Boletim 8 – 5 de Março de 2015
13 DE MARÇO
ATO EM DEFESA DA PETROBRÁS,
DA CONSTITUINTE E DOS DIREITOS
A
Petrobrás vive um dos momentos mais difíceis de
sua história. Temos visto a campanha nacional da
oposição orquestrada com a grande imprensa para
denegrir sua imagem e desmoralizá-la aos olhos do povo
brasileiro. Podemos dizer, que há um interesse voraz contra a
empresa, que vão muito além dos escândalos de corrupção.
Sua privatização e a abertura dos campos de exploração do présal para às multinacionais são, sem dúvidas, os principais
motivos que têm fomentado aqueles que torcem contra o país.
No dia 13 de março, os movimentos sociais e sindical
irão às ruas de todo país, para dar uma resposta à altura a todos
que querem derrubá-la. O ato tem também como bandeira de
luta, a Reforma Política e o fim das Medidas Provisórias 664 e
665.
Em Minas Gerais, teremos uma mobilização às 6h30,
na portaria da Regap e, às 16h, concentraremos na Praça
Afonso Arinos, onde está a torre da Petrobrás. O monumento é
uma expressão do reconhecimento e gratidão da empresa ao
povo mineiro, que contribuiu imensamente na sua construção.
Em seguida, sairemos em passeata até à Praça Sete.
Dentro desta realidade, os petroleiros e petroleiras são
peça chave para mobilizar o povo brasileiro e, por isso, é de
extrema importância, que a categoria chame para si, a
responsabilidade de alertar a sociedade sobre os riscos que
todos correm. Portanto, companheiros e companheiras, o
momento pede disposição de todos para irem à luta. No dia 13
de março convoque seus familiares e amigos para abraçarem
esta causa!
BANDEIRAS DE LUTAS
- A defesa da Petrobrás, contra a privatização da estatal e pela
manutenção dos investimentos, que corresponde a 13% do
Produto Interno Bruto (PIB) nacional;
- Defender o Plebiscito para uma Constituinte Exclusiva para
uma Reforma do Sistema Político, além do fim do
financiamento privado de campanha eleitoral;
- Pelo fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que
alteram direitos da classe trabalhadora.
ATO EM DEFESA DA PETROBRÁS,
DA CONSTITUINTE E DOS DIREITOS
DIA 13 DE MARÇO
ÀS 6h30 - PORTARIA DA REGAP
ÀS 16H - CONCENTRAÇÃO NA
PRAÇA AFONSO ARINOS
PASSEATA ATÉ À PRAÇA SETE
Diretoria Colegiada: Aluízio, Anselmo, Barroso, Carlos, Claudinei, Cristiano, Daniel, Edna, Eduardo, Fabrício, Felipe, Flávio, Gaspar, Gildo, Joaquim, Josef, Julionor,
Leopoldino, Letícia, Luiz Carlos, Orlando, Osvalmir, Paulo Valamiel, Rolim, Ronerson, Salvador, William e Zé Maria. Jornalista e diagramadora: Luana Braga - MG 0015206 - Estagiário: André Quintão - Colaborador: Getúlio Fioravante
Av. Barbacena, 242 - Bairro Barro Preto - Belo Horizonte/MG - CEP: 30.190-130 - Tel.: (31) 2515-5555 - Fax (31) 2535-3535. - www.sindipetromg.org.br - [email protected]
Defesa da Petrobrás
APRENDER COM O PASSADO
A
Petrobrás está no olho do furacão da política nacional.
As sete famílias que controlam os meios de
comunicação e a oposição estão aproveitando o roubo
que alguns gerentes praticaram para pregarem abertamente o
fim da empresa.
O senador José Serra, do PSDB, deu uma entrevista ao
jornalista Fernando Rodrigues do portal UOL, que pertence à
Folha de São Paulo (ver site do Sindipetro). Nesta entrevista, ele
deixa claro quais são os objetivos de seu partido com relação ao
petróleo, o pré-sal e a Petrobrás. Serra quer esquartejar a
empresa, vender todos os postos de gasolina, acabar com a
fabricação de fertilizantes que o Brasil importa, pois é
deficitário. Quer tirar a Petrobrás do mercado de poliéster, que é
usado para fabricar garrafas plásticas e fazer o fio, utilizado na
indústria têxtil. Ele diz que a empresa tem que se concentrar na
extração de petróleo. Isto é: quer tirar a empresa dos setores
mais lucrativos, como é o setor petroquímico e entregar tudo
para as multinacionais do petróleo.
