2 ESFCEX “ON LINE”: UM ESTUDO SOBRE O SITE DA ESCOLA DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO EXÉRCITO Viviane da Silva Cardoso1 Resumo. O presente artigo trata da comunicação social feita por meio do site da Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx) e tem como objetivo contribuir para ampliar a projeção da imagem da Escola junto ao público interno e externo. Em termos metodológicos, o trabalho consiste em um estudo de caso e pesquisa bibliográfica. Também foram aplicados dois questionários para identificar a percepção dos militares da Unidade, funcionários civis e alunos do Curso de Formação de Oficiais a respeito da página do estabelecimento de ensino na internet. Em meio a realização da pesquisa, o site foi reformulado, passando a contar com uma nova arquitetura – o que agradou muitos internautas. Mesmo assim, alguns itens ainda precisam ser modificados e, até mesmo, inseridas na página para atender ao público de interesse da Escola de Formação. Somente assim, a Organização Militar conseguirá projetar mais a sua imagem junto à sociedade. Novas mídias sociais, como Facebook, Twitter, Youtube e Orkut, são apontadas por esta autora como mecanismos importantes de comunicação social, que deveriam ser adotados pela seção de comunicação da EsFCEx para divulgar a missão e o trabalho da escola, estimulando outros profissionais a ingressarem na Força Terrestre, por meio do Quadro Complementar de Oficiais e do Serviço de Saúde. Palavras-chave: 1. Site. 2. EsFCEx. 3. Comunicação Social Abstract. This article is about the social communications made through the site of the School of Complementary Training Army (EsFCEx), and aims to contribute to enlarge the projected image with the public school's internal and external. In methodological terms, the work consists of a case study and literature review. Were also given two questionnaires to identify the perception of the military unit, civil employees and students of the Training Course for Officers about the page of the school on the Internet. During the research, the site was redesigned, now has a new architecture - which pleased many netizens. Still, some things have to be modified and even inserted into the page to serve the public interest of the School of Education. Only then will it be able to design more your image in the brazilian society. New social networks like Facebook, Twitter, Youtube and Orkut, are described by this author as important mechanisms of social communication, which should be adopted by the communication section of EsFCEx to publicize the mission and school work, encouraging other professionals to join the Army, through the Supplementary Table Officers and the Health Service. Keywords: 1. Site 2. EsFCEx 3. Sociable Communication 1 Introdução O presente estudo visa analisar o site da Escola de Formação Complementar do Exército, estabelecimento de ensino que em 2011 completou 23 anos de existência. Referência na formação de oficiais do Quadro Complementar, a EsFCEx, nesse mesmo ano, iniciou a preparação também dos oficiais do Serviço de Saúde, mais especificamente das 1 Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo – pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Salvador. [email protected] 3 especialidades de odontologia e farmácia. Passando por fases distintas desde a criação, pode-se dizer que a escola entrou em um novo tempo. Diante do fato, nada mais intrigante do que indagar: “será que a EsFCEx consegue difundir suas ações e atender a necessidade de informações do público mais próximo por meio da sua página na internet?” Um portal com informações para duas escolas (EsFCEx e Colégio Militar de Salvador) pode confundir o internauta, que demora tempo mais do que o necessário para entender de que escola se está falando; notícias desatualizadas e fotos sem legendas não só desestimulam o leitor como tornam a comunicação ineficiente. Com o tema “a eficácia da comunicação realizada por meio do site da Escola de Formação Complementar do Exército”, o presente trabalho tem como objetivo contribuir para melhorar a projeção desse