NR 11 BIOMECÂNICA
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unesp
Franciane Falcão | ano 2005 | 1
CONTRIBUIÇÕES PARA
Análise de Posturas
nos Postos de Trabalho
UMA REVISÃO DAS FERRAMENTAS DO DESIGN
Franciane Falcão | ano 2005 | 2
ANÁLISE DE POSTURAS NOS POSTOS DE TRABALHO ?!?!
Design x Análise da Tarefa
Franciane Falcão | ano 2005 | 3
Componentes das Atividades x Atos Articulatórios
Segundo VIDAL (2002) as atividades de trabalho
são fruto do encontro dos componentes pessoais,
organizacionais e tecnológicos de um processo de
trabalho. Sendo assim, devemos pensar nos
limites, capacidade, habilidades do homem; nas
normas e diretrizes organizacionais
(procedimentos padronizados, exigências de
tempo); e na tecnologia dos equipamentos e
ferramentas, para definir as atividades de trabalho.
Ou seja, este conjunto de fatores é que
determinarão os atos articulados do operador na
situação do trabalho.
Franciane Falcão | ano 2005 | 4
Análise da Tarefa:
ótica organizacional x ótica fisiológica
Enfoque
Campos de
Pesquisa
Organizacional
Fisiológico
(movimentos e esforços)
Tempos e Métodos
Biomecânica Ocupacional
Objetivo
Análise da Tarefa Humana
Franciane Falcão | ano 2005 | 5
Análise da Tarefa
LOG
O
Análise da Tarefa
Compreender o Sistema
Homem x Tarefa x
Máquina
Trata-se de um processo investigativos que
“envolve a definição do objetivo da tarefa,
requisitos para a realização da tarefa e a
presença humana na tarefa.” (MORAES &
MONT’ALVÃO, 2000, p.100).
PARA
Gerar recomendações para
aspectos de um projeto com
design ergonômico.
Franciane Falcão | ano 2005 | 6
Momento para Análise da Tarefa
Etapas da
Criatividade
Elementos Chaves
Inspiração Inicial
Preparação
Incubação e
Iluminação
Verificação
Preparação
Metodologia Projetual
Intervenção
Ergonomizadora
Tema, Problema
Apreciação Ergonômica
Levantamento de
Dados
Diagnose Ergonômica
Geração de Idéias
Geração de
Alternativas
Seleção da Idéia
Seleção de Alternativa
Revisão do
Processo
Detalhamento,
Prototipagem,
Avaliação, Validação
Projetação Ergonômica
Avaliação Ergonômica e
Detalhamento
Ergonômico
Quadro: Paralelo entre metodologias: Baxter (2000), Bonfim (1997) e Moraes&Mont’Alvão (2003)
Fonte: Falcão (2003)
Franciane Falcão | ano 2005 | 7
O HOMEM COMO CENTRO
Design x Ergonomia
Franciane Falcão | ano 2005 | 8
O homem como o centro
“Uma vez que atingimos o desenvolvimento
tecnológico e produtivo máximo (...),
acreditamos ser este o momento propício
de posicionar o homem como o centro e a
referência maior – no sentido mais amplo e
total do termo – na concepção de novos
produtos a serem industrializados.
Se a tecnologia nos permite, hoje, a
confecção de produtos em qualquer
dimensão e tipologia possível, qual seria a
medida e a forma mais adequada ao
homem?” (Dijon De Moraes, 1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 9
Ergonomia
A ergonomia é um corpo de conhecimento
sobre as habilidades humanas, limitações
humanas e outras características humanas
que são relevantes para o design.”
(Chapanis, 1994)
“Ergonomia é a tecnologia que estuda os
aspectos psico-sociais, ambientais,
organizacionais e estruturais,
contextualizados na execução de atividades
humanas, objetivando a melhor adaptação do
sistema e instrumentos de trabalho ao
homem.” (Franciane Falcão, 2001)
Franciane Falcão | ano 2005 | 10
Variáveis Estudadas em Ergonomia
“Uma pesquisa em ergonomia geralmente
consiste em estabelecer relacionamento
entre determinadas variáveis. (...) As
variáveis usadas em ergonomia geralmente
referem-se ao homem, à máquina, ao
ambiente ou aos sistema.” (Itiro Iida, 1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 11
Fonte: Falcão (2003)
Franciane Falcão | ano 2005 | 12
Fonte: Moraes (1992)
Franciane Falcão | ano 2005 | 13
O que é Biomecânica?
BIO
MECÂNICA
sistema vivo ou
biológico
análise de forças e seus
efeitos
Franciane Falcão | ano 2005 | 14
O que é Biomecânica?
“Biomecânica é o estudo da estrutura e da
função dos sistemas biológicos por meio de
métodos da mecânica”
(Herbert Hatze, 1974)
“Biomecânica é o estudo das forças e dos
seus efeitos nos seres vivos.”