A entrevista deixa claro tudo que a direita, os barões da
mídia e a oposição querem fazer com a Petrobrás. A reportagem
não aborda o que vai acontecer com os trabalhadores. Mas basta
vermos o que aconteceu nas empresas "privatizadas" por
FHC/Serra, para sabermos que destino aguarda os petroleiros,
caso não combatamos as propostas de Serra/PSDB. Fica
evidente que o fatiamento da empresa levará à divisão da
categoria, o que enfraquece o nosso poder de negociação. O
esquartejamento da empresa vai diminuir sua capacidade para
investir na exploração do petróleo, principalmente do pré-sal, o
que abrirá caminho para as petroleiras estrangeiras. A Petrobrás
vai se transformar numa empresa pobre.
No caso das refinarias, elas seriam vendidas
separadamente, como começou a ser feito no governo FHC. A
refinaria Alberto Pasqualini, do Rio Grande do Sul, chegou a ser
repassada a Repsol, petrolífera espanhola. No governo Lula ela
voltou a fazer parte do Sistema Petrobrás.
Essa desintegração, levará, fatalmente, a um
enfraquecimento da nossa capacidade de mobilização. Com
isso, sofreremos perdas de conquistas importantes, como
chegou a acontecer nos anos de governo do PSDB. Até a
liberdade sindical foi cerceada. Os sindicatos tiveram contas
bloqueadas e ocorreram demissões e punições em massa.
Recentemente, nos Estados Unidos, houve uma greve
em algumas refinarias de propriedade de multinacionais do
petróleo. Essa greve, apesar de significativa, mereceu pouco ou
nenhum destaque na imprensa brasileira. Uma das
reivindicações era a liberdade de sindicalização.
As multinacionais criam todas as dificuldades para os
trabalhadores não se sindicalizarem, impedindo, desta forma, a
organização da categoria petroleira nos Estados Unidos. Se lá é
assim, dá para imaginar como será aqui no Brasil, com as
multinacionais do petróleo controlando as refinarias. As coisas
ficariam piores, porque aqui elas têm o apoio explícito das sete
famílias que monopolizam nossa imprensa e ainda do maior
partido da oposição, o PSDB.
O esquartejamento da Petrobrás e a venda de suas
unidades para outras empresas petrolíferas, além de ser ruim
para o Brasil, vai significar uma redução drástica no efetivo que
hoje trabalha na empresa. Nesses casos de privatização, há uma
redução nos salários, sucateamento, aumento dos acidentes
envolvendo trabalhadores e a terceirização selvagem, com a
retirada de direitos trabalhistas básicos. No governo FHC
chegaram a acabar com a Petros. Tentaram obrigar os
aposentados, pensionistas e ativa, a migrarem para o novo
plano, o Petrobrás Vida, que não dava garantia nenhuma aos
trabalhadores. Foi barrado na justiça e liquidado no governo
Lula. Nessa proposta do Serra, nem os aposentados e
pensionistas podem ficar tranquilos, pois são capazes de
destruir qualquer direito dos trabalhadores para favorecerem as
multinacionais.
No Paraná, governado pelo PSDB, o governador Beto
Richa quer tirar R$ 8 bilhões do fundo de previdência dos
funcionários públicos para cobrir rombo que ele mesmo fez nas
contas do Estado. O PSDB no governo de Minas tirou R$ 3
bilhões do fundo de pensão dos funcionários, para cobrir rombo
nas contas de seu próprio governo. Eles não estão "nem aí" para
os trabalhadores.
O senador José Serra, que deu essa entrevista ao portal
UOL, foi o responsável pela entrega da Vale do Rio Doce.
Segundo o próprio FHC, Serra era o "maior entusiasta da venda
da Vale". Os R$ 3 bilhões faturados na privatização, não
pagaram nem as reservas de minério que a Vale já tinha
descoberto. Os trabalhadores só tiveram perdas. Até o fundo de
pensão foi “desidratado”, e hoje é uma sombra do que foi no
passado. Em 2010, quando candidato à Presidência, José Serra
prometeu à multinacional Chevron, caso ganhasse a eleição, que
abriria o pré-sal para as empresas estrangeiras e acabaria com o
modelo de partilha. Mas, felizmente, isso não aconteceu. Agora,
estão de volta e, como aconteceu no passado, vamos derrotá-los.
Para isso, temos que ir para às ruas.
Vamos à luta pela Petrobrás, pela punição dos corruptos e
corruptores, pela defesa do petróleo e dos nossos empregos e
salários!
CORPO DE ÚLTIMO DESAPARECIDO DO ACIDENTE NO NAVIO-PLATAFORMA É ENCONTRADO
F
oi localizado no início desta semana, o corpo da nona vítima do acidente no navio-plataforma do Espírito Santo,
ocorrido no dia 11 de fevereiro. Agora, não há mais desaparecidos. Dois sobreviventes ainda encontram-se
internados em quadro estável. A Comissão de Investigação e Análise do Acidente, que possui representantes do
Sindipetro-ES e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), ainda está com os trabalhos em andamento. A BW
Offshore, com o apoio da Petrobrás, começa a finalizar o esgotamento da casa de bombas e da praça de máquinas.
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