estabelecimento de ensino, cujas funções são importantes para o Exército Brasileiro. As ações incluem análise do site, identificação das necessidades e expectativas dos públicos da EsFCEx, bem como apontar falhas e sugerir medidas que auxiliem no êxito do processo comunicativo. Por meio de dois questionários verificou-se o que os internautas achavam da página antiga e da nova. A primeira pesquisa coletou informações durante os meses de maio e junho. Cinquenta e sete pessoas responderam aos questionamentos. Já a segunda, ficou no ar durante uma semana, mas observou-se uma maior participação: 100 pessoas. Talvez isso isso se justifique porque o material foi disponibilizado mais rapidamente na intranet da Escola. Ao analisar a comunicação da Escola de Formação Complementar na internet, a pesquisa se deteve no que se considera público interno, ou seja, funcionários civis, instrutores, alunos e demais militares. O trabalho se justifica na medida em que busca estreitar os laços e melhorar a divulgação da Escola junto à instituição. Nas próximas páginas, será feito um resgate histórico da EsFCEx e, utilizando o método de estudo de caso, analisar-se-á ( item 2) o modelo de site que ficou no ar de 2007 até junho de 2011. Também aborda-se as impressões e expectativas do público, bem como o que pensam os teóricos da comunicação sobre o assunto (item 3 do desenvolvimento). Para finalizar, o item 4 traz informações sobre conceitos de arquitetura de sites e reestruturação da página da Escola – o que mudou para melhor. No item 6, é feita uma conclusão apontando o que ainda precisa ser trabalhado. 2 A Escola 2.1Um pouco de história A Escola de Formação Complementar do Exército surgiu em 5 de abril de 1988, em Salvador – Bahia, com o nome de Escola de Administração do Exército. Inicialmente, oferecia cursos a oficiais e graduados de carreira da instituição, mas pouco tempo depois passou a formar militares do Quadro Complementar. Em 1992, as mulheres tiveram acesso a EsAEx. Atualmente, profissionais de diversas áreas do conhecimento, aprovados em concurso de âmbito nacional, passam pelo Curso de Formação de Oficiais e são preparados para atuar no assessoramento das Organizações Militares. Em 2010, a Portaria 1.080, de 8 de novembro de 2010, assinada pelo Comandante do Exército transformou a EsAEx em EsFCEx, modificando a sua missão e organização, passando a formar também dentistas e farmacêuticos, integrantes do serviço de Saúde. 2.2Site A página da Escola na internet faz parte de um portal, onde também consta a do Colégio 4 Militar de Salvador. Desde 2007, a estrutura do sítio mesclava informações dos dois estabelecimentos de ensino e, algumas vezes o internauta, que o acessava pela primeira vez, tinha dificuldades para entender de quem se falava. Muitas das informações sobre a EsFCEx constavam apenas na página inicial do portal. Ao acessar o link da Escola, o leitor ficava sem saber das notícias e informações que estavam na primeira página. Durante a coleta de dados da pesquisa, aplicou-se questionários ao público interno, foi feito levantamento bibliográfico e entrevistas – essa com a Divisão de Telemática da Escola, responsável pelo site. Responsável pela seção, o Major QCO Magalhães confirmou que o modelo de site gerava confusão entre os internautas: rigor editorial. Outra observação importante a acrescentar é que as fotografias disponibilizadas não possuíam legendas, dificultando o entendimento por parte do internauta. Mike Ward destaca que as legendas são fundamentais, mas não podem descrever o que se está vendo “Como são duas escolas de perfis diferentes, seria prudente haver dois sites ou somente um com conteúdo das duas escolas, pois o portal torna confusa a navegação” (MAJOR MAGALHÃES, chefe da Div de Telemática). As letras pequenas e algumas expressões do jargão militar tornavam o assunto difícil de ser entendido pelo público leigo. Poucas também eram as informações sobre o concurso da EsFCEx e as atividades desenvolvidas pelos alunos. Segundo o oficial, as reclamações eram constantes: “ Em função da mistura dos três sites (Portal, CMS e