SEMINÁRIO DE SAÚDE E NEGÓCIOS Para onde vai o negócio Saúde ? Antonio Jorge G.Kropf ADMIRÁVEL MUNDO NOVO • 1750 - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 35 ANOS • 1925 - 45 ANOS • 2000 - 75 ANOS SISTEMAS DE SAÚDE NO MUNDO : O DESAFIO • Como fornecer cuidados de saúde à toda a população ? • Como financiar o sistema ? • Como estabelecer diretrizes e controle ? • Qual a melhor forma de execução ? • Qual a melhor forma de gestão ? SISTEMAS DE SAÚDE NO MUNDO GASTOS PER CAPITA US$ USA USA SUIÇA CANADÁ CANADÁ ALEMANHA FRANÇA ITÁLIA JAPÃO JAPÃO SUÉCIA R.UNIDO R.UNIDO ESPANHA PORTUGAL TURQUIA FONTE : OECD 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 GASTOS COM SAÚDE 2500 U$ Bilhões 2000 1500 1000 2008 2000 98 97 96 95 94 93 92 91 90 85 80 70 0 60 500 GASTOS COM SAÚDE 2500 U$ Bilhões 2000 1500 Local Federal Privado 1000 500 0 65 80 90 93 95 96 Anos 97 98 2000 2008 TIPOS DE PLANOS 80 FFS % 60 POS 40 HMO 20 PPO 0 91 92 93 94 ANO 95 00 CANADÁ • A principal questão é a crescente elevação dos custos médicos : – envelhecimento da população – tecnologia e tratamento de alto custo • Gastos consomem 1/3 do orçamento das Províncias. • National Forum of Health REINO UNIDO - NHS • PROBLEMAS : Falta de Investimentos, Discriminação no Atendimento, Fuga Pessoal mais qualificado. • Desde 1991 houve saída de 53000 enfermeiras. • VIRTUDES : “Nenhum país faz tanto com tão pouco”: – 6,4% do PIB ( demais países OECD 10,4%) REINO UNIDO - NHS • Agosto 2000 : Plano de Investimentos e Reforma do NHS para 2001 a 2005. • Tony Blair : “ Esta será a mais significativa mudança na forma com que os GP´s trabalham desde 1948 e podem literalmente transformar os cuidados primários neste país.” FRANÇA - SEGUR. SOCIAL FRANÇA - SEGUR. SOCIAL FRANÇA - SEGUR. SOCIAL CONCLUSÃO GLOBAL • Assistência à saúde tem problemas em todos os países do mundo. • A elevação dos custos é uma constante • Os conflitos entre as partes existe , em maior ou menor gráu. • A solução envolve mudanças no financiamento e no modelo assistencial, e serão próprias a cada país. O FUTURO DOS SISTEMAS DE SAÚDE The British Medical Journal Editorial Richard Smith - Maio 1997 Considerações Importantes • Nenhum sistema de saúde no mundo é estável e todos irão sofrer mudanças consideráveis nos próximos 10 anos. • Os agentes de mudança são a falência dos métodos de controle de custos e o grau cada vez maior de sofisticação e demanda exigidos pelo consumidores. Os Modelos do Futuro • Todos irão incorporar ferramentas de “Managed Care”: – Gestão de Demanda : Capitação, Porta de Entrada, Fatores de Moderação, Educação do Consumidor . – Gestão Médica : Gestão de Doenças, Revisão de Utilização, Revisão de Uso, Préautorização, Protocolos Médicos. – Gestão do Uso : Telemedicina e maior participação de para-médicos. Os Modelos do Futuro • O consumidor irá usar toda a tecnologia de informação e autocontrolar sua saúde. • O novo sistema da era da informação irá substituir a atual medicina industrial. • Dr.Richard Smith O Futuro dos Sistemas de Saúde. BMJ Agosto 97 Como são utilizados os recursos HOJE? População = 40% Foco Manter Saúde 50% 10% Tratar Cuidar condições episódios agudos crônicas = Gastos 10% 50% 40% Como os recursos vão ser usados no FUTURO? População = 60% Foco 30% Manter Tratar Saúde episódios agudos 10% Cuidar condições crônicas = Gastos 35% 40% 25% A Visão do Futuro Programas de Saúde e Bem-estar Normas para uma Vida saudável Programas de aperfeiçoamento pessoal Grupos de Apoio Exames de Saúde Identificação e controle de doenças Gestão de Doenças Crônicas Programas de Imunização Seminários Educacionais Doenças Agudas: Redução Morbidade SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL FINANCIAMENTO PÚBLICO : PRIVADO : • • • • • MEDICINA DE GRUPO • SEGURO SAÚDE • COOPERATIVAS • AUTO-GESTÃO • ADMINISTRAÇÃO • OUTROS 38,7 MILHÕES FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL FORÇAS ARMADAS • UNIVERSIDADES • FUNDAÇÕES 130 MILHÕES Proposta Emenda Constitucional 29 R$ 33,2 > R$ 37,7 bilhões 25 20,3 22,7 20 15 1999 10 6 7,6 6,9 7,3 5 0 UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS 2004 SISTEMAS ALTERNATIVOS Regulamentação Planos de Saúde Lei 9.656 / 1998 Lei 9.961 / 2000 - ANS 27 SISTEMAS ALTERNATIVOS • • • • BENEFICIÁRIOS IBGE - 38.700.000 (PNAD -1998) ANS - 28.891.753 (Cadastro Abril/01) OPERADORAS - 29.000.000 NÃO OPERADORAS -9.700.000 RECURSOS : R$ 23 bilhões/ano População Coberta po UF Distribuição de Operadoras por População de Beneficiários Ativos Quantidade de Operadoras por Faixa de Beneficiários Beneficiários acima de 500.000 EMPRESAS COM MAIS DE 50.000 BENEFICIÁRIOS 5 100.001 a 500.000 47 50.001 a 100.000 58 10.001 a 50.000 312 - 110 EMPRESAS 536 2.001 a 10.000 até 2.000 796 0 200 400 600 OPS Faixa de Beneficiários acima de 500.000 100.001 a 500.000 50.001 a 100.000 10.001 a 50.000 2.001 a 10.000 até 2.000 Total OPS 5 47 58 312 536 796 1.754 800 1000 - 65% BENEFICIÁRIOS % Beneficiários 0,29% 6.020.195 2,68% 9.117.539 3,31% 3.937.215 17,79% 6.719.793 30,56% 2.555.731 45,38% 541.280 100,00% 28.891.753 % 20,84% 31,56% 13,63% 23,26% 8,85% 1,87% 100,00% Participação de Cada Segmento por Faixa de Beneficiários 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% até 2.000 2.001 a 10.000 10.001 a 50.000 50.001 a 100.000 100.001 a 500.000 acima de 500.000 Faixa de Beneficiários administradora autogestão cooperativa medicina de grupo seguradora Fonte: Cadastro de Beneficiários - Data Base Abril de 2001 Banco de Dados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde - Data Base Abril de 2001 OS GRANDES DESAFIOS • VIABILIDADE TÉCNICA • VIABILIDADE POLÍTICA • VIABILIDADE ECONÔMICA Viabilidade Técnica • COMPETÊNCIA GERENCIAL • MODÊLO ASSISTENCIAL Modelos Assistenciais • ACESSO : REDE E FATORES DE MODERAÇÃO – LIVRE ESCOLHA – REDE CREDENCIADA – REDE PRÓPRIA • SEGMENTAÇÃO – AMBULATORIAL, HOSPITALAR, COMPLETA • ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA • POPULAÇÃO ASSISTIDA – RISCO ALEATÓRIO OU NÃO Gestão Médica e Formas de Remuneração Objetivos organizacionais são definidos em função das medidas de performance Qualidade Custo Serviço Capitation/Valor fixo Serviços Prestados CONDIÇÕES DE MERCADO Capacidade instalada Rede credenciada Medidas Vidas cobertas Custo/Vidas cobertas Status de Saúde Market Share Uilização de Recursos Resultados Clínicos Níveis de Serviços Satisfação Volume de serviços Custo/Episódio Sinistralidade Custo de GIH por Especialidade - R$ GINECOLOGIA CIRURGIA CLÍNICA OBSTETRICIA GERAL MÉDICA SÃO PAULO RIO DE JANEIRO BRASÍLIA PARANÁ PORTO ALEGRE BELEM MARANHÃO 4.502 1.834 1.637 1.241 2.314 1.350 1.058 4.595 3.439 2.457 2.003 2.295 1.419 1.806 8.992 8.524 5.437 3.319 4.983 1.661 2.496 RJ - Custo de GIH com Tmp Uti >9 dias Quant. Idade Média Tmph Tmp UTI Valor R$ Grupo A Grupo B 21 51 65 48 32,9 22,7 24,0 18,3 187.014,08 53.731,04 Grupo C Grupo D Grupo E 15 31 465 68 67 57 35,7 26,4 25,5 28,7 20,2 17,5 48.475,68 43.350,56 39.890,40 SP - Custo de GIH - R$ Cid I20 a I25 Idade : 50 a 70 anos Grupo 45.08-Parto Hospital A 20.947,00 Hospital A 5.116,00 Hospital B 10.640,00 Hospital B 4.094,00 Hospital C 10.041,00 Hospital C 3.528,00 Hospital D 9.167,00 Hospital D 3.411,00 Hospital E 8.759,00 Hospital E 3.025,00 Hospital F 6.392,00 Hospital F 2.186,00 Hospital G 6.372,00 Hospital G 1.696,00 Hospital H 4.731,00 Hospital H 1.619,00 Hospital I 4.403,00 