15/10/2015 MÓDULO 04 MODELOS DE CONTROLE DE ESTOQUE Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc O QUE É ESTOQUE? É o acúmulo de recur sos materiais em um sistema de transformação POR QUE SURGEM OS ESTOQUES? Impossível ou inviável coordenar suprimento e demanda - capacidade - Informação - custo de Obtenção - restrições Tecnológicas Incerteza de previsões de suprimento e/ou demanda: - estoques de segurança 1 15/10/2015 POR QUE SURGEM OS ESTOQUES? Especular com os estoques: - Escassez - Opor tunidade MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES INTRODUÇÃO Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas preços variados. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias que foram vendidas, precisamos adotar algum critério. Os critérios mais conhecidos para avaliação de estoque são: Preço Específico, PEPS, UEPS e Custo Médio. Na avaliação do estoque, não é necessário levar em consideração o preço de venda, e sim somente quanto é que custaram as mercadorias vendidas 2 15/10/2015 CONCEITO DE ESTOQUE O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que: São mantidos para venda futura; Encontra-se em processo de produção; ou São correntemente consumidos no processo de produção de produtos ou serviços a serem vendidos. At ivos considerados estoques: Mercadorias para comércio ou produtos acabados (matéria-prima e mercadorias mantidas para venda); materiais para produção (materiais comprado com a intenção de incorporá-los ao produto final através do processo produtivo); materiais em estoque não destinados à produção normal, chamados também de indiretos, auxiliares ou não produtivos (itens fisicamente não incorporados ao produto final, como ferramentas, material de limpeza e segurança); produtos em processo de fabricação ou elaboração (que inclui material direto, mão-de-obra direta e custos gerais de fabricação) – devem refletir o custo atual dos produtos em processo; custo das importações em andamento referente a itens de estoque. POR QUE AVALIAR OS ESTOQUES? Para conhecimento e controle dos valores monetários investidos em estoques Assegurar que os recursos investidos estejam de acordo com a política da empresa Garantir que a valorização reflita seu conteúdo Objetivo: Buscar a menor imobilização possível de capital em estoques AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, além do preço, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidas. O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser repor tado para um determinado período contábil. Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transpor te, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques 3 15/10/2015 TIPOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Pr eço Esp ecífico - Quando é possível fazer a determinação do preço específico de cada unidade em estoque, pode-se dar baixa em cada venda, por esse valor; O estoque final será a soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente. Somente é possível em alguns casos, onde a quantidade, ou o valor, ou a própria característica da mercadoria o permite (comércio de carros usados, imóveis). Na maioria das vezes não é possível a identificação do custo específico de cada unidade, principalmente no caso onde existe uma movimentação grande no estoque TIPOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE PEPS – Com base nesse critério, a empresa baixa do seu estoque custo da mercadoria vendida da seguinte maneira: a primeira mercadoria que entra é a primeira que sai. Avaliação feita pela ordem cronológica das entradas Assim, à medida que ocorrerem as vendas, a empresa vai dando baixa no estoque a par tir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. Em Inglês é conhecido com FIFO Métodos de Avaliação de Estoque PEPS Data Doc. 01 08 10 15 20 NF01 NF02 OF01 NF03 OF02 22 OF03 28 NF04 30 OF13 Total Final ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Total 200 15,00 120 16,00 150 150 20,00 180 100 50 30,00 30 4 15/10/2015 TIPOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES U EPS – a Última mercadoria a entrar é a primeira a sair Avaliação feita pelo preço das últimas entradas Este método não é aceito pela Receita federal, pois apresenta um resultado operacional menor, prejudicando a arrecadação Em inglês é conhecido como LIFO Métodos de Avaliação de Estoque UEPS Data Doc. 01 08 10 NF01 NF02 OF01 15 20 NF03 OF02 22 OF03 28 NF04 30 OF13 Total Final ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Total 200 15,00 120 16,00 150 150 20,00 180 100 50 30,00 30 TIPOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE Méd ia p onderada móv el ou C u sto Méd io – o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Avaliação através do custo médio é a mais freqüente Age como um estabilizador, pois equilibra as flutuações de preço Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. É aceito pela Receita federal em casos específicos de fabricação nas indústrias, normalmente para uma linha de produção que não ultrapasse o exercício social. A longo prazo, reflete os custos reais das compras de materiais 5 