(Peter McGinnis, 2002)
Franciane Falcão | ano 2005 | 15
Biomecânica Ocupacional
“O ser humano, em diversos aspectos,
pode ser comparado a uma máquina. Muito
do conhecimento da Ergonomia Aplicada
ao Trabalho advem do estudo da mecânica
da máquina humana.”(Hudson Couto,1995)
Corpo humano é composto de uma
estrutura músculo-esquelética que
determina a capacidade de realização dos
movimentos. Tal estrutura é composta de:
ossos, músculos e articulações.
Franciane Falcão | ano 2005 | 16
Ossos, Articulações do Corpo
Os ossos são estruturas rígidas que
sustentam o corpo.
“Mecanicamente o sistema esquelético pode
ser idealizado como um arranjo de elos
rígidos conectados um ao outro por
articulações para permitir movimentos
específicos.” (Peter McGinnis, 2002)
A principais articulações do corpo são:
• Ombro, Cotovelo, Articulação
Radiolunar Proximal, Articulação
Radiolunar Distal, Punho, Quadril,
Joelho, Tornozelo
Franciane Falcão | ano 2005 | 17
Músculos
“ Os músculos são os motores do
sistema musculoesquelético que
permitem às alavancas do esqueleto
moverem-se ou mudar de posição.”
(Peter McGinnis, 2002)
Tem por função: movimento,
manutenção da postura, produção de
calor, proteção e alteração de pressão
para auxiliar a circulação.
Franciane Falcão | ano 2005 | 18
Biomecânica Ocupacional
“A biomecânica utiliza leis
da física e conceitos de
engenharia para descrever
movimentos realizados por
vários segmentos
corpóreos e forças que
agem sobre estas partes
do corpo durante
atividades normais de vida
diária.” (Frankel & Nordin,
1 1980 apud CHAFFIN et
al, 2001, p.1)
Fonte: Iida (1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 19
Biomecânica Ocupacional x Análise da Tarefa
“Biomecânica e uma ciência multidisciplinar
que requer a combinação dos
conhecimentos das ciências físicas e da
engenharia com as ciências biológicas e
comportamentais.”
(Chaffin, Anderson & Martin, 2001)
Temos suas contribuições no entendimento
das capacidades de movimentos e força,
sendo, portanto, o estudo da Biomecânica
Ocupacional fundamental para
compreensão da carga física no trabalho
tanto estático, quanto dinâmico.
Franciane Falcão | ano 2005 | 20
OBSERVAR O HOMEM PARA COMPREENDER SEU TRABALHO
Limites Humanos no Trabalho
Franciane Falcão | ano 2005 | 21
Trabalho Estático e Dinâmico
Tipo de Trabalho
Definição
Trabalho Estático
Aquele que exige contração continua
de alguns músculos, para manter uma
determinada posição.
Trabalho Dinâmico
Aquele que permite contração e
relaxamentos alternados dos
músculos.
Franciane Falcão | ano 2005 | 22
Postura x Trabalho
Os custos humanos no trabalho (dores, desconfortos,...), muitas
vezes, estão relacionados a questões posturais e esforços exigidos
durante a jornada de trabalho. Entende-se por postura “a
manutenção dos segmentos corporais no espaço” (MORAES &
MONT’ALVÃO, 2003, p.105) ou “posição do corpo ou parte dele”
(FERREIRA, 1993, p.435). E, esforço a “atividade em que alguém
mobiliza todas as suas forças, físicas e/ou morais, para atingir um
fim” (FERREIRA, 1993, p.435); em biomecânicas os esforços
estudados são relativos a mobilização de forças musculares.
Na execução de atividades diárias estamos constantemente
solicitando o esforço de grupos músculo-ligamentares para a
manutenção de uma determinada postura ou para execução de um
movimento.
Franciane Falcão | ano 2005 | 23
Postura do Corpo
Posição do
Corpo
Posição Deitada
O que ocorre?
Não há concentração de tensões em nenhuma parte do corpo.
Sangue flui livremente eliminando toxinas dos músculos.
Consumo energético mínimo (próximo do metabolismo basal).
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 24
Posturas do Corpo
Posição do
Corpo
O que ocorre?
Posição Sentada
Exige atividade do dorso e do ventre.
O peso do corpo e suportado pelo osso ísquio (nádegas).
Consumo de energia sentado é de 3 a 10% maior que deitada.
Com ligeira inclinação para gente, a fadiga e menor; com assento
que permita freqüentes mudanças posturais, a fadiga e retardada.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 25
Posturas do Corpo
Posição do
Corpo
O que ocorre?
Posição de Pe
Altamente fatigante, pois exige muito trabalho estático da
musculatura.
Dificulta o bombeamento de sangue do coração para as extremidades
do corpo.
Trabalhos dinâmicos em pe são menos fatigantes que, os estáticos
(ou com poucos movimentos) em pe.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 26
Postura do Corpo
Posição do Corpo
O que ocorre?
Inclinação da
Provoca fadiga rápida nos músculos do pescoço e do ombro,
Cabeça para Frente provocado pela cabeça, cujo pesa e relativamente elevado (4 a 5
quilos)
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 27
Posturas do Corpo
Postura
Risco de Dores
Em pe
Pés e pernas (varizes)
Sentado sem encosto
Músculos extensores do dorso
Assento muito alto
Parte inferior das pernas, joelhos e pés.