EsFCEx), da grande quantidade de informações existentes, da dificuldade de se atualizar diariamente tais conteúdos e por causar confusão em decorrência das duas escolas... quem acessava diretamente a página do CMS ou a página da EsFCEx, não tinha acesso a outras informações que estavam no portal”. O modelo, elaborado por alunos do CFO da turma de 2006, estava no ar há quatro anos. Diversos militares da Escola, como instrutores e chefes de seções eram responsáveis por alimentar e atualizar a página, mas isso não acontecia com frequência e o resultado eram informações perdidas no tempo e um site sem “Muitas vezes você precisa divulgar informações básicas, por exemplo, o nome de alguém para identificar a pessoa que está na foto em meio a uma dúzia de nomes que aparecem na reportagem... porém você geralmente vai querer adicionar outros detalhes, explicando a importância dessa pessoa para a reportagem. Lembre-se, as pessoas leem as legendas antes do texto principal de uma reportagem”(MIKE WARD, Jornalismo Online, 2006, p.121 e 122). 2.2. Com a palavra... o internauta Oficiais alunos do curso de Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal realizaram, em 2010, um projeto interdisciplinar que tinha a finalidade de desenvolver uma campanha de divulgação sobre a nova fase da EsAEx, cujo nome estava em vias de ser modificado. Uma das propostas apresentadas tratava da reformulação da página na Web: “o portal da EsAEx confunde quem o acessa pela primeira vez, porque reúne informações tanto da EsAEx como do CMS. Para o público externo isso impacta negativamente e dificulta a navegação”. O menu também foi considerado de difícil acesso. Outros pontos negativos ressaltados 5 foram: “Área de webmail voltada para o público interno, sendo desnecessária. Poderia estar atrelada à Intranet da OM; textos e notícias com siglas militares e voltados para o público interno; não possui área de busca; não possui link visível para o site do Exército; não consta endereço e outros dados institucionais”. O fato de o portal conter informações sobre a EsFCEx e CMS foi apontado como negativo por 33,33% dos internautas ouvidos pela pesquisa “Embora sobre o mesmo comando, o públicoalvo das duas escolas é diferente, portanto deveriam ser dois sites separados. Quem procura informações sobre a EsFCEx é um público com perfil diferente de quem procura o colégio militar” (Entrevistado 1) (SILVA, J. et AL. PROJETO INDERDISCIPLINAR 2010 – 2ª FASE. Curso de Comunicação Social. Rio de Janeiro, RJ: CEP, 2010.) Seguindo linha semelhante de pesquisa aplicou-se um questionário para identificar qual a impressão do público interno sobre o site da EsFCEx. Entre as pessoas ouvidas, 58% eram alunos do Curso de Formação de Oficiais e 41,9% eram militares do corpo permanente da EsFCEx/CMS. Quase 58% dos entrevistados consideraram-no bom, no entanto 81% disseram que somente algumas vezes encontravam as informações que precisavam sobre a Escola (gráfico 1). “O endereço EsFCEx remete a uma unidade, o CMS a outra. O portal gera confusão e termina não sendo observado por muitos. Quem salva o link, salva o da OM, não o do portal” (Entrevistado 2). Quanto às expectativas, 63,16% dos entrevistados consideraram que apenas em parte a página na web atende à demanda do público que busca informações sobre a Escola e o trabalho nela desenvolvido. Perguntados sobre o que eles achavam importante para melhorá-la, os itens mais citados foram: atualização das notícias (47,37%), mais informações (45,61%) e índice de notícias anteriores (38,6%). Para apenas 8,77% dos entrevistados, não faltava nada (gráfico 2). Gráfico 1 Quanto à navegabilidade, a maioria (53%) achou a página de fácil navegação, mas um percentual relevante (46%) considerou-a confusa e difícil. Para os que não enfrentaram problemas no acesso, o site era didático. No entanto, houve reclamações quanto à extensão dos textos, desatualização de dados e dificuldades de encontrar notícias mais antigas. Gráfico 2 3 Portal Para ser chamado de portal, um site precisa 6 reunir algumas Pollyana Ferrari: características, como cita “Os portais tentam