SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
SICEPOTMG
Impresso
Especial
9912172627 - DR/MG
SICEPOT-MG
NOTÍC I AS
DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
Renata Vilhena
Secretária de Planejamento fala sobre projetos
e anuncia perspectivas para a infraestrutura
Pgs 8 a 10
ENIC EM BH
Encontro já tem
inscrições abertas
ETE SANTA LUZIA
Diretoria do Sindicato recebeu mais de
terá 100%
do
1200Cidade
convidados
no Expominas
03
esgoto tratado
07
GUALTER NAVES
ANO 9 • Nº 40 • MAR/ABR 2012
EDITORIAL
União e
Compromisso
Presidente
Alberto José Salum
1º Vice-Presidente
Antônio Venâncio Neto
O processo eleitoral em nosso Sindicato, que elegerá
a nova diretoria e conselhos para o mandato junho/2012
– junho/2015, se concluirá com a eleição marcada para o
mês de maio. Uma única chapa foi registrada, composta
por alguns novos integrantes e a manutenção da maioria
dos atuais membros.
ALBERTO JOSÉ SALUM
PRESIDENTE DO SICEPOT-MG
Este fato é bastante positivo para a instituição e o
setor da construção pesada em Minas Gerais. Revela a
união e o respaldo de nossos associados em torno de um projeto de trabalho em
andamento e expressa um apoio essencial ao posicionamento que o Sindicato
vem adotando diante das grandes questões da infraestrutura nacional e,
mais particularmente, na defesa dos interesses das empresas do segmento.
Estamos plenamente conscientes de que este crédito que nos é dado
aumenta, e muito, as nossas responsabilidades. Renovamos o compromisso
de continuar enfrentando, com coragem e determinação, as dificuldades
estruturais e episódicas, nacionais e regionais, que possam representar
ameaças a nossas empresas e, por consequência, à contribuição do setor ao
próprio desenvolvimento brasileiro.
Para tanto, permanecemos alertas ao momento crítico pelo qual passa o
país diante da crise enfrentada pelo setor da infraestrutura. Por constituirmos
uma das principais forças da iniciativa privada mineira, queremos reafirmar,
também, que o SICEPOT-MG seguirá atento às questões que interrelacionam
o nosso setor, o Governo do estado e a Prefeitura de Belo Horizonte.
Agradecemos a confiança ao reforçarmos os compromissos.
Vice-Presidente de
Planejamento e Desenvolvimento
João Jacques Viana Vaz
Diretores
Jorge Luiz Libânio Sander
Vice-Presidentes Rodoviários
Emir Cadar Filho
André Pentagna Guimarães Salazar
Diretores
Edson Fernando Maciel Tavares
Marco Aurélio Rocha Sousa
Marcos Antônio Delgado
Vice-Presidente de Obras de Saneamento
José Orlando Andrade Teixeira Júnior
Diretor
Paulo Henrique Caramati Manata
Vice-Presidente de Obras Urbanas
Jarbas Matias dos Reis
Diretor
Carlos Eduardo Staico de Andrade Santos
Vice-Presidente de
Obras de Arte Especiais
João Batista Ríspoli Alves
Diretor
Ronaldo Andrade Bichuette
Vice-Presidente de
Edificações Públicas
Danilo Miguel Curi
Diretor
Eduardo Luiz Ramos Nascimento
Conselho Fiscal
EFETIVOS
Antônio Celso Ribeiro
Rafael Vasconcelos Moreira da Rocha
Eduardo Pinheiro Campos
SUPLENTES
Rômulo Rodrigues Rocha Edmundo Mariano da Costa Lanna
Eduardo Pretti Figueiredo Neves
Alberto José Salum
Presidente do SICEPOT-MG
Conselho Consultivo
EX-PRESIDENTES
Herbert Engler
Marcos Villela de Sant’Anna
José Guido Figueiredo Neves
Reynaldo Arthur Ramos Ferreira
Roberto Maluf Teixeira
Jamil Habib Curi
Emir Cadar
Luiz Augusto de Barros
Marcus Vinícius Salum
MEMBROS
Félix Ricardo Gonçalves Moutinho
Helvécio Neves Marins
Márcio Duarte Câmara
Marcos Vinício de Paula
SICEPOTMG NOTÍCIAS
02
Assessoria de Comunicação Social
Sandra M. Polastri Ferreira
Assessoria de Imprensa
Gisele Serra
Coordenação Editorial
Lélio Fabiano e Associados
Jornalista Responsável
Lélio Fabiano dos Santos
MG 01143JP
Redação
Gisele Serra
Projeto Gráfico
AVI Design
Editoração Eletrônica
AVI Design
Impressão
Formato
Comitê Editorial
João Jacques Viana
Marcelo Cerqueira
Lélio Fabiano dos Santos
Gisele Serra
Sandra M. Polastri Ferreira
SICEPOT-MG
Rua Santos Barreto, 45
Santo Agostinho
CEP 30 170-070
Belo Horizonte - Minas Gerais
Telefone (31) 2121 0400
[email protected]
www.sicepot-mg.com.br
Delegados Representantes
junto a FIEMG
EFETIVOS
Alberto José Salum
Marcus Vinicius Salum
SUPLENTES
Luiz Augusto de Barros
Emir Cadar
Diretor Executivo
Marcelo de Cerqueira Viana
ENCONTRO NACIONAL
BH sediará o mais importante
encontro da indústria nacional
da Construção
Estão abertas as inscrições para o 84º Enic (Encontro Nacional da Indústria
da Construção). O Encontro será realizado em Belo Horizonte, de 27 a 29 de
junho, no Expominas, com a participação de toda a cadeia produtiva do setor
da construção.
O site do evento (www.enicmg.com.br) já está no ar com informações e
inscrições para o encontro. Diretores pagam R$ 500 nas inscrições realizadas
até o dia 30 de abril; de 1º a 30 de maio, R$ 650 e, após esta data, R$ 750.
A abertura será no dia 27 de junho, no Palácio das Artes, às 20h. A festa de
encerramento, no dia 29, no Domus XX, terá a apresentação do cantor Diogo
Nogueira com a participação de músicos mineiros. As acompanhantes terão em
sua programação um almoço preparado pelo chef Olivier Anquier e uma visita
ao centro de artes e museu Inhotim, em Brumadinho.
