Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 Quais recursos? Cristina Câmara1 O tema deste número da Revista Eletrônica Portas é “Mobilização e captação de recursos para projetos sociais”. Tema este diretamente ligado aos desafios cotidianos de Organizações da Sociedade Civil (OSC) para manterem suas estruturas institucionais e ações desenvolvidas. Por sua vez, também diz respeito a seu papel social e como têm sido vistas por diferentes setores da sociedade. As conhecidas formas de captação de recursos financeiros são: doações provenientes da cooperação internacional; apoios governamentais; investimento social privado; e, doações individuais. O debate sobre a cooperação internacional com as OSC no Brasil não é novo, mas os cenários mudaram dentro e fora do país. A cooperação internacional vem passando por profundas mudanças e o Brasil tem tido um papel de protagonista no cenário global. Desde que passou a ser considerado como um país de renda média, seu status e as relações com a sociedade civil vêm mudando, com repercussões internas e externas. Desde o início dos anos 90, a cooperação internacional com as OSC vem mudando, entretanto não há indícios de que esteja saindo do Brasil, como aventado inicialmente. No cenário atual, há Agências que estão até mesmo criando ou fortalecendo sua atuação. Muito provavelmente, trata-se de uma reconfiguração nas relações de cooperação internacional com foco nas ações não-governamentais, inclusive exigindo um reposicionamento das organizações brasileiras. Pesquisas sobre as mudanças no aporte de recursos para OSC no Brasil têm apontado neste sentido. Nota-se não somente a diminuição de recursos, mas, também, mudanças quanto a prioridades temáticas e de regiões. Algumas destas mudanças estão relacionadas principalmente a quatro aspectos: • • • • A crise econômica 2008-2009 A mudança de prioridade de regiões no globo Alto nível de desenvolvimento econômico social brasileiro Maior potencial de captação interna e possibilidade crescente de autosustentabilidade no campo social brasileiro Desde o governo Lula, há uma clara atenção aos projetos sociais, em especial àqueles dirigidos à população de baixa renda, associados à criação de infraestruturas básicas que melhorem às condições de vida da população. Isso tem implicado em investimentos significativos, especialmente nas áreas da educação e da assistência social. Também há uma gradativa preocupação dos últimos presidentes brasileiros com questões que envolvem o tema dos 1 Socióloga, Doutora em Ciências Humanas (PPGSA/IFCS/UFRJ) e Coordenadora da "Acicate: Análises Socioculturais" 5 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 direitos humanos, desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando foi lançado o I Programa Nacional de Direitos Humanos. Apesar das críticas quanto à atenção dirigida a este e outros planos de governo voltados a grupos sociais minoritários, inegavelmente a visibilidade dos debates em torno dos mesmos vem gerando mudanças para melhor. Além disso, no governo Lula, houve a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e ampliou-se enormemente o debate sobre a política de cotas raciais; as Secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e de Direitos Humanos (SDH) adquiriram status de Ministério; e, foi criado o Comitê Nacional de Combate à Discriminação no âmbito da SDH. De modo geral, pelo menos nos últimos dez anos, a mudança de aporte de recursos internacionais para o Brasil é visível. Além do DFID e da CIDA, Agências oficiais que saíram do país, também há notícias de várias organizações internacionais, importantes na cooperação com as organizações brasileiras, que se retiraram ou mudaram sua forma de atuação.2 Por sua vez, também pode-se observar a chegada de novas organizações, bem como o surgimento de iniciativas como a dos Fundos Independentes, sinalizando um momento de grandes mudanças na cooperação internacional e para o campo não-governamental. Além da diminuição de recursos via cooperação internacional com as OSC brasileiras, a pesquisa de Vargas & Ferreira (2010) já apontava o fato de algumas organizações internacionais poderem vir a se nacionalizar no país, levando à captação interna de recursos (cada vez menos recursos internacionais) e exigindo, possivelmente, uma reorganização interna, já que as organizações passariam a disputar por mais recursos internos. Some-se a isso o fato de muitas dessas organizações possuírem know-how e capacidades para a captação ainda não totalmente generalizadas na cultura organizacional brasileira. Além dos recursos não serem totalmente investidos no país, no caso de organizações transnacionais, corroborando o novo papel do Brasil no cenário global. Também, há movimentos em direção a novos rumos, tanto para o Brasil quanto para a América Latina, inclusive pelo surgimento de novos atores como