FORMAÇÃO DE PROFESSORES A DISTÂNCIA:
QUASE UM SÉCULO DE HISTÓRIA
Ana Paula Cantarelli1
Evandra Oliveira Cardoso2
Suzani dos Santos Wippel3
Resumo:
Através do resgate histórico da origem e da dispersão da utilização da educação a distância no
processo de formação de professores, no Brasil, realizou-se considerações sobre esta na
atualidade, em uma sociedade pós-moderna, na qual ignorar os avanços tecnológicos é ignorar
o ambiente no qual se está inserido, viver fora da realidade concreta. Mais do que um simples
resgate, este texto procura apresentar o emprego da educação a distância e da tecnologia na
formação docente não apenas como uma ferramenta, mas, sim, como um meio eficaz, real e
necessário para a construção do ensino/aprendizagem pós–modernos, sem, contudo,
desconsiderar as limitações desta modalidade educacional.
Palavras-chave: Educação a distância. Pós-Modernidade. Formação de Professores.
Introdução
Na sociedade atual, cada dia se faz mais presente à máxima “tempo é dinheiro”.
Indivíduos extremamente compromissados sem tempo sequer para observar o que acontece ao
seu redor. Conseqüentemente, é necessário se aperfeiçoar cada vez mais, a fim de ingressar no
competitivo mercado de trabalho. E uma das maneiras de realizar esse contínuo processo que
é o ensinar/aprender é a educação a distância. Muito mais antiga do que se pensa, a educação
não presencial tem sua construção e caracterização ao longo de uma trajetória de revisão e de
construção de conceitos, de oportunidades, frente a uma sociedade cada vez mais evoluída
tecnologicamente.
1
Graduada em Letras – Português pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM; aluna do Programa de Pós
– Graduação Especialização em Educação Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM.
([email protected])
2
Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Franciscano -UNIFRA; Especialista em Psicopedagogia
pela Universidade Castelo Branco – UCB. ([email protected])
3
Graduada em Química pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Especialista em Educação pela
FIC.([email protected])
2
Dessa forma, este texto busca realizar, através da história, uma reconstrução da
trajetória da educação à distância associada a formação de professores no Brasil, sua origem e
evolução até a atualidade, considerando as representações e perspectivas dos educadores que a
utilizam em seu processo contínuo de aperfeiçoamento. E, também, fazer considerações sobre
características necessárias ao educador que a desenvolve, relevando, sempre, as condições
oferecidas pela pós-modernidade.
A tecnologia na Sociedade Pós-Moderna
Existe uma história, de autoria desconhecida, que diz:
Foram congelados, em uma experiência, durante vinte anos, um
médico cirurgião e um professor. Quando descongelados, após, alguns
dias de adaptação com as mudanças pelas quais a sociedade passou,
foram reintegrados a seus respectivos ambientes de trabalho. O
médico, confuso com os avanços tecnológicos pelos quais havia
passado a medicina, sequer conseguiu manipular os instrumentos mais
simples de cirurgia, por desconhecer como funcionavam. No entanto,
o professor posto em uma sala de aula, pegou o giz, dirigiu-se ao
quadro negro e deu aula.
Essa história, nada mais é do que o reflexo de muitas salas de aula em todo o Brasil,
onde professores acabam por desconsiderar os avanços tecnológicos, e continuam com
métodos educativos ditos “tradicionais”. Contudo, o que pode ser considerado tradicional
nessa era de pós-modernidade, quando as tecnologias invadiram o quotidiano de toda a
sociedade? Quem não possui uma televisão, um vídeo-cassete ou um DVD, um aparelho de
som, um videogame, um celular, um computador? Ignorar os avanços da tecnologia é
posicionar-se fora da contemporaneidade. Um exemplo da aplicação dessas invenções são os
cursos de educação a distância (EAD), que muito mais do que fazer dessas tecnologias uma
ferramenta, fazem dela um meio para o ensino/aprendizagem.