O presidente do Sicepot-MG Alberto Salum destaca que o Enic é a oportunidade
de discutir temas relevantes e estratégicos, já que reunirá, nos três dias de evento,
mais de mil empresários e representantes do setor e que a escolha para os temas
será co-participativa. “Os preparativos do nosso evento trazem uma novidade
com a qual esperamos fazer a diferença: o maior envolvimento das entidades e
empresas do setor de todas as regiões do Brasil na organização e formatação
de temas a serem debatidos, a partir de reuniões com os organizadores do
Encontro e os representantes locais do segmento construtor”, explica Salum.
O presidente do Sinduscon-MG Luiz Fernando Pires explica que essa iniciativa
teve como objetivo “atender as demandas específicas prospectadas em cada
localidade, captando suas particularidades. Acreditamos que essa interação
pode proporcionar uma maior sinergia entre os envolvidos no evento, resultando
em um maior ganho na participação, presenças e resultados. A partir desta
concepção, cada participante poderá levar consigo resultados mais objetivos,
algo de novo e produtivo a ser aplicado em seus negócios e áreas de atuação”.
O 84º Enic é organizado pelo Sicepot-MG e pelo Sinduscon-MG e é promovido
pela CBIC.
Abertura (dia 27): Palácio das Artes – 20h
Trabalhos e reuniões (dias 28 e 29):
Expominas – todo o dia
Encerramento (dia 29): Domus XX
Informações: www.enicmg.com.br
03
NOTAS
2ª CORRIDA E
CAMINHADA NO
PARQUE JK
ALBERTO SALUM ASSUME
FIEMG INTERINAMENTE
O Sicepot-MG realizará, pelo segundo ano
consecutivo, a 2ª Corrida e Caminhada no
Parque JK, no dia 22 de abril, a partir das 8h.
O percurso – 5 km – será o mesmo da primeira
corrida, com largada e chegada no Parque,
passando pelas Avenidas dos Bandeirantes
e Agulhas Negras. Neste ano, serão 600
corredores. O valor das inscrições (R$ 50)
será novamente revertido para o Projeto
Querubins, que é apoiado pelo Sindicato em
seu projeto Tambores. A corrida é realizada
pelo Sicepot-MG, com a parceria do Sesi
Fiemg, patrocínio da Amil, apoios da Mills,
Pasi e Tracbel e é organizada pela Dizplay
Sports. Inscrições e informações em
www.corridasicepot.com.br.
O presidente do SICEPOT-MG e vice-presidente da FIEMG,
Alberto Salum, assumiu, interinamente, a presidência da Federação das Indústrias de 29 de fevereiro a 16 de março, período
de licença do presidente da entidade Olavo Machado Junior.
SEBASTIÃO JACINTO JÚNIOR
DIVULGAÇÃO SIC
EPOT-MG
CURSO DE CERVEJAS
ESPECIAIS
O Núcleo Construção e Cidadania do Sicepot-MG promoveu,
no dia 30 de março, o curso “Cervejas Especiais: aprendendo a
conhecer, degustar e harmonizar”, com o cervejeiro Marco Falcone.
Associados, seus familiares e parceiros puderam conhecer a
história da cerveja, seu processo de fabricação, harmonização
e degustação. O evento, que aconteceu no Museu Inimá de
Paula, contou, dentre outros, com a presença do diretor geral do
DER-MG, José Élcio Monteze, do superintendente da Sudecap,
Fernando Janotti e do gerente do Pasi, André Araújo.
LEO LARA
04
VISITA TÉCNICA
A turma do Curso Aperfeiçoamento em Engenharia
Rodoviária - parceria entre o Sicepot-MG, o DER-MG e
a Fumec, realizou visitas técnicas às instalações das
usinas de asfalto Vilasa/Coopercap, à planta da Betonmix
(concreto usinado) e à mineradora Santiago (agregados
de gnaisse), sob a orientação do assessor ambiental
do Sicepot-MG, Licínio Xavier. Foram abordados temas
como a legislação em vigor, a reserva legal exigida por
lei, fiscalização dos diversos órgãos, sustentabilidade
do empreendimento, licenças, entre outros.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Empresas investem na
contratação de presos
DIVULGAÇÃO SEDS
Um grupo de empresas cidadãs está ajudando na recuperação e
reintegração de presos no mercado de trabalho. Essa iniciativa de alguns
faz com que Minas Gerais seja, hoje, o Estado com maior número de
presos trabalhando no Brasil, proporcionalmente à população carcerária.
A regulação dos trabalhos dos presos acontece, em Minas Gerais, por
meio do Programa Trabalhando a Cidadania, da Secretaria de Defesa
Social (SEDS), que conta com cerca de 300 parceiros contratantes,
entre empresas privadas, Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIPs), fundações, autarquias e mais de 30 prefeituras
municipais. Entre estes parceiros, estão 50 empresas no ramo de
construção civil. Hoje, cerca de 12 mil presos trabalham enquanto
cumprem pena em todo o Estado. Destes, 4,5 mil estão trabalhando
para empresas. Entre as principais atividades desenvolvidas, estão a
construção e a limpeza urbana.
A M Borges Engenharia, por exemplo, vem fazendo convênios
com presídios para contratação de mão de obra prisional há cerca
de cinco anos. Fausto Borges da Motta, diretor da empresa, fala que
já contrataram em Ribeirão das Neves, Ipaba, Iapu, Teófilo Otoni e
Governador Valadares. Atualmente, a empresa mantém convênios em
Poços de Caldas e Lavras, com cerca de 20 empregados. Os funcionários
internos da M Borges já construíram consultórios, celas e fazem
reformas, ampliações e outras adequações dentro do próprio presídio.
A empresa começou a contratar presos após um convite da SEDS.
Fausto explica que, sempre que necessário, procura funcionários
por quantidade e pela função num banco de dados que o presídio
dispõe e envia ao local um encarregado, que não é interno, para
coordenar o trabalho. O serviço é pago ao presídio, através de DAE, e
este deposita uma porcentagem na conta do preso. “O trabalho tem
algumas limitações, como o horário que é reduzido e o controle de
ferramentas, mas nunca tivemos problemas. Não temos um efetivo
grande, mas acreditamos que já faz a diferença”.