Assento muito baixo
Dorso e pescoço
Braços Esticados
Ombros e braços
Pegas inadequadas em ferramentas
Antebraços
Tabela – Localização das dores no corpo, provocadas por posturas inadequadas (Itiro Iida, 1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 28
Aplicação de Forças
“As forças humanas são resultados de
contrações musculares. (...) Para fazer um
determinado movimento, diversas
combinações de contrações musculares
podem ser utilizadas, cada uma delas
tendo diferentes características de
velocidade, precisão e movimento.”
(Itiro Iida, 1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 29
Aplicação de Forças
Características dos Movimentos
Precisão
Os movimentos de maior precisão são realizados com as pontas
dos dedos. Quando ocorre fadiga nos dedos a tendência e a
utilização dos movimentos do punho, cotovelo e ombro, que
aumentam a força e provocam progressiva perda de precisão.
Ritmo
Os movimentos devem ser suaves, curvos e rítmicos, pois as
acelerações ou desacelerações bruscas, ou rápidas mudanças
de direção provocam fadiga pela exigência maior de contrações
musculares.
Movimentos Retos Os movimentos retos são de difíceis e imprecisos, pois exigem
integração dos movimentos de diversas juntas (articulações),
sobre as quais as alavancas do corpo se movem em curvas.
Terminações
Movimentos que exigem posicionamentos precisos, com
acompanhamento visual, são difíceis e demorados.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 30
Aplicação de Forças
Transmissão de Movimentos e Forças
Forças de
Empurrar e Puxar
Em geral, a força maxima de empurrar e puxar para o homem
e de 200 a 300 N (newtons) e as mulheres tem 40 a 60%
dessa capacidade. [200 N : 9,81= 20,4 kgf]. Com o uso de
dois baços a força transmitida aumenta de 37 a 54%.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 31
Aplicação de Força
Transmissão de Movimentos e Forças
Alcance Vertical
Quando os braços são mantidos acima dos ombros, os
músculos dos ombros e do bíceps se fatigam lobo, podendo
aparecer dores provocadas por uma tendonite dos bíceps.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 32
Aplicação de Força
Transmissão de Movimentos e Forças
Alcance Horizontal A distancia de um peso, nas mãos, em relação ao ombro,
ocorre a necessidade de maior esforço dos músculos do
ombro para contrabalancear. Sendo assim, se ultrapassar os
limites de uma carga de 5 N em 5 minutos, provoca dores nos
braços e ombros.
Fonte: baseado em Iida (1997) e Grandjean (1998).
Franciane Falcão | ano 2005 | 33
Levantamento e Transporte de Cargas
Recomendações para Levantamentos de Cargas:
• Mantenha a coluna reta e use a musculatura das
pernas, como fazem os halterofilistas.
• Mantenha a carga o mais próximo possível do corpo,
para reduzir movimentos da carga.
• Mantenha cargas simétricas (use duas mãos), para
evitar movimentos em torno do corpo.
• Levanta cargas que estejam acima de 40 cm do piso.
Caso não estejam engue-la em duas etapas, primeira
para uma plataforma, depois definitivamente.
• Antes de levantar um peso, remover os obstáculos que
possam atrapalhar o movimento.
Franciane Falcão | ano 2005 | 34
Levantamento e Transporte de Cargas
Franciane Falcão | ano 2005 | 35
Levantamento e Transporte de Cargas
Recomendações para o Transporte de Cargas:
• Manter a carga vertical: o centro de gravidade da carga
passar pelo eixo longitudinal– vertical- do corpo).
• Manter carga proxima ao corpo – perto do corpo, na altura
da cintura, com dois braços estendidos (sem perder energia
com flexao dos braços).
• Cargas simetricas – simetria de cargas, com dois braços
carregando aproximadamente o mesmo peso.
• Usar meios auxiliares – deve-se usar meios auxiliares para
carregar pesos de formas ou texturas que dificultem o
manuseio.
• Trabalho em equipe – para cargas excessivas para uma
pessoa.
Franciane Falcão | ano 2005 | 36
PORQUE ESTUDAR DESIGN & ERGONOMIA COM ENFOQUE DA
Biomecânica Ocupacional
Franciane Falcão | ano 2005 | 37
Pertinência
“A biomecânica ocupacional estuda as
interações entre o trabalho e o homem o
ponto de vista dos movimentos músculoesqueletais envolvidos, e as suas
conseqüências.
Analisa basicamente a questão das
posturas corporais no trabalho e a
aplicação de forças.
Muitos produtos e postos de trabalho
inadequados provocam tensões
musculares, dores e fadiga.”
(Itiro Iida, 1997)
Franciane Falcão | ano 2005 | 38
Antes e Depois
Franciane Falcão | ano 2005 | 39
Antes e Depois
Franciane Falcão | ano 2005 | 40
Antes e Depois
Franciane Falcão | ano 2005 | 41
Ocorrências: Comprometimento a SAÚDE e
DESEMPENHO produtivo de FUNCIONÁRIOS
Problemas
Condições de trabalho (ferramentas, maquinários, mobiliários, .. –
postos de tabalho) em linhas de produção que desconsiderem
aspectos biomecânicos e psicofisiológicos dos usuários.
