A Comunicação, a Responsabilidade Social e a Liderança Petrobrás, 21 de agosto de 2013 Jornalista, MBA pela FIA-USP Um dos primeiros consultores em sustentabilidade empresarial do Brasil Já atendeu mais de 60 empresas, entre as quais AES Brasil, Algar, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Claro, Natura, Santander, Tetra Pak, Ultragaz, Unilever e Unimed Mais de 650 palestras, workshops e cursos Autor do livro Conversas com Lideres Sustentáveis (Editora SENAC-SP/2011) Idealizador da Plataforma Liderança Sustentável. Professor de sustentabilidade nos MBAs da Fundação D. Cabral, FGV, FIA-USP, Poli-USP e Eca-USP Sou do tempo em que... ...a obra de uma fábrica comemorava a derrubada da última árvore na sua inauguração. Hoje, comemora a plantação de uma floresta no entorno. Sou do tempo em que... ...um empreendimento se justificava pelo potencial de gerar riqueza econômica e ninguém questionava os seus impactos socioambientais. Aplaudia-se sem crítica! Hoje ele precisa obter uma licença social para operar. Será questionado, contestado, criticado. Sou do tempo em que... ...o relacionamento de uma empresa com a comunidade se limitava a distribuir bola e camisa... Hoje é necessário conhecer profundamente as necessidades e expectativas da comunidade, incorporálas à gestão do negócio sob o risco de gerar conflitos e tensões importantes. É o mundo do stakeholder! Sou do tempo em que, enfim... ...a única noção a orientar um empreendimento era o botton line... Hoje vive-se o tempo de ascensão do triple botton line. . Triple bottom line “O equilíbrio dos resultados econômico-financeiros, com resultados ambientais e sociais” John Elkington Noção de interdependência “O ponto de intersecção entre os negócios e os interesses da sociedade e do planeta” Andrew Savitz O tempo do qual eu era...não existe mais... • O que significa que empresas e empreendimentos nunca serão mais entes apenas econômicos.... • E não se construirá mais como no século passado, sem considerar as externalidades sociais e ambientais. • Isso não é mais externalidade. Faz parte do negócio! Uma obra de construção civil Vai ter que…. Observando… Respeitar os Direitos Humanos e as condições de trabalho Capacitação, atração e retenção de mão de obra, combate ao trabalho infantil e análogo ao escravo, a saúde, segurança e qualidade de vida do trabalhador Cuidar do Meio Ambiente e interferir menos nas mudanças climáticas Impactos ambientais, comedimento no uso de recursos naturais e menos emissões de GEEs Promover a Sociedade O desenvolvimento das comunidades impactadas Ser eficiente no uso de energia Redução de consumo e uso de fontes mais limpas Usar melhor a água Reúso nos canteiros de obras Ser eficiente no uso de materiais Aumento da reciclagem, novos materiais e tecnologias Diminuir resíduos Redução de entulhos Fonte: Câmara Brasileira da Construção Civil O tamanho das responsabilidades é proporcional aos impactos gerados • 92,7 mil empresas • 5,4% do PIB nacional (2010) • 2,7 milhões de pessoas ocupadas • R$ 266,6 bi em receitas • R$ 274,2 bi em obras e serviços de construção • R$ 74, 7 bi em gastos com pessoal Desafios a encarar • Mais de 33% de trabalhadores analfabetos funcionais e em funções com baixa especialização • Setor gera metade dos resíduos do Planeta • Cadeia consome entre 14% e 50% dos recursos naturais extraídos no mundo. • Alta informalidade na cadeia de valor Desafios a encarar • Grandes empreendimentos provocam o deslocamento de massas de trabalhadores, gerando diferentes tipos de problemas sociais– entre eles a gravidez precoce. • Registro frequente de casos de trabalho análogo ao escravo (Em 2012, MT de SP contabilizou 140) • Alta incidência de acidentes de trabalho Os riscos de