Ecologia de cervídeos florestais: avanços metodológicos e perspectivas Alexandre Vogliotti Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos –NUPECCE/UNESP Alexandre Vogliotti Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos –NUPECCE/UNESP Subfamília Muntiacinae Muntiacus spp. Subfamília Capreolinae Pudu spp. P. puda P. mephistophiles Mazama M. gouazoubira M. nemorivaga M. americana M. bororo M. nana M. temama M. pandora M. chunyi M. bricenii M. rufina Características 2o gênero mais numeroso (10 spp.) Neotropical (México – Argentina) Pequeno a médio porte (15-40 kg). Chifres simples Membros anteriores curtos Taxonomia controvertida IUCN, 2008: Pouco Preocupante (LC) IUCN, 2008: Pouco Preocupante (LC) MMA, 2012: Pouco Preocupante (LC) MMA, 2012: Dados Deficientes (DD) IUCN, 2008: Dados Deficientes (DD) MMA, 2012: Dados Deficientes (DD) IUCN, 2008: Dados Deficientes (DD) IUCN, 2008: Vulnerável (VU)-C2aII MMA, 2012: Vulnerável (VU)- A4cde MMA, 2012: Vulnerável (VU)- A4cde; B1ab II, III e V; C2aII Florestais Solitários Noturnos Territorialistas Sedentários Pequeno porte Pequenas áreas de vida Dieta seletiva Duiker de Harvey (Cephalophus harveyi) Sucesso de captura de Mazama Espécie Bioma Área de vida MPC/ha Tempo (meses) N Pinder, 1997 M. gouazoubira Pantanal 150 18 1 Leeuwenberg et al. 1999 M. gouazoubira Cerrado 97 4 1 Vogliotti, 2003 M. gouazoubira Mata Atlântica 348 24 1 Marques e Santos-Júnior, 2003 M. gouazoubira Cerrado 22-276 - 7 Antunes, 2012 M. gouazoubira Pantanal 18-26 1/1/4/4 4 Peres, 2015 M. gouazoubira Pantanal 33-97 6-12 8 Marques e Santos-Júnior, 2003 M. americana Cerrado 67 - 1 Maffei e Tabber, 2003 M. americana Chaco 52 2 1 M. bororo Mata Atlântica 11 -48 4/5 2 Estudo Vogliotti, 2003 Sucesso de captura de outros cervídeos: Estudo Espécie N Tierson et al., 1985 Odocoileus virginianus 371 Dechen Quinn et al., 2014 Odocoileus virginianus 95 Robling et al., 2014 Odocoileus hemionus 138 Monello et al., 2013 Cervus elaphus nelsoni 136 Severud et al., 2013 Alces americanus 73 Duarte , 2001 Blastocerus dichotomus 230 Zucco, 2015 Ozotoceros bezoarticus 38 Ocorrência Abundância relativa Dieta Comportamento Padrões de atividade Uso de habitat Reprodução Aspectos demográficos Câmeras analógicas: Baixa autonomia Necessidade de revelação Câmeras digitais: Maior autonomia Custo mais alto Retardo no disparo Sensores de imagem: Grande autonomia Maior flexibilidade de monitoramento Estudos populacionais (Duarte, 1996) DNA mitocondrial Citocromo b ▪ 224 pares de bases PCR/RFLP González et al., 2009 Três gerações de cães farejadores do NUPECCE Amostragem N = 238 Namp = 96% (210) Marcadores DNA mitocondrial Altitude M. americana M. nana < 500 m > 500 m 71,3% 28,7% 25% 75% Frequências significativamente distintas (5%), acima e abaixo dos 500 m. (Qui-Quadrado = 14,53; GL = 1; p = 0,001) Declividade Médias (8,5 e 9,5 %) não significativas a 5% (Mann-Whitney U = -1,44513; p = 0,149918) Qui-quadrado = 2,60; GL = 1; p = 0,1070 (média) e 4,86; GL = 1; p = 0,0275 (mediana) Valores extremos (outliers) e falhas amostrais Altura de dossel Amostra Médias (15,4 e 13,7 m) não significativas a 5% (Mann-Whitney U= 0,452459; p = 0,653387) Qui-quadrado = 0,36; GL = 1; p = 0,5472 (média) e 0,25; GL = 1; p = 0,6171 (mediana) Densidade de cobertura vertical Médias (87,2 e 69,6 %) significativas a 5% (Mann-Whitney U = 4,533339; p = 0,000002) Qui-quadrado = 21,33; GL = 1; p = 0,0000 (média) e Teste de Fischer p = 0,0000 (mediana) Densidade de cobertura horizontal Médias (67,1 e 86,9 %) significativas a 5% (Mann-Whitney U = -5,91626; p = 0,000000) Teste de Fischer p = 0,0000 (média e mediana) Níveis ótimos: 60 e 80% (M. americana ) e > 80% (M. nana) Número de estratos vegetais: Amostragem de distribuição: N = 621 75% ampl. Modelagem da distribuição (Máxima entropia): Amostragem: Telemetria GPS e Fezes. N = 745 NI = 670 (90%) Uso de habitat: GPS x Fezes. Uso de habitat: Marcadores microssatélites Amostragem (Estimativa de densidade): Parque Nacional do Iguaçu N = 80 / NMn = 54 Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo N = 104 / NMn = 39 Estimativas de densidade e população: População Potencial Total: População Potencial em UC’s: 152.991 15.524 Áreas de uso (GPS x Fezes) Sucesso de Amostras Total de Amplificação Identificadas Amostras Oliveira e Duarte 2013 45% 0 52 Michalski et al 2011 26% 3% 62 Trinca et al., 2013 . 33% 220 Miotto et al., 2012 . 52% 75 Atual 12% 5% (15) 670 Vantagens: Dimensão temporal precisa Acesso a comportamentos e condições físicas Desvantagens: Custo dos equipamentos mais confiáveis Susceptibilidade a vandalismo e roubos Vida-útil limitada Restrições à identificação da espécie alvo Cobertura amostral restrita Desvantagens: Retaguarda laboratorial Custo das identificações moleculares Custo de aquisição, treinamento e manutenção de cães Vantagens: Acurácia das identificações Alta viabilidade prática Maior amplitude de amostragem Desvantagens: Custos laboratoriais gerais ▪ Prospecção de microssatélites Problemas de amplificação dos lócus microssatélites. ▪ Provavelmente associados à concentração de metabólitos vegetais secundários inibidores de PCR ▪ Menor quantidade de DNA ▪ Nível de degradação da amostra Vantagens: Informações concretas de parentesco e fluxo Refinamento das interações ▪ Inclui indivíduos não marcados na população amostral Métodos alternativos para estudos populacionais: Transectos lineares e amostragens de distância ▪ Chiarello, 1999 ▪ Cullen Júnior et al., 2000 ▪ Ferreguetti et al., 2015 Modelos de ocupação (Royle, 2004) ▪ Estimativa populacional Modelo de Encontros Randômicos (Carbone, 2001) Metagenômica: Ampliação das possibilidades de estudo e dados Custo seguramente maior Novas técnicas de captura: Nenhuma alternativa promissora à vista Técnicas de monitoramento remoto mais eficientes: Drones? Câmeras termais? Pedro Peres Márcio de Oliveira Francisco Grotta Neto