José Neto netodays REFLEXÕES http://netodays.blogspot.com/ Uma selecção de posts do blogue A dificuldade de ser feliz hoje Para se ser feliz é agora necessário um esforço tão grande - tratar do corpo e da alma, alcançar sucesso nos amores e nos negócios, ter uma casa assim e um carro assado, viajar para aqui e para ali, ler e ouvir e ver e acompanhar tanta coisa ao mesmo tempo - que não há quem, simplesmente, aguente. O pior é que não depende tudo de nós, pois estamos limitados pelos contextos. Desigualdades educativas Os alunos que vivem mais afastados dos centros urbanos têm maior dificuldade de acesso à educação formal, o que se traduz em piores classificações nos exames. Entre os que vivem nas grandes zonas metropolitanas, as diferenças culturais também se repercutem nas classificações: na zona de Lisboa observa-se o "efeito da Buraca". Este é um exemplo clássico de limites impostos pelo nosso quotidiano. Max Aub Há três categorias de homens: a) os que contam a sua história; b) os que não a contam; c) os que não a têm. Transferindo para os blogues, estes serão sempre uma representação parcial, interessada, dos seus autores… Pela Boca Morre o Peixe “Portugal é um oásis”. Jorge Braga de Macedo, Ministro das Finanças, Diário de Notícias, 28 de Setembro de 1992. “Nunca esteve, de certeza absoluta, no espírito dos fundadores, a ideia de que, na Comunidade, os preservativos teriam de ter a mesma dimensão”. João de Deus Pinheiro, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Expresso, 4 de Julho de 1992 "É preciso continuar a sacar dinheiro à Europa". Mário Soares, Público, 18 de Maio de 1999. “Não tenho as qualidades que um primeiro-ministro deve ter. (…) Ministro é o meu limite”. José Sócrates, Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, DNA, 16 de Setembro de 2000. “O problema dos políticos é que não têm projecto para o país. Eu em 48 horas acabava com este estado de coisas”. Luís Filipe Menezes, Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Sábado, 25 de Janeiro de 2007. “A posição que aqui defendi […] é exactamente a da Igreja Católica. A Igreja Católica proíbe o aborto porque entende que quando se pratica o acto sexual é para se ver o nascimento de um filho”. João Morgado, Deputado do CDS, Expresso, 13 de Março de 1992. A pretensa imunidade penal da blogoesfera O colaborador de um blogue suspenso por ordem judicial, no seguimento de um pedido de providência cautelar por queixa de difamação, acusou a suspensão de ser uma «medida prepotente, autoritária e fascistóide». Não tem nenhuma razão, porém. Uma difamação ou uma injúria num blogue não deixam de o ser, só por usarem esse meio. Ao contrário do que alguns defendem, a blogoesfera (ou a Internet em geral) não goza de imunidade penal, nem a integridade moral das pessoas sofre aí de qualquer "capitis deminutio". Mesmo na Internet, a liberdade de expressão não inclui a liberdade de ofender impunemente. via Causa Nossa de Vital Moreira em 30/06/08 Fazer amor, cumprir tarefas e fazer sexo A distribuição Normal pode ter as mais diversas aplicações. A partir do momento em que se estabelecem três áreas sob a função de distribuição, podemos utilizar a nossa imaginação para a aplicar nos mais diversos campos. A aplicação mais divertida que li, relaciona o número de ocorrências com o grau de devassidão da relação sexual para distinguir fazer amor de cumprir tarefas e de fazer sexo. Justiça e legitimidade para a acção Sentir-se vítima de injustiça, pode dotar o indivíduo de uma dose suplementar de coragem, descobrindo-se capaz de executar operações com as quais jamais teria sonhado. O sentimento de sermos injustiçados, associado à ineficiência do sistema de justiça instituído, pode legitimar-nos a tomar a iniciativa nas nossas mãos. Paradoxalmente, o Estado de Direito combina-se com a barbárie, numa situação em que os “bons” são apenas aqueles que pensam como nós, contra os “maus”, aqueles que julgam de um modo diferente... Fica aqui registada uma excelente interpretação deJodie Foster, em A Estranha em Mim. Seu namorado foi morto gratuitamente, mas ditou a sorte que Erica resistisse. Este episódio revela-lhe uma personalidade justiceira que até então desconhecia. As suas acções passam a ficar legitimadas pela agressão de que foi vítima. Brilhante! Aulas de Substituição – Mais uma invenção para abandalhar o Ensino FACTO: Hoje ia fazer mais uma substituição de 90 minutos numa turma do 7º unificado. Não cheguei a concluir a tarefa porque 30 minutos depois do toque chegou o professor titular da turma… REFLEXÃO: Não havendo substituições o professor titular teria tido falta desta vez, pois ninguém teria ficado a "segurar" os seus alunos, mas certamente que aprenderia ser pontual. Assim não teve falta, aprendeu que pode chegar 30 minutos depois, e será que continuará com coragem para marcar faltas aos retardatários? No lugar deste professor da turma eu teria preferido não aparecer e levar a respectiva falta, pois aqueles que utilizam o expediente das substituições para chegarem mais tarde às suas aulas certamente que diminuem a sua autoridade professoral, contribuindo bastante mais para abandalhar o Ensino do que para promover o "sucesso escolar" que todos gritam aos quatro ventos. Doutor Azambuja Os bons professores não precisam de utilizar tecnologias para nada, explicam as coisas. Já reparam como fazem os explicadores? Algum utiliza um computador? Os computadores só são bons para aqueles que não percebem nada da matéria. 