Colheita de cana-de-açúcar Colheita de cana-de-açúcar Operações 1. Corte 2. Carregamento 3. Transporte Sistemas de colheita Manual Semi-mecanizada Mecanizada COLHEITA MANUAL Corte e carregamento são realizados por mão-de-obra braçal Rendimento do corte manual -cana crua: 2 a 2,5 t/homem/dia -cana queimada: 6 a 13 t/homem/dia (centro-sul) 5 a 7 t/homem/dia (nordeste e leste) Transporte realizado por animais ou máquinas COLHEITA SEMI-MECANIZADA Carregadoras garra empurrador autopropelida acoplada no chassi do trator Empurradores de carregadoras COLHEITA MECANIZADA Todas as operações realizadas por máquinas Classificação das colhedoras Quanto a fonte de potência montada lateralmente ao trator, autopropelida Quanto ao rodado pneus, semi-esteiras, esteiras Quanto ao número de fileiras cortadas por vez uma, duas, três Quanto ao tipo de matéria prima fornecida de colmos inteiros, de colmos fracionados Colhedora de cana inteira Cortar Cortar e amontoar Cortar e enleirar Colhedora de cana inteira Colhedora de cana inteira Vantagens -os colmos colhidos não se deterioram tão rapidamente quanto os picados, podendo ser estocados por períodos mais longos e não precisam de depósitos especiais. Desvantagem -necessidade de utilização de gruas, para pegar o material depositado no terreno, favorecendo a incorporação de matéria estranha. Colhedora de cana picada Colhedora de cana picada Vantagens -eliminar o uso de carregadoras -eficiência na limpeza PERDAS PROVOCADAS PELA COLHEITA MECANIZADA visíveis: canas inteiras, toletes, pedaços de cana, ponteiras, tocos e canas esmagadas, que ficam perdidas no campo ou presas na colhedora de estilhaços: fragmentos deixados no campo ou que ficam presos na colhedora invisíveis: perdas que ocorrem durante a colheita sob formas de serragem e caldo, sendo impossíveis de serem quantificadas disco de corte: maior responsável pelas perdas e danos •Corte alto •Enterramento CONDIÇÕES PARA OS ENSAIOS -porte do canavial tendendo a ereto -produtividade entre 80-100 t/ha -espaçamento do plantio compatível com a bitola da máquina -terreno em nível e sem obstáculos -operadores com experiência e conhecimento do processo de colheita Caracterização do canavial •Comprimento médio e diâmetro dos colmos •Densidades médias de colmos e de matéria estranha vegetal por metro lineal •Porte do canavial •Umidade do solo •Grau de maduração da cultura DESEMPENHO OPERACIONAL Conjunto de atributos que caracterizam o grau de habilitação da máquina para execução da operação de colheita, sob determinadas condições operacionais. CAPACIDADE DE COLHEITA QUALIDADE DO PROCESSAMENTO DO PRODUTO FUNCIONALIDADE MECÂNICA CAPACIDADE DE COLHEITA: quantidade de trabalho que a máquina é capaz de executar na unidade de tempo. •capacidade efetiva: -líquida:considera perdas no campo -bruta:material liberado no veículo de transporte •capacidade operacional -de jornada: referida a uma jornada -de longo termo: referida a uma safra QUALIDADE DO PROCESSAMENTO DO PRODUTO - perdas de matéria prima - limpeza do produto (eficiência dos ventiladores, vibrações dos elementos transportadores - qualidade tecnológica do material colhido: caracteriza os padrões de qualidade do produto colhido (Brix, min 18%, Pol 14,4 e 15,3%; pureza 80 e 85% FUNCIONALIDADE MECÂNICA •Eficácia de manipulação •Índice de ponteiros •Índice de folhas e palhas •Índice de raízes •Índice de matéria estranha vegetal •Índice de matéria estranha mineral •Índice de material não selecionado •Índice de matéria estranha total •Freqüência de comprimento dos toletes •Índice de cisalhamento dos rebolos ENSAIOS COMPLEMENTARES: idéia geral do funcionamento de uma colhedora •Caracterização ponderal e dimensional •Consumo de combustível •Desgaste de componentes •Ergonomia e segurança Valores ótimos que caracterizam a funcionalidade mecânica da colhedora Cana queimada Cana crua (valor mín) 95% 93% Índice de folhas e palhas (valor máx) 1% 3% 0,5% 0,5% 3% 6% Índice de material não selecionado (valor máx) 0,5% 0,5% Índice de matéria estranha mineral (valor máx) 1,5% 1,5% Índice de matéria estranha total (valor máx) 5% 8% Freqüência de comprimento dos rebolos (valor mín) 90% 90% Índice de cisalhamento (valor máx) 95% 95% Parâmetros Eficácia de manipulação Índice de raízes (valor máximo) Índice de matéria estranha vegetal (valor máx) Colheita de cana Verde ou crua Queimada Colheita de cana queimada Independente do corte ser feito de maneira manual ou mecanizado, quase 100% da matéria prima é ainda colhida queimada. Vantagens: -eficiente e econômica operação de limpeza da cana -traz ao produtor e a indústria, vantagens econômicas. Elimina-se quase 50% da água contida no caule. -facilita a operação dos cortadores manuais, o aumento da produtividade no corte -diminuição de acidentes provocados por animais venenosos, encontrados com freqüência nas plantações. Colheita de cana queimada Desvantagens: -agressão ao meio ambiente, causa desequilíbrios na flora e fauna -contribui para a diminuição da qualidade do ar nas cidades e o aumento do efeito estufa, bem como a destruição da camada de ozônio -ocasiona o surgimento de chuvas ácidas, diminuindo assim a disponibilidade de nutrientes nos solos -entupimento dos poros da camada superficial do solo pelas cinzas, promovendo a formação de crosta superficial que reduz a infiltração da água e piora a sua aeração Colheita de cana verde realizada quase na sua totalidade por máquinas, o corte manual é praticamente inviável observada atualmente em 5% da área total plantada no Brasil, concentrando-se no estado de São Paulo ( Ribeirão Preto) Vantagens: -diminuição da poluição do ar -aumento da capa vegetal -acúmulo de matéria orgânica no solo, favorecendo o desenvolvimento da planta e da população de microrganismos associados ao sistema -possibilidade de se utilizar a palha da cana para complementar o bagaço nas caldeiras -retarda a necessidade da renovação do canavial Transporte -Rodoviário -Ferroviário -Hidroviário Rodotrem Treminhão Sistema mecanizado eficiente - bom desempenho da máquina colhedora - talhões devidamente preparados para a colheita mecânica - variedades de cana adequadas - boa eficiência do sistema de transporte - planejamento da colheita - operadores experientes wwww.ufv.br/poscolheita/colheita MIALHE, L. G. Máquinas Agrícolas. Ensaios & Certificação. Fundação de Estudos Agrários Luis de Queiroz. Piracicaba, SP: p.635-674. 1996.