DEPARTAMENTO DE ARTE E DESIGN
PROCEDIMENTO CONTRADITÓRIO AO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO EXTERNA
DO CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES PLÁSTICAS
ANO LECTIVO 2003-2004
A Comissão de Auto-Avaliação do Curso de Artes Plásticas agradece o espírito de construtiva
colaboração manifestado pela Comissão de Avaliação Externa no capítulo de introdução ao
seu relatório, todas as sugestões dispensadas durante a visita ou agora enviadas, bem como a
compreensão que revela em relação ao inaceitavelmente moroso processo de integração dos
docentes provenientes do antigo Instituto Superior de Arte e Design na carreira universitária.
Constatámos que grande parte das falhas apontadas decorrem de circunstâncias que
ultrapassam as competências do Departamento e dos docentes deste curso, sobre os quais
recairão, no entanto todas as responsabilidades. Talvez esta circunstância pudesse ficar mais
clara ao longo do relatório da CAE, de modo a que o esforço feito ao longo dos anos para
manter, actualizar e projectar para o futuro a formação numa área que todos reconhecemos
fundamental para uma equilibrada dinâmica sociocultural não se veja, com esta avaliação,
confrontado com mais um obstáculo.
Passando à análise do Relatório da CAE, sugerimos algumas precisões, que, quando implicam
alterações de redacção, assinalámos com um sublinhado:
I . Introdução
1. A visita (início do 2º parágrafo)
“Foram visitadas as instalações: anfiteatros, biblioteca, laboratório de imagem digital, sala de
Desenho(…)”.
II. APRECIAÇÃO POR CAMPOS VARIÁVEIS
2. Objectivos do curso
Transcrevemos, para melhor esclarecimento, a informação publicitada no site da
Universidade da Madeira em relação aos objectivos do curso, que o relatório da CAE afirma
não terem sido apresentados isoladamente, embora reconheça ser possível depreendê-los com
evidência ao longo do documento da CAA:
“- Formação humana, cultural, artística, científica e técnica na área das Artes Plásticas.
- Preparação para as actividades profissionais para as quais sejam exigidos conhecimentos e
capacidades técnicas nesta área.
- Produção e difusão de conhecimentos e realizações de carácter artístico que, pela sua
repercussão no meio, contribuam para o desenvolvimento cultural.
Competências Desenvolvidas:
Capacidade de equacionar e resolver problemas, bem como prover a necessidades nas
diferentes áreas da Cultura, Arte e Ensino, seja integrando instituições, seja desenvolvendo
projectos empresariais e pessoais.”
O modo como foi cortada a citação da página 7 do relatório da CAA dificulta a sua
compreensão. A manter-se a citação, sugerimos respeitar o contexto em que ela se encontra:
o estudo das teorias e práticas das Artes Plásticas ocorrendo nas Universidades articula-se
“de forma natural, numa feliz convivialidade transdisciplinar com outras áreas de
conhecimento (epistemológicas, tecnológicas, numa inter-relacionação íntima das artes, das
humanidades, das ciências e das tecnologias)”.
3. Plano de estudos
As percentagens constantes do último parágrafo deste ponto 3, não nos parecem decorrer de
informação fornecida pelo relatório da CAA. Talvez o Anexo I do Plano de cursos
(Deliberação nº1159/2002 do Senado Universitário publicada no Diário da República nº159
de 19 de Julho de 2002, constante do anexo) seja mais claro quanto ao peso de cada uma das
áreas – Artes Plásticas, Ciências da Arte, Desenho, Forma e Imagem e áreas de opção – na
totalidade do curso. Em relação ao plano de cursos anterior também se pode verificar que o
número de horas teóricas e teórico-práticas aumentou significativamente e não nos parece
desfasado, neste aspecto, dos planos congéneres de outras universidades.
4. Conteúdos programáticos
A escassa informação incluída no relatório de auto-avaliação relativamente a programas era
aquela que o guião da auto-avaliação permitia na tabela 6. Aquando da visita da subcomissão
toda a informação pormenorizada acerca de programas e sumários, propostas de trabalho,
exames e demais avaliações, que é fornecida aos alunos esteve à disposição da subcomissão
de visita, o que, aliás, permitiu as conclusões da CAE acerca dos programas das disciplinas
nucleares. Lamenta-se que o actual modelo de visita não permita tornar realmente eficazes
estas deslocações e contactos.
5. Processo pedagógico
Afirmar que “o número reduzido de estudantes retira toda a eficácia pedagógica” parece-nos
manifestamente exagerado. Retira, efectivamente, as potencialidades decorrentes da dinâmica
do grupo de alunos entre si, mas permite um acompanhamento por parte dos docentes que,
nalguns casos, se aproxima muito do regime tutorial.
Quanto às críticas dos alunos referidas no relatório da CAE acerca da articulação das
componentes das disciplinas, não nos parece correcta a generalização “criticada pelos alunos”
quando nas cadeiras nucleares e nas de índole tecnológica 50% dos alunos consideraram “boa
ou muito boa” tal articulação, 40% razoável e 10% fraca (v. p.19 do relatório da CAA, o item
“articulação das componentes das disciplinas”); nas disciplinas teóricas a percentagem é de
60 a 65% para “boa ou muito boa”, 25% para “razoável” e 10% para fraca, não tendo os
restantes preenchido este item (v. p. 22).
6. Corpo docente
Onde está “seu elenco é constituído por dezoito docentes, como diz o RAA” propõe-se que
fique:
“o seu elenco é constituído por dezoito docentes, dos quais 12 a tempo inteiro, quatro a
tempo parcial e dois com dispensa para doutoramento a partir do 2º semestre, como diz o
RAA”.
10. Recursos financeiros
A tabela que nos foi fornecida pelos serviços da Universidade não continha efectivamente a
informação necessária para apurar dados relativos especificamente a este curso, situação
decorrente da centralização dos serviços e que nos ultrapassa.
11. Relações externas e internacionalização
O desenvolvimento das relações externas, sobretudo na vertente da internacionalização, está
condicionado, à partida, pelas deficiências a nível de ateliers, por um lado, e, por outro, pela
escassez de verbas disponíveis para tal fim.
Estranha-se que não sejam tidas em conta neste ponto do relatório as relações do
Departamento de Arte e Design com o meio socio-cultural envolvente, pelo que chamamos a
atenção para o ponto 2.4 do relatório de auto-avaliação (p. 10-13.), para as realizações
documentadas na parte final dos anexos do mesmo relatório e para o item “extensão cultural”
da tabela 14 (ficha do docente), que dão conta da participação efectiva de docentes, alunos e
ex-alunos na vida cultural da região.
13.Gestão de qualidade
Conforme referido já no ponto 2.4 acerca dos conteúdos programáticos, os dados acerca de
“programas, exercícios, carga horária, disciplina a disciplina” estiveram à disposição da
subcomissão durante a visita.
14. Empregabilidade
Sugere-se que, para maior clareza, se substitua a frase “Por fim, foram discutidas saídas
complementares da licenciatura em Turismo, com o intuito de aproveitar o grande fluxo de
turistas que a Madeira recebe” pela seguinte:
“Por fim, foram discutidas saídas complementares da licenciatura em Artes Plásticas no
âmbito da actividade turística, com o intuito de aproveitar o grande fluxo de turistas que a
Madeira recebe”.
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