Diocese de Inhambane
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Circular Informativa n.08/2012
1. Encontro dos religiosos/as da Diocese de Inhambane
No passado dia 25 de Setembro, como é já habitual nesta data, os religiosos e religiosas presentes na Diocese
de Inhambane reuniram-se para um encontro de oração e reflexão que decorreu na casa das Irmãs da
Consolação no Bairro de Muelé, em Inhambane. Depois da Eucaristia, o P. Paulo Floriani, vice-presidente da
CIRM-CONFEREMO (Conferência dos Religiosos e religiosas de Moçambique), informou os participantes
sobre os trabalhos e conclusões tomadas na XXXª Conferência dos Religiosos/as de Moçambique realizada
muito recentemente no Maputo.
2. Missa Nova do P. Pedro Francisco
No Domingo, dia 30 de Setembro, o Padre Pedro Francisco, sacerdote diocesano ordenado no dia 23 de
Setembro, celebrou a primeira Missa na Paróquia de São João Baptista de Morrumbene, sua paróquia de
origem. Na sua Primeira Missa, o P. Pedro pôde exclamar diante de todos: Oh gente da minha terra, agora é
que eu percebi que esta fé e esta alegria que trago foram de vós que as recebi! Aqui estão as minhas raízes, as
minhas origens. Aqui começou a minha história…
Em seguida, no dia 7 de Outubro o P. Pedro Francisco celebrou a primeira Missa na Paróquia do Guiúa na qual
desenvolve a sua actividade pastoral. No dia 14 de Outubro subiu até à Paróquia de Vilanculos onde celebrou a
Eucaristia para a comunidade local. Nos próximos domingos, o P. Pedro visitará as paróquias de Quissico e
Massinga para comunicar as primícias do seu sacerdócio.
3. Celebração do 50º Aniversário de Profissão Religiosa da Irmã Teresa Morais (Cumbana)
No Domingo, dia 7 de Outubro, a comunidade cristã de Cumbana, Paróquia de Jangamo, festejou as bodas de
ouro de Profissão Religiosa da Irmã Maria Teresa Morais na Congregação das Servas Reparadoras de Jesus
Sacramentado. A celebração eucarística foi uma ocasião para dar graças a Deus pela fidelidade da Irmã Teresa
a Deus e à Igreja. Depois da sua Profissão Religiosa em Portugal em 1962, a Ir. Teresa foi missionária em
Angola (1964-1974) e em Portugal (1975-1996). Em 1997 veio para Moçambique e foi uma das fundadoras da
comunidade das Irmãs Servas Reparadoras em Cumbana.
4. Carta Pastoral de D. Adriano Langa “A Fé que professamos”
No passado dia 4 de Outubro, no dia em que partiu para Roma para tomar parte nos trabalhos do Sínodo dos
Bispos, D. Adriano Langa publicou a Carta Pastoral “A Fé que professamos” sobre o Ano da Fé que iniciou
em toda a Igreja Católica no dia 11 de Outubro. Dirigindo-se ao Povo de Deus que caminha por terras de
Inhambane, D. Adriano Langa, recorda os 2 grandes eventos - celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II
e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica - que levaram o Papa Bento XVI a convocar o Ano
da Fé. Em seguida, fala sobre o grande desafio lançado à Igreja pela “crise da fé” que se sente em todos os
quadrantes; uma espécie de doença espiritual que afecta a crença em Deus, no mundo do além, no
transcendente. Muita gente tem vergonha e medo da simples possibilidade de ter fé. Muitos pensam que negar
a existência de Deus e a religião é sinal de evolução; parecem pensar que para se ser um bom intelectual, um
bom técnico, um bom cientista, um bom político é preciso ser ateu ou fingir ser ateu. Parece que o não ter fé e
não praticar a religião é estar na moda, é estar actualizado.
Virando-se para a realidade sócio religiosa de Moçambique, o Bispo de Inhambane, chama a atenção para o
facto de vermos pessoas que no campo eram fervorosos crentes praticantes mas que, chegando na cidade,
baixam na sua prática religiosa ou abandonam completamente essa prática. Vemos católicos que quanto mais
avançam na formação académica ou quando conseguem uma promoção social arrefecem na sua vivência
religiosa ou mesmo abandonam essa vivência. Parece até que os estudos e posições elevadas na sociedade são
incompatíveis com a fé!