Hospital I 1.541,00 Hospital J 4.038,00 Hospital J 1.449,00 OS GRANDES DESAFIOS • VIABILIDADE TÉCNICA • VIABILIDADE POLÍTICA • VIABILIDADE ECONÔMICA Viabilidade Política Como se comportarão ? • OPERADORAS DE SAÚDE • PRESTADORES DE SERVIÇOS • FINANCIADORES • CONSUMIDORES • AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SAÚDE SUPLEMENTAR CONFLITOS 22/06/2000 16/01/2002 A REALIDADE 44 OS GRANDES DESAFIOS • VIABILIDADE TÉCNICA • VIABILIDADE POLÍTICA • VIABILIDADE ECONÔMICA Economia 2001 • PIB 2000 • R$ 1.086 bilhões Economia 2001 Set - 1,91 Economia 2001 Tabela 4.8 - População ocupada, total e sua respectiva distribuição percentual, por posição na ocupação, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 1992/1999 Pessoas com 10 ou mais anos de idade População ocupada Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas Posição na ocupação (%) Total (1) Emprega- Militar ou Trabalhador dos estatutário doméstico Contaprópria EmpregaNãodores remunerados 1992 Brasil 65 152 614 46,3 6,1 6,7 21,7 3,7 10,5 6,6 7,4 23,2 4,1 9,3 1999 Brasil 71 676 219 44,8 Mercado Formal tem 46 %. Fontes: Pesquisa nacional por amostra de domicílios 1992: IBGE, 1997. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 1999: IBGE, 2000. Renda Mensal População > 10 anos Acesso a Plano de Saúde RENDA FAMILIAR Até 1 SM Mais de 1 a 2 SM Mais de 2 a 3 SM Mais de 3 a 5 SM Mais de 5 a 10 SM Mais de 10 a 20 SM Mais de 20 SM PL.SAÚDE 2,6% 4,8% 9,4% 18,0% 34,7% 55,0% 76,0% 60% TEM FINANCIAMENTO DO EMPREGADOR Economia 2001 • O rendimento médio real das pessoas com remuneração de trabalho, que já vinha apresentando pequenas baixas de 1996 para 1997 (1,2%) e de 1997 para 1998 (0,8%), teve queda substancial (7,1%) de 1998 para 1999. • De 1998 para 1999, houve perda real de 9,5% na remuneração média dos empregadores, 7,4% na dos trabalhadores por conta própria, 6,2% na dos empregados e 2,2% na dos trabalhadores domésticos. Viabilidade Econômica A CRISE É MUITO SÉRIA !!! O DESÂNIMO É EVIDENTE !!! 26-11-00 PLANOS DE SAÚDE : UM SISTEMA À BEIRA DO COLAPSO UNIMED SP - 2402 cooperados - 470.000 clientes - perda 200.000 DIÁRIO POPULAR SP 25/11/00 VIABILIDADE ECONÔMICA OPERADORAS • ELEVAÇÃO CUSTOS MÉDICOS • ELEVAÇÃO DOS CUSTOS FISCAIS • CUSTOS DO CUMPRIMENTO DAS NOVAS NORMAS / RESOLUÇÕES • CUSTOS DAS LIMINARES • RESSARCIMENTO AO SUS • BLOQUEIO DE REAJUSTES Resultados Seguradoras - 1 sem./2001 • As seguradoras que operam com saúde estão desistindo do negócio com pessoas físicas e focando cada vez mais em planos corporativos. A razão é o cenário de baixas perspectivas com preços controlados, custos crescentes, principalmente em dólar, e sinistralidade de 85%. Para o presidente da Federação Nacional das Seguradoras, João Elisio Ferraz de Campos, " a expectativa é negativa para o setor, pois o segurosaúde está ficando inviável na equação econômica das seguradoras " . Valor Econômico 15/10/01 Resultados Seguradoras - 1º sem./2001 • Bradesco : – Segundo Semestre 2000 > + R$ 16.000.000,00 – Primeiro Semestre 2001 > + R$ 439.200,00 • Sul América : – Segundo Semestre 2000 > + R$ 15.000.000,00 – Primeiro Semestre 2001 > - R$ 12.000.000,00 • Brasil Saúde : – Primeiro Semestre 2001 > - R$ 7.300.000,00 DESISTÊNCIA DO PLANO INDIVIDUAL JB 28/10/2001 PRESTADORES DE SERVIÇOS Proposta UNIÃO DE TODOS OS SEGMENTOS PARA RECUPERAÇÃO DO CRESCIMENTO DO SETOR ! Proposta • INCENTIVO $$ AO EMPREGADOR • PLANOS REFERÊNCIA REGIONAIS (AMBULATORIAL+HOSPITALAR+OBSTETRÍCIA) COM FATOR DE MODERAÇÃO • REDES ASSISTENCIAIS INTEGRADAS UTILIZANDO RACIONALMENTE CAPACIDADE INSTALADA • NOVO RELACIONAMENTO COMERCIAL ENTRE OPERADORAS E PRESTADORES DE SERVIÇOS A Medicina de Ponta depende de todos nós !