Constrangimentos Humanos
Custos Humanos
Índices consideráveis de reclamações de áreas dolorosas nos
registros médicos.
Custos para Empresas
Absenteísmo, acidentes, queixas nas empresas
Fonte: Falcão (2004)
Franciane Falcão | ano 2005 | 42
Problemas (ferramentas)
Franciane Falcão | ano 2005 | 43
Constatação
Pesquisa: Cidale (2002) apresenta como resultados de pesquisa
realizada em 1997 em indústrias no estado de São Paulo, o seguinte:
Empresas gastam em média R$ 41.836,00 por ano com cada
funcionário que é afastado do trabalho, e não pode retornar ao
mesmo posto.
Principais fatores de risco destes afastamentos: aspectos
biomecânicos do trabalho - tais como: forças aplicadas
(aparentes ou não), repetitividade de movimentos, compressões
mecânicas e posturas incorretas.
Franciane Falcão | ano 2005 | 44
Contextualização e Oportunidade de Ação
Fatos históricos que direcionaram as empresas a
adoção de uma aitude diferente diante dos
problemas de absenteísmo, acidentes e queixas de
funcionários:
• O lançamento do Programa Nacional de
Prevenção de LER/ DORT, em 2000, no Brasil;
• O treinamento de 2000 auditores, no Brasil, até o
final do ano de 2002, para fazer fiscalização nas
empresas;
• O lançamento do Manual de Aplicação da Norma
Regulamentadora -17, em 2002, pelo Ministério
do Trabalho.
Franciane Falcão | ano 2005 | 45
Contextualização e Oportunidade de Ação
Ou seja:
A gradativa inclusão do Ministério Público do Trabalho, no Brasil,
como agente preventivo de doenças ocupacionais por meio de:
• inquéritos civis públicos;
• procedimentos administrativo investigatório;
• termo de ajustamento de conduta (TAC).
O aumento de processos a empresas em busca de indenização
por danos.
Conduziu as organizações à busca de prevenção de
acidentes do trabalho.
Franciane Falcão | ano 2005 | 46
O ESTUDO DAS POSTURAS E DOS ESFORÇOS
Métodos de Avaliação
Franciane Falcão | ano 2005 | 47
Dificuldades na Análise de
Posturas e Esforços
A dificuldade de identificar e registrar as
posturas assumidas por um trabalhador e
os esforços a ele exigidos pela tarefa, com
intuito de analisá-las, fez com que muitos
autores propusessem métodos de registro
e análise de postura, visto que a descrição
verbal e o registro fotográfico possuem sua
falhas. Daí surgiram os diferentes métodos
de avaliação de posturas e esforços da
biomecânica ocupacional.
Franciane Falcão | ano 2005 | 48
Hoje é possível identificar algumas hipersolicitações músculoligamentares por meio de registros que compreendam: aspectos
fisiológicos – funções orgânicas -, psicofísicos – julgamento do
esforço percebido – e físicos – descrição de força e movimento.
Ou seja, podemos avaliar posturas e esforço através do estudo das
“interações entre o trabalho e o homem sob o ponto de vista dos
movimentos músculo-esqueletais envolvidos, e as suas
conseqüências.” (IIDA, 1997, p. 83), com o objetivo de “aumentar a
sua performance enquanto minimiza os riscos de distúrbios
músculo-esqueléticos” (CHAFFIN et al, 2001, p.2).
Para tanto, temos vários métodos com enfoques específicos, como:
esforço de um grupo muscular, medição de forças estáticas,
definição de velocidade e direcionamentos de movimentos, limites
de performance do sistema músculo-esquelético, etc. Cabe aqui,
comentar alguns dos mesmos:
Franciane Falcão | ano 2005 | 49
Eletromiografia
Registro Eletromiografico (EMG) – “é o
registro das atividades elétricas
associadas as contrações musculares.
EMG capta a somatória dos potenciais de
ação do músculo. Diferentemente dos
outros métodos, que determinam
propriedades mecânicas, a eletromiografia
indica o estimulo neural par o sistema
muscular.” (Isabel C.N. Sacco, 2001)
Franciane Falcão | ano 2005 | 50
Baseado na Eletromiografia
Sistema
para medir
o trabalho
dinâmico.
(inglaterra)
Sistema de
Medidas de Forças
Estáticas
Localizadas criado
no Centro de
Ergonomia da
Universidade de
Michigan.
Franciane Falcão | ano 2005 | 51
Cinemetria
Cinemetria – “e o conjunto de métodos
que permitem a determinação da
posição e orientação dos segmentos
coporais, buscando medir os parâmetros
cinemáticos do movimento, isto e, posição,
orientação, velocidade e aceleração.”
(Isabel de C.N. Sacco, 2001)
Franciane Falcão | ano 2005 | 52
Cinemetria: resultados de pesquisa
Fonte: Figueiras & Soares (2001).