Maurílio Leite Pedrosa, gerente de projetos do Instituto Minas
pela Paz (IMPP), explica que o Instituto criou um banco de dados para
organizar a demanda de contratação das empresas que, segundo
ele, “estão contratando independentemente da lei ou de qualquer
obrigatoriedade”. O Instituto, que trabalha em parceria com o Governo
do Estado, oferece qualificação e oportunidades profissionais para
apenados e também egressos em Minas, desde 2009. O Programa
Regresso, do IMPP, aposta no poder de transformação da educação e
do trabalho no resgate da cidadania dos presos e egressos. Até hoje,
são mais de 2 mil apenados qualificados e 350 egressos recolocados
Presos trabalhando na ampliação do presídio de São Lourenço
no mercado de trabalho. O Projeto tem a parceria do Sesi e do Senai,
para os cursos de qualificação. Após o livramento, o participante é
acompanhado pelo Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema
Prisional (Presp), que garante, durante um ano, o apoio jurídico, social
e psicológico do detento.
Pelo trabalho no Estado, os detentos recebem remissão de pena:
a cada três dias trabalhados, têm um a menos no cumprimento da
sentença, e também são remunerados. O valor do pagamento é
distribuído em três partes: 50% pago ao preso no mês seguinte à
realização do trabalho, 25% destinado a pecúlio, que é levantado quando
o detento se desliga do sistema prisional, e outros 25% utilizados para
ressarcimento do Estado. Cerca de 1.500 presos possuem também
um cartão magnético para sacar o dinheiro que recebem e para efetuar
pagamentos a débito, iniciativa da Secretaria de Defesa Social e do
Banco do Brasil, inédito no Brasil.
A SEDS possui também o Programa de Inclusão de Egressos
do Sistema Prisional (Presp), para a reinserção de ex-detentos no
mercado de trabalho. O Programa oferece assistência psicológica,
social e encaminhamento para cursos e oportunidades. Em 2011,
100 egressos foram encaminhados para postos de trabalho através
do Presp. As principais empregadoras foram empresas de construção,
automobilísticas, de mineração e de siderurgia. Neste ano, já são 66.
Por meio do Presp, o Governo incentiva empresas a contratarem
ex-detentos, repassando, por um período de 24 meses, dois salários
mínimos para cada contratado.
05
OBRAS NA CIDADE
A obra que vai melhorar a
ligação entre BH e Nova Lima
A alça viária do Vetor Sul – uma nova ligação entre
a MG-030, no município de Nova Lima e a rodovia BR356 – terá obras iniciadas em abril, para aliviar o tráfego
na região. A Terrayama é a construtora que irá executar
o projeto, de responsabilidade do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O projeto consiste na construção de uma nova
pista e de uma trincheira que ligará a MG-030 à BR356, ambas no sentido Belo Horizonte. O diretor da
Terrayama, Henrique Baeta, assinala que a construção
da nova pista se iniciará imediatamente após
autorização do DNIT e, quando terminada, o trânsito
de Nova Lima para Belo Horizonte será desviado para
ela para que se iniciem as obras da trincheira.
Serão oito meses de obras, a partir de abril,
com previsão de término até o final deste ano. A
ampliação da rodovia compreende além da trincheira,
um viaduto e três pistas de rolamento. Uma delas
dará acesso ao Bairro Belvedere e ao BH Shopping,
outra sairá na rodovia e a terceira vai se sobrepor à
trincheira, tornando-se a ligação BH-Nova Lima. A
construção está orçada em R$ 7 milhões, com recursos
provenientes da Associação dos Empreendedores dos
Bairros Vila da Serra e Vale do Sereno (R$ 4 milhões)
e do BH Shopping (R$ 3 milhões).
A alça irá desafogar o trânsito no Belvedere,
principalmente na Avenida Luiz Paulo Franco,
dispensando da passagem pelo bairro os veículos
que vão em direção da Av. Nossa Senhora do Carmo.
Segundo informações da BHTrans, cem mil veículos
trafegam, diariamente, entre o Bairro Belvedere e
Nova Lima e o congestionamento costuma chegar
a quatro quilômetros.
A obra faz parte do Complexo Viário do Portal
Sul que abrange, ainda, dois outros viadutos, um de
acesso à Nova Lima pela BR-356 e outro de acesso
à BR-356, de trânsito proveniente do Belvedere e
BH Shopping.
06
DIVULGAÇÃO AVS
Medida
Compensatória
A obra é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
firmado entre o Ministério Público, a Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (Semad), a Prefeitura de Nova Lima, a Associação dos Amigos
do Belvedere, a Associação do Residencial Unifamiliar do Vale dos
Cristais e a Associação dos Empreendedores dos bairros Vila da Serra
e Vale do Sereno, formada por grandes construtoras que possuem
empreendimentos ou obras na região.
Além da construção da trincheira, o acordo prevê que todas as
autorizações ambientais de grande porte devem se submeter ao
licenciamento corretivo estadual por causar impactos nas duas cidades.
Alça Sul do Belvedere
Empresa: Terrayama
Início das obras: Abril
Duração: 8 meses
Investimento: R$ 7 milhões
Construção: uma trincheira, um viaduto e três pistas de rolamento
OBRAS NO ESTADO
Santa Luzia terá
DIVULGAÇÃO COPASA
100% de esgoto tratado
Com investimentos de R$ 56,9 milhões, a Copasa está
implantando uma moderna Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) em Santa Luzia. A empresa responsável pela
obra é a Emccamp, que iniciou as obras em maio de 2009 e
deverá entregar em setembro deste ano.
Inicialmente prevista para ser construída no centro da cidade, a ETE precisou ser transferida de região, seguindo uma
demanda da população e passou para a região da Frimisa, nos
arredores de Santa Luzia.
A nova ETE será a maior da cidade, que já possui outras
quatro Estações, e terá capacidade para tratar 10,3 milhões
de litros de esgotos por dia. Serão implantados cerca de um
quilômetro de redes coletoras, 13 quilômetros de interceptores
e 14 elevatórias para o bombeamento do esgoto coletado até
a estação de tratamento, beneficiando, diretamente, cerca de
93 mil pessoas na região.
A ETE Santa Luzia é composta por tratamento preliminar,
reator de fluxo ascendente (UASB), filtro biológico e decantadores, além de unidades de apoio e tratamento de resíduos.
