COMISSÃO DE AVALIAÇÃO EXTERNA ÁREA DE EDUCAÇÃO SUBCOMISSÃO D.2.1. CURSO DE PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO, VARIANTE DE EDUCAÇÃO MUSICAL ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VIANA DO CASTELO RELATÓRIO JUNHO / 2002 ÍNDICE I – INTRODUÇÃO 1. 2. 3. 4. Constituição da Subcomissão D.2.1. Metodologia de trabalho Objecto da visita Objectivo da visita 1 1 2 2 II – DESCRIÇÃO DA VISITA 1. Sessão de apresentação de cumprimentos 2. Reunião da Subcomissão de Avaliação Externa 3. Reunião com os Dirigentes da Escola 4. Reunião com Autores do Relatório de Auto-avaliação 5. Visita às instalações 6. Reunião com os Estudantes 7. Reunião com Dirigentes da Associação de Estudantes 8. Reunião com Pessoal Docente 9. Reunião da Subcomissão 10. Reunião com Pessoal não docente 11. Hora Aberta 12. Reunião da Comissão de Avaliação Externa 13. Reunião Final 2 2 3 4 4 5 7 9 9 9 10 13 13 III – SÍNTESE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO 1. Relatório de Auto-avaliação 2. Instalações e Equipamentos 3. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação 4. Corpo Docente 5. Corpo Técnico e Administrativo 6. Formação Interna 7. Missão e Função Institucionais 8. Conceptualização e Organização Curricular 9. Prática de Investigação 10. Organização e Funcionamento do Curso 11. Acesso ao Curso 12. Sucesso Educativo 13. Inserção profissional de Diplomados 14. Relações Externas e Internacionalização 15. Recursos Financeiros 16. Cultura Ambiental de Qualidade 14 16 17 17 18 20 20 21 21 21 25 26 26 27 27 28 IV – SÍNTESE FINAL 1. Pontos Fortes 2. Pontos Satisfatórios 3. Pontos Fracos Anexos 28 29 29 30 I - INTRODUÇÃO 1. Constituição da Subcomissão D.2.1. A Subcomissão designada para proceder à avaliação externa do Curso de Professores do Ensino Básico, variante de Educação Musical, da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, foi constituída pelos seguintes elementos: ! Professor Doutor José Alberto Mendonça Gonçalves, Professor Adjunto da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, na qualidade de Vice-Presidente; ! Professora Coordenadora Maria Olga Douwens Prats, Professora Coordenadora da Escola Superior de Música de Lisboa, na qualidade de Vogal; ! Mestre Maria José Conde Artiaga Barreiros, Equiparada a Professora Adjunta da Escola Superior de Educação de Lisboa, na qualidade de Vogal; A Subcomissão teve como Secretário e Relator Mestre António Carlos Pacheco Soares, Equiparado a Professor Adjunto da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve. Os “curricula vitae” resumidos dos membros da Subcomissão foram incluídos em Anexo. 2. Metodologia de trabalho A Subcomissão desenvolveu a sua actividade no quadro da respectiva Comissão, tendo os seus membros participado nas reuniões havidas, com vista a uma adequada preparação dos trabalhos. Foi feito individualmente e, em seguida, em grupo, um estudo do Relatório, elaborado pela Escola, e dos documentos a ele anexados, acordando-se normas, critérios procedentes e pontos a analisar, bem como a metodologia a praticar no decurso da visita institucional. Para a consecução deste processo de avaliação externa, os elementos da Subcomissão adoptaram uma metodologia aberta, procurando dar um carácter pedagógico ao processo e, na medida do possível, incentivar uma cultura de avaliação na Escola. Na perspectiva de praticar uma metodologia aberta e dialogante, deu-se a palavra aos diferentes interlocutores, ouvindo as suas opiniões e promovendo o diálogo e a reflexão sobre o Curso. Procurou-se que o processo decorresse num clima de seriedade, objectividade, transparência, isenção e cooperação, tendo em vista a melhoria da qualidade do Ensino Superior Português na área da Educação. 1 A visita decorreu nos dias 22 e 23 de Maio de 2002, de acordo com o Programa previsto. 3. Objecto da Visita Constituíu-se como objecto desta visita a Avaliação externa do Curso de Professores do Ensino Básico, 2º Ciclo, Variante de Educação Musical, no que se refere a aspectos como a sua estrutura, organização, funcionamento, recursos humanos, recursos físicos – instalações e equipamentos –, e toda a actividade da Escola subjacente ao Curso. 4. Objectivo da visita: Definiu-se como objectivo da visita criar e consolidar uma política e uma cultura de avaliação no Ensino Superior Português e de promoção da qualidade do ensino, a partir do próprio processo de avaliação interna ou auto-avaliação, já realizado pela Escola. II - DESCRIÇÃO DA VISITA 1. Sessão de apresentação de cumprimentos O início da visita teve lugar às nove horas do dia 22 de Maio, tendo a Subcomissão sido recebida pelo Senhor Presidente do Conselho Directivo da ESE de Viana do Castelo. Foi justificada a ausência do Sr. Presidente do Conselho Científico desta Instituição por ter estar ausente, em serviço externo. A sessão decorreu de modo cordial, tendo sido disponibilizada uma sala para os trabalhos da Subcomissão. 