Franciane Falcão | ano 2005 | 53
Cinemetria: resultados de pesquisa
Segundo Figueiras & Soares (2001) o resultado da aplicação
deste método na atividade de datilografia e digitação, revelou
que “o movimento angular do antebraço e da mão é maior na
maquina de escrever; no entanto a variação dos mesmos
movimentos é mais freqüente no teclado. digital. (…) Sendo
assim, o trabalho no teclado digital apresenta-se bem mais
estático que os no teclado mecânico. Com isto pode-se supor
que a atividade de datilografar, por ter uma maior amplitude
de movimentos, é mais aeróbica e pode acumular menos
lactado nos músculos envolvidos no movimento que a de usar
o teclado digital, sendo portanto menos propicia a gerar
enfermidades relacionadas com a LER\DORT.”
Franciane Falcão | ano 2005 | 54
Diagrama das Áreas Dolorosas
Localização das Áreas Dolorosas –
proposto por Corlett e Manenima em 1980.
Trata-se de um diagrama que divide o
corpo em vários segmentos, facilitando a
localização de áreas dolorosas. Ao final de
uma jornada de trabalho os trabalhadores
são questionados sobre as áreas
dolorosas que são registradas no
diagrama, bem como, o grau de
desconforto em cada um dos segmentos
(de 0 a 8). Um nível acima de 3 merece
atenção imediata.
Franciane Falcão | ano 2005 | 55
+
++
+++
++++
para desconforto leve
para desconforto intenso
para dor leve
para dor forte
Localização de
Áreas
Dolorosas
Franciane Falcão | ano 2005 | 56
NIOSH
Método NIOSH: trata-se de um método
desenvolvido pelo National Institute for
Occupational Safety and Health, dos EUA,
que revela, por meio de uma equação de
seis variáveis, a carga máxima em
condições desfavoráveis. Segundo
CHAFFIN et al (2001), GOMES (2004) e
COUTO (1995) as citadas variáveis são
fruto da combinação de fatores:
epidemiológicos dos distúrbios músculoesqueléticos, conceitos biomecânicos,
princípios fisiológicos e limites psicofísicos.
Franciane Falcão | ano 2005 | 57
NIOSH: variáveis
Variáveis do NIOSH, são:
• Distância horizontal (H) e vertical (V) entre
a carga e o corpo
• Rotação do tronco (A)
• Deslocamento vertical da carga (D)
• Freqüência do levantamento (F)
• Dificuldade demanuseio da carga (M)
Carga máxima é:
CM = 23 kg x CM x CH x CV x CF x CD x CA
Franciane Falcão | ano 2005 | 58
NIOSH: variável distância vertical
Fonte: Gomes (1994).
Franciane Falcão | ano 2005 | 59
NIOSH: variáveis
A figura 1, Dul e Weerdmeester,
1993 com detalhe de Gomes
L.,1994, indica a localização dos
multiplicadores
da
equação
NIOSH.
Gomes, 1994.
Franciane Falcão | ano 2005 | 60
NIOSH: resultados de pesquisas
Dentre os resultados mais recentes de aplicação deste
método temos a conclusão de MENDES (2000) que
afirma ter identificado, por meio do NIOSH, as
condições que estavam inadequadas durante o
levantamento de peso, que estava levando a
sobrecarga física, em postos de trabalho de
almoxarifado; entretanto a prevalência de fatores de
risco para lombalgias só foi identificado por
questionários e observações. Vale a pena ressaltar
que, muitos países já adotaram a equação NIOSH
como base para as suas normas de movimentação
manual de materiais.
Franciane Falcão | ano 2005 | 61
REBAS
Método REBAS (Rapid Entire Body Assessment):
segundo GUIMARÃES & DINIZ (2000 apud
DRESCH, 2003), o REBA foi desenvolvido para
avaliar posturas de trabalho imprevisíveis de corpo
inteiro, afim de identificar as posturas sensíveis a
fatores de risco músculo-esqueléticos. Tal método
utiliza, no processo de investigação, registros
segundo os planos de movimentos e discrimina
atividades musculares causadas por posturas
instáveis, em seguida categoriza as ações e gera
recomendações de urgência.
Franciane Falcão | ano 2005 | 62
REBAS: resultados de pesquisa
A aplicação deste método, por DRESCH
(2003), para avaliar os riscos músculoesquléticos do operador de Steadicam,
revelou as cargas físicas geradas em
regiões do corpo devido determinadas
assunções posturais, visando o aumento
de força física, o que auxiliou em
proposição de recomendações para
intervenção ergonômica no sistema.
Franciane Falcão | ano 2005 | 63
LEST
Método LEST: desenvolvido pelos
pesquisadores Guélaud, Beauchsne,
Gautrat, Roustang, do Laboratoire
d’Economie et Sociologie du Travail
(LEST), França, trata-se de um método que
visa caracterizar os dispêndios energéticos
oriundos das posturas. Segundo GOMES
(2004), este método é indicado para o
estudo de movimentação manual de
materiais para enfocar os aspectos de
transporte.
