UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA E CONTABILIDADE DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO REGIONAL E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS Aula 2 Prof. Dr. Antonio Carlos de Campos Departamento de Economia (UEM) e-mail: [email protected] PASSAGEM DO REGIME DE ACUMULAÇÃO FORDISTA PARA O REGIME DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL Taylorismo (Frederic Winslow Taylor) - 1901: Usa o método científico para se obter os tempos e movimentos da ação do homem no trabalho (introdução do cronômetro); “The one best Way” – melhor modo de se fazer; Decomposição das tarefas em operações simples; Inserção do engenheiro para planejamento/acompanhamento – contagem de tempo; Eliminação de desperdício de esforço físico; Cumprimento do tempo prescrito; Supervisão do trabalho . PASSAGEM DO REGIME DE ACUMULAÇÃO FORDISTA PARA O REGIME DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL Fordismo - (Enri Ford 1903): Supera o Taylorismo, desenvolve e aprofunda a capacidade do controle capitalista sobre o trabalho operário ; Introduz linha de montagem; Produção em massa exige consumo em massa; Tempo de trabalho imposto pela máquina; Especialização do trabalhador em uma única e repetida tarefa; Contato homem-máquina e não homem-homem PASSAGEM DO REGIME DE ACUMULAÇÃO FORDISTA PARA O REGIME DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL – (Taiichi Ohno – 1943/78) Cultura de emprego vitalício; Fábrica enxuta; Just in time – (na hora certa) – na quantidade e tempo exatos; Trabalhadores multifuncionais ou polivalentes. Toyotismo Crise do regime de acumulação “Fordismo” Por volta de 1960-70 cai taxas de crescimento mundial comparadas ao pósguerra (fase de ouro); Fórmulas Keynesianas sem eficácia; Idéias neoliberais se sobrepõem as práticas Keynesianas – fora estado e livre mercado; Crise do regime de acumulação “Fordismo” fase: A globalização – competição mais acirrada; Desemprego elevado junto com inflação; Regiões industrializadas com forte sindicalização; Desconcentração industrial (mão-de-obra mais barata e menos sindicalizada); Desaceleração da produtividade e aumento da relação capital/produto Nova Da crise à especialização flexível Tudo isso é possível graças ao desenvolvimento dos meios de comunicação (TICs); Flexível onde? Mercado de trabalho – menor poder sindical; Contratos mais flexíveis; Relações empresariais – Subcontratação de pequenas empresas – mais flexíveis. Novas oportunidades Todo este quadro, especialmente com o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) abre-se oportunidades para a inserção de Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Mas onde elas estão? NO LOCAL (ENDÓGENO)! Barquero DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO, UM NOVO PARADIGMA Características da globalização: a) Internacionalização do sistema produtivo e dos mercados; b) redução do papel econômico do estado c) liderança das empresas multinacionais DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO, UM NOVO PARADIGMA Fatores aceleradores do processo da globalização: a) Mudanças nas políticas econômicas e comerciais b) Novas estratégias das multinacionais (Integração local) c) Inovações nos transportes e comunicações DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO, UM NOVO PARADIGMA Globalização: São formas de organização da produção com alianças estratégicas e formação de redes de firmas, cada vez mais global; DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO AUMENTO DA CONCORRÊNCIA E CRESCIMENTO ECONÔMICO Fatores do processo de integração das empresas nos mercados europeus e internacionais: a) aumento da concorrência; b) novas necessidades; c) novas mudanças em serviços para empresas em economias locais Desenvolvimento Endógeno Fenômenos do desenvolvimento endógeno Globalização das economias; Novo papel do Estado – crise financeira; Economia regional deixa de ocupar lugar secundário; Novos paradigmas institucionais e produtivos (descentralização) – alternativas de planejamento regional O conceito de Desenvolvimento endógeno : “um processo interno de ampliação contínua da capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como da capacidade de absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado na economia local e/ou a atração de excedentes provenientes de outras regiões”. Amaral Filho (1996) p. 37 Conjunto de fatores históricos-sócioculturais sedimentados na comunidade e instituições locais Fatores antes exógenos agora endógenos (capital humano, conhecimento, informação, P&D) contidos na função de produção. “uma vez que se integram os rendimentos crescentes, as forças que provocam essas mudanças contínuas são endógenas – ‘elas são engendradas a partir do interior do sistema econômico” – situação não pode ser prevista, a não ser, com seqüência anterior de fatos Desenvolvimento regional: o espaço e as regiões Três diferentes conceitos de espaços econômicos: Espaço de planejamento, polarizado e homogêneo Espaço de planejamento: significa um conjunto de atividades de estudo e previsão que servem para a tomada de decisão. Ex. Espaço de planejamento de uma empresa é o território abrangido por suas decisões de compra/venda Desenvolvimento regional: o espaço e as regiões Espaço polarizado: espaço como campo de força: forças de atração (centrípetas) e de repulsão (centrífugas), surge devido as concentrações de população e de produção. Grande empresa atrai empresas fornecedoras, mão de obra; Expulsa pequenas concorrentes. Desenvolvimento regional: o espaço e as regiões Espaço homogêneo: Um conjunto homogêneo a partir de diversas variáveis de interesse (renda, produção, preço, etc.). Ex. Região do Pantanal, do ABC paulista, da baixada fluminense, do agreste, etc. Acumulação flexível e novas formas de organização industrial O APL