2. Reunião da Subcomissão de Avaliação Externa Terminada a sessão de apresentação de cumprimentos, a Subcomissão reuniu, separadamente, a fim de trocar impressões sobre a pertinência e qualidade do Relatório de Auto-avaliação, identificar pontos principais a esclarecer durante a visita e acertar normas, critérios e procedimentos a utilizar nas reuniões com os diversos protagonistas da Escola. Passou-se em revista o esquema da metodologia a seguir, que implicava a intervenção coordenada e harmoniosa dos 2 membros da Subcomissão, bem como, de forma idêntica, a dos elementos da Escola. A visita incidiu sobre o Curso de Professores do Ensino Básico-2ºCiclo, Variante de Educação Musical, devendo ser tidos em conta o seu enquadramento jurídico e as orientações e objectivos da Escola definidos para o mesmo. 3. Reunião com os Dirigentes da Escola Na hora inicialmente prevista, deu-se início a esta reunião de trabalho. Estiveram presentes, nesta reunião, o Dr. Paulo Fernandes, da Comissão de Coordenação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo; Dr. José Portela, Presidente do Conselho Directivo da ESE de Viana do Castelo; Dr.ª Teresa Gonçalves, Vice-Presidente do Conselho Directivo e Coordenadora da Comissão de Avaliação da Escola; Dr. Júlio Gonçalves, responsável pelo Gabinete de colaboração com os países da CPLP; Dr.ª Alice Barbosa, Coordenadora da Unidade de Investigação; Dr. João Ferreiro, Secretário da Escola; Dr.ª Eugénia Moura, Coordenadora do Curso de Educação Musical; Dr.ª Anabela Moura, Presidente do Conselho Pedagógico e a Dr.ª Maria dos Anjos Faria, Presidente da Assembleia de Representantes. Tal como em todas as sessões de trabalho efectuadas no decurso desta visita institucional, a iniciar esta reunião parcelar da Subcomissão com os Dirigentes da Instituição, o Vice-Presidente da Subcomissão, Doutor José Alberto Gonçalves, apresentou os objectivos da visita, salientando não se tratar de um processo de natureza inspectiva, mas que visava a indução progressiva de uma cultura de avaliação que fomente e consolide a qualidade nas Instituições de Ensino Superior. Mais informou que este processo se constituía como um olhar externo que poderia ajudar, por distanciado, a clarificar aspectos menos perceptíveis do Relatório de Auto-avaliação, numa perspectiva pedagógica e de colaboração. A seguir, informou os presentes da metodologia a utilizar na condução dos trabalhos. Dando continuidade à reunião, foram colocadas questões às quais os presentes foram respondendo, no sentido de permitirem percepcionar as preocupações e expectativas da Escola em relação ao presente e ao futuro, designadamente no que concerne ao Curso em avaliação. Terminada a reunião foi agradecida a colaboração dos presentes, pela disponibilidade patenteada e pela informação prestada. 3 4. Reunião com Autores do Relatório de Auto-avaliação Seguindo a planificação estabelecida para esta visita institucional, na hora previamente definida, a Subcomissão reuniu com os autores do Relatório de Auto-avaliação. Estiveram presentes o Dr. Carlos Almeida, antigo aluno da Escola e Mestre na área da Música; a Dr.ª Teresa Gonçalves, Vice-Presidente do Conselho Directivo e Coordenadora da Comissão de Avaliação da Escola; a Dr.ª Eugénia Moura, Coordenadora do Curso de Educação Musical, e a aluna do 4º ano deste Curso, Rute Gonçalves. Também nesta sessão, a iniciar os trabalhos, o Vice-Presidente propôs e explicou a metodologia a seguir no decorrer da reunião. De seguida, em diálogo franco e aberto, foram abordados alguns pontos em que a Subcomissão sentiu necessidade de obter mais informação, apesar da mesma definir o Relatório como eticamente elaborado, bastante completo e descritivo, bem construído e consistente, fazendo a radiografia da Escola e do curso de Educação Musical. Explicitados, tal como na reunião anterior, os objectivos desta visita institucional e, particularmente, os da presente reunião, foi dada a palavra aos autores do Relatório para se pronunciarem acerca de questões que pudessem contribuir para clarificar alguns aspectos relacionados com a sua elaboração e respectivo conteúdo. No final da reunião, foi agradecida a presença e a disponibilidade dos participantes. 