Franciane Falcão | ano 2005 | 64
LEST: resultado de pesquisas
GOMES (2004), baseado em suas práticas de
aplicação deste método, afirma que é
interessante sua aplicação junto ao NIOSH
para uma análise mais completa sobre
movimentações manuais de carga, e uma
aplicação junto ao OWAS, visto que este
último não quantifica o desgaste oriundo das
posturas sobrecarregadas, dependendo assim
de uma avaliação baseada em percepções
sobre algumas posturas que pode acarretar
em classificações não apropriadas das
mesmas.
Franciane Falcão | ano 2005 | 65
RULA
RULA (Rapid Upper Limb Acessment):
trata-se de um método, desenvolvido por
L.McAtamney e E.N.Corlett, que propicia a
avaliação das posturas, força e atividades
musculares, que contribuem para o
aparecimento de dores e de lesões nos
membros superiores.
Franciane Falcão | ano 2005 | 66
RULA: resultados de pesquisas
Segundo GOMES et al (2004), uma
aplicação deste método na análise da
tarefa de técnicos-administrativos, auxiliou
na constatação de que as posturas
assumidas eram aceitáveis se não fossem
mantidas ou repetidas por longos períodos.
Franciane Falcão | ano 2005 | 67
RULA: resultados de pesquisas
A aplicação deste mesmo método por MONTEIRO et al (2003) na
análise da tarefa de capoteiros em estaleiros, revelaram
constrangimentos que exigiam alteração imediata, bem como
regiões de maior sobrecarga física, o que contribuiu na projetação
de ferramentas auxiliares para a atividade deste profissional.
Franciane Falcão | ano 2005 | 68
OCRA
OCRA (Occupatonal Repetitive Action): trata-se de um método
desenvolvido por Enrico Occhipinti e Daniela Colombini, em 1996,
em Milão, a pedido de um grupo técnico da Associação
Internacional de Ergonomia (IEA), cujo objetivo é calcular um
índice quantitativo, que represente os riscos associados aos
movimentos repetitivos dos membros superiores, para então
estabelecer um número recomendado de movimentos por minuto.
Este método tem sua fórmula semelhante ao NIOSH. Segundo
ANTONIO (2003, p.44), o método “consiste em uma avaliação
integrada dos principais fatores de risco ocupacional para os
membros superiores, tais como freqüência, repetitividade,força,
postura, ausência de períodos para recuperação de fadiga e
elementos complementares.”
Franciane Falcão | ano 2005 | 69
OCRA: resultados de pesquisa
Fig.: Atividade de inserção de fios na bubina de motor de
refrigeração.
Fonte: Antonio (2003).
ANTONIO (2003), aplicou o referido
método na Análise Ergonômica do
Trabalho (AET) num mesmo posto
de uma linha de montagem, o que
lhe possibilitou observar que tal
método completa a AET:
acrescentando o diagnóstico
quantitativo dos riscos de lesões ao
diagnóstico qualitativo da AET,
fornecendo valores de freqüência de
ações por minuto, definindo pausa
para cada hora trabalhada e
definindo valores para o tempo de
exposição ao risco.
Franciane Falcão | ano 2005 | 70
Ergonomic Workplace Analysis
É um método finlandês, desenvolvido sob as bases teóricas
da fisiologia do trabalho, biomecânica ocupacional,
psicologia da informação, higiene industrial e modelo sóciotécnico da organização do trabalho, cujo uso é indicado
para realização de análises mais detalhadas de problemas
ergonômicos, previamente identificados, em atividades
manuais industriais e atividades de manuseio de materiais.
O método traça uma análise cuidadosa de fatores
relacionados à segurança, saúde e produtividade do local
de trabalho por meio de uma descrição sistemática da
tarefa ou do local de trabalho, baseada em entrevistas e
observações.
Franciane Falcão | ano 2005 | 71
Ergonomic Workplace Analysis
AHONEN et al (1989) afirma que este
método também pode ser utilizado para:
checar a influência de melhorias no local de
trabalho ou na tarefa; comparar diferentes
locais de trabalho dentro do mesmo ramo
de atividades; sustentar registros formais
das condições do local de trabalho; e,
levantar informações ergonômicas para o
designer.
Franciane Falcão | ano 2005 | 72
Técnica Fotométrica
É uma técnica de medição
da flexão anterior da
coluna vertebral. VIEIRA et
al (2001 apud SATO et al,
2003) descreve que esta
técnica emprega um
método de traçado por
meio de marcadores
perpendiculares fixados
sobre os processos
espinhosos da coluna
vertebral (sétima vértebra
cervical, C7, e primeira
vértebra sacral, S1).
Franciane Falcão | ano 2005 | 73
Técnica Fotométrica: resultados de pesquisas
Segundo SATO et al (2003), devido os pontos anatômicos de
referência, para o cálculo do ângulo, serem as próprias vértebras, a
medida da flexão anterior da coluna vertebral é obtida de uma
forma mais próxima da real.