doadores, especialmente na cooperação Sul-Sul, como os BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). Para as OSC, esse momento requer uma mudança de mentalidade e de lugar social referencial (individual e organizacional) com relação à histórica importância da cooperação internacional, especialmente não-governamental. É preciso mudar as lentes e observar que a conjuntura é outra. Que se, por um lado, os países considerados de média renda ainda têm enormes desigualdades socioeconômicas internas, por outro, também se reposicionaram na geopolítica global, passando a gerar expectativas de cooperações internacionais a partir de novos lugares, ainda em construção. A recente pesquisa intitulada “Arquitetura institucional de apoio às organizações da sociedade civil no Brasil”, procurou identificar o processo de institucionalização do campo de financiamento de OSC no país, além de mapear as fontes de apoio financeiro atuais para essas 2 Entre elas: CordAid, Novib e Terre des Hommes (Holanda); Catholic Relief Services e Fundação Kellogg (Estados Unidos); Save the Children (Suécia); Intermon (Espanha); Trócaire (Irlanda); Scottish Catholic Internationa Aid Fund (Escócia); e, Volens (Bélgica) (FLD apud Câmara, 2012). 6 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 organizações, especialmente as autodenominadas organizações de defesa de direitos.3 Através dessa pesquisa, mas não somente, pode-se observar uma aproximação entre atores sociais que de alguma forma estão atentos ao debate, mas não dialogavam tão estritamente, estando mais voltados ao cotidiano da ação política e/ou à produção de estudos e pesquisas a respeito. Destaque-se, também, o estudo realizado pela Abong (2012) com cerca de 200 ONG associadas, abordando o acesso das organizações de defesa de direitos e bens comuns a fundos públicos federais. Paralelamente, esta Associação lançou um Guia Eletrônico de Fundos Públicos, com editais federais e informações sobre como acessá-los. Há, ainda, informações sobre o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Gestão (SICONV) e o debate sobre o marco regulatório para as OSC, reunindo documentos e informações sobre a Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as OSC. Outro estudo da Abong, lançado também em 2012, é pertinente ao tema da sustentabilidade no cenário atual: “Estudo analítico sobre transparência e legitimidade das organizações da sociedade civil brasileira”. Cujo objetivo é ampliar informações e conhecimentos sobre o debate a respeito de prestações de contas pelas OSC. A publicação oferece informações preciosas e várias sugestões de links. Sobre as fontes de recursos, ainda que seja um grupo bem delimitado, as associadas da Abong trazem à tona algumas mudanças interessantes a serem observadas. De acordo com Gouveia (2010:73): “As fontes que nos últimos sete anos têm apresentado uma tendência crescente no financiamento das organizações associadas à Abong são as empresas, institutos e fundações empresariais, os recursos públicos municipais e as doações de indivíduos”. O aumento da participação dos recursos públicos municipais chama a atenção. As hipóteses levantadas pela pesquisa da Abong foram: a) os recursos municipais são menores e talvez por isto mais estáveis; b) a descentralização das políticas públicas teria gerado mais oportunidades locais; c) as ações locais possibilitariam mais articulação entre os sujeitos envolvidos. No que se refere ao setor privado, de modo geral, a tendência do apoio financeiro de empresas para projetos sociais está diretamente ligada a ações desenvolvidas pelas próprias empresas, relacionadas ao mundo do trabalho e/ou a interesses das mesmas à vinculação de sua imagem a ações e causas sociais, ainda que o Censo Gife 2011-2012 sinalize mudanças nesse perfil. Subjaz o debate sobre a responsabilidade social das empresas e o investimento social privado, que não é próprio ao Brasil, mas marcado pela história e a cultura política local. Com base no campo sem fins lucrativos no Brasil, duas afirmações já se tornaram senso comum. A primeira é a de que o investimento do setor privado prima por apoios para crianças e adolescentes e cultura, especialmente devido à possibilidade de isenção de impostos. Além de meio ambiente, que é um ponto crucial para a imagem da empresa associado à responsabilidade social. 3 Pesquisa fomentada pela D3 – Diálogos, Direitos e Democracia, realizada por pesquisadores do Centro de Estudo em Administração Pública e Governo (CEAPG) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP), publicada em 2013. 