Ata de Assembléia do Segmento Empresarial para eleição do segundo mandato do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca. Brasília ,11 de julho de 2006 Às nove horas e trinta minutos do dia onze de julho de dois mil e seis, no auditório do Ministério dos Esportes, bloco A, Esplanada dos Ministérios, Brasília, Distrito Federal, iniciou-se a Assembléia de Eleições do Segmento Empresarial para o segundo mandato do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca, convocada pelo senhor Ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, em edital de convocação, número três, publicado em oito de junho de dois mil e seis. À mesa, o Senhor Secretário-Adjunto da SEAP, Dirceu Lopes, representando o Senhor Ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca e presidente do CONAPE, Altemir Gregolin o Senhor Subsecretário de Desenvolvimento da Aqüicultura e Pesca da SEAP, Karin Bacha, o Senhor Subsecretário de Planejamento de Aqüicultura e Pesca, Cleberson Zavaski. Na condição de coordenadores da comissão eleitoral para o segundo mandato do CONAPE, o conselheiro Ivo da Silva, pela Confederação Nacional dos Pescadores, o conselheiro Ricardo Leite Ponzi, pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aqüaviários e Afins, o conselheiro Luiz Eduardo Maia Nery, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Senhora Secretária-Executiva do CONAPE, Sheila Oliveira. A Assembléia contou com a presença de onze das quatorze entidades pré-credenciamento: Associação Brasileira da Aqüicultura –ABRAq Associação Brasileira dos Criadores de Camarão –ABCC, Associação Brasileira dos Criadores de Organismos Aquáticos – ABRACOA, Associação Brasileira dos Supermercados – ABRAS, Associação Nacional de Piscicultura em Águas Públicas – ANPAP, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Confederação Nacional da Indústria – CNI, Conselho Nacional de Pesca e Aqüicultura – CONEPE, Intersindical Patronal Sudeste-Sul da Pesca, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Serviço Social da Indústria – SESI. Estando ausentes três das pré-credenciadas: Associação Brasileira da Indústria da Pesca Oceânica – ABRAPO,ausente, Associação Brasileira dos Armadores da Pesca do Atum – ABRAPESCA e Confederação Nacional do Comércio – CNC. Na condição de observadores estiveram presentes ainda, o Senhor Guilherme Crispim, Coordenador de Projeto de Comercialização da SEAP, o Senhor. Marcelo Burguês, Coordenador-Geral do Projeto de Crédito da SEAP; a Senhora Deborah Kadja, coordenadora de Relações Públicas da SEAP e o Senhor Jackson Samuel Batista Soares, Assessor Comercial da Petrobras Brasília. O Senhor Dirceu Lopes cumprimentou os presentes, salientando a alegria da SEAP em reunir um setor importante da aqüicultura e pesca, para eleição da representação do próximo período do CONAPE. Disse que o primeiro momento foi de aprendizado. Destacou que por muito tempo, a sociedade brasileira e o próprio governo federal não tomaram conhecimento nem trazia a sociedade civil para discutir assuntos afetos à sua área. Ressaltou que o segundo mandato é para a consolidação e da reafirmação da sua importância na construção econômica, social e política brasileira. Fez um breve relato da missão da SEAP e dos principais momentos do CONAPE. Lembrou que a primeira Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca definiu alguns eixos e diretrizes: a participação social, assegurar a sustentabilidade do setor, estruturar o setor de aqüicultura, estruturar o setor pesqueiro, gerar a inclusão social, estruturar a política de crédito e extensão, desenvolver e difundir tecnologias, produzir pescado e contribuir para o Programa Fome Zero. Que o Grupo de Trabalho que organizou a primeira conferência foi à célula embrionária do CONAPE. Lembrou ainda que o CONAPE foi criado pela Lei nº 10.673/2003, com a finalidade de fomentar o desenvolvimento do setor da aqüicultura e pesca no território nacional. A sua composição é paritária: vinte e sete representantes do órgão do Poder Executivo e vinte e sete representantes da sociedade civil, organizada em âmbito nacional, com seus respectivos suplentes; dez representantes do segmento empresarial, quinze representantes do segmento dos