Parceria Microsoft Microsoft e link unidas para conquistar o mercado A link é uma das maiores aliadas da Microsoft no ataque ao midmarket de ERPs e de CRM C orria o ano de 2002 quando a Microsoft se aliou à link com o intuito de cimentar a sua aposta no mercado de ERPs e de CRM. Após a compra surpreendente da Navision pela Microsoft, um dos principais players do mercado europeu de ERPs, o objectivo da multinacional era simples: conquistar o mercado de médias empresas na vertente de ERPs e CRM. O mercado de ERPs sempre foi estruturante para a oferta link, que desde há muito representava tecnologias de vários fabricantes neste nível, mas sobretudo num segmento de grandes empresas. “Rapidamente verificámos que o mercado de grandes empresas estava muito maduro, pois as grandes organizações que necessitavam de ERP já o tinham”, revelou Bruno Cardoso da Silva, Director da unidade de Business Solutions da link. Foi nessa altura que uma decisão estratégica, tomada em meados de 2004, levou a link a apostar fortemente no segmento das empresas de média dimensão, sendo a solução Microsoft Dynamics NAV (antes Navision), da Microsoft, a aposta clara a endereçar neste segmento. Existe actualmente em Portugal uma oferta muito vasta no segmento de ERPs, tanto de players internacionais, como a Microsoft, a SAP e a Oracle, como nacionais. “Verificámos que os players internacionais endereçam muito bem as grandes empresas, e os nacionais as pequenas, existindo muito poucas soluções desenhadas e pensadas especificamente para as médias empresas”, disse Vítor Freitas, Responsável pela área de parceiros Business Solutions da Microsoft. “É aí que a nossa solução Dynamics NAV se coloca, focando-se em médias empresas que têm necessidade de flexibilidade e customização e que não têm a estrutura para abarcar projectos muito complexos”, continuou. Enfoque em Microsoft Dynamics NAV Uma vez chegado à conclusão que o caminho ao nível da oferta de ERPs passaria pelas soluções Microsoft, era necessário distinguir a link da concorrência, nomeadamente em termos de especialização das suas equipas de consultoria, transformação do conhecimento de negócio em funcionalidades e verticalização das soluções, concebendo 22 | N9 - Junho 2007 | Cadernos link - Parcerias mais-valias que fossem ao encontro das necessidades específicas dos vários sectores. Em termos de verticalização, a link “decidiu apostar em segmentos que já conhecia noutras tecnologias, pois sempre tivemos um historial em áreas como a de Logística, Distribuição e de Retalho”, disse o responsável da link. “Já conhecíamos bem esses mercados, por trabalharmos com outras tecnologias, pelo que a decisão passou por diminuir o número de tecnologias com que trabalhávamos e focar o conhecimento em Dynamics NAV”, acrescentou. A mudança deu-se a partir de 2005. Este enfoque por parte da link, disse Vítor Freitas, “fez disparar o número de oportunidades e de negócios ganhos e ajudou-nos muito, pois 2004 foi um ano de transição dentro da própria Microsoft, devido à integração da Navision”. A partir do momento em que a link definiu a sua estratégia, com especial enfoque nas áreas de Logística, Distribuição e Retalho, “foi mais fácil interligarmo-nos e ter planos conjuntos”, continuou o responsável da Microsoft. Actualmente, continuou, “quando um cliente chega com o intuito de levar a cabo um projecto de logística, o primeiro nome que nos ocorre é o da link”. Parceiro de referência Presentemente, a link “é um dos maiores parceiros na área Dynamics NAV, e a maior aliada em termos de dimensão, o que aporta um valor acrescentado em termos de competências em várias vertentes para endereçar projectos de maior complexidade”, sublinhou Vítor Freitas. “Os parceiros que trabalham esta área são sobretudo médias empresas, com cerca de 30 pessoas, o que é adequado ao nosso tipo de cliente, e a link, com quase 200 pessoas nos quadros, tem um leque de conhecimento alargado noutro tipo de áreas, que nos permite explorar novas áreas, o que faz com que tenha um peso diferente relativamente a outros parceiros”, revelou o responsável da Microsoft. Como tal, a consultora apresenta como mais-valias a sua especialização e competência nas áreas sobretudo de Logística, Distribuição e Retalho, com capacidade de modelar cada solução às necessidades dos clientes. “A camada de conhecimento que já temos sobre a aplicação e sobre o negócio dos clientes, Joice Fernandes, Director da Microsoft e Ricardo Jorge Silva, Responsável da link pela parceria com a Microsoft Bruno Cardoso da Silva da link consulting e Vítor Freitas da Microsoft “Presentemente, a link é um dos maiores parceiros na área Dynamics NAV, e a maior aliada em termos de dimensão, o que aporta um valor acrescentado em termos de competências em várias vertentes para endereçar projectos de maior complexidade”, disse Vítor Freitas, responsável pela área de parceiros Business Solutions da Microsoft faz com que, quando um cliente nos faz uma determinada questão, tenhamos muitas vezes uma aplicação já desenvolvida ou uma equipa com respostas e conhecimento próprio sobre aquele negócio”, sublinhou Bruno Cardoso da Silva. A oferta da Microsoft está cada vez melhor implementada no nosso mercado. De acordo com os dados da empresa, foi registado um crescimento de 40% no passado ano fiscal. Este ano, é estimado um novo crescimento de 40% no sector de Dynamics NAV. “Os bons resultados são em muito fruto do bom trabalho dos parceiros, como a link”, sublinhou Vítor Freitas. Ainda há muito trabalho a fazer no mercado das pequenas e médias empresas, mas Portugal tem apresentado resultados muito positivos, sendo o país da Europa Ocidental com maior crescimento em Dynamics NAV. “Temos uma rede de parceiros saudável, com várias soluções verticais e estamos a ganhar quota de mercado no nosso segmento de médias empresas”, continuou o responsável da Microsoft. O futuro passa sobretudo por dinamizar ainda mais o branding Dynamics NAV, sendo o objectivo “fazer com este nome esteja para a área de ERP e de CRM, como o Office está para as soluções de Word e Excel”. A empresa de Bill Gates continuará a sua estratégia de contínua evolução do produto base, deixando a verticalização nas mãos dos parceiros, continuando o negócio 100% indirecto. Quando ao produto, o enfoque será sobretudo no interface do utilizador, no qual a empresa pretende implementar nativamente um modelo adaptado à função de cada tipo de utilizador, como responsáveis da área financeira, da área comercial ou da área de marketing, entre outros. A tendência do mercado de ERP é para uma verticalização cada vez maior, pois os clientes vão ter necessidades mais específicas de negócio. “Quem decide tem necessidade de tomar decisões com maior base de informação e ter os sistemas de informação mais adaptados ao seu negócio”, disse Bruno Cardoso da Silva. “Quem já está à frente da verticalização e já tem um maior número de projectos, vai canalizando a informação de cada um dos projectos na tentativa de melhorar e criar mais valor nas suas ofertas verticais”, continuou. No fundo é isso que a link tem estado a fazer, com uma oferta vertical de conhecimento que vem de trás, e com a qual tem conseguido amealhar um número de clientes interessante e de prestígio. “Sempre que estamos a fazer projectos em clientes nestas áreas, há sempre uma série de conhecimentos que adquirimos e que resultam em mini-soluções, que voltamos a incorporar nesta lógica de sessão vertical, concebendo novas funcionalidades. “O nosso caminho passará essencialmente por aí: Por uma oferta cada vez maior e de valor acrescentado”, termina Bruno Cardoso da Silva. ‹› Parcerias - Cadernos link | N9 - Junho 2007 | 23