Com a nova ETE, a Copasa completará o atendimento a
cem por cento da cidade, melhorando consideravelmente a
qualidade de vida da população. O projeto contribuirá, também, para a despoluição do Rio das Velhas, colaborando com
um dos projetos estruturadores do Governo – o Meta 2010.
ETE SANTA LUZIA
Investimento: R$ 56,9 milhões
Empresa: Emccamp
Conclusão: setembro de 2012
Capacidade: 10,3 milhões de litros/dia
População beneficiada: 93 mil pessoas
07
ENTREVISTA
ENTREVISTA
RENATA VILHENA
ANUNCIA
PERSPECTIVAS PARA
A INFRAESTRUTURA
A secretária de Planejamento
e Gestão do Estado falou ao
Sicepot-MG Notícias sobre o
planejamento financeiro do
Estado, projetos e investimentos
necessários para o crescimento.
FOTOS: VANDER BRAS/ASCOM PBH
GUALTER NAVES
08
Renata Vilhena – graduada em Estatística pela UFMG e especializada em
Administração Pública pela Fundação João Pinheiro – ocupa, desde janeiro
de 2007, o cargo de Secretária de Estado de Planejamento e Gestão do
Governo de Minas, tendo atuado, entre 2003 e 2006, como SecretáriaAdjunta desta pasta. Ainda no Governo de Minas, ocupa, desde abril de
2010, a presidência da Câmara de Coordenação Geral, Planejamento, Gestão
e Finanças. Participou da concepção e da implementação do “Choque de
Gestão” em Minas Gerais e atuou na instituição de medidas voltadas ao
aumento de produtividade do setor público.
De 1999 a 2003, foi Secretária Adjunta de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo
Gerente do Programa “Redução de Custos nas Aquisições de Bens,
Obras e Serviços” do Avança Brasil, quando foi responsável pela criação
e implantação da modalidade de licitação denominada Pregão, e de sua
utilização via internet.
ORÇAMENTO PARA TRANSPORTES
SN - No orçamento deste ano, o que está previsto para a área
de transportes, infraestrutura e saneamento?
RV - Para os próximos quatro anos, o Plano Plurianual de Ação
Governamental (PPAG) define como uma das prioridades do Governo de
Minas ampliar e melhorar a malha rodoviária do Estado, pois sabemos que
essa é uma das principais alavancas para aumentar a competitividade das
empresas mineiras e a qualidade de vida da população. O carro-chefe dessa
proposta é o programa estruturador “Minas Logística”, com investimento
de R$ 1,85 bilhões até 2016, sendo 25% já neste ano. Dentro dele, temos
o “Caminhos de Minas”, marco especial na administração Anastasia, pois,
ao asfaltarmos estradas antes em condições muito precárias, damos à
população que depende delas mais acesso à saúde, à educação e ao
emprego. Ou seja, é um projeto de infraestrutura, mas com forte cunho social.
Seguimos também com diversas ações voltadas desenvolvimento
aeroviário do Estado, através da reforma ou construção de aeroportos.
Em 2012, iniciaremos o processo para ampliação e reforma do terminal
de passageiros do aeroporto de Governador Valadares. Ainda em relação
a transportes, temos o programa “Mobilidade na Copa”, com foco na
região Central de Minas, para garantir a mobilidade urbana durante o
Mundial. Serão iniciadas obras viárias no Vetor Norte da RMBH, visando
melhores condições para a recepção de turistas no evento esportivo,
em um investimento de mais de R$ 50 milhões em 2012. Outra meta é
universalizar o acesso da população aos serviços de saneamento básico.
Estão previstos investimentos de R$ 100 milhões para atender às regiões
Norte e Nordeste do Estado, por meio da Copanor Copasa – Serviços de
Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A. Esses
recursos garantirão Sistema de Abastecimento de Água a 60 novas
localidades, Sistema de Esgotamento Sanitário a 22 novas localidades e a
construção de 100 Módulos Sanitários Residenciais. Além disso, a Copasa
prevê investir R$ 833 milhões durante o ano de 2012 para abastecer 121
mil casas com água e 144 mil com esgotamento sanitário.
ENTREVISTA
FINANCIAMENTOS
CRESCIMENTO DO ESTADO
SN - O Estado está negociando com organismos financeiros para viabilizar
projetos de infraestrutura? Como estão as negociações? Qual a previsão de
entrada dos recursos?
RV - O Governo reconhece a necessidade de buscar financiamentos junto a organismos
financeiros e trabalha arduamente para conseguir esses créditos e direcioná-los para o
fomento de implantação de políticas públicas em áreas primordiais, como de infraestrutura e
de logística de transportes. Atualmente, estamos negociando quatro operações de crédito para
essas áreas, prioritariamente para o “Caminhos de Minas”, e melhorias no acesso e entorno do
Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), além de execução de obras de aeroportos
regionais, obras viárias na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e investimentos
em Segurança Pública.
As negociações acontecem junto aos bancos Japonês para Cooperação Internacional
(JBIC), Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), sendo que as leis que autorizam essas operações já estão aprovadas pela
Assembleia Legislativa (ALMG). O Governo de Minas já começou a negociar também com Banco
de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a duplicação da MG-424. Os investimentos
em infraestrutura pleiteados são em torno de R$ 3 bilhões e a previsão de entrada dos recursos
é de cerca de um terço desse valor já a partir do segundo semestre deste ano.
SN - Na sua visão, de que o Estado precisa
para ter um crescimento constante?
RV - Os fatores que determinam o crescimento
econômico de um estado são inúmeros e é
impossível saber ao certo quais iniciativas impactam
mais diretamente e em qual proporção no referido
crescimento. Sem dúvida, precisamos diversificar
nossa economia, aumentar o espaço dos produtos de
alto valor agregado, da indústria de transformação e
intensiva em tecnologia. O governo tem feito um amplo
trabalho de planejamento e de aplicação de recursos
para criar atrativos para que esse tipo de empresa se
instale em Minas. Atrativos que, em grande parte, estão
relacionados à infraestrutura logística do Estado, por
meio da melhoria da qualidade da malha rodoviária,
da adequação de estrutura de funcionamento
dos aeroportos regionais e, principalmente, da
implantação do conceito de Cidade Aeroporto, centrada
no Aeroporto Internacional Tancredo Neves e no
Aeroporto Industrial – centros logísticos de escoamento
da produção mineira.
