MOÇÃO AO DR BERLANGE
confirmadas, por um tal de Clodoaldo,
suposto líder dentro do Assentamento
Avaré, e que teria agredido uma funcionária
de nome Elci, o fato é da mais profunda
gravidade. Segundo informações recolhidas
por moradores do lugar, eis que já está
sendo organizada uma lista de abaixo
assinado pedindo justamente a volta da
funcionária que é muito querida pelas
famílias do lugar.
Senhor Presidente do INCRA, o
clamor desses trabalhadores rurais ex-sem
terras, através dessa Tribuna, clama até os
vossos ouvidos, para que seja instaurada
uma sindicância interna ou algo que o valha
para avaliar melhor a conduta desses
pseudo-líderes que, na maioria das vezes,
buscam, mais do que locupletarem-se,
buscam denegrir e desacreditar a luta pela
Reforma Agrária, como instrumento para a
prática da justiça social no campo.
Contamos com o vosso apoio e
sensibilidade para com esses valorosos
agricultores que, mesmo sem o apoio
necessário, fazem acontecer pequenos
milagres, fazem brotar da terra a esperança
para nossas mesas.
Atenciosamente. Vereador Carlos
Alberto dos Santos Dutra, Carlito, PV.
Copyright @ Vereador Carlito - Cadernos de Educação Popular nº 136 - Brasilândia-MS, 15 de Outubro de 2007. (Dia do Professor)
de assentados, que põem e dispõem ao peso
do valor ofertado.
A recente agressão de dois funcionários
do INCRA, segundo informações não
No dia 08 de Outubro de 2007 o Vereador
Carlito
apresentou
uma
Moção
de
Congratulações ao Dr. José Berlange Andrade,
Juiz de Direito da Comarca de Terenos pelo
excelente trabalho que vem realizando junto
àquela Comarca no sentido de aproximar o Poder
Judiciário e as ações governamentais dos mais
pobres e excluídos.
Desejo com essa Moção levar ao
conhecimento do nobre Juiz de Direito que esteve
à frente do Fórum dessa Comarca de Brasilândia
por vários anos e que também recebeu o título de
Cidadão Brasilandense, que Brasilândia sabe
reconhecer o alcance de sua proposta.
Pois saibam os senhores que dias atrás
esse cidadão brasilandense foi motivo de
reportagem em nível nacional mostrando a
dedicação de um juiz de direito para com os mais
pobres. Numa longa reportagem a TV mostrou um
Juiz que sai do pedestal, das pompas forenses e
chega junto do povo.
Como ele mesmo explica: “Carlito
guerreiro, isso que a TV mostrou representa uma
parte do trabalho que realizo em favor de uma
justiça comunitária, uma prática que leva o Juiz
para perto do povo, principalmente para reduzir o
nível de exclusão, muito elevado no ambiente
campesino por causa da ausência do Estado e
da carência dos serviços públicos que isso
acarreta. Duas ou três vezes por semestre visito
núcleos de concentração estabelecidos no campo
(colonizações e assentamentos rurais), distantes,
isolados, com dezenas e centenas de famílias
abandonadas a própria sorte (sem escola, sem
assistência médica e sem policiamento, com
problemas de água, luz e de comunicação,
inclusive sem telefonia)...”.
A esse batalhador do direito e da justiça,
as nossas homenagens.
Carta ao
Presidente do
INCRA em favor
do Assentamento
AVARÉ
Berlange: um Juiz pé no chão
Mandato Participativo e Popular do
Mandato Participativo e Popular do
Vereador Carlito
Vereador Carlito
CARTA AO PRESIDENTE
DO INCRA
EM FAVOR DE AVARÉ
Indicação Verbal apresentada pelo
VEREADOR CARLITO na Sessão de 15
de Outubro de 2007 da Câmara Municipal
de Brasilândia.
Senhor Presidente. Solicito que seja
enviado expediente ao Presidente do
Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária-INCRA, Rolf Hackbart
(SBN - Edifício Palácio do Desenvolvimento
- CEP: 70.057-900 - Brasília – DF), nos
seguintes termos:
“Vimos através deste, mui
respeitosamente, perante a presença de
Vossa Excelência para solicitar maior
empenho deste órgão governamental no
sentido de minimizar os problemas que tem
se abatido sobre o Projeto de Assentamento
Avaré, do município de Santa Rita do
Pardo-MS, e que passa por sérias
dificuldades de ordem interna e
assistencial.
O presente pedido deve-se,
inicialmente, ao fato de que o Assentamento
Avaré está composto de cerca de 148
famílias oriundas do vizinho município de
Brasilândia-MS, aliás, célula mater do
antigo distrito de Xavantina que deu origem
ao atual município de Santa Rita do Pardo,
e para onde esses pequenos agricultores
familiares foram levados, depois de
permanecer por três anos acampados na
margem da rodovia MS-395, a 1 km do
perímetro urbano do município de
Brasilândia-MS.
Por manterem-se ainda vinculados
por laços afetivos e de cidadania à história
do município de Brasilândia, vêm, através
dessa Casa Legislativa, e deste Vereador
expressar o seu grito de socorro,
esperançosos todos da solidariedade
devida.
Acontece, Excelência, que essas 148
famílias brasilandenses lá assentadas, de
um total de 419 lotes distribuídos por
intermédio da Fetagri, Cut e Sintraf, estão
sem rede de energia elétrica. A ENERSUL
inexplicavelmente não proporcionou
àqueles trabalhadores rurais ex-Sem-Terra,
o acesso ao Programa Luz para Todos
proposto pelo Presidente do Povo, Luiz
Inácio Lula da Silva a quem os sem-terra
devotam sua admiração.
Aqueles que optaram pela instalação
de motor movido á óleo diesel, já dispõe
de energia elétrica. Enquanto o governo
federal empenha-se em divulgar o biodiesel, o que poderia ser incentivado e dado
início através dos assentamentos rurais,
como projeto piloto, também de energia
aeólica ou energia solar, não poluente, eis
que aos assentados pela Cut hoje já dispõe
de energia elétrica movia a óleo diesel...
E olha, Excelência, não se trata de
“luz” somente, mas o que dela é possível
extrair, como os poços semi-artesianos
construídos há mais de mês, sendo que
não há energia para tocar o motor e puxar
a água, e coloca-la nos reservatórios. As
caixas d´águas estão lá, como
monumentos solitários a espera de
alguma ajuda que venha do alto.
Quanto às habitações, que
estavam previstas a sua construção tão
logo os R$ 700,00 (setecentos reais) fosse
entregue por cada assentado ao INCRA,
hoje passado mais de mês (mês, aqui é
eufemismo), a AGEHAB ainda não se
posicionou. As famílias ainda continuam
residindo em barracos de lona, como no
tempo dos acampamentos de sem-terra.
Hoje se apresentam como sem-casa,
sem-água e sem-energia...
Mas o drama pior, Excelência, é o
que essas famílias vivem dentro do
Assentamento. Criaram-se lideranças que
mais atrapalham do que ajudam. Pseudorepresentantes de sindicatos e
federações, transformaram-se em
agenciadores e corretores de lotes.
Vendem lotes na maior cara de pau. Mas,
sobre isso, Excelência, é proibido falar.
Pois nessa hora as provas somem. Os
assentados têm medo de falar, pois
temem represálias dessas chamadas
lideranças que se consideram intocáveis,
“amigas” dos “home”, e donas de grupos
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Carta ao Presidente do INCRA em favor do Assentamento AVARÉ