocado ao público, assume uma validade contratual que se traduz em um consenso e no respeito do cidadão pelo próprio administrador. A Comunidade qualificada que entra para a rede internacional cittaslow promoveria, assim, coerentemente com os requisitos, ações de valorização e divulgação da: tradição local, do processo produtivo, das atividades agrícolas e do mundo rural que possui particular interesse histórico, etnográfico e cultural. Re-introduzindo entre o processo de produção e de transformação dos produtos agrícolas e florestais, de criação, as atividades complementares e os serviços conectados com a agricultura e com a estrutura existente. RESUMO DOS REQUISITOS DE CERTIFICAÇÃO CITTASLOW A. Política Ambiental: Prevê o controle da qualidade do ar, distribuição de águas, poluição sonora, luminosa e eletromagnética; aplicação de novas tecnologias de reciclagem; incentivo ao uso de fontes alternativas de energia; aplicação do regulamento EMAS ou ISO14000; participação na Agenda 21. B. Política de Infra-estrutura: Presença de áreas verdes; arquitetura sem barreiras para deficientes; horários alternativos de acesso aos setores públicos e existência de plano de horários para o exercício comercial coerente com a exigência dos cidadãos; presença de um Relações Públicas (“URP” – Ufficio Relazioni con il Pubblico). C. Qualidade Urbana: Restauração dos centros históricos e/ou obras de valor cultural e histórico; controle do uso de alarmes sonoros; controle do lixo e incentivo aos recicláveis; sensibilização para arquitetura biológica; existência de plano de desenvolvimento da cidade e programa de valorização dos centros históricos. D. Valorização da produção autóctone: Censo da produção típica (no Brasil, poderíamos associar ao instrumento Registro Cultural), programa de valorização e conservação da manifestação cultural local; programa de sensibilização quanto à biotecnologia natural; proteção aos produtos e as manufaturas tradicionais da cidade. E. Hospitalidade: Sinalização internacional; treinamento turístico; existência de um plano para o desenvolvimento de iniciativas coerentes com o movimento Cittaslow. F. Informação: Difusão das atividades do movimento na mídia nacional; programa para facilitar a vida familiar, através do lazer, da assistência residencial a idosos e doentes crônicos; programa de aplicação dos requisitos. Além das cidades, as empresas também podem se inscrever e se certificar no movimento, cumprindo com requisitos peculiares ao porte e atividade empresarial desenvolvida, com alguns itens interessantes, como o cuidado com a qualidade do ambiente de trabalho e a opção, quando possível e desejado for, pelo Teletrabalho. Teletrabalho consiste na execução de tarefas baseadas na informática e telefonia e que, portanto, não exigem um escritório central. Assim, o teletrabalhador seria um funcionário que exerce o seu trabalho independentemente do local onde se encontra, podendo ser sua residência, escritório particular, hotel ou qualquer outro lugar com infraestrutura disponível. O trabalho realizado por meio do uso extensivo das TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação - além de minimizar o desperdício de espaço, colabora, segundo o movimento, com a preservação do meio ambiente. O potencial poluidor de uma empresa não se resume apenas na emissão direta de poluentes, mas também na sua emissão indireta, causada pelo transporte de produtos e de funcionários. A redução dos veículos em circulação nas grandes cidades, especialmente em áreas de alta poluição do ar e congestionamento de tráfego, é um requisito essencial para a qualidade de vida e de trabalho. Considera-se ainda de extrema relevância a economia de energia, uma vez que infra-estruturas e grandes instalações empresariais tornam-se muitas vezes desnecessárias neste sistema. Entende-se, ainda, que o Teletrabalho proporciona melhor qualidade de vida aos funcionários, uma vez que amplia o tempo livre dedicado ao lazer (o chamado ócio criativo), reduzindo a jornada dos trabalhadores, pelo menos em tese. Percebemos, portanto, como o Slow City recorre às últimas tecnologias em prol de valores tradicionais – como o tempo de descanso com a família e a preservação do lugar onde se vive. SLOW CONSTRUCTION Slow Construction, portanto, seria a construção ideal numa cidade ideal. Uma cidade onde as tecnologias de ponta são bem vindas, trazendo contudo seus benefícios sem consumir as benesses da vida cultural e da identidade local. Lugar onde as construções utilizam a mais alta tecnologia oferecida pela ciência, sem abrir mão do saber fazer e do sabor da arquitetura de um povo. Slow Construction: arquitetura sustentável a serviço do bem estar coletivo, do contexto urbano, da saúde físico-mental e dos anseios de seus usuários, aliando as mais avançadas tecnologias construtivas disponíveis no planeta com o que de mais autóctone possui o local no qual se insere. PARÂMETROS NORTEADORES DA SLOW CONSTRUCTION A. Fontes energéticas: a construção deve privilegiar fontes energéticas alternativas não poluidoras, autosuficientes, renováveis e adequadas à cultural e à natureza do local no qual se insere. B. Materiais autóctones: a construção deve privilegiar materiais locais, condizentes com a identidade estética e com as necessidades sócio-econômicas, climáticas e funcionais do local no qual se insere, adaptando contudo novas tecnologias universais quando procedente ou necessário for, sempre em prol do bem estar e da saúde física e mental de seus usuários. C. Tecnologias universais: a construção pode, e deve quando imprescindível for, fazer uso de todas as tecnologias existentes no planeta adaptáveis às necessidades dos seus usuários, respeitando contudo a identidade cultural e as características do local no qual a construção se insere. D. Política ambiental direta e indireta: a construção deve buscar cooperar com uma política ambiental global, seja de modo direto, através do projeto arquitetônico e da especificação dos materiais, bem como também de maneira indireta, no processo construtivo, através da opção por empresas de construção e fornecedores comprometidos com a causa do “bom viver”, ou seja, que desenvolvam SGA, que possuam certificação de qualidade e que trabalhem ostensivamente para a proteção do meio ambiente e a conservação de energia. E. Concepção do bom viver: em sua concepção arquitetônica a construção deve ser acessível à portadores de necessidades especiais e deve dedicar espaços ao convívio, ao lazer característico da cultura local, à saúde física e mental dos usuários e, nos casos procedentes, à integração entre o ambiente de trabalho e outros ambientes, contribuindo para a opção do teletrabalho. 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