atrair e manter a atenção do internauta ao apresentar, na página inicial, chamadas para conteúdos díspares, de várias áreas e de várias origens... o conteúdo jornalístico tem sido o principal chamariz dos portais” (POLLYANA FERRARI, 2009, p. 30). Conhecer o público alvo e atender às necessidades dos leitores é fundamental. Para atrair a atenção do leitor é importante utilizar elementos diferentes como fotografias, áudios, vídeos. No caso das fotos, “prefira as reveladas com pouca riqueza de detalhes, para que possam ser enxergadas nitidamente no tamanho reduzido do monitor... os vídeos são facilmente assistidos se o fundo for plano e as imagens estiverem o mais próximas possível. O texto on line deve estar numa linha entre o jornalismo impresso e o eletrônico. É mais conciso e multimídia do que o texto impresso, porém mais literal e detalhado do que o de TV, por exemplo” (POLLYANA FERRARI, 2009, p.48). Ferrari também fala que o lead não deve ser esquecido na produção da notícia: “ao escrever on line, é essencial dizer ao leitor de forma rápida qual é a notícia e por que ele deve continuar lendo aquele texto – daí a importância de recorrer à velha fórmula “quem fez o quê, quando, onde e por quê”. 4 Técnicas de bem informar Cada vez mais, empresas, organizações e instituições reconhecem a importância do serviço de comunicação social na construção e manutenção da imagem junto à sociedade brasileira. Nesse cenário, a internet ocupa um espaço fundamental difundindo informações processadas mundialmente. A boa imagem de uma instituição se molda necessariamente junto ao seu público interno e externo – no caso da EsFCEx, são os militares instrutores, soldados, alunos, funcionários civis, o comando e aquelas pessoas cujas decisões interferem diretamente no funcionamento da Escola. A missão, os valores e os produtos devem ser integralmente conhecidos por todos. Segundo pesquisadores da comunicação, a propaganda institucional é importante porque concentra valores e ideias das organizações. Francisco Gaudêncio Torquato do Rego (1984) diz que as Relações Públicas defendem que para uma empresa desfrutar de uma boa imagem perante todos os seus públicos precisa lançar mão de vários instrumentos de comunicação..."A imagem não basta ser boa tem que ser competitiva" (NEVES, 1988) - essa frase nos mostra que a imagem bem trabalhada tende a gerar credibilidade, atrair negócios e motivar profissionais e é isso o que as grandes empresas e instituições buscam atualmente. As organizações modernas não dispensam um serviço de Comunicação Social. É comum também observar profissionais da área cuidando da imagem institucional - o sucesso nestes casos é sempre garantido. Falhas no processo trazem problemas, muitas vezes, irreparáveis e que podem custar caro à direção e até mesmo aos funcionários. Oferecendo entretenimento, serviços e negócios, a internet é um importante meio para difundir informações de qualquer natureza em tempo real. Como diz Pinho, “muito rápida e abrangente, a rede mundial permite transferir a mensagem com som, cor e movimento, para qualquer parte do mundo” (PINHO, 2003, p.29). Ao contrário de outras mídias, na web, o leitor pode interagir. Por isso, se o conteúdo on line não oferecer o mínimo de interatividade, o 7 internauta pode não compreender a mensagem e perder o interesse pelo assunto: “na internet, a organização não está falando para uma pessoa, mas conversando com ela” (PINHO, 2003, p.31). 4.1 Arquitetura Quanto mais intuitiva a navegação, melhor o site. Não existem modelos prédefinidos, o que vale – segundo os comunicadores – é o bom senso. No entanto, consideram que uma página de sucesso deve conter alguns elementos essenciais para projetar a imagem da instituição. Dentro dessa ideia, está a visibilidade, ou seja, ela tem que estar registrada nos principais mecanismos de busca relacionados com as atividades da empresa/instituição; ter o conteúdo sempre atualizado; deve ser rica em informação; a home page é o cartão de visitas e para isso precisa oferecer uma noção geral da estrutura e conteúdos. Ícones e setas precisam ser claros