07/MAIO/2008 O Excel é tão avançado que até faz gráficos a três dimensões! (Não consegui explicar-lhe a diferença entre gráficos no espaço R3 e o efeito 3D nos gráficos doExcel) s/d - O meu computador é tão avançado que nem têm disco rígido! - Não pode ser... - Pode, sim. É dos novos... Funciona com uma pen... s/d A Ministra, vista por Bocage Baixa, de olhos ruins, amarelenta, Usando só de raiva e de impostura, Triste de facha, o mesmo de figura, Um mar de fel, malvada e quezilenta; Arzinho confrangido que atormenta, Sempre infeliz e de má catadura, Mui perto de perder a compostura, É cruel, mentirosa e rabugenta. Rosto fechado, o gesto de fuinha, Voz de lamento e ar de coitadinha, Com pinta de raposa assustadinha, É só veneno, a ditadorazinha. Se não sabes quem é, dou-te uma pista: Prepotente, mui gélida e sinistra, Amarga, matreira e intriguista, Abusa do poder... e é MINISTRA . Decreto Reg. 2/2008 Disparates da "Formação em Avaliação" O “copo já estava cheio”(com o novo estatuto da carreira docente e a divisão da carreira em titulares e nãotitulares) e a avaliação parecia ser a gota de água. Mas o verdadeiro transbordar aconteceu quando os professores avaliadores foram a acções de formação dadas pelo Ministério em que lhes disseram, por exemplo, que para um professor ter ‘Muito Bom’ não bastava que os alunos realizassem trabalhos para expor na escola, mas que era necessário quantificar o número e a satisfação dos visitantes da comunidade. EXPRESSO, 29/NOV/2008 Avaliação dos professores: O exemplo da Finlândia Assistiu-se entre nós a um diálogo extremado entre duas posições antagónicas: 1 - Os sindicatos pretendem que se perpetue o modelo de “avaliação” anterior, que permite a cada professor passar confortavelmente toda a sua carreira sem dar cavaco a ninguém; 2 - O ME quer impor um modelo industrial que tem subjacente a distribuição normal, forçando os professores a distribuir entre si uma quota limitada de “excelentes” e de “muito bons”, situação geradora de conflitos no quotidiano das escolas. O primeiro cenário é propício à pasmaceira e acomodação dos docentes ao doce fare niente, que desmotiva aqueles que tomem a dignidade da profissão a sério, isto é, para além das palavras de ordem, interiorizando-a no seu quotidiano escolar. Porém o segundo, é um conjunto de escalas semelhantes às que os professores utilizam para classificarem os seus alunos, e que a generalidade deles até pensa que são objectivas, apenas porque lhes permitem objectivar as notas. Ambas realizam a magia de medir o não mensurável, esquecendo frequentemente o que é importante. Uma forma de nos afastarmos deste diálogo do Terceiro Mundo, é olharmos para um país que é sempre apresentado como referência quando se debatem os resultados escolares internacionais a Matemática. Na Finlândia os professores não andam enrolados em “objectivos individuais” em função do “plano educativo”, blá, blá, blá,... Respondem perante um “principal” que lhes estabelece os objectivos. Para que serve um blogue? Para comunicação... Para literacia... Para posse... Para partilha... Para colaboração... Para discussão... Para concessão... Para interacção... Para motivação... Para participação... Para engajamento... Para excitação... Para conversação... Para a criatividade... Para reflexão... Para alargar as paredes da sala de aula... Escrever para aprender... Blogar para aprender. PIB per capita na UE-27 Estima-se, assim, que só cerca de 0,25% da água total seja actualmente potável. Fazendo uma analogia, se toda a água do planeta coubesse numa garrafa de 1,5 litros, então a água potável não encheria por completo uma colher de chá. Do ponto de vista social, assistimos ao crescimento da população mundial e à utilização da água a ritmos cada vez maiores. Desde 1950, a população mundial mais que duplicou e o consumo de água triplicou, mas apenas 20% tem água corrente e menos de um terço sequer acesso a água potável, facto agravado pelos custos bastante elevados das infra-estruturas necessárias à distribuição da água. A escassez da água potável A Escada Social Tecnográfica Na sua metáfora da escada descreve seis níveis de familiaridade com as tecnologias: Criativos: publicam conteúdos sociais. Escrevem blogues, fazem o upload de vídeos, música ou textos. Críticos: respondem aos conteúdos dos outros. Postam nas revistas, nos comentários dos blogues, participam nos fóruns e editam artigos wiki. Coleccionadores: organizam conteúdos para si próprios ou outros utilizando feedsRSS, tags, e votando em sites como o Digg.com. Membros: ligam-se a redes sociais como o MySpace e o FaceBook. Em Portugal tem maior expressão o Hi5. Espectadores: consomem conteúdos sociais, incluindo blogues, vídeos, podcasts, fóruns ou revistas. Inactivos: nem criam nem consomem conteúdos sociais de qualquer tipo.