7 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 A segunda afirmação restringe-se ao mundo das OSC, evidenciando que de fato com a redução do apoio por parte de Agências de Cooperação Internacional no país, essas organizações estariam buscando novas fontes de recursos. Inicialmente, o setor público e mais recentemente o setor privado. O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) reúne 143 instituições do setor privado compromissadas com o que definem como investimento social privado.4 Trata-se dos maiores investidores sociais privados do país, que juntos, de acordo com o Censo GIFE 2011-2012, destinam cerca de R$ 2,2 bilhões por ano às áreas social, cultural e ambiental. O Censo GIFE 2011-2012 contou com a participação de 100 instituições, sendo 13 empresas, 58 associações ou fundações empresariais e 29 fundações e associações familiares, independentes e comunitárias (FIC). Predomina o investimento de origem empresarial e a Educação vem se mantendo como a área prioritária de atuação para 55% de seus associados, empatada com a Formação de jovens para trabalho e cidadania. Os associados do GIFE primam pelo foco temático e indicadores econômicos e sociais (58%) para a definição de estratégias, vulnerabilidade social (54%) e localidades no entorno (46%), além de optarem por projetos de curto prazo. O GIFE apresenta novidades no que diz respeito a suas metas e visão de futuro para os próximos dez anos. A partir de um trabalho prospectivo, o grupo avaliou que as temáticas tradicionais estão saturadas e que “é preciso tratar de temas e estratégias que exigem uma maior atenção dos investidores para além do padrão corporativo, já bastante desenvolvido no País.” (GIFE, 2010:9). Os três eixos que orientam as tendências gerais do GIFE, de acordo com a visão 2020, são: • • • Foco e impacto norteando o planejamento Alianças e parcerias intra e intersetoriais Diversificação dos modelos de organização do investimento social privado O intuito é ampliar sua legitimidade, diversificar as temáticas, regiões e públicos com os quais trabalham, tendo um conjunto sustentável e diversificado de investidores. Para isto, desde abril de 2010, quando foi lançada a Visão 2020, o GIFE tem incentivado a diversificação dos investidores quanto aos temas, regiões e públicos, atentos às demandas sociais no país. O que demonstra uma preocupação com a contribuição social que o GIFE pode oferecer através das ações sociais privadas. Além de ser explicitamente mencionada a mudança na relação entre a cooperação internacional e as ONG brasileiras e a necessidade de se pensar o papel dos investidores no fortalecimento da sociedade civil. Apesar das doações de indivíduos não serem consideradas uma tradição brasileira, a menos que associada a valores religiosos, a pesquisa da Abong sobre a sustentabilidade de suas associadas 4 Investimento social privado e responsabilidade social não são a mesma coisa e diferenciam a atenção que o setor privado atribui às ações sociais. Estudos do Gife e da Abong referem-se a essa distinção, assim como a entrevista de Célia Cruz (2001), que apesar de datada traz reflexões que continuam atuais. 8 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 traz uma informação que merece destaque. Entre 2000 e 2007, o percentual de doações individuais às associadas da Abong aumentou de 12,2% para 42,2%. Estas doações foram feitas para: educação; justiça e promoção de direitos; e, trabalho e renda. Sendo mais fortes nos dois primeiros temas. (Gouveia, 2010). Sobre as doações individuais por motivação religiosa, note-se que as mesmas também ocorrem de maneiras diferentes e com fins diferentes dependendo da religião. Para os interessados em doações com motivação religiosa, são ilustrativos os artigos de Novaes (2007) e Malhotra (2010), referidos ao final. Outra via para a captação de recursos é uma prática conhecida nos Estados Unidos e que ganhou evidência depois da crise global de 2008, o Crowdfunding (do inglês crowd: multidão e funding: financiamento). Caracterizada primordialmente pelo uso da Internet e da ampla divulgação através das redes sociais, o crowdfunding visa buscar apoio financeiro para projetos individuais ou coletivos (culturais, empresariais, sociais ou esportivos) que sejam reconhecidos como pertinentes pelos potenciais doadores. A prática do crowdfunding põe em evidência a doação de indivíduos, sabidamente menos presente nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos. É importante notar que o indivíduo, ou organização, deverá prestar contas aos doadores, como em qualquer outra modalidade de financiamento. Na apresentação de seu projeto, aquele que busca as doações deverá comprometer-se a apresentar resultados do projeto, seja através de sua aplicabilidade, metas atingidas, bônus para os doadores, créditos da doação através do crowdfunding, etc. O fato é que o doador não somente disponibiliza recursos financeiros, seja qual for o valor, mas espera estar contribuindo com o surgimento de um talento na música, ou para o enfrentamento de um problema social, entre outros. O pioneiro, e ainda a principal referência em crowdfunding no mundo, é o Kickstarter, lançado