Numa avaliação comparativa da confiabilidade deste método – dos
marcadores perpendiculares (MP) -, o método Chaffin modificado
(CM) e Whistance (W), na mensuração da flexão anterior do tronco,
SATO et al (2003) aponta que a CM é a única técnica que não
apresenta confiabilidade interobservadores, e que “as técnicas W e
MP mostraram maior compatibilidade com valores encontrados
para flexão da coluna vertebral descritos na literatura cinesiológica,
sem a participação do quadril que ocorre no final do movimento.”
Franciane Falcão | ano 2005 | 74
RARME
RARME (Roteiro para Avaliação de Riscos MúsculoEsqueléticos): é um método cuja ênfase está nos
fatores físicos e biomecânicos. Avalia a postura dos
ombros, antebraços, punhos, pescoço, tronco e
membros inferiores, além de registrar o tipo de trabalho
muscular realizado, as forças empregadas, a presença
de repetição, vibração, bem como, aspectos gerais –
temperatura, ruído e uso de EPIs. As avaliações
efetuadas por meio deste método apontam os tipos de
riscos a partir de faixas de amplitudes, estipuladas
segundo bases da literatura ergonômica.
Franciane Falcão | ano 2005 | 75
RARME: resultado de pesquisas
Num estudo comparativo de resultados da
avaliação obtida pela aplicação do RARME,
OWAS e Modelo Biomecânico em postos
de trabalho industriais de misturador,
cilindro e batedor, SHIRATSU et al (2000)
conclui que o “RARME mostrou-se
abrangente e considerou aspectos que o
OWAS e Modelo Biomecânico não
contemplaram.
Franciane Falcão | ano 2005 | 76
OWAS
Método OWAS (Working Posture Analysing System): é um método de
registro postural, desenvolvido pelos pesquisadores finlandeses
Karku, Kansi e Kuriona. No qual, segundo IIDA (1997) e GOMES et al
(2004), são registradas as posturas por meio de uma codificação das
mesmas, em seguida, classificando-as em quatro categorias,
relacionadas com a estimativa de tempo para tomada de ações
corretivas, determinada a partir do julgamento quanto ao desconforto
e esforço percebido. As referidas categorias são:
• Classe 1 –postura normal, que dispensa cuidado.
• Classe 2 – postura que deve ser verificada durante a próxima
revisão rotineira dos métodos de trabalho.
• Classe 3 – postura que deve merecer atenção a curto prazo.
• Classe 4 – postura que dever merecer atenção imediata.
Franciane Falcão | ano 2005 | 77
Sistema
OWAS
Franciane Falcão | ano 2005 | 78
OWAS: resultados de pesquisas
Tal método tem sido aplicado atualmente
junto a outros métodos, segundo alguns
pesquisadores, devido a falta de precisão
de registro acarretada por sua codificação
postural a partir de um único plano de
movimento. Tendo, segundo MOSER et al
(2000), contribuições relevantes para uma
rápida identificação da gravidade das
posturas assumidas, sugerindo a urgência
de providências a serem tomada, o que
auxilia na busca de soluções para
diminuição do constrangimento postural.
Franciane Falcão | ano 2005 | 79
OWAS: resultados de pesquisas
Fonte: Moser et al (2000).
Franciane Falcão | ano 2005 | 80
Uma proposta para Análise Postural:
OWAS e Terminologia dos Movimentos
Diante das dificuldades em analisar
posturas assumidas, Falcão (2004) propõe
em aulas de ergonomia a prática de análise
postural a partir do uso paralelo do sistema
OWAS e das descrições segundo os
Movimentos Articulares.
Franciane Falcão | ano 2005 | 81
Descrição dos Movimentos Articulares
A Terminologia Anatômica do Movimento
trata-se de um sistema de descrição de
posições corporais e movimentos relativos
do membros nas articulações, elaborados
por anatomistas. Estes termos são usados
na biomecânica.
Franciane Falcão | ano 2005 | 82
Posto de Trabalho de Professores
O objeto de estudo deste trabalho trata-se
de um posto de trabalho com computador
de professores de ensino superior de
Design. Composto basicamente por:
• Mesa de escritório com 3 gaveteiros;
• Cadeira com altura de assento ajustável
e rodízios;
• Computador;
• Telefone.
Franciane Falcão | ano 2005 | 83
Problematização Ilustrada
O funcionário
possui 1,72 m
Problema Interfacial
• Os livros utilizados em
paralelo ao uso do
computador fica sob os
braços gerando posturas
prejudiciais: leve
abdução dos ombros,
leve flexão do punho e
leve desvio radial.
Franciane Falcão | ano 2005 | 84
Problematização Ilustrada
Problema Interfacial
• Quando ocorre o atendimento ao telefone
simultaneamente a atividade no computador a
postura assumida caracteriza-se por abdução do
ombro, inclinação lateral do pescoço, elevação
dos ombros. Podendo causar desconforto e/ou
dores na musculatura do trapézio.
Franciane Falcão | ano 2005 | 85
Problematização Ilustrada
Problema Interfacial
• Para manipular o mouse o
braço está semi-flexionado e
o ante-braço extendido.