trabalhadores e dois representantes do segmento de pesquisa. O ano de dois mil e quatro foi a construção do arcabouço legal de sustentação do CONAPE. Como destaque da atuação do primeiro mandato do Conselho, elencou a realização do primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras da Pesca e Aqüicultura, a política internacional, a política de crédito; o Grupo de Trabalho de Conflitos que indicou a contratação de uma consultoria para trabalhar a questão da carcinicultura; a realização da Segunda Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca. Explicou a eleição para o segundo mandato do CONAPE, com a comissão eleitoral, as entidades credenciadas e o número de vagas e de suplentes, para a posse ainda em setembro desse ano. Lançou um desafio para o CONAPE de discutir a peça orçamentária. Disse que o Conselho tem de ser proativo e indicar saídas para um novo modelo de desenvolvimento de aqüicultura e pesca no país. Informou que a equipe da Secretaria estaria durante todo dia ali para discutir alguns temas que poderão surgir e que os dois companheiros designados pelo CONAPE, Ivo Silva e Luiz Eduardo Maia Nery, vão coordenar esse processo de eleição. Agradeceu a presença de todos e em nome do Ministro Altemir Gregolin, que neste momento está numa reunião ministerial como Presidente da República. O senhor Luiz Eduardo Maia Nery coordenador da reunião saudou a todos e sugeriu a manifestação dos atuais representantes, para um relato ou comunicado. O Senhor Flavio José Cavalcanti de Azevedo, representante da CNI questionou a redução do número de membros que já existem. Luiz Eduardo Maia Nery esclareceu que no processo eleitoral do primeiro CONAPE ficou estabelecido o número de dez vagas para o segmento empresarial. Como não havia a ocupação das vinte e sete vagas da sociedade civil, por que o segmento dos trabalhadores, na época, não preencheu as quinze vagas os empresários preencheram duas vagas a mais. Pelo decreto, pela lei, sempre foram dez vagas. Quanto ao número de entidades, para participar explicou que foram feitas reuniões preparatórias para esse processo eleitoral e foi definido que as entidades que se enquadrarem dentro da lei como entidade do segmento empresarial, representativas do segmento de aqüicultura e pesca poderiam se candidatar a representantes do CONAPE. Quinze entidades se manifestaram, por serem representativas do segmento empresarial, atuando no sistema de pesca e aqüicultura. O senhor Eloy de Souza Araújo (CONEPE) falou que o número de entidades que saiu da conferência nacional, da primeira conferência, era maior. E quando faltaram membros do governo, chegaram na iniciativa privada e foi castrada uma parte dos empresários e uma parte dos trabalhadores. A Confederação tinha seis vagas, terminou ficando somente com quatro. O CONEPE tinha cinco e acabou ficando somente com duas. Mas ressaltou que o mais importante é se a SEAP vira ministério, é se o Conselho vira deliberativo. O senhor André Brüger (Abraq): externou que a Associação Brasileira de Aqüicultura alguns problemas e mais, recentemente, o Geraldo Bernardino, presidente eleito, o procurou para colaborar e dar velocidade e trâmite às coisas da Associação aqui no Distrito Federal. Foi criada uma secretaria executiva. Informou que o Simpósio anual em Manaus vai discutir o estatuto da Abraq. Disse que a Abraq tem tentado atrair o segmento empresarial e que aceita ficar só com uma, porque o importante é estar bem representado numa associação, como um Conselho forte, a transformação do Conselho com funções deliberativas e não só consultivas e a luta para transformar a secretaria especial em ministério. Max Stern (Associação Brasileira de Criadores de Camarões): parabenizou o CONAPE pelos dois anos de atuação, ressalvando que para os criadores de camarão, a questão evoluiu muito pouco. Os conflitos continuam e ainda tem o sério problema da licença. Para ele o Conselho deve ter um poder mais firme nessa interferência junto aos órgãos ambientais para que o setor possa ficar na legalidade, porque hoje ele é tido como ilegal e na verdade não é. Que O CONAPE seja deliberativo. Solicita um esclarecimento se das quinze entidades, onze estão presentes. Os que