e facilitar a navegação, além do que é imprescindível um bom design e sistema de busca logo na primeira página, essa é a forma mais rápida de localizar informações variadas. A arquitetura da informação é fundamental para o seu design. Mike Ward resssalta que é preciso designar sistemas de busca para conteúdo “Não importa qual design de navegação você escolheu para o seu site... se a navegação é confusa, nenhum design de navegação poderá salvá-la”. (WARD, 2006, p. 176) Textos longos na Web também são um problema. Internet lembra praticidade. Com a correria do dia a dia, as pessoas preferem leituras curtas e objetivas. A técnica da pirâmide invertida é a ideal para se escrever esse tipo de texto. Guillermo Franco explica que o mecanismo funciona começando pela informação mais importante e continuando na ordem decrescente de importância: “Segundo Mencher, a pirâmide invertida permaneceu porque satisfaz a necessidade dos usuários dos meios de comunicação. Os leitores desejam saber o que aconteceu assim que a matéria começa a se desenvolver...As pessoas vivem ocupadas demais para parar sem nenhuma recompensa' ”. (GUILLERMO FRANCO, 2010, p.55) A estrutura é a mesma usada por jornais impressos e revistas, respeitando a técnica do lead (parágrafo inicial com as informação básicas: Quem? diz o quê? Quando? Como? Onde? Por quê?). Pinho também observa: “tipos de letras muito elaboradas são de difícil leitura, sendo melhor adotar poucas fontes de tipo, construção mais simples... a definição do tamanho da letra também tem de considerar que os tipos menores poderão ser visualizados de forma embaralhada e confusa devido à baixa resolução dos monitores” (PINHO, 2003, p105 e 107). As fotografias facilitam o entendimento do leitor, mas é importante tomar cuidados com o tamanho das imagens utilizadas para que o visitante não tenha de esperar muito para que elas sejam carregadas. 5.Nova página Diante das dificuldades percebidas para projetar a imagem da escola na internet o site foi reformulado no final de junho de 2011. Mantevese o portal, mas ele está mais dinâmico. Do lado esquerdo de quem vê, constam informações sobre a EsFCEx e, do lado direito, do CMS. A alimentação do site ficou à cargo da Seção de Comunicação Social, que conseguiu dar mais agilidade à atualização das notícias e elaborar melhor os textos, tornando-os curtos e objetivos. 8 As modificações motivaram um novo questionário para saber o que o público interno achou das mudanças. O levantamento, feito entre os dias 07 e 15 de julho, mostrou que o internauta ficou satisfeito com a nova página. No total, 104 pessoas responderam as perguntas. Desse universo, 52,13% acharam o novo site “bom”; 40,43% classificaram-no como “muito bom”. Outro dado significativo é que 65,32% dos entrevistados declararam que com as modificações, conseguiram encontrar todas as informações de que precisavam na página da EsFCEx e apenas 4,21% disseram que não conseguiram encontrar tudo o que precisavam(ver gráfico 3). “Ficou mais evidente que são duas unidades integradas que compõe uma mesma OM” (Entrevistado 2). Para 21,78%, a atualização das notícias também melhorou. Quando perguntados sobre o que faltava para o site ficar ainda melhor, os itens mais citados foram: galeria de fotos(27,66%), mais notícias do curso (25,53%), melhor layout(19,15%) e localizador de notícias (13,83%) - ver gráfico 4. Gráfico 4 6 Considerações Finais Gráfico 3 Quanto à navegabilidade, 58,51% consideraram “mais fácil”; para 18,09% o site não “continua fácil” como antes. No entanto 11,7% acharam que ele continua “confuso” e 8,51%, “mais difícil”. Outro ponto abordado no levantamento tratou do formato do portal. Para 81,91% das pessoas entrevistadas, a disposição das notícias sobre a Escola, do lado esquerdo do site, e do Colégio Militar de Salvador, do lado direito, deixou a página mais leve e de fácil compreensão. Entre as principais justificativas estão: “Ficou melhor mais fácil para o usuário localizar as notícias” (Entrevistado 1). Ao construir um site é importante ter em mente com quem se está querendo comunicar e que mensagem se