Podendo causar desconforto
e/ou dores na musculatura do
ombro.
Franciane Falcão | ano 2005 | 86
Problematização Ilustrada
A funcionária
possui 1,53 m
Problema Interfacial
• Para manipular o mouse o braço está
semi-abdusido, semi-flexionado e o
ante-braço extendido; e o punho
realiza desvio ulnar e radial
freqüentemente. Podendo causar
desconforto no punho.
Franciane Falcão | ano 2005 | 87
Problematização Ilustrada
• A variação de posturas
Franciane Falcão | ano 2005 | 88
Problematização Ilustrada
Problema Acional Manual
• Ao acionar os drive de disquete e CD os funcionários executam
inclinação lateral do tronco, sendo que a menor funcionária
(1,53m) realiza maior esforço pelo aumento da amplitude.
Franciane Falcão | ano 2005 | 89
Problematização Ilustrada
Problema Interfacial
• Neste trabalho de digitação a funcionária está com o tronco
levemente rotacionado para esquerda, para busca um melhor um
campo de visão dos periféricos do computador, ocasionando uma
tensão nos discos intervertebrais (dor lombar)
Franciane Falcão | ano 2005 | 90
Problematização Ilustrada
Problema Interfacial
• Para visualizar o texto a ser digitado e depois visualizar o teclado
a funcionária realiza rotações do pescoço para esquerda e direita
com leve flexão do pescoço. Ao final deste trabalho, este
movimento pode ocasionar dores na região superior das costas
(trapézio)
Franciane Falcão | ano 2005 | 91
Posto de Trabalho de Operador de Reprografia
O sistema-alvo deste estudo trata-se do setor de reprografia
da Faculdade de Tecnologia - FT, uma das unidades
acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.
O referido sistema tem a finalidade atender a professores,
técnicos administrativos e estudantes por meio dos serviços
de reprodução de materiais – livros, apostilas, documentos,
etc – e encadernação. Este setor é uma unidade de trabalho
de uma empresa de Manaus que tem algumas de suas lojas
sediadas no espaço físico da universidade. Para cumprir a
tarefa de sua unidade na FT, a empresa conta com: um
funcionário, três máquinas copiadoras, perfurador, guilhotina
para papéis, e armários-balcões.
Franciane Falcão | ano 2005 | 92
Fonte: Cabral; Falcão e Bastos (2004)
Franciane Falcão | ano 2005 | 93
Considerações Finais
Franciane Falcão | ano 2005 | 94
Nossa busca
Se, nosso corpo nos indica
que nascemos para o
movimento “(...) qual seria a
medida e a forma mais
adequada ao homem?”
(Dijon De Moraes, 1997)
Cadeira Vertebra
(Emilio Ambasz,
1977) criada para
empresa Castelli.
Esta foi a “primeira
cadeira de escritório
a responder
automaticamente ao
movimento do corpo”
(Charlotte & Peter
Fiell, 2000)
Franciane Falcão | ano 2005 | 95
Nossa crença
“O Ergonomi Design Gruppen acredita que:
‘O design não é apenas aparência. É
forma, função e economia. O
desenvolvimento conscienciosos do
produto pode aumentar as vendas, reduzir
custos de produção, abrir novos mercados
e melhorar o perfil da qualidade.”
(Charlotte & Peter Fiell, 2000)
Franciane Falcão | ano 2005 | 96
Nosso objetivo de pesquisa para o mestrado
Incentivar a ação preventiva para custos humanos
músculo-esqueléticos com contribuições para a
melhoria das condições de trabalho em linhas de
produção de produtos eletro-eletrônicos, por meio
de considerações ergonômicas para postos de
trabalho, geradas a partir da aplicação de
ferramentas de avaliação biomecânica para
realização de um diagnóstico da relação homem x
equipamentos de trabalho em postos da produção
de aparelho de som de uma indústria do PIM.
Franciane Falcão | ano 2005 | 97
Nosso objetivo de pesquisa para a disciplina
Avaliar as condições de trabalho do posto
de calibração da empresa Bruna Semijóias.
Franciane Falcão | ano 2005 | 98
Conclusões Finais
Cada método de avaliação de postura e esforços
tem uma contribuição a dar para o design
ergonômico de postos de trabalho. Partindo deste
campo da ciência – Biomecânica Ocupacional -,
almejamos estabelecer uma maneira de estudar
estações de trabalho de forma a conhecer “as
habilidades humanas, limitações humanas e
outras características humanas que são
relevantes para o design” (CHAPANIS, 1994 apud
MORAES & MONT’ALVÃO, 2003, p.12) de um
posto de trabalho adequado.
Franciane Falcão | ano 2005 | 99
Nossa Meta
Pretendemos esclarecer como pode
ocorrer a inserção de métodos de avaliação
biomecânica no processo de
desenvolvimento de estações de trabalho,
contribuindo, assim, com o trabalho de
designers de produtos e pesquisadores da
área.
Franciane Falcão | ano 2005 | 100
Obrigado
FIM
unesp
Franciane Falcão | ano 2005 | 101
Referências
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