Além de procurar diversificar a economia, o Governo
de Minas adota outras medidas que permitem antever,
com alguma certeza, a perspectiva de crescimento. São
elas: (1) O equilíbrio das contas públicas alcançado no
final de 2004 se mantém até os dias atuais e reflete
o compromisso do Estado com a responsabilidade
fiscal. (2) A terceira onda do Choque de Gestão leva
a bandeira da redução das desigualdades regionais
por meio da interação Estado e sociedade civil via
comitês regionais, o que melhora a qualidade de vida
da população. (3) Pré-definição das prioridades da
agenda de Governo com a carteira de programas
estruturadores, o que garante a qualidade e efetividade
do gasto. (4) O aumento da capacidade de atração de
investimentos privados com a assinatura desde 2003
de mais de 1900 protocolos de intenção, com receita
estimada em R$ 164 bilhões. (5) A boa avaliação
e a qualidade do relacionamento com organismos
internacionais, como Banco Mundial e BID, e com
agências nacionais de fomento, como o BNDES. (6)
O aumento da arrecadação de tributos via controle
fiscal ostensivo.
INVESTIMENTOS
SN -Como a nova estrutura salarial da educação impacta no orçamento do
Estado? Haverá cortes nos investimentos? Em que escala?
RV -Primeiramente, destaco que em relação aos investimentos não há cortes. Ao
contrário, temos cerca de 25% de aumento se comparado ao valor de 2011. Em 2012, o
Governo de Minas investirá cerca de R$ 12,9 bilhões. No que tange à educação, podemos
afirmar que o novo modelo de remuneração, o do subsídio, foi pensado em conjunto com
todas as variáveis orçamentárias do Estado, justamente para que as soluções propostas
estivessem alinhadas com outros itens importantes da ação governamental. Assim, embora
a nova estrutura salarial represente um impacto significativo de mais de R$ 2 bilhões
na folha, diluídos nos próximos quatro anos, procuramos compensá-lo com medidas de
contenção de despesas e de qualificação do gasto público.
Vale ressaltar que a Lei nº 19.837/2011, além de unificar o modelo de remuneração
das carreiras da educação básica e corrigir distorções constatadas, promoverá uma revisão
do posicionamento dos servidores, de forma escalonada, entre 2012 e 2015. Esse
reposicionamento permite compatibilizar o impacto financeiro das medidas previstas na
Lei com o orçamento público. Dessa forma, com a aprovação da referida Lei, o Governo de
Minas cumpre o piso federal estabelecido para os profissionais do magistério e obedece ao
limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Tudo isso sem comprometer os investimentos e o
crescimento econômico do Estado. Nesse sentido, pode-se inclusive dizer que o modelo do
subsídio alia conceitos de transparência e de responsabilidade fiscal, eixos que norteiam
o chamado desenvolvimento econômico sustentável.
09
ENTREVISTA
ENTREVISTA
DÍVIDA DO ESTADO
SN - Como está a negociação com a União para revisão dos
encargos da dívida do Estado?
RV -A renegociação ainda não começou, mas, pelo que tem sido
noticiado, o Governo Federal está disposto a conversar, especialmente
porque chegamos a um cenário em que, com a recente queda da Selic, o
custo financeiro da dívida está maior que os juros cobrados pelo mercado.
O que existe de fato e tem ganhado força a cada dia é uma mobilização
nacional dos estados no sentido de debater e provocar a revisão de
suas dívidas com a União. Rever os contratos assinados em 1998 com
base na Lei 9.496/97 é imperioso, pois atualmente os encargos com
dívida comprometem o orçamento do Estado de Minas em 13% da
receita corrente líquida. Dentre as principais propostas estão a adoção
do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em substituição ao
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a redução da
taxa de juros de todos os contratos para 2% e a redução do percentual
do comprometimento da receita líquida com o pagamento da dívida
para, no máximo, 9%. O montate economizado com o pagamento da
dívida poderia ser redirecionado para novos investimentos na saúde
pública, infraestrutura e combate à pobreza. Além disso, essa proposta
permitirá a liquidação dos pagamentos da dívida de quase todos os
estados até 2028. Quando refinanciou a dívida em 1998, Minas
devia cerca de R$ 14 bilhões, pagou R$ 22 bilhões até 2011 e ainda
deve R$ 57 bilhões. Estes números falam por si e demonstram como
o pagamento da dívida onera sobremaneira os estados e municípios
brasileiros. Perceba que se trata de debate administrativo e não político,
que tem por objetivo demonstrar claramente à União a necessidade de
rever as condições colocadas quando do refinanciamento das dívidas,
adequando-as à nova realidade da administração pública no Brasil.
GUALTER NAVES
10
SN - E a questão da medida compensatória pelo pagamento
de juros aplicados em gargalos da infraestrutura, como
a BR-381 e o Anel Rodoviário?
RV - Ao final do ano passado, em audiência solicitada pelo
Deputado Bonifácio Mourão, relator da Comissão Especial da Dívida
Pública, foi apresentada proposta de medidas compensatórias
para renegociar a dívida com a União. Na época, foi sugerida a
adoção de medidas compensatórias de forma a reverter condições
desfavoráveis às quais Minas se submete para o pagamento da
dívida.
Por medida compensatória entende-se, fundamentalmente, a
possibilidade de utilizarmos as distorções financeiras vivenciadas
no contrato de refinanciamento de dívidas com a União em obras
de interesse comum, como intervenções em rodovias federais que
cortam o Estado. Ou seja, dada a injustiça dos valores pagos à União
em razão de um indexador desarrazoado, a proposta prevê que o
Estado, a partir de agora, direcionaria os pagamentos futuros e
mensais da dívida refinanciada com a União em obras de melhoria
de infraestrutura, como as da BR-381 e do Anel Rodoviário de Belo
Horizonte, ambas de competência do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT). Assim, os estados gastam
em nome da União os mesmos recursos que deveriam repassar a
ela como pagamento da dívida, e que, em tese, deveriam retornar
como obras e outros investimentos, sob responsabilidade da
mesma. Ressalto que a idéia, apesar de estar em fase de discussão,
foi fortemente apoiada por todos os presentes à sessão. Alguns
estudos e propostas serão aprimorados para que possamos
encaminhá-los formalmente ao Governo Federal.