quer transmitir. Somente conhecendo o público-alvo é possível traçar uma estratégia, capaz de levar ao êxito do processo comunicativo. Ao contrário dos outros meios de comunicação, a internet possibilita a interatividade rápida. Bastam alguns cliques para identificar a frequência de acessos à página, se ela está ou não agradando o internauta. E foi assim, que a EsFCEx percebeu que o modelo antigo não atendia às expectativas da maioria do seu público. A reformulação dinamizou e tornou o site mais atraente para o internauta – situação essa comprovada pela segunda pesquisa feita com alunos do CFO 2011, civis e militares do quadro da Escola. Problemas identificados inicialmente, como desatualização de notícias e falta de dados básicos, como telefone, endereço da Escola (no pé 9 da página) e links de provável interesse do leitor impediam uma comunicação eficiente. Também vale ressaltar, que se deu mais atenção para as informações sobre o concurso da EsFCEx e sobre o curso de formação de oficiais. O site está convidativo para o leitor. No entanto, algumas falhas ainda persistem. Poucas são as fotografias com legendas. Ao olhar uma foto, o leitor dificilmente saberá quem está ali e o que representam naquele contexto. O profissional de comunicação não pode partir do princípio de que as pessoas conhecem a todos. Uma legenda curta e objetiva resolveria o problema. Da mesma forma, os mecanismos de busca continuam esquecidos. Não é possível localizar com rapidez notícias mais antigas, fatos que aconteceram, por exemplo, no começo do ano. Embora ainda haja pequenas falhas, a pesquisa mostrou que a EsFCEx deu um grande passo ao despertar para a importância de explorar a internet para divulgar a sua missão e trabalho. Nada mais proveitoso para a instituição Exército do que mostrar à sociedade a importância dessa Unidade, que forma militares especialistas em diversas áreas do conhecimento. Além de gerar credibilidade junto a outras Organizações Militares e até à sociedade, a Escola estimula ainda o seu público interno - ressaltando a importância do seu militar e das suas missões. Sem contar, que as informações levadas ao público externo acabam estimulando outras pessoas a prestarem o concurso e integrarem a Força Terrestre. Para projetar ainda mais a sua imagem, a EsFCEx deveria apostar em outras mídias, custo zero, como as sociais - Facebook, Twitter , Youtube e Orkut, por exemplo. “Uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede)e suas conexões (interações ou laços sociais)...é uma matáfora para observar os padrões de conexão de um grupo social...” (RAQUEL RECUERO, 2009, p .24) Voltadas, em grande parte, ao público jovem e com grande aceitação entre jornalistas e demais formadores de opinião, essas mídias possibilitam a propagação rápida das informações e também despertam curiosidades sobre temas e assuntos diversos – um excelente e promissor campo para se alinhar à modernização por que passa o Exército. Vale ressaltar que o presente estudo é limitado e serve como ponto de partida para novas pesquisas sobre a comunicação da Escola de Formação Complementar do Exército e a internet. 7 Referências BRASIL. Portaria 1.080/2010. BRASIL. Projeto Interdisciplinar de Comunicação Social – 2ª Fase. CEP, Ministério da Defesa. Rio de Janeiro, 2010. FERRARI, Poliana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, 2009. FRANCO, Guillermo. Como escrever para a Web. Editora: Centro Knight para jornalismo nas Américas. 2009. NEVES, Roberto de Castro. Imagem Empresarial: como as organizações (e as pessoas) podem proteger e tirar partido do seu maior patrimônio. Rio de Janeiro, Mauad, 1988, 418 p. PINHO, J.B. Relações Públicas na Internet – Técnicas e estratégias para informar e influenciar públicos de interesse. São Paulo: Summus, 2003. RECUERO, Raquel. Redes Sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009, 191 p. REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Jornalismo Empresarial, Teoria e Pratica. São Paulo: Summus, 1984, 191p. 10 –Página na Internet. www.esfcex.ensino.eb.br WARD, Mike. Jornalismo Online. Roca, São Paulo, 2006.