Quando em voga na década de 1990, estes foram muito criticados, e até mesmo
considerados ameaçadores, pois acreditava-se que poderiam ser dispensados os educadores no
processo de ensino/aprendizagem, sendo substituídos pelos avanços tecnológicos. Mas, com o
passar do tempo, tais cursos desmistificaram essas representações, passando a ganhar mais
adeptos à medida que se tornavam mais e mais populares. Tornaram-se uma alternativa que
era capaz de “driblar” a falta de tempo, e capaz de chegar a muitos lugares ao mesmo tempo,
superando a barreira do tempo e da distância, passando assim de ameaça à aliado, pois mais
3
do que nunca os professores se faziam necessários. Na afirmação do atual Presidente do
Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, em suas propostas para a educação, quando assumiu o
governo em 2003, isto está claro:
Em um país de dimensões continentais e com enormes desigualdades
e carências como o Brasil, a educação a distância é uma alternativa
indispensável, conquanto seja garantido um padrão elevado de
qualidade, com profissionais de alta competência, tanto na elaboração
de conteúdos específicos quanto na assessoria pedagógica, com o uso
de materiais instrucionais e de avaliação adequados. A EAD não deve
ser implantada em programas isolados, precisa interagir com outras
ações existentes. (Caderno Temático do Plano de Governo: uma
escola para todos)
Pode-se, assim, afirmar que, além dos professore serem “elementos” indispensáveis no
desenvolvimento da EAD, eles podem fazer uso desta no sue processo de aperfeiçoamento,
pois a cada dia aumenta mais o número de curso de Pós-Graduação, de aperfeiçoamento de
professores a distância. Tais cursos se fazem muito úteis, tendo em vista as cargas horárias
cheias, associadas a falta de tempo dos educadores, sendo estas as principais razões por eles
apresentada para justificar a fato de não fazerem outros cursos
após a conclusão da
Graduação.
Educação a Distância no Brasil: surgimento e evolução
A primeira forma de Educação à Distância foram os cursos por correspondência na
Europa, sendo este meio muito utilizado até a metade deste século, quando o rádio e a
televisão instrucional tornaram-se populares. No Brasil, em 1904, com intuito de proporcionar
cada vez mais oportunidades de aperfeiçoamento, surgem os cursos de Educação a distância,
realizados pelas escolas Internacionais, por correspondência. Posteriormente em 1923, com a
criação da Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro, por Edgar Roquete Pinto, foram ofertados
cursos radiofônicos de português, francês, silvicultura, literatura francesa, esperanto,
radiotelegrafia e telefonia. Primeiramente, direcionados para pessoas que não tinham tempo
para conciliar o trabalho com a carga horária das escolas que primavam pelo ensino
presencial, os cursos a distância surgem como uma oportunidade para aqueles que queriam
estudar, sem deixar de trabalhar.
Em 1934, com a criação da Rádio Escola Municipal do Rio de Janeiro, teve início a
formação de professores a distância, sendo realizados programas diários que incluíam um
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jornal de professores. Em 1941, através do programa Universidade no Ar, foram realizadas
emissões radiofônicas para a formação de professores leigos. Na década de 1960, os cursos a
distância foram ampliados com a utilização de diferentes meios: por correspondência,
radiofônicos e televisivos. Para a formação de professores primários, em serviço, foi
desenvolvido um programa vinculado a TV RIO em 1962, cuja finalidade era aperfeiçoá-los.
Nesse período, era nítida a preocupação com a constante “reciclagem” dos educadores,
sempre os adequando as mudanças e avanços da sociedade.