não ser sustentável Segundo a Dinamus Consultoria, o valor de mercado para empresas de construção civil menos sustentáveis pode cair até 51%. E nas mais sustentáveis: 5,4% Riscos de Imagem e Reputação (ativos intangíveis), ambiente de negócios, perda de licença social para operar, desvalorização dos ativos O caso MRV e as denúncias de trabalho análogo ao escravo: queda de 7,18% no valor dos papéis da Bolsa Transparência radical Daniel Goleman Cada vez mais as pessoas, as pessoas vão querer saber como as empresas atuam e a que custo atuam para o planeta e a sociedade. 95% das crises de imagem serão relacionadas a questões de sustentabilidade. Como gerenciar os riscos de não ser sustentável • Fazendo uma avaliação socioambiental do entorno dos empreendimentos • Promovendo o relacionamento próximo e respeitoso com as comunidades. • Garantindo as condições de saúde e segurança no trabalho. • Reduzindo impactos socioambientais. Como gerenciar os riscos de não ser sustentável • Atuando pelo desenvolvimento local de modo sustentável em parceria com prefeituras e ONGs. • Capacitando e contratando mão de obra local. • Investindo na elevação da escolaridade e qualificação dos trabalhadores. • Usando a comunicação como uma ferramenta estratégica Comunicação, ferramenta estratégica Comunicação •Informa •Mobiliza •Sensibiliza •Convoca •Articula •Previne •Muda modelo mental •Transforma GLPduto Urucu-Coari (Amazonas) Comunicação, ferramenta estratégica A Caravana de QSMSC (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Comunicação Social) é uma expedição mensal, em barco, com profissionais de diversas áreas (inclusive médicos e assistentes sociais) que, ao longo de 10 dias, visita os mais de 2300 funcionários localizados em balsasalojamento nas margens dos rios. Com a Caravana, a empresa ampliou o número de treinamentos realizados, os índices de vacinação e ontrole de endemias e as vistorias de equipamentos. A iniciativa ganhou o Prêmio Top Socioambeintal ADVB MG-2009 Projeto Maré Cultural Projeto Maré Cultural, desenvolvido pela equipe de Comunicaçãi e Responsabilidade Social da OAS no Gasoduto Pilar-Ipojuca (189 km entre os estados de Alagoas e Pernambuco) Promoveu atividades culturais, recreativas e educativas em 47 comunidades vizinhas, trabalhando ao mesmo tempo questões de segurança relalacionadas ao gasoduto. Estudo CBIC: Responsabilidade Social na Construção Civil Entre os temas mais citados: •75%: Envolvimento comunitário •70%: Meio ambiente •69%: Direitos Humanos 60% desenvolvem alguma ação social. Mas só 24% admitem fazer de modo estratégico. A maioria (40%) faz pontualmente Para 64%, são os presidentes que decidem sobre as ações O Case Alcoa : Franklin Feder O que diferenciam os líderes sustentáveis (1) Acreditam, de verdade, nos valores do conceito de sustentabilidade: (a) ética, (b) transparência, (c) diversidade, (d) respeito ao outro, (e) cuidado com o meio ambiente O que diferenciam os líderes sustentáveis (2) Têm coragem para enfrentar resistências e resiliência pra seguir em frente. São o exemplo da mudança que querem realizar O que diferenciam os líderes sustentáveis (3) Tem a capacidade de criar sinergia, envolver Pessoas, educar líderes e juntar diferenças em torno da ideia da sustentabilidade O que diferencia os líderes sustentáveis (4) Enxergam a sustentabilidade pela ótica da oportunidade. Identificam os grandes temas e desafios. E os colocam no centro de seus negócios O que diferenciam os líderes sustentáveis (5) Compreendem e praticam a noção de interdependência entre os sistemas produtivo, ambiental e social www.ideiasustentavel.com.br/lideres Muito obrigado! @ricvoltolini [email protected] www.ideiasustentavel.com.br/lideres Apoiadores e Parceiros