COMISSÕES DE TRABALHO
O EQUILÍBRIO EMPRESARIAL
E A SAÚDE E SEGURANÇA
DO TRABALHADOR
Geraldo Tanure - Coordenador de Segurança Ocupacional do Comitê de SST do
Sicepot-MG e gerente de SST da Construtora Barbosa Mello S/A
O sucesso das organizações consiste
em atender de forma equilibrada as necessidades das partes interessadas tais como:
acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores, governo, sociedade, etc. Este equilíbrio é o princípio para o desenvolvimento
sustentável ancorado na gestão econômica,
ambiental e social. A Gestão Empresarial
Moderna exige que os líderes classifiquem
os riscos como ameaças e oportunidades.
O cenário da Gestão da Saúde e Segurança
Ocupacional é rico em oportunidades e
desafios, pois há uma grande lacuna a ser
preenchida na implementação dos controles
gerenciais e operacionais.
Vivemos no Brasil a expectativa de que
os equipamentos de proteção individual –
EPI´s, são capazes de evitar os acidentes.
Façamos um pequeno teste: experimente
perguntar aos trabalhadores em uma obra
da construção pesada como poderiam evitar
cortes nas mãos ou queda de um andaime.
As prováveis respostas seriam o uso de luvas e o cinto de segurança. Entretanto, tais
respostas não são consideradas melhorias
necessárias nos processos e nas fontes
perigosas como andaimes irregulares, escadas inseguras, objetos cortantes, dentre
outros riscos.
Diante disso, as organizações precisam
acreditar que 100% dos acidentes podem
ser evitados, quando consideramos que:
• os EPI´s não evitam acidentes;
• os investimentos em treinamentos,
capacitação e controles administrativos
mitigam em até 30% os riscos ocupacionais;
• com a aplicação dos controles de engenharia (civil, mecânica, elétrica, automação,
etc.) aumentaríamos a eficiência em até
70%;
• eliminando ou substituindo partes
das fontes geradoras (equipamentos, fer-
ramentas, instalações, etc.) alcançaríamos
o número ZERO de acidentes.
Precisamos abortar o pensamento de
que evitar acidentes é algo subjetivo e
entendermos que se trata de uma ciência
exata!
Quem não acreditar na possibilidade
da conquista do acidente zero, automaticamente estará se incluindo na lista dos
próximos acidentados. Todas as partes
interessadas perdem muito diante de um
acidente de trabalho. Para o acionista, um
acidente fatal pode inviabilizar o desenvolvimento na sua empresa, devido às indenizações trabalhistas e previdenciárias,
FAP, etc. Na cadeia cliente e fornecedor as
perdas estão associadas aos VALORES e
obrigações solidárias. O Governo legisla no
intuito de desonerar os cofres públicos e na
manutenção do bem-estar da sociedade.
Para o acidentado, não há como calcular o
valor da perda.
O momento é fértil para a transformação
de ameaças em oportunidades, e como
ponto de partida, devemos refletir no conceito entre o trabalhador Profissional e o
Amador. O trabalhador Profissional é aquele
que assimila com eficiência a qualidade empregada nos produtos e serviços prestados,
no bem estar, na segurança, no equilíbrio
com o meio ambiente e com a ética no
trato social. O empregado Amador é aquele
que está limitado à eficiência da qualidade
empregada nos produtos. É inconsebível
uma organização valorizar o empregado
Amador, acéfalo na disciplina prevencionista
dos acidentes.
A Gestão da Saúde e Segurança do Trabalhador é um dos pilares de sustentação
para o equilíbrio empresarial.
PLANEJAMENTO
PARA O ANO
Álvaro Moreira – Coordenador do GTRH
e Gerente de Relações do Trabalho da
Mendes Junior.
Diariamente, em nossas empresas, passamos por mudanças inerentes ao nosso
trabalho e as atividades desenvolvidas. Concomitantemente, estas mudanças também
afetam o Grupo de Trabalho de Recursos
Humanos (GTRH) do Sicepot-MG. O reflexo
dessas mudanças passa pela troca de cadeiras de alguns dos gestores que participam
do grupo.
Nossas atividades sempre tiveram foco
específico na administração de pessoal, que
trouxeram para o grupo a força e a credibilidade que hoje possui no Sindicato. A troca
de informações e experiências vividas pelos
profissionais, bem como a participação efetiva
da assessoria jurídica do sindicato, traz para os
participantes transparência e fortalecimento
nas relações. Os principais ganhos são experiências trocadas e o suporte constante que
o grupo oportuniza a todos.
Novos ares estão soprando no GTRH
para este ano, e passa pela busca efetiva
de tratarmos assuntos inerentes a outros
subsistemas de Recursos Humanos como
treinamento e desenvolvimento, cargos e
salários, transcendendo a administração de
pessoal. Desta forma, realizaremos painéis,
buscando nas empresas associadas as melhores praticas de RH e o compartilhamento
destas práticas com o grupo.
Profissionais especialistas em temas de
interesse do grupo serão convidados, para
que, através de palestras abertas a todos
os associados, nos tragam novos conceitos
e práticas que possam proporcionar a melhoria
da gestão de pessoas em nossas organizações. Identificaremos, ainda, nas fileiras
dos associados, diretores de empresas que
possam transmitir suas práticas de sucesso
na gestão de empresas do nosso seguimento.
11
PALESTRAS
LEO LARA
Equilíbrio contratual
Intervenções ambientais
em obras rodoviárias
O Secretário Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado, Danilo Viera Júnior, esteve
no Sicepot-MG, no dia 29 de março, para falar sobre Obras
Rodoviárias: Intervenção em Áreas de APP, Supressão de
Vegetação, Outorgas, Licenciamento Ambiental de Equipamentos de Suporte e Fiscalização Ambiental. A palestra, para
um público de cem pessoas, foi uma iniciativa da Assessoria
Ambiental do Sindicato.
