Release Geral
Assunto: Voo Atlantik Solar
Data: 09 de outubro de 15
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Pará sedia voo inédito no Brasil e nas Américas Veículo aéreo não tripulado movido à energia solar fará seu primeiro voo fora da Europa e segue de Barcarena para Melgaço O Pará será sede de um voo inédito no Brasil e nas Américas. Cientistas do Laboratório de Sistemas Autônomos do ETH Zurich (Instituto Federal Suíço de Tecnologia) farão, pela primeira vez na floresta amazônica, um voo de longa distância de um veículo aéreo não tripulado, movido à energia solar. Ele sairá no dia 22 de outubro da praia do Caripi, em Barcarena, em direção a Melgaço, onde fica uma parte da Floresta Nacional de Caxiuanã. O equipamento, que foi batizado de Atlantik Solar, deverá fazer um voo de cerca de nove horas. Será um teste para que os cientistas consigam averiguar a autonomia e a resistência da aeronave em condições climáticas diferentes das encontradas na Europa. Também serão coletados dados atmosféricos – como temperatura, pressão atmosférica, umidade, radiação solar e velocidade do vento. As informações serão usadas para validar ou complementar o estudo do funcionamento e dinâmica da floresta amazônica, o que atualmente é feito somente com sensores fixos no solo e por satélite. "Esse tipo de aeronave pode oferecer informações atmosféricas mais precisas, rápidas e mais baratas, tornando-­‐se uma boa opção para aprimorar estudos científicos em áreas de médio porte", diz Philipp Oettershagen, doutorando do ETH Zurich e responsável pela aeronave. Ele é coautor de alguns dos estudos científicos apresentados em conferências internacionais durante o desenvolvimento do equipamento. O voo de caráter experimental do Atlantik Solar foi autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo Cindacta IV de Manaus (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo). As autorizações foram solicitadas pelo Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), que é um dos parceiros essenciais para execução do projeto, ao lado do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Universidade Federal do Pará, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (SECTET), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e Ministério da Defesa. Todo o percurso do veículo será acompanhado de barco pelos cientistas e por alguns dos parceiros locais do projeto. Os dados coletados ficarão a cargo do Censipam, que cuidará da disponibilização das informações aos parceiros e podem ajudar na condução de novos estudos sobre a região amazônica. Em teste recente, os criadores do Atlantik Solar já tinham conseguido uma autonomia de voo de 81 horas seguidas, de 14 a 17 de julho, na Suíça – um recorde mundial para aeronaves não tripuladas com menos de 50 kg. "Agora, a ideia é sobrevoar uma região completamente desconhecida", diz Philipp Oettershagen, do ETH Zurich. Relação histórica Suíça x Brasil O voo marca o fortalecimento de parcerias científicas e de inovação tecnológica entre Brasil e Suíça, por meio de novas colaborações e parcerias entre pesquisadores. "A Suíça não está vindo, está voltando a fazer ciência na Amazônia, depois de pouco mais de um século", diz Mayra Castro, Diretora da swissnex Brazil em São Paulo, referindo-­‐se ao zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-­‐1917), que chegou ao Pará em 1894 para estudar o bioma local e acabou dando nome ao hoje Museu Paraense Emílio Goeldi. Sonho da gestão de Emilio Goeldi concretizado 100 anos mais tarde, a Estação Científica Ferreira Penna, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã (PA), vai recepcionar a equipe do projeto Atlantik Solar. O período em que o equipamento chega lá coincide com o encerramento da VII Olimpíada de Ciência da Floresta, um evento do Museu Goeldi que integra ciência, arte, educação ambiental e esportiva, envolvendo em torno de 70 educadores e voluntários e 140 alunos das comunidades rurais de dois municípios com menores IDH do Brasil – Melgaço e Portel. Parceria para a tecnologia A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (SECTET) foi uma das articuladoras locais para que o Solar Atlantik passasse por terras paraenses. O objetivo da secretaria, ao abraçar o projeto, foi contribuir para a difusão e replicação de experiências bem sucedidas no que diz respeito ao desenvolvimento e uso de energias renováveis, como meio de promover o desenvolvimento econômico e social do estado. Já a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) integrou-­‐se ao grupo de parceiros por entender que participar do voo experimental era primordial, uma vez que o projeto pode abrir perspectivas em duas de suas áreas de atuação: a energia e o desenvolvimento econômico. O projeto AtlantikSolar no Brasil faz parte do programa de comunicação da Suíça no país, chamado ¨swissando¨. Trata-­‐se de um programa de dois anos (2014 a 2016), cujo intuito é estreitar os laços culturais com o Brasil, conectando os dois países através de projetos e eventos. >> FICHA TÉCNICA DA ATLANTIK SOLAR Envergadura da asa: 5,65 metros Peso: 6,9 kg Velocidade de cruzeiro: 32-­‐60km/hora Altitude máxima: 1.600 metros Tempo máximo de voo sem pausa: 10 dias Assista um https://www.youtube.com/watch?v=8m4_NpTQn0E voo: (em inglês): >> QUEM SÃO ETH ETH Zurich (Instituto Federal Suiço de Tecnologia) é uma das maiores universidades de tecnologia e de ciências naturais do mundo. Conhecida por sua educação de qualidade, por sua atividade inovadora de pesquisa e também por implementar os resultados dos seus estudos na prática. Fundado em 1855, o ETH Zurich tem mais de 18,5 mil alunos de mais de 110 países, incluindo 4 mil estudantes de doutorado. Oferece um ambiente inspirador para cientistas e educação ampla a seus estudantes. Ao todo, 21 prêmios Nobel estudaram e conduziram suas pesquisas, no ETH Zurich. swissnex Brazil Oficialmente inaugurada em abril de 2014, a swissnex Brazil é o mais novo membro da rede global swissnex e está localizada no Rio de Janeiro, com escritório satélite em São Paulo. A swissnex é uma parceria público-­‐privada da SERI (Secretaria de Estado da Suíça para a Educação, Pesquisa e Inovação), com escritórios em São Francisco, Boston, Xangai, Bangalore, Cingapura e agora no Brasil. Também conhecida como "consulado científico da Suíça", a swissnex Brazil fomenta parcerias e colaborações entre o Brasil e a Suíça, nas áreas de ciência, educação, arte e inovação. Elen Néris (91) 3205-­‐6515/ 9 8136-­‐0707 [email protected] 
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