Durante a década de 1970, ocorre a criação da Associação Brasileira de Tecnologia
educacional – ABT, que passa a divulgar pesquisas e estudos, promovendo a realização de
seminários e anais sobre Tecnologia Educacional. Em 1976, foi criado o projeto Logos, com a
finalidade de habilitar professores leigos, acabou por expandir-se por 19 estados brasileiros,
tendo ampla adesão dos professores. O programa utilizava o ensino por módulos impressos
com tutoria e por uma central de atendimento por carta e telefone. Em 1979, foi lançado o
programa PosGrad-Iniciativa, da Associação Brasileira de Tecnologia em parceria com a
Coordenação de Aperfeiçoamento do pessoal de Ensino Superior (CAPES), para capacitar
professores para o Ensino Superior. A modalidade utilizada foi o ensino por correspondência.
Na década de 80, outros programas destinados à formação de professores foram
realizados: Programa de Aperfeiçoamento do Magistério, pela ABT, direcionado a
professores do Ensino Fundamental; o Programa de Atualização Pedagógica, realizado pela
Secretária Estadual de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Além desses programas,
merecem destaque, também o Projeto IPÊ, realizado pela TV Cultura, no Estado de São
Paulo, em 1985; o Programa de atualização de docentes das séries iniciais do Ensino
Fundamental: Um Salto para o Futuro, em 1991; a licenciatura a distância ofertada pela
Universidade do Mato Grosso, em 1994, destinada a formar professores para a Educação
Básica.
Na década de 1990, a expansão da educação a distância foi acentuada, e muitas
instituições de Ensino Superior passaram a ofertar cursos de licenciatura, especialização e
mestrado. Em 1995, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação a Distância,
com a finalidade de coordenar os diferentes programas de educação a distância desenvolvidos
em todo o Brasil.
O que é, e como ocorre a Educação a Distância?
Segundo Peters (1973):
5
Educação/ensino a distância é um método racional de partilhar
conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão
do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso
extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito
de reproduzir materias técnicos de alta qualidade, os quais tornam
possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo,
enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de
ensinar e aprender.
De acordo com esse autor, pode-se inferir que a educação a distância centra-se na
utilização dos meios de comunicação, e na construção do conhecimento através do trabalho
mútuo do educador e do educando, beneficiando-se do planejamento, direção e instrução da
organização do ensino não presencial.
Na educação a distância, não se busca a interatividade mecânica de apertar botões,
operara com o menu de seleção, escolher respostas fechadas, escolher a navegação, mas, sim,
a interatividade que envolve atividades complexas como comprometimento, reflexão,
questionamento crítico, argumentação, resolução de problemas, busca de caminhos e
respostas próprias, construção de proposições, elaboração de posicionamentos pessoais,
estabelecimento de associações, comparações, análise, discussões e o incentivo ao
desenvolvimento da criatividade. Em uma concepção integrada, construtivista ou
interacionista, em que o modelo é centrado no aluno, procurasse tirá-lo da dependência do
professor, aumentando a sua responsabilidade, encorajando-o ao autodirecionamento e
controle do seu aprendizado. Esse modelo contribui para a autoconfiança e para o aprender a
aprender, além de propiciar ao aluno flexibilidade para selecionar temas, de acordo com suas
necessidades e interesses.
O controle direcionado pelo aluno é centrado em problemas, é experimental, realístico,
envolve a realização de atividades práticas, de pesquisa e solicita, continuamente, o
desenvolvimento de operações de pensamento superior, como a tomada de posição,
comprovada por forte argumentação. Estimula a criatividade do aluno, na geração de
alternativas de situações e de respostas não programadas. Os professores com essa visão
educacional selecionam os métodos, os meios e as técnicas pedagógicas de comunicação que
estão de acordo com esse paradigma. Usam seus conhecimentos, suas estratégias cognitivas e,
principalmente, sua criatividade e imaginação, para gerar outras formas de aproveitamento de
todo arsenal tecnológico que tiver à sua disposição, de maneira a facilitar a aprendizagem e a
envolver o aluno de forma integral, considerando seus interesses, sentimentos, atitudes e
emoções.