O secretário Vieira Júnior apresentou as mudanças mais
recentes no Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA)
e o trabalho desenvolvido pelos núcleos de apoio regionais,
que são hoje o “braço operacional” do SISEMA. Ele realçou
alguns processos pontuais como limpeza de bueiros e de
galerias e contemplação de faixas de domínio para tornar
mais ágeis os processos de licitação. O secretário adjunto de
Meio Ambiente destacou ainda que o Estado está começando
a trabalhar uma política de incentivos para as empresas que
conseguirem reduzir a emissão de carbono.
Na opinião do presidente do Sicepot-MG, Alberto Salum,
as questões relativas ao Meio Ambiente, hoje, não são mais
vistas pelas empresas da construção pesada como dificuldades
a serem enfrentadas, mas sim como parte do negócio. Salum
ressalta que, para equacionar bem os diversos ângulos das
questões ambientais, o assunto deve ser tratado por todos os
órgãos públicos de forma que o Estado continue crescendo.
12
Com o tema “Empreitada global em face da teoria da
imprevisão e do risco empresarial”, o professor Humberto
Theodoro Júnior, ex-desembargador do TJMG, lotou o auditório
do Sicepot-MG, no dia 19 de março.
A palestra, promovida pelo Sicepot-MG, em parceria com a
Comissão de Direito da Construção da OAB-MG, esclareceu
a prática da busca do equilíbrio econômico-financeiro em
contratos, que tem encontrado fortes barreiras quando
aplicadas entre pessoas jurídicas e de direito privado. Entre
os principais pontos de vista apresentados na palestra,
o professor aponta:
• o contrato de empreitada é sempre comutativo, não
podendo ser tratado como aleatório nem mesmo quando
pactuado por preço global ou em regime “turn-key”;
• qualquer que seja o regime da empreitada, o risco
de variação de custo de mão de obra e material, quando
assumido pelo empreiteiro só compreende as oscilações
normais e previsíveis no mercado. Variações ocasionadas por eventos imprevisíveis, autorizam a revisão dos
preços convencionados;
• para que a revisão do preço da empreitada seja
viável, não basta que o custo da obra tenha se elevado,
se o ocorrido se comportar dentro da álea normal do
mercado. É indispensável que o incremento tenha
sido anormal e imprevisível, dentro da conjuntura do
momento em que o contrato se aperfeiçoou.
DIVULGAÇÃO SIC
EPOT-MG
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Resíduo reutilizado na subbase
ÃO SANT’AN
NA
FOTOS: DIVULGAÇÃO COWAN
DIVULGAÇ
Consórcio Cowan
e Delta ganha
prêmio ecológico
A obra de duplicação da Avenida Pedro I, avaliada em R$ 170
milhões, está recebendo uma alternativa sustentável em sua
execução: o reaproveitamento dos resíduos de demolição para a
pavimentação das vias. O projeto do Consórcio Integração (Cowan/
Delta) ganhou reconhecimento, no final do ano passado, com o
Prêmio Hugo Werneck, do Grupo Ecológico (Revista Ecológica), na
categoria de melhor construção sustentável.
O projeto de reciclagem foi implantado em fevereiro de 2011,
com o início das obras e segue até o final, previsto para abril de
2013. A reciclagem do material foi uma exigência da Prefeitura
no edital de licitação. Os resíduos aproveitados são provenientes
da demolição dos imóveis desapropriados no entorno da obra. O
material demolido é triado e levado para um conjunto reciclador.
Esse conjunto recicla o material para utilizá-lo como sub-base na
nova pavimentação e funciona em duas etapas: a de reciclagem,
realizada pela recicladora, e a homogeneização, feita pelo misturador.
A recicladora tem capacidade para produzir 40 m³ de material por
hora. O material é dosado e misturado à água para garantir a umidade ideal, sendo depois utilizado na nova pavimentação da obra.
O engenheiro ambiental da Cowan, Roberto Márcio Ribeiro de
Abreu, explica que a economia com esse procedimento está sendo
relevante, tanto para as empresas, quanto para a Prefeitura: “É uma
forma de compensação. Não estamos comprando outro material
que estaríamos utilizando para a sub-base, como cascalho ou brita,
além de não precisar dar uma destinação para o aterro. O material
Resíduo sendo reciclado
volta para a obra”.
Para o funcionamento do projeto, desde a etapa de demolição
até a reciclagem, estão envolvidos 18 pessoas (1 coordenador de
equipe, 2 encarregados, 1 maçariqueiro, 5 ajudantes, 2 operadores
de escavadeira e 7 motoristas), além de um pátio de equipamentos,
em Contagem, a 10 km da obra, contendo: 1 conjunto reciclador,
2 escavadeiras equipadas, com rompedor hidráulico, 1 caminhão
munck, 1 caminhão pipa e 5 caminhões báscula trucados. Já foram
reciclados cerca de 20 mil m³ de material, e até o final da obra serão
70 mil m³ reciclados.
Como benefícios, o consórcio aponta o aumento de vida útil
dos aterros, a diminuição do consumo de matérias-primas não
renováveis, o apoio à extinção de bota-foras e a diminuição na
geração de gases de efeito estufa.
Usina de reciclagem Consórcio Integração
Obra: Duplicação Av. Pedro I
Período da obra: fevereiro 2011/abril 2013
Investimento: R$ 170 milhões
Pessoas envolvidas: 18 funcionários
Material reciclado: 70 mil m³
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O VALOR DA NOSSA GENTE
FOTOS: GUALTER NAVES
SIMEÃO,
da juventude à idade adulta,
ajuda a Cimcop a crescer
José Francisco Simeão, 61 anos, encarregado de mecânica
leve, responsável pela manutenção mecânica de veículos e caminhões, gosta do que faz e veste a camisa da empresa. Com 42
anos de Cimcop, não se cansa de exaltar a empresa e demonstrar
sua satisfação com a profissão.
Simeão começou a carreira aos 18 anos, na Cimcop, como auxiliar
de mecânico, em Nova Era, sua cidade natal. Foi crescendo na
empresa e, hoje, é responsável pela formação de vários colegas
da própria empresa e do mercado. “Aqueles que têm boa vontade
de aprender, crescem”, diz Simeão. Muitos dos que foram treinados por ele já estão assumindo cargo de liderança na empresa.