Qual a razão do abandono da prática religiosa da parte de muitos crentes? Para o Bispo de Inhambane, a razão
principal da crise de fé está na ignorância dos crentes em relação à fé à religião. Pois não é fácil defender uma
causa mal conhecida, à qual só se adere por simples inclinação e emoção. Assim, conclui D. Adriano Langa,
podemos imaginar que muitos cristãos já estão derrotados mal acabam de receber o Baptismo, a não ser que o
novo cristão se empenhe a fundo na sua auto-formação cristã (leitura, participação em cursos de formação,
etc). Os Documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica são textos que devem ser
conhecidos e usados pelos católicos na sua formação cristã. A fé, como recorda D. Adriano Langa, é uma
realidade viva e dinâmica feita para crescer. Se este crescimento não acontece a fé morre e desaparece ou
estagna e degenera numa religiosidade defeituosa e, assim, ela se transforma numa negação da verdadeira e sã
religiosidade, podendo chegar até ser perigosa e ruinosa, para a própria pessoa e para a sociedade (o
fundamentalismo, por exemplo). Para que tudo isto não aconteça, a fé deve ser cuidada e alimentada como o
corpo humano. A fé alimenta-se, é cuidada através da oração, dos Sacramentos, dos exercícios espirituais, da
instrução ou auto-formação cristãs e através da vida em comunidade. Só a formação inicial não basta, por boa
que ela possa ser. Esta fornece apenas os fundamentos rudimentares, essenciais mas incapazes de sustentar o
edifício da fé por toda a vida nem para todas a situações existenciais. Aquela formação deve ser continuada e
aprofundada.
5. Abertura do Ano da Fé na Diocese de Inhambane
Como foi programado, a abertura do Ano da Fé na Diocese de Inhambane teve lugar em cada paróquia neste
Domingo dia 14 de Outubro. Juntamente com a Carta Pastoral de D. Adriano Langa “ A Fé que professamos”,
o Secretariado de Acção Pastoral (SAP), enviou a cada Paróquia da Diocese um esquema de celebração para a
abertura do Ano da Fé, o qual coloca em destaque os testemunhos de fé, nos três momentos da História da
Salvação: a fé exemplar dos antepassados do Antigo Testamento; Jesus Cristo como autor e consumador da
Fé; e os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos de história da Igreja. Para a divulgação do Ano da
Fé e para ajudar na compreensão do conteúdo da Profissão de Fé contido no Credo, o SAP preparou um
pequeno catecismo da Igreja Católica, formado por 100 perguntas e 100 respostas sobre o seguintes temas: o
Ano da Fé, o Catecismo da Igreja Católica e a Profissão de Fé. Este “Catecismo das Fé” recolhe o essencial do
Catecismo da Igreja Católica, ou seja, tudo aquilo que quer aprender. Embora a fé e o bom comportamento não
sejam questão de memória, esta ajuda a conservá-la e sobretudo, a vivê-la.
6. Eucaristia de encerramento da Peregrinação da Padroeira da Diocese às Paróquias da Vigararia Sul
No Domingo dia 14 de Outubro teve lugar na paróquia de São Maximiliano Koble de Inharrime, a celebração
de encerramento da peregrinação à zona sul da Diocese da Imagem de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira
da Diocese de Inhambane. A visita da imagem de Nossa Senhora da Conceição, nestas paróquias, começou no
dia 6 de Agosto, depois de ter percorrido as paróquias da zona norte e centro da diocese.
A Eucaristia de encerramento da visita foi presidida pelo P. Jorge Martinez, vigário forâneo da vigararia norte,
em representação do senhor Bispo D. Adriano Langa que se encontra em Roma, representando os Bispos de
Moçambique no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
Foi uma bonita celebração, muito bem preparada e vivenciada com ânimo pelos crentes das diversas paróquias
que peregrinaram até Inharrime. A zona sul, despediu-se assim da Mãe padroeira, entregando-a à paróquia de
Jangamo, iniciando-se agora os últimos passos da peregrinação da imagem de Maria pela Diocese de
Inhambane. O encerramento do Jubileu dos 50 anos da Diocese de Inhambane está previsto para o dia 8 de
Dezembro na catedral de Inhambane. Até lá, a imagem de Nossa Senhora da Conceição passará ainda pelas
comunidades cristãs das paróquias de Jangamo, Guiúa e Inhambane, saibamos recebê-la com amor filial.
7. Movimento de missionários
Partidas: Ir. Ada Josefina Hernández, Irmãs de Nossa Senhora da Consolação (Inhambane), para Venezuela;
da Michella Pisani, Irmãs Misericordiosas (Mailemale), para Itália; da Ir. Ana Sainz de Murieta, Dominicanas
da Imaculada Conceição (Vilanculos), para Espanha; do P. Bruno Bapabonza, Missionário da Consolata
(Guiúa), para o Maputo; do P. Tiago Lavigne, Redentorista (Muvamba), para o Maputo.
Chegadas: do P. William Kiwoi, Missionário da Consolata (Tanzânia) para a Paróquia da Massinga e agora
para a Paróquia do Guiúa; o regresso da Irmã Elvira Augusto, Franciscana Missionária de Maria (Maputo)
para a paróquia do Guiúa; Irmão Francisco Torta, Missionário da Consolata (Itália) para a paróquia de Guiúa;
da Irmã Pilar Sanchez Medina, espanhola, Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, para a paróquia de
Inhambane.
Para os que partem, um sincero agradecimento e para os que chegam desejamos uma boa inserção entre nós
para continuar e honrar o trabalho dos que partem, para lançar novas sementes e serem inspiradores para os
que ficam e para os que hão-de vir.
P. Diamantino Antunes
SAP
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