CIDADANIA E EDUCAÇÃO: PREPARANDO ALUNOS PARA A VIDA ATRAVÉS DE UM OLHAR PEDAGÓGICO. Blasius Silvano Debald1 Fátima Regina Bergonsi Debald2 Nathália dos Santos Araujo(Uniamérica)3 Suzana de Fátima Vargas Brunheira4 Gislaine Fornari5 OLIVEIRA, Marcelo da Silva Oliveira6 RESUMO: A educação não formal é um campo que vem se constituindo um lócus da pesquisa educacional. O Projeto desenvolvido no Núcleo Criança de Valor da cidade de Foz do Iguaçu alia formação pedagógica com cidadania. A finalidade do estudo foi acompanhar o desenvolvimento pedagógico e de socialização de crianças e jovens em situação de risco. Os dados da pesquisa de campo foram coletados durante dezoito meses com acompanhamento das atividades desenvolvidas e realizadas pelas oitenta crianças e adolescentes no Núcleo. Entrevistamos também pais, a coordenadora que criou o projeto das atividades lúdicas para educação não formal, a equipe diretiva e a pedagoga. As crianças e adolescentes desenvolviam atividades interdisciplinares num caráter de cidadania e humanização preparando-os para a vida. Foi possível constatar que após um ano e meio de atividades desenvolvidas no contra turno escolar os alunos desenvolveram–se nos aspectos afetivo-emocional, cognitivo e social, tornando-se mais ativos nas atividades que desenvolve o processo de conhecimento, bem com, resultando num melhor desenvolvimento escolar. Palavras-chave: ensino; aprendizagem; aluno; contra turno escolar. 1 Doutorando em Educação – UNISINOS e Professor do Curso de História da UNIAMÉRICA. Coordenador do Projeto Laboratório Vivo de Ciências Naturais – Estação Ciências/PTI. [email protected] 2 Mestre em Educação e Professora do Curso de Pedagogia da UNIAMÉRICA. Supervisora do Projeto Laboratório Vivo de Ciências Naturais – Estação Ciências/PTI. [email protected] 3 Acadêmica do Curso de Enfermagem – UNIAMÉRIA e Bolsista do Projeto Cidadania e Humanização – Estação Ciências/PTI. 4 Acadêmica do Curso de Pedagogia – UNIAMÉRIA e Bolsista do Projeto Cidadania e Humanização –– Estação Ciências/PTI. 5 Acadêmica do Curso de Pedagogia – UNIAMÉRIA e Bolsista do Projeto Cidadania e Humanização – Estação Ciências/PTI. 6 Acadêmica do Curso de Pedagogia – UNIAMÉRIA e Bolsista do Projeto Cidadania e Humanização – Estação Ciências/PTI. 1. O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL Ao ensinar com o lúdico a aprendizagem se torna mais significativa e o ensino aplicado se torna mais fácil, ou seja, auxilia tanto o aluno no seu processo de aprendizagem, quanto ao professor que promove o conhecimento junto aos seus alunos. Desta forma, é possível lembrar-se de Piaget, quando apresenta as fases de desenvolvimento, destacando aqui as operações concretas que estende-se dos 2 aos 11 anos. Na escola a criança aprende, estuda, convive com o outro e o ato de brincar auxilia no processo de aprendizagem e melhora o desempenho escolar, também auxilia a criança a enfrentar problemas, a respeitar regras, a se organizar e conviver em sociedade. Através de atividades lúdicas, a criança é capaz de relacionar as coisas umas com as outras, e ao relacioná-las é que elas constroem o conhecimento. Atividades lúdicas pressupõem ação e por esse fato, provocam a cooperação e a articulação de pontos de vista, estimulando a representação e engendrando a operatividade. Há oportunidade para o desenvolvimento da lógica, do relacionamento humano, das responsabilidades coletivas e da criatividade. (CARLETO, 2000, p 100). No período da infância é o lúdico que faz sentido, pois aprendem brincando, jogando e se divertido. Sendo um processo que leva em consideração os aspectos afetivos, cognitivos, emocional e coordenação motora, estimulando o conhecimento científico, a partir do contexto social. Aprender através do lúdico pode tornar agradável, significativo e proporciona prazer na construção do conhecimento. Para que a atividade torna-se conhecimento significativo é necessário apresentá-la, expô-la e articular com o conhecimento científico e contextualizado. Desta forma, promovendo a curiosidade, a imaginação, o raciocínio lógico, a expressão de hipóteses, envolvendo-a na organização e desenvolvimento das atividades, buscando estratégias para a promoção do processo ensino e aprendizagem. O lúdico quando praticado na infância tem reflexo na fase adulta, ou seja, a criança quando brinca, por exemplo, de casinha, ela faz uma representação simbólica, fazendo comidinha de “mentira”, fazendo-se de mamãe de suas bonecas, organizado suas sua casinha de “mentira”, na sua fase adulta ela vai praticar todas essas atividades de uma forma real, pois ela atribuiu-o o significado e o valor dessas atividades em sua infância e consequentemente irá lidar com mais facilidade com suas atividades adultas no contexto social. A educação não formal vai além, do que os alunos estão acostumados a ver na escola, busca desenvolver atividades recreativas e lúdicas complementando o ensino formal, com métodos inovadores reforçando os conteúdos escolares. Desta forma, Moacir Gadotti, citado por La Belle, (1982, p. 2), define-se educação não formal como “toda atividade educacional organizada, sistemática, executada fora do quadro do sistema formal para oferecer tipos selecionados de ensino a determinados subgrupos da população.” Durante o desenvolvimento das atividades lúcidas e recreativas trabalha-se na criança as questões de cidadania, com foco das interações, contato, responsabilidades, limites e valores. A educação não formal pode ser organizada com um olhar de trabalhar na criança a responsabilidade, a cultura, o respeito pelas diferenças e a autonomia, a partir de dinâmicas de grupo, desenvolve a autoestima, a autoconfiança, proporciona uma transformação no aluno no ato de pensar, de agir e de ser perante a sociedade. Para isso, é necessário utilizar metodologias que atendam a educação não formal, com ações voltadas para os meios de sobrevivência e reprodução do conhecimento, a produção e aquisição de experiências. Na educação não formal, as metodologias operadas no processo de aprendizagem parte da cultura dos indivíduos e dos grupos. O método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; os conteúdos emergem a partir dos temas que se colocam como necessidades, carências, desafios, obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizadas; os conteúdos não são dados a priori e são construídos no processo. (GOHN, 2006, P. 5) Segundo Freire (1997, p. 50), “Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios.” Desta forma, a educação não formal foi se construindo com práticas alternativa que não eram vistas com educação, podendo auxiliar no processo ensino e aprendizagem das crianças. 2. O PROJETO CIDADANIA E HUMANIZAÇÃO: EDUCANDO CRIANÇA DE VALOR da TEORIA à PRÁTICA O ENSINO NÃO FORMAL O projeto Cidadania e Humanização: Educando Criança de Valor que aplica suas atividades da educação não formal do Núcleo Criança de Valor – NCV de Foz do Iguaçu/PR onde é um espaço de formação e socialização que afasta as crianças e jovens das ruas para se dedicarem a atividades lúdicas e de aprofundamento nos estudos, tem como objetivo trabalhar a inserção de crianças e adolescentes, para que se reconheçam como seres sociais em direitos e deveres. Oportuniza também a vivência cidadã, respeitando as diferenças, os limites da convivência social bem como, proporcionar conhecimentos significativos, através de atividades práticas, experimentais e interdisciplinares auxiliando no processo ensino e aprendizagem, reforçando o ensino da educação formal. As atividades que são realizadas no NCV despertam a atenção, a coordenação motora, criatividade, psicomotricidade, raciocínio lógico, investigação científica, cidadania, humanização e valores, essas atividades são realizadas com conteúdos adequados a faixa etária das crianças que é de seis a quatorze anos, é aplicada através de jogos recreativos, jogos manuais, leitura e dramatização, confecções, atividades escritas e artísticas, brincadeiras, atividades com vídeos educativos, aulas expositivas. Essas atividades são aplicadas uma vez por semana no NVC onde o seguinte cronograma é realizado da seguinte forma: ao chegarem ao Núcleo, às crianças e os professores bolsistas responsáveis pelas atividades naquele dia da semana, iram se reunir depois de uma conversa das crianças e da coordenadora no Núcleo, todos se dirigem a uma sala para que os professores bolsistas possam começar a explicar como será a aula desse determinado dia, depois de uma breve conversa e explicação sobre a aplicação das atividades, iram iniciar a aula, geralmente tem um vídeo educativo para auxiliar na explicação do tema da aula. As atividades recreativas são realizadas no pátio pelos bolsistas Marcelo e Geovani acadêmicos de Educação Física e as atividades pedagógicas que envolvem a confecção de matérias para jogos e brincadeiras, as