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Os professores incentivam, dão os primeiros passos para sensibilizar os alunos para o
valor do que irá ser feito. Aluno motivado e com participação ativa avança mais. Depois da
sensibilização – verbal ou audiovisual – o aluno, às vezes individualmente e outras em
pequenos grupos, procura suas informações, faz a sua pesquisa na Internet, em livros, em
contato com experiências significativas, com pessoas ligadas ao tema, etc. Assim, os grandes
temas da matéria são coordenados pelo professor, iniciados e motivados por este, mas
pesquisados pelos alunos, que constroem junto com o professor os novos conhecimentos,
sendo um caminho de ida e volta, onde todos participam e se envolvem.
Regulamentação da Educação a Distância no Brasil
As bases legais da educação a distância, no Brasil, foram estabelecidas pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pelo
Decreto n° 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 (publicado no Diário Oficial da União - D.O.U.de 11/02/1998), Decreto n° 2.561, de 27 de abril de 1998 (publicado no D.O.U. de
28/04/1998) e pela Portaria Ministerial n°301, de 07 de abril de 1998 (publicada no D.O.U. de
09/04/1998).
Em 03 de abril de 2001, a Resolução n° 01, do Conselho Nacional de educação
estabeleceu as normas para a Pós-Graduação lato e stricto sensu.
Normas para a Pós-Graduação a Distância
A possibilidade de cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado a distância foi
disciplinada pela Resolução n° 01, da Câmara de Ensino Superior (CES), do Conselho
Nacional de Educação (CNE), em 03 de abril de 2001. O artigo 3o, tendo em vista o disposto
no § 1o do artigo 80, da Lei n° 9.394, de 1996, determina que os cursos de Pós-Graduação
lato sensu e strictu sensu a distância serão oferecidos exclusivamente por instituições
credenciadas pela União para tal fim, obedecendo as exigências de autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento estabelecidas na referida resolução.
Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos a distância deverão incluir,
necessariamente, provas presenciais e defesa presencial de monografia ou trabalho de
conclusão de curso.
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Educação a Distância e Formação de Professores hoje: Competências necessárias
Os avanços científicos e a tecnologia causaram impactos em diversos campos da vida
social e educacional – trazendo novas exigências de escolarização básica e superior, que não
atingiram os educativos desejáveis. Para Martins (2002) “vivemos um momento histórico, em
que os antigos modelos educacionais já não se sustentam”. Atualmente, a educação a distância
expandiu-se vem ganhando espaço, expandindo-se por todo o território brasileiro, e, junto
com a educação presencial, luta por um ensino de qualidade que englobe cada vez mais
educandos.
Uma das tarefas docentes do professor de educação a distância é a Tutoria dos alunos.
Conforme investigação de Garcia Aretio (1994) e Martins (2002), a prática pedagógica nos
processos de educação a distância se caracteriza pela:
* utilização de procedimentos didáticos, considerando as novas tecnologias e processos
comunicativos;
* novas formas comunicativas com utilização de diferentes linguagens;
* assessoramento aos alunos na elaboração de seus planos de estudo e definição de currículos
de curso;
* orientação aos alunos na utilização de recursos tecnológicos e cognitivos, para que eles
possam auto-regular sua aprendizagem;
* habilidade na utilização de ferramentas diferenciadas que permitam uma aprendizagem
diversificada e singular, contemplando as diferenças culturais dos alunos;
* sistematização da avaliação de modo a garantir maior aprendizagem dos alunos, o que
requer o emprego de procedimentos diversificados;
* organização das atividades de ensino, considerando as novas culturas da aprendizagem e da
escolarização.
Segundo Romanoski (2004), na educação a distância, as equipes de trabalho assumem
o caráter multidisciplinar; as funções dos professores são ampliadas, pois são eles que
elaboram as propostas e os materiais de curso, além de serem articuladores e parceiros no
acompanhamento do aprendizado dos educandos e, em parceria com os técnicos, utilizam-se
das tecnologias para abordagens inovadoras da aprendizagem.