em 2009 nos Estados Unidos. No Brasil, o Catarse, criado em 2011, seguiu o mesmo caminho. Esses são apenas exemplos dos debates que o leitor poderá conferir nos artigos, entrevista e resenha aqui reunidos. São três artigos que apresentam aspectos e abordagens diferentes sobre os temas da mobilização e da captação de recursos. O artigo de Domingos Armani inicialmente aponta aspectos que geraram o reconhecimento público das OSC, bem como as levaram a ser mais proativas quanto à busca por recursos. Segundo o autor, no Brasil, a busca por apoio financeiro para iniciativas sociais é relativamente recente, supondo-se que até os anos 80 as OSC se sustentavam sem uma busca proativa. Armani distingue captação de mobilização de recursos, traçando um breve histórico sobre a mobilização de recursos no Brasil. Segundo sua abordagem, cada vez mais, as OSC têm ocupado um papel social de protagonistas, exigindo-lhes maior atenção quanto ao fortalecimento institucional. Isto se reflete diretamente sobre as formas e distinções, ou não, sobre as práticas de captação e mobilização de recursos. 9 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 O segundo artigo, de autoria de Bruno Benjamim e Adriano Soares, apresenta ao leitor um excelente estudo de caso sobre a captação de recursos regular com base em doações individuais por parte da ActionAid. Entretanto, antes disso, os autores contextualizam o cenário atual com referências à doação individual, o lugar do Brasil no cenário internacional como país de renda média e que reduziu seus índices de pobreza, questionam a reconfiguração do campo da cooperação voltado às causas sociais, além de mencionarem algumas questões sobre marco legal, criminalização e a relação entre as OSC. De acordo com Benjamim e Soares, há uma nova forma de ver a captação de recursos no Brasil, especialmente, a captação de indivíduos. O caso exemplar da ActionAid demonstra isto. Deixo ao leitor conferi-lo, somente destacando três pontos que em alguns momentos podem inibir a atuação das OSC: • • • Resistência a criar um programa de captação de recursos no país Captar recursos, mas também mobilizar a sociedade Autonomia diante do Estado e do Mercado. O último artigo traz à tona informações sobre um tema ainda pouco debatido no Brasil, mesmo por OSC: Taxas sobre Transações Financeiras (TTF); ou como ficaram conhecidas, a Taxa Robin Hood sobre as transações financeiras. Trata-se de uma ação de Advocacy global que visa a taxação financeira como uma forma de captar recursos a serem destinados à cooperação internacional na erradicação da pobreza e na regulação dos fluxos de capitais. Para quem assistiu ao filme Le Capital, de Costa-Gavras, o pano de fundo é claro. Sim, há resistências, mas também há países entusiastas, como Alemanha e França, além de outros países envolvidos no debate. Espera-se um acordo final para maio de 2014. A entrevista para este número da Revista Eletrônica Portas foi realizada com Eric Stobbaerts, Diretor Executivo da Drugs for Neglected Diseases initiative – Latin America (DNDi). Com uma trajetória singular, Eric conversou sobre o cenário internacional e fundos públicos e privados, a partir de seu percurso com Médicos Sem Fronteiras e a DNDi, além de nos oferecer suas percepções sobre o setor não-governamental no Brasil. Foi uma conversa empolgante com informações que podem suscitar alguns insights. A resenha de Tacilla da Costa e Sá Siqueira Santos está baseada no livro “Um dia de captador”, de Marcelo Estraviz. Apesar de amplamente conhecido, o livro oferece dicas interessantes, de forma simples, que pode ajudar o cotidiano de pequenas organizações e/ou das que estão começando a desenvolver atividades voltadas à captação de recursos. A leitura crítica de Tacilla, também ajuda ao leitor a passear pelas entrelinhas e sugere algumas ideias. Por último, mas não menos importante, na ‘última porta’ estão reunidas algumas referências disponíveis integralmente online. Como sempre, não se trata de um levantamento exaustivo, mas algumas sugestões. Esperamos que as fontes e reflexões oferecidas contribuam com os interesses dos leitores, possibilitando-os o alcance de novos patamares individuais e coletivos. 10 Cristina Câmara Introdução Rev. Eletrônica Portas, v.5, n.5, p.5-11, mar.2014 Referências ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais. Website disponível em: http://www.abong.org.br/ CÂMARA, C. Pesquisa de fundos disponíveis para projetos de promoção da saúde e prevenção de HIV/Aids para HSH-MSM-LGBT. Relatório final – Schorer International, São Paulo, 2012. Digitalizado. CATARSE – Website disponível em: http://catarse.me/pt CENSO GIFE 2011-2012. São Paulo: Gife, 2013. (Coord.: P. Ribeiro). Disponível em: http://censo.gife.org.br/ CENSO GIFE 2009-2010. São Paulo: Gife, 2010. (Coord.: A. Degenszajn). 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