atividades de escrita e artística, as atividades de leitura e dramatização ficam com as bolsistas Gislaine e Suzana acadêmicas de Pedagogia e com a Nathalia acadêmica de Enfermagem. O processo de ensino e aprendizagem se realiza através dessas atividades e dessa forma citada anteriormente, toda atividade aplicada tem a teoria, ou seja, a explicação do tema, o porquê e a importância dessa determinada atividade, como irá ser realizada e depois de toda essa teoria acontece a pratica onde os alunos iram poder explorar toda a teoria explicada. Tendo como exemplo dessa teoria e pratica explico agora uma atividade que foi realizada no NCV onde o tema foi Higiene Pessoal, tudo começou com uma explicação do tema, depois foi passado um vídeo explicativo sobre a importância da Higiene Pessoal para nós seres humanos e o porquê dessa importância, após essa aula explicativa que geralmente acontece anteriormente ao lanche e intervalo das crianças. Com o termino do intervalo todas as crianças retomam a sala para a continuação da atividade do dia, agora será realizado a pratica do tema dessa aula, onde as crianças aprenderam alguns modos de higiene como tomar banho corretamente onde a bolsista Nathalia demostrou com uma boneca de borracha dentro de uma banheira e utilizou sabonete e shampoo, após a demonstração foi pedido quem queria vir dar o banho na boneca corretamente, assim algumas crianças aquelas que quiseram puderam realizar essa pratica, foi demostrado também como escovas os dentes corretamente e todos foram escovar, foi realizado uma dinâmica onde todas as crianças teriam que passar tinta em suas mãos e após alguns minutos lavarem suas mãos e se após a lavagem das mãos se toda a tinta não sair eram porque não lavaram corretamente as mãos e iria ficar germes e bactérias e antes das refeições não lavassem as mãos corretamente prejudicam doa assim a saúde. Essa atividade foi realizada com muito êxodo, todas as crianças poderão aprender de uma forma mais agradável e divertida e não somente na teoria ou de uma forma maçante a elas. O jogo, a dinâmica, a brincadeira, enfim o lúdico pode tomar algo desagradável em algo agradável, divertido e prazeroso. Ao decorrer do tempo aplicando aulas no NCV percebemos que a maioria das crianças tinham dificuldades na leitura e muitas também não gostavam de ler resolvemos então trabalhar mais essa questão de forma mais agradável e divertida a eles, então começamos a trabalhar com jogos que praticavam a leitura com quebra cabeça das palavras, jogo da memória das palavras e frases, dominó, trilha onde tiram que ler frases para desenvolver o jogo, leitura de livros adequado a faixa etária de cada criança, dramatização e peças teatrais onde tiram que ler livros ou textos para desenvolver esses métodos, realização de pesquisa no computador sobre algum assunto educativo desenvolvendo também a habilidade em utilizar o computador, foi realizado uma visita a Biblioteca Municipal de Foz do Iguaçu para que eles pudessem ter um contato maior com versos livros de gêneros diferentes, de diversos autores, etc. Assim foi um processo com vários modos de desenvolver a leitura, de forma lúdica onde a aprendizagem ocorreu de uma forma mais agradável, divertida, prazerosa, que estimulava as crianças a querer ler mais e mais através desses métodos de ensino, resultando assim em uma melhoria na leitura e um gosto pela leitura. O lúdico, não só auxilia os alunos a aprender de forma prazerosa, mas auxilia também aos professores que tem o domínio do conteúdo e precisa aplicar o ensino do conteúdo aos alunos, pois ao ensinar dessa forma a aula se torna mais agradável, mais produtiva e menos cansativa, repetitiva, os alunos prestam mais atenção na aula, o professor também pode se divertir aplicando sua aula, trabalhar através do lúdico é algo que traz expectativas positivas que o resultado vai ser conforme os seus objetivos. Devemos lembrar que crianças é somente um ser pequeno e doce, trazendo sempre um inconfundível brilho no olhar ao pular amarelinha, construir uma pipa ou ouvir uma historia. Isto dói e sempre será dessa maneira. As crianças não mudam, nós que às vezes nos atrapalhamos com teorias complicadas e esquecemo-nos de oferecer a elas as coisas mais simples, as coisas de crianças. 