15/10/2015 Métodos de Avaliação de Estoque – Custo Médio Data Doc. 01 NF01 08 NF02 10 OF01 15 NF03 20 OF02 22 OF03 28 NF04 30 OF13 Total Final ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Total 200 15,00 120 16,00 150 150 20,00 180 100 50 30,00 30 Métodos de Avaliação de Estoque – Comparativo FIFO LIFO C. MÉDIO Valor do estoque final (R$) Custo das saídas (R$) CONCLUSÕES MODELOS DE REPOSIÇÃO DE ESTOQUES 6 15/10/2015 MODELOS EXISTENTES MODELO DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Quantidades : FIXAS Intervalos entre Pedidos : VARIÁVEIS MODELO DE REPOSIÇÃO PERIÓDICA Quantidades : VARIÁVEIS Intervalos entre Pedidos : FIXOS REPOSIÇÃO CONTÍNUA Falta de material é mais difícil porque os estoques são monitorados com maior freqüência e trabalha-se com o conceito de “Ponto de Pedido” Mais indicado para itens de classe “A” Considerar a posição do estoque (estoque disponível + entregas programadas – pedidos firmes) para definir o ponto de pedido. Ponto de pedido = demanda média durante prazo de entrega + estoque de segurança MODELO DE REPOSIÇÃO CONTÍNUA Quantidades: Fixas Intervalo: Variável Emax Quantidade D1 D2 D4 D3 Qfixa Qfixa Qfixa PP ES IP1 IP2 Tempo 7 15/10/2015 REPOSIÇÃO PERIÓDICA Período entre revisões definidos em função de necessidades específicas de cada empresa Pode-se agrupar análises de itens de um mesmo fornecedor na mesma data (otimização) Maior risco de falta de material se a demanda for maior que a prevista (necessário maiores Est. Seg.) Mais indicado para itens de classes “B” e “C” Itens prioritários devem ser revisados com mais frequência. Itens mais baratos podem sofrer revisão em períodos mais longos MODELO DE REPOSIÇÃO PERIÓDICA Quantidades: Variável Intervalo: Fixo Emax Quantidade Q1 Q2 Q3 Q4 D3 D1 D2 D4 ES IPfixo IPfixo IPfixo Tempo MODELOS BÁSICOS DE GESTÃO DE ESTOQUE Ponto de reposição e lote econômico Revisão Periódica Curva ABC 8 15/10/2015 PONTO DE REPOSIÇÃO Conceito de Lead Time: Tempo decorrido desde a colocação de um pedido de ressuprimento até que o material esteja disponível para utilização MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO Quanto comprar? Tamanho do lote L Pedir lotes altos pode ter alto custo de armazenagem Mas pedir lotes muito pequenos pode ter altos custos (pedidos, fretes, etc) MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO Como determinar o tamanho do lote? Variáveis - Custo de armazenagem (Ca) - Custo de fazer pedidos (Cp) - Número de pedidos feitos (N) - Demanda Anual (DA) - Taxa de Demanda (D) 9 15/10/2015 MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO Exemplo: Cf = R$ 20,00 Ce = R$ 2,00 DA = 8.000 itens MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO 10 15/10/2015 MODELO DO PONTO DE REPOSIÇÃO Lote Econômico EXERCICIO Calcule o lote Econômico dos seguintes produtos: A Cf = R$ 18,00 Ce = R$ 4,00 DA = 18.000 itens B Cf = R$ 50,00 Ce = R$ 20,00 DA = 15.000 itens C Cf = R$ 25,00 Ce = R$ 12,00 DA = 5.000 itens MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO 11 15/10/2015 MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO ESTOQUE DE SEGURANÇA Demanda Constante Média e desvio padrão Fator de segurança MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO ESTOQUE DE SEGURANÇA MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO 12 15/10/2015 MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO Onde: µ = Média σ = Desvio Padrão d1, dn = demanda por período n = Total de Períodos MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO FATORES DE SEGURANÇA MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO Calcular o Estoque de Segurança, Ponto de Reposição e Lote econômico para um nível de serviço de 95%. Utilizar os dados das últimas 40 semanas Cf = R$ 20,00 σ = 1,911 Ce = R$ 2,00 dm = 120,1 DA = 8.000 itens LT = 3 FS = 1,645 (95%) PP = 1 Estoque de Segurança (5,44) 13 15/10/2015 MODELO DE PONTO DE REPOSIÇÃO Ponto de ressuprimento (366) •Lote econômico (400) MODELO DE REVISÃO PERIÓDICA Lotes de ressuprimentos variáveis - Quanto Comprar Modelo de Revisão Periódica Onde: Q = Quantidade a pedir M = Estoque máximo E = Estoque Presente QP = Quantidade pendente Onde: D = Taxa de demanda P = Período de revisão LT = Lead Time ES = Estoque de segurança 14 15/10/2015 MODELO DE REVISÃO PERIÓDICA Onde: Eseg = Estoque de segurança FS = Fator de segurança σ = Desvio Padrão LT = Lead Time de ressuprimento P = Período da revisão PP = Periodicidade à qual se refere o Desvio Padrão CURVA ABC Para cada item de estoque determinar a quantidade total utilizada no ano anterior Determinar o custo de cada item em moeda forte Calcular o custo anual de cada item Ordenar em uma lista em valores decrescentes do valor de custo anual Calcular os valores acumulados determinados em 5 em termos percentuais relativos ao valor total acumulado de valor de uso para o total dos itens Plotar num gráfico os valores calculados anteriormente Definir as três regiões conforme a inclinação da curva resultante Região A Grande Inclinação Região B Média Inclinação Região C Baixa Inclinação CURVA ABC 15 15/10/2015 CURVA ABC 16