Energia: Sobrecustos das renováveis não passam dos 509 ME este ano - António Mexia Lisboa, 25 jan (Lusa) - O presidente da EDP afirmou hoje que os sobrecustos com as renováveis serão de 509 milhões de euros este ano caso o custo da energia se mantenha ao preço orçamentado pela ERSE e sublinhou que os preços reais da energia caíram desde 1998. A ERSE previu para 2011 um sobrecusto com a Produção em Regime Especial (essencialmente eólicas e co-geração) de 1,2 mil milhões de euros, tendo como ponto de partida um preço de 46,6 euros por cada megawatt/hora de energia no mercado. António Mexia, que falava num debate do PSD sobre preços, concorrência e regulação no sector energético, sublinhou que a produção em PRE se divide em 55 por cento de eólicas e 45 por cento de co-geração. Assim, disse, o sobrecusto com as renováveis não deverão passar em 2011 dos 509 milhões de euros, um cálculo que também leva em conta o previsível aumento do preço da energia primária, o petróleo. "Aos preços do primeiro trimestre de 2008 [aquando da crise dos combustíveis e com o barril de petróleo perto dos 150 dólares], então cai para 158 milhões de euros", disse Mexia. Por outro lado, o presidente da elétrica reiterou a ideia de que em Portugal o custo real da eletricidade baixou nos últimos anos, nomeadamente desde 1998. A fatura da eletricidade em Portugal, disse Mexia, caiu 6 por cento em termos reais desde 1998, uma queda maior, por exemplo do que a da linha do Índice Geral de Preços (IGP). Nesta evolução, explicou Mexia, Portugal compara melhor com Espanha e com a média europeia. Os preços em Portugal estão abaixo, disse. Perspetivando o futuro mais imediato, o presidente da EDP disse que "a dependencia energética da europa vai continuar a aumentar" e que o "sentido do preço do petróleo é sempre para cima". O PSD promove hoje em Lisboa um debate sobre regulação, preços e concorrência no setor energético em que participam Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), António Mexia, presidente executivo da EDP e Rui Cartaxo, presidente da REN. Para além dos intervenientes no setor, o debate conta ainda com a participação de António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e Vasco Colaço, presidente da DECO. O debate tem também a participação de Manuel Sebastião, presidente da Autoridade da Concorrência, António Comprido, secretário geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, Virgílio Constantino, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis e Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal. NVI ***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico*** Lusa/Fim