Simeão deu sempre especial atenção ao aprendizado sobre os
novos modelos de caminhão. Ele conta que, apesar de ter feito
treinamentos, começou prestando atenção nas manutenções
feitas pelos fornecedores de equipamentos. Aprendeu muita coisa
olhando e depois praticando. Atualmente, aciona a assistência
técnica apenas em ocasiões especiais.
Orador oficial nas festas de fim de ano da empresa, ele explica que conta com a união da equipe e do companheirismo para
encarar as viagens constantes: “A equipe conta muito no nosso
trabalho. Tendo um grupo bom e unido, encaramos o trabalho
com mais facilidade”.
Simeão já sofreu um acidente de trabalho, em 1974, quando
trabalhava em uma obra em Bom Jardim de Minas. Ficou embaixo
de uma caçamba, após um calço mal colocado se quebrar. Simeão
teve fraturas, passou um ano no hospital, entre cirurgias e fisioterapias, contando com o total apoio da empresa, mas já saiu de
lá direto para o serviço. Simeão ressalta, porém, que, além de os
equipamentos de hoje serem mais modernos e já virem com os
dispositivos de segurança de fábrica, a empresa dá todo o suporte
para se trabalhar com segurança: “temos todos os equipamentos
de segurança, treinamentos e um técnico de segurança nas obras.
Isso é muito importante para trabalharmos bem”.
Conselhos ele dá vários. Entre eles, cuidar dos bens da empresa
como se fossem seus e também fala que os empregados devem
“acompanhar o passo da empresa, vestir a camisa e multiplicar
o conhecimento, pois o futuro pode estar na própria empresa”.
14
“A equipe conta muito no nosso trabalho.
Tendo um grupo bom e unido, encaramos
o trabalho com mais facilidade”.
ARTIGO
Infraestrutura e
produtividade
Matheus Cotta de Carvalho, Presidente do BDMG
No Brasil, o desafio do desenvolvimento, com
expansão da produção, redução das desigualdades,
avanço das estruturas produtivas e a preservação dos
bens e valores do meio ambiente, requer significativo
aumento da produtividade geral da economia brasileira.
Para melhorar as oportunidades de crescimento econômico do
país e garantir a competitividade da economia brasileira é essencial
promover a modernização e a atualização da infraestrutura de que
dispõem os setores produtivos no país. Nossos portos, aeroportos,
rodovias e estradas de ferro estão saturados e superados tecnologicamente e não dão vazão ao que produzimos.
As carências no setor portuário, por exemplo, são gritantes e a
perspectiva é de intenso crescimento da demanda por bens e serviços nessa área. Nossos portos transportaram, precariamente, em
2010, mais de 800 milhões de toneladas, bem acima da capacidade
instalada. Basta lembrar, à guisa de ilustração, que, pelos portos
brasileiros, circulam cerca de 7 milhões de contêineres por ano, menos
da metade da movimentação da Malásia (16 milhões de contêineres,
segundo dados do Banco Mundial ). Além disso, nossos aeroportos
estão congestionados e o tráfego de passageiros cresce a taxas
exponenciais. Sem contar que a malha rodoviária é insuficiente para
o volume de carga transportada e, ademais, é insegura e antiquada.
Por outra parte, também carecemos de ferrovias.
Os modais de transporte são mal articulados e, sem infraestrutura
eficiente, compromete-se a logística, com reflexos diretos e indiretos
sobre o custo Brasil, a produtividade e a competitividade do “made in
Brazil”. Dados do BNDES estimam em R$380 bilhões a necessidade
de investimentos em infraestrutura entre 2011 e 2014 . Portanto,
é urgente e inadiável acelerar as melhorias.
Essa demanda por investimentos é resultado da combinação
de vários fatores: a evolução positiva da renda; o crescimento da
economia e a ampliação da capacidade produtiva; o aumento do
comércio com o resto do mundo; as carências urbanas de saneamento, mobilidade e transporte; as obras do PAC e os megaeventos
esportivos programados para o país até 2016.
Nosso grande desafio é financiar essa massa gigantesca de
investimentos. O setor público, mesmo com os recursos
da União, dos estados e dos
municípios, sabidamente não
dispõe dos meios financeiros
dessa ordem de grandeza. Sem atrair capitais privados, nacionais
ou estrangeiros, dificilmente esses avanços, embora necessários,
serão viabilizados. Dupla missão cabe, diante disso, ao poder
público: instituir e consolidar marcos jurídicos que garantam e
tornem atraentes as inversões privadas nessas áreas e participar,
diretamente, do “funding” desses projetos, ainda que de forma
modesta.
Consciente da importância da infraestrutura para Minas Gerais e
em linha com a diretriz de apoiar e fortalecer as políticas públicas de
desenvolvimento do estado, o BDMG vem, desde 2003, ampliando sua
atuação na área, concedendo financiamentos com recursos próprios
ou com repasses do BNDES para o setor privado e, principalmente,
para os municípios mineiros. Entretanto, o Banco reconhece que a
magnitude dos recursos exigidos supera sua escala e porte financeiro.
É preciso engenho e arte, ou seja, inovação.
À vista disso, em complemento ao financiamento que concede
à infraestrutura (cerca de R$ 700 milhões desde 2003 só para os
municípios) o BDMG desenvolve projetos de engenharia financeira e
mobiliza recursos humanos qualificados e sua expertise na elaboração
e desenvolvimento de “project finance”, promovendo a articulação
e a formação de parcerias com outros agentes financeiros para
viabilizar iniciativas nessa área. Muitos desses investimentos em
infraestrutura só poderão ser viabilizados com a participação da
iniciativa privada, por meio de concessões ou outras modalidades
de parcerias público-privadas.
Foi contra esse pano de fundo que o BDMG definiu sua estratégia
de atuação no tocante à infraestrutura, a qual se desdobra em duas
linhas principais: estruturar e montar a engenharia financeira que
viabilizará a execução desses projetos e, quando as circunstâncias e
os interesses de Minas exigirem, participar diretamente da operação
financeira, com recursos próprios ou de terceiros.
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DIVULGAÇÃO SICEPOT-MG/EPO
e
d
e
S
a
v
No lução
em evo
Março de 2012
Rua Santos Barreto, 45 | Bairro Santo Agostinho | Belo Horizonte | Minas Gerais
www.sicepot-mg.com.br | [email protected]
Fone.: 31. 2121.0400
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Renata Vilhena - sicepot-mg