3. O OLHAR PEDAGÓGICO NAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL A educação é uma prática que pode ser desenvolvida ao longo da vida de um individuo, no entanto a Educação Não Formal pode ser constituída e problematizada a parti de atividades pedagógicas desenvolvidas no contra turno escolar. Referente ao olhar do ensino pedagógico pode conceituar que para a Educação Não Formal temos o compromisso de partir de um planejamento para construir um projeto que esteja vinculado à realidade social da criança com práticas educativas que são construídas com experiências vivenciadas do cotidiano do público atendido. O projeto Cidadania e Humanização envolve crianças e adolescentes que se encontram em situações de risco pela vida que lhe é oferecido. Por meio as atividades que lhe são ofertadas a cada aplicação busca-se resgatar algo que na vida dessas crianças e adolescentes foram deixados para traz. Parte então a responsabilidade do grupo de bolsista sobre a orientação da coordenadora de desenvolver atividades que são pertinentes para aquele espaço, partindo do principio de desempenhar atividades prazerosas como a exemplos de recreação, ludicidade, saúde e educação para levar o despertar no interesse dos mesmos de participar das aulas que são aplicadas no contra turno da educação formal, resgatando a confiança e a autoestima dos mesmos. A cada semestre reavaliamos as metodologias aplicadas, para que possamos melhorá-las. Por outro lado, é dada continuidade as que deram certo e substituímos o que precisa ser melhorado, sendo assim na volta do segundo semestre de dois mil e treze reformulamos alguns dos métodos utilizados anteriormente. A princípio este semestre tem como objetivo trabalhar com as habilidades que cada indivíduo possui, por meio de apresentações de temas diversificados para todo o grupo. Neste segundo semestre de dois mil e treze os bolsistas sobre a orientação da orientadora, decidimos por trabalhar com as inteligências múltiplas como afirma o psicólogo e professor norte americano. GARDNER (1995, p.14) entende por inteligência "a capacidade para resolver problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários". A novidade dentro da teoria de Gardner é considerar a inteligência como possuindo várias facetas. Tais facetas, que na verdade são talentos, capacidades e habilidades mentais; são chamadas de inteligências na teoria das Inteligências Múltiplas, como o próprio nome explicita. Partindo dessa ideia os professores partem da observação para perceber o interesse que cada aluno apresentará pelo tema discutido no dia da aplicação, sendo assim extrairá um grupo para o tema que será estudado com mais informações a partir da pesquisa do grupo formado para aprofundar o conhecimento a partir do mesmo. Desta forma, continuará para as próximas aplicações e assim sucessivamente até incluir todas as crianças e adolescentes do Núcleo Crianças de Valor de acordo as suas competências e habilidades sendo de livre escolha, partindo do interesse dos mesmos estar se identificando com os temas abordados. 4. RESGATE DA CIDADANIA E HUMANIZAÇÃO COM ATIVIDADES LÚDICAS E RECREATIVAS NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL Através das atividades recreativas e lúdicas a criança conhece a realidade que cerca, desenvolvendo e exercitando uma tarefa com alegria e com brincadeira. Através da recreação a criança tem o contato com outro sabendo respeitar os limites, as diferenças e maneiras de pensar e agir. Segundo Winnicot (1975. p 78), “A brincadeira é a melhor maneira de a criança comunicar-se, ou seja, um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. Brincando, a criança aprende sobre o mundo que a cerca e tem a oportunidade de procurar a melhor forma de integrar-se a esse mundo que já encontra pronto ao nascer.” Tudo o que envolve a atividade recreativa envolve o aprendizado na criança de forma planejada e orientada, pois muitos profissionais não organizam sua atividade devido aos fatores que já conhecemos. Ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos ele. Segundo Negrine (2000) afirma que: “A capacidade lúdica está diretamente relacionada à sua pré-história de vida. Acredita ser, antes de mais nada, um estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na conduta do ser devido ao seu modo de vida.” A atividade lúdica é muito importante na educação dos alunos, pois possibilita desenvolver vários aspectos no desenvolvimento da personalidade da criança. As atividades lúdicas, por suas características possibilita o desenvolvimento de variadas habilidades. Elas podem atender crianças que têm vocação para a arte, movimento, equilíbrio, lateralidade, raciocínio lógico entre outros. Para Antunes (2003) é importante à consideração que envolve a ideia de jogo “jogos que divertem” e “jogos que ensinam”, pois o jogo que se aplica envolve de forma aceitável na estrutura da maturidade da criança, coloca em ação o seu aprendizado desafia a si mesmo. Através dos jogos pode-se transformar a realidade na qual tenha dificuldade, ajuda a superar esses desafios de forma significativa para aquela criança e assim fortalecendo a autoconfiança. Com o desenvolvimento das atividades, procuramos demonstrar aos alunos as ações dos jogadores, como exemplo a importância do trabalho em grupo que é uma oportunidade de construir o conhecimento, a humanização e a cidadania. Com a prática, os alunos exercitam habilidades, afetivas, motoras e sociais, pois aprende a escolher, a avaliar, a decidir e acaba se relacionando de modo diferente com o saber, para enfrentar o mundo, de como comunicar-se, ouvir ideias e se relacionar com outras pessoas com naturalidade. Tubino (1992), afirma que: O jogo apresenta condições básicas como a separação nos limites de tempo e espaço estabelecidos e a regulamentação. À medida que os jogos são desenvolvidos, as trocas de experiências e as oportunidades que os alunos vivenciam durante o processo de ensino e aprendizagem, preparam-nos para o mundo exterior. A sociabilização que o individuo desenvolve, aprimora sua personalidade e é moldado o seu comportamento para ser aceito na sociedade. Como sendo um processo de aprendizagem de valores, as crianças e adolescentes aprendem em grupo que atribui comportamentos, valores, vivencias na utilização das atividades para melhorar o seu relacionamento em sociedade. As crianças contribuem ativamente para mudança cultural de toda a sociedade, pois aprende de forma ativa o conhecimento. O projeto Cidadania e Humanização contribuem para a educação das crianças, com ações de melhorar o seu comportamento, aprender valores e atitudes necessárias para vivência em sociedade. Para solução dos problemas de relacionamento, a Educação Física traz o jogo para propiciar aprendizagem que são usadas pelas crianças e adolescentes durante qualquer momento de sua vida. Com o desenvolvimento do projeto, procurou-se atender as necessidades da comunidade, expectativas das crianças e dos pais com aplicação de jogos e brincadeiras afim de uma participação efetiva dos alunos no processo socioeducacional e aprimorar suas habilidades motoras. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a utilização de jogos, brincadeiras, dinâmicas, o lúdico em si é um método importância para os alunos no seu processo de ensino e aprendizagem, sendo inovador, os educadores necessitavam fazer uso, para auxiliar e facilitar o ensino de seu conteúdo, para a sala de aula se tornar mais agradável e a aprendizagem dos alunos se tomarem significativas. Nessa perspectiva é necessário que se leve em conta a faixa etária dos alunos, a diversidade de cultura, a realidade de vida de cada um, o contexto familiar, pois eles vão aprender brincando e esse brincar em alguns jogos ou brincadeiras envolve materiais a serem utilizado até na própria confecção e provavelmente este jogo ou brincadeira irá ultrapassar o espaço da educação não formal, chegando a casas dos próprios familiares e amigos. Além do processo de aprendizagem dos conteúdos escolares, essa dimensão é algo que reflete em nossa sociedade, o jogo traz vários conceitos para ser utilizado proporciona disponibilidades, desenvolve autonomia e criatividade, auxilia a criança a enfrentar problemas, a respeitar regras, a se organizar, a respeitar o próximo, concebem diálogos, praticam argumentações, enfrentam desafios, saber ganhar e perder. Todos esses conceitos iram de alguma forma refletir na vida adulta dessas crianças tornando assim em cidadãos conscientes, responsáveis, críticos e ativos na sociedade. Referências: Macedo, Lino. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Lino de Macedo, Ana Lúcia Sícoli Petty e Norimar Christe Passos – Porto Alegre: Artmed, 2005. CARLETO, Eliana Aparecida. O lúdico como estratégia de aprendizagem. Revista Cientifica de Educação. Unidade de Ensino Superior Expoente. Volume 05. Nº 05. Julho-Dezembro 2005 – Curitiba. Editora e Gráfica Expoente, 2005. PERUZZO, Cecilia M. Krohling. 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