estão presentes têm direito a voto, ou não? Poderão ser votados, ou não? Luiz Eduardo Maia Nery esclarece que ser votado, sim. Votar, não. Foi explicado que as quinze entidades que se credenciarem ao processo são potenciais eleitores e candidatas. Presentes estão doze que elegem dez vagas entre as quinze. O senhor José Ciaglia (Interpatronal Sudeste/Sul da Pesca) diz que a Intersindical representa a região Sudeste/Sul, o setor produtivo, e tem como membros cinco sindicatos atuantes da nossa região: Sindipe, Sindipe Floripa, Sapesp, Sinpege e Saperj. O senhor Manoel Braz (Abracoa) fala que por parte da Abracoa tem uma boa visão desses dois anos que se passaram do Conselho, porque, apesar de almejar coisas bem melhores, bem mais ágeis, quando se inicia um trabalho como este, de organizar um setor, que por muito tempo esteve à parte das políticas governamentais, se cometem erros e, depois, passa para os acertos. A Abracoa está realizando trabalhos, inclusive com a associação de produtores, de trabalhadores Também espera da passagem do Conselho para deliberativo. Ida Costa (Senai): diz que o Senai tem um papel importante na formação de mão-de-obra. Uma parceria entre o Senai, o governo, a Seap e a Marinha, que é a responsável pela formação de aqüaviários, poderia promover cursos de formação, na parte elétrica, na parte mecânica. O Senai já tem tudo isso pronto. André Camargo (Associação Nacional de Piscicultura em Águas Públicas): Apresenta a Associação que engloba toda a cadeia produtiva da piscicultura nacional. Seu objetivo é tornar sustentável a cadeia de piscicultura. A sustentabilidade é baseada em três bases, que seria a sustentabilidade social, a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade econômica. A Associação já tem participação no Conama e gostaria de poder acrescentar ainda mais ao trabalho do CONAPE. O senhor José Altamiro da Silva (Sebrae Nacional) Analisa que os empreendimentos aqüícolas em todo o Brasil tem sido um grande gargalo. E o Sebrae, como um órgão de apoio, muitas vezes, tem sido veiculado na imprensa que o Sebrae está apoiando empreendimentos ilegais. Então, esta é uma bandeira que o Sebrae está para encampar, e está à disposição para trabalhar junto ao Congresso Nacional, como tem feito com a Lei Geral da Microempresa. Como órgão independente, de apoio, que não está diretamente ligado à pesca, mas tem todo o interesse em facilitar a vida dos pequenos empreendimentos. Luiz Eduardo Maia Nery: Pediu para verificar a possibilidade de um consenso das dez representações e então nesse caso o processo de votação seria aberto. Se isso não fosse possível, abrir-se-ia o processo de inscrição e de votação, de cada representante, votaria em dez representantes e, por voto, se veriam quais são as entidades para representar o segmento empresarial no próximo biênio. O senhor Flavio José Cavalcanti de Azevedo (CNI): Informou que cada entidade tem a sua proposta. Perfeitamente justificável, importante, e absolutamente fundamental para a representatividade da classe empresarial. Por isso disse temer por uma disputa fratricida, um processo autofágico, em que qualquer que seja o resultado exclua injustamente alguma entidade. Explicou a situação do Sistema CNI, que tem a própria CNI, mas também engloba o Sesi e Senai. O Sesi já faz parte, está entre os doze, e o Senai não. Mas o Senai, no ano passado, formou quase três mil e quinhentos trabalhadores, qualificou, dentro de vários programas. O Sesi, num de seus programas de alfabetização de adultos, alfabetizou quase vinte e quatro mil trabalhadores, somente do setor de pesca. Disse reconhecer que existe a lei. O que regulamentou o decreto foi que estabeleceu o número de participantes. Sugeriu tentar um acordo entre os doze presentes. O Senai ainda permaneceria de fora. Somente o Sesi ficaria. Disse ser possível se tivesse a concordância do CONEPE, de ficar só um representante. Ainda deveria ter o compromisso da SEAP de aumentar o número de nossos representantes para quinze. A senhora Leinad Ayer de Oliveira disse que quando o Conselho foi montado foi igual a vários conselhos que é: metade dos membros do governo e metade dos membros da sociedade. A proposta era um maior número de