O caso da Fazenda Santa Cecília: A Constituição da Memória em
Acervos Históricos
Carolina C. Lorenzetto, Silvia M. Espírito Santo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP
Objetivos
Este texto tem como objetivo a apresentação
de justificativas para a elaboração do centro de
documentação da fazenda Santa Cecília,
localizada há 30 km do município de Cajuru,
com a finalidade de salvaguardar a memória
regional paulista. A memória coletiva é o fator
impulsionador para a valorização da identidade
e da ideia de pertencimento do local. A
regionalidade oferece às ciências humanas
microambientes capazes de oferecer material
para observação e hipóteses para a
investigação científica. Dessa forma, abrigam
complexas comunidades que possuem um
intenso poder de construção da cultura popular.
Métodos/Procedimentos
Um recorte temporal foi estabelecido, a fim de
impor limites à pesquisa científica, que data da
inauguração da Fazenda Santa Cecília, em
1899, indo até 1950, época em que, segundo
entrevista com o antigo proprietário, a fazenda
entrava em declínio econômico. Desta maneira,
será elaborada uma pesquisa relativa à
conservação preventiva dos documentos
históricos, garantindo, com esta iniciativa, a
preservação memorial da região do antigo
Oeste Paulista. Através da revisão bibliográfica
e da capacitação dos bolsistas, terá início a
atividade de higienização e acondicionamento,
removendo todas as sujidades e os focos de
agentes biológicos dos documentos, e
oferecendo
condições
ao
acervo
de
continuidade histórica.
Resultados
O resultado desta etapa da pesquisa,
demostrará quão importante é a Conservação
Preventiva, dentro da Ciência da Informação, já
que é ela quem assegura, de maneira científica
e com integridade, o patrimônio bibliográfico e
documental da Fazenda Santa Cecília. A
Conservação e Preservação é que garantem o
acesso
às
informações
contidas
nos
documentos (YAMASHITA; PALLETA, 2006).
Gomes (1992) diz que a mudança de atitude e
hábitos vem para contribuir para a preservação
dos acervos e retardar a necessidade da
utilização das técnicas de reparo e restauração.
Conclusões
As fazendas brasileiras do café originalmente
são depositárias de grande acervo documental,
todavia não se constituem em centros de
referência da memória, pois em quase nada
preservaram durante o século passado. É a
memória coletiva responsável pela resistência
da história regional, e é através de sua
manutenção que se conservam as relações
com o passado, o que vêm sendo amplamente
estudado.
Referências Bibliográficas
YAMASHITA, Marina Mayumi; PALETTA,
Fátima Aparecida Colombo. Preservação do
patrimônio documental e bibliográfico com
ênfase na higienização de livros e documentos
textuais. Arquivística.net, Rio de Janeiro, v. 2,
n. 2, p. 172-184, ago./dez. 2006. Disponível
em: <www.arquivistica.net>. Acesso em: 10
ago. 2011.
GOMES,
Sônia
de
Conti.
Técnicas
alternativas de conservação: um manual de
procedimentos para manutenção, reparos e
reconstituição de livros, revistas, folhetos e
mapas. Belo Horizonte: UFMG. 1992.
Espírito Santo, Silvia Maria. A mediação da
informação estruturada em instituições
culturais. Ribeirão Preto: USP. 2011.
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