Assim, como o processo de educação presencial, a educação a distância necessita de
dedicação para a pesquisa, para a formulação de hipóteses, sem, todavia, dispensar a interação
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com os professores e a troca de experiências. Uma das vantagens desta forma de
ensino/aprendizagem é que o educando pode fazer seus próprios horários de estudo de acordo
com sua carga horária, ou suas preferências, facilitando assim para os professores que
ministram aulas. Pode-se afirmar que a EAD é um meio concreto e eficaz para os professores
que acreditam que devem estar continuamente se aperfeiçoando e integrando-se com as novas
tecnologias disponibilizadas pela pós-modernidade.
“Nem tudo são rosas”: Problemas que limitam o progresso da Educação a Distância no
Brasil
No Brasil, os problemas mais significativos que impediram o progresso e a
massificação da modalidade de educação a distância são, segundo Nunes (1993):
* organização de projetospiloto sem a adequada preparação de seu seguimento;
* falta de critérios de avaliação dos programas projetos;
* inexistência de uma memória sistematizada dos programas desenvolvidos e das
avaliações realizadas (quando essas existiram);
* descontinuidade dos programas sem qualquer prestação de contas à sociedade e
mesmo aos governos e às entidades financiadoras;
* inexistência de estruturas institucionalizadas para a gerência dos projetos e a
prestação de contas de seus objetivos;
* programas pouco vinculados às necessidades reais do país e organizados sem
qualquer vinculação exata com programas de governo;
* permanência de uma visão administrativa e política que desconhece os potenciais e
as exigências da educação a distância, fazendo com que essa área sempre seja administrada
por pessoal sem a necessária qualificação técnica e profissional;
* pouca divulgação dos projetos, inexistência de canais de interferência social nos
mesmos;
* organização de projetospiloto somente com finalidade de testar metodologias.
Dessa forma, segundo o autor, pode ser observado que apesar de se viver hoje em uma
era pós-moderna, na qual os avanços tecnológicos estão presentes, existem alguns
“empecilhos”
que
limitam
a
EAD,
acabando
por
prejudicar
ensino/aprendizagem, a tornando ineficiente em algumas situações.
Considerações finais
o
processo
de
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É inegável a necessidade da aplicação de novas tecnologias ao ensino, que surgem
como respostas aos desafios provocados pela modernização do pensamento educacional e
inovações das ciências e das técnicas que transformaram a realidade do mundo, dando origem
a vida pós-moderna e toda sua complexidade e, portanto, atingem o professor, pela necessária
transformação dos processos educacionais. A educação a distância propõe que a aquisição das
informações e a conseqüente aprendizagem esteja cada ver mais centrada no educando, seja
ele aluno do ensino fundamental ou de uma Pós-Graduação.
Nesse tipo de ensino, educador e educando caminham ao mesmo tempo juntos e
separados. Juntos porque são peças fundamentais de um mesmo processo, e separados porque
podem por si mesmos buscar o conhecimento. Esse processo longe está da perfeição. A
internet, por exemplo, é um meio de comunicação ainda incipiente e exige um certo
amadurecimento do educando e do educador pra que possa ser bem utilizada. Contudo, ela é
uma forma de rever, ampliar e modificar muitas formas atuais de ensinar/aprender.
Se toda a teoria que embasa esse meio de educação for, realmente, colocada em
prática, ela promete ser cada vez mais utilizada no processo de ensino/aprendizagem,
principalmente por instigar a curiosidade do educando e do educador, buscando sempre o
novo na construção do conhecimento.
Referências bibliográficas
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Editorial Kapeluz, 1985.
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Editora, 1992.
MARTINS, O. B. Teoria e prática tutorial em educação a distância. Curitiba: Facinter,
2002.
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NUNES, I. B. Noções de educação a distância. Revista educação a distância. Vols. 3, 4 e 5.
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10
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SEVERINO, A. J. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d’Água, 2001.
SILVA, L. I. Caderno Temático do Programa de Governo: Uma Escola do Tamanho do
Brasil. São Paulo: Coligação Lula Presidente, 2003.
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