representantes governamentais, para o conselho não ficar muito grande, que já tem cinqüenta e quatro titulares e cinqüenta e quatro suplentes, algumas representações de governo foram tiradas. Aproveitou para apresentar a proposta que o segundo mandato faça uma proposta de alteração para encaminhar ao Presidente da República. As regras que estão agora sejam mantidas, elas são transparentes, foram divulgadas e são as regras que foram construídas dentro do decreto do presidente. Eloy de Souza Araújo afirmou que o mais importante é o verdadeiro consenso. Não é o fato de ser mais numeroso que o torna mais representativo. A pulverização das nossas organizações pode nos tornar mais numerosos, mas, certamente, mais fracos. Dirceu Lopes afirmou que esse é um processo e toda a questão vai para a discussão de alteração. É um constante aprimorar do Conselho. Ricardo Ponzi Lembrou que o segmento empresarial, diferentemente dos trabalhadores, ficou na sua organicidade mais pura. O Estado brasileiro está premiando a pulverização. O mais importante é termos um Conselho forte, deliberativo, com organizações fortes, que concentrem o poder e que sejam uma interlocução forte na construção das políticas. Ivo Silva solicita que a coordenação deva se ater a ordenar a eleição e em cima do objetivo principal. E o outro fórum irá discutir isso. A senhora Sheila Oliveira: lembrou que o CONAPE indicou a comissão eleitoral, definiu essas regras que estão no edital de convocação. E todas essas preocupações fizeram parte, tanto do CONAPE, quanto da reunião da comissão eleitoral. Resgatou o resultado da reunião da comissão eleitoral e informou que quinze entidades foram indicadas para compor o colégio eleitoral. Das quinze, A CNC informou antes da reunião que nas linhas de atuação não estava colocada a participação do CONAPE. E a Abrapo – Associação Brasileira de Indústria da Pesca Oceânica –, que já faz parte do CONAPE, o representante informou que não poderia estar presente assim como a Associação Brasileira de Armadores da Pesca do Atum, a Abrapesca. O colégio eleitoral, hoje, para votação são os doze e não virá mais nenhuma outra entidade das inscritas. É esse o universo de 14 entidades, sendo que duas estão ausentes. O senhor Manoel Braz sugeriu permanecer as dez entidades que já estão e tentar discutir a questão da suplência, porque seriam somente mais duas entidades. Lembrou que a aqüicultura está crescendo de 12% a 14% ao ano e é impossível que um segmento que cresça tanto assim não tenha que ter um reflexo dentro do CONAPE, proporcional ao seu crescimento. O próprio desenvolvimento da atividade justifica esse aumento de vagas. O senhor Flavio José Cavalcanti de Azevedo pediu registro da posição firme do SEBRAE de não abrir mão da indicação do Sebrae como um dos titulares do Conselho. O Sebrae faz parte do Sistema S, da mesma forma que o Sesi e Senai e as outras entidades. A CNI tem o Sebrae tem o mesmo presidente, Armando Monteiro, que é o presidente tanto do Conselho Nacional do Sebrae quanto da CNI e do Conselho Nacional do Senai e do Sesi. Por isso o Sebrae fica como suplente da CNI. A concordância do Sebrae com esse processo para viabilizar a aclamação. Registrou a enorme importância que o Sebrae tem para o setor privado, principalmente para as micro, pequenas e médias empresas. Agradeceu a compreensão do Sebrae e disse que vão continuar trabalhando juntos em benefício da pesca e do segmento empresarial. O senhor Luiz Eduardo Maia Nery perguntou se todos entendem que existe uma chapa única ou existe alguém que queira manifestar em contrário. Se não há nada em contrário à formação de uma chapa única. À tarde a SEAP fará apresentação de alguns outros pontos como a questão da pesca em alto-mar. O senhor Eloy Souza apresentou a proposta de chapa: uma Abraq, uma ABCC, uma Abracoa, uma Anpap, com a ABRAS na suplência, uma CNA, uma CNI, com SEBRAE na suplência, dois CONEPE, um Intersindical e uma o Sesi, com o Senai na suplência. O senhor Luiz Eduardo Maia Nery encaminhou então a votação desta chapa apresentada, que foi aprovada por unanimidade e por aclamação dos presentes. Durante o período da tarde a reunião prossegui com os temas da comunidade econômica européia.