5. Visita às Instalações Prosseguindo os trabalhos e tal como estava previsto, a Escola Superior de Educação de Viana do Castelo foi visitada pela Subcomissão, no que foi acompanhada pelos seus Dirigentespelos seus Dirigentes, que comentaram, pormenorizadamente, a existência, utilização e funcionamento dos vários espaços. Houve a preocupação de centrar a presente visita naquelas instalações que têm uma relação directa ou forte com o curso de Educação Musical. Verificou-se que as instalações se tornam exíguas para o funcionamento do Curso de Educação Musical e a Subcomissão foi informada da existência de protocolos assinados com a Escola Superior de Música de Viana do Castelo, no sentido dos alunos aí terem algumas aulas, beneficiando das óptimas instalações e equipamentos daquela Instituição. 4 6. Reunião com estudantes De forma a dar continuidade aos trabalhos inerentes a esta visita institucional, a reunião que a Subcomissão teve, de seguida, na hora prevista, aconteceu com os estudantes do curso de Educação Musical. Estiveram presentes 26 alunos, sendo 1 do 1º ano, 7 do 2º ano, 10 do 3º ano e 8 do 4ºano. As finalidades e objectivos da visita de avaliação externa foram objecto de apresentação inicial pelo Vice-Presidente da Subcomissão, bem como a metodologia a seguir na reunião. A fim de facilitar o arranque dos trabalhos, foi sugerido um conjunto de tópicos a que os alunos foram respondendo de forma correcta e com grande participação. Enumeram-se, de seguida, as intervenções dos alunos, no decurso deste encontro: ! Um aluno do 4º ano questionou a bivalência, referindo que existe uma carga horária virada para a leccionação do 1º ciclo, quando o Curso que lhes é oferecido, desde o início, parece estar direccionado para a leccionação no 2º Ciclo. Afirmou que só no 1º semestre do 3º ano é que começam a trabalhar as questões ligadas à Educação Musical, tendo encontrado no plano de estudos muitas disciplinas que, duvida, lhe possam vir a ser úteis para o exercício das suas funções. Não pensando vir a exercer no 1º ciclo, considerou que o plano de estudos deveria estar mais voltado para a educação em Música. Salientou, ainda, julgar existirem lacunas de natureza pedagógica e prática na leccionação do Curso, já que, apesar de ter tido uma disciplina de Metodologia do Ensino da Música, ela se revelara insuficiente para as necessidades dos alunos, no que se refere ao tratamento de questões de natureza metodológica e didáctica, tendo em vista a Prática Pedagógica. Reconheceu que têm estudo e pesquisa de métodos, mas seria necessário aprofundá-los com a aplicação, para que a componente prática pudesse acompanhar a componente teórica, que disse ser excessiva. O mesmo aluno referiu que a formação que têm ao nível da Música é boa, mas gostaria que ela fosse mais aprofundada, ao longo do Curso. Voltando a falar da bivalência reconheceu que este é o único modelo legal para o funcionamento do Curso, mas aponta novamente a necessidade da existência de disciplinas de didáctica, lembrando a grande dificuldade que sentiu em realizar a Prática Pedagógica no 1º Ciclo. 5 ! Referindo-se às disciplinas do Curso, outro aluno disse que os seus nomes são aliciantes, mas que se sentiu desiludido com os seus conteúdos, de natureza teórica excessiva e sem abordagens às questões práticas do ensino. Assegurou, ainda, que gostaria de ver mais presentes as questões de metodologia e de didáctica, porque se tornava necessário transformar o conhecimento em situações de construção de conhecimento por parte dos alunos, evidenciando que um Curso desta natureza vive de três dimensões – a teórica, a metodológica e a prática. ! Outros alunos valorizaram o papel de alguns professores que trabalham com eles de forma reflexiva, levando-os não só a identificar os problemas, mas também o modos de os resolver através da problematização. ! Uma aluna enfatizou o esforço de alguns docentes, dando mais horas de apoio na sua disciplina, para além das previstas, e considerou que, em Prática Instrumental, deveriam ter horas separadas para a aprendizagem de guitarra, flauta e prática vocal já que a leccionação conjunta acaba por permitir pouco tempo para a prática de cada instrumento. ! Outra preocupação manifestada pelos alunos teve a ver com as instalações que consideraram desadequadas para a prática da Música, dizendo existirem apenas duas salas para esse efeito, que, muitas vezes, estão ocupadas por outras Variantes. A esta situação acresce, disseram, a falta de mais materiais, instrumentos e espaços, ! Um aluno colocou a questão da necessidade de reforçar as componentes científica e pedagógica das disciplinas de Música. A sua preocupação advém do facto de existirem cada vez mais crianças que frequentam Escolas de Música e o Conservatório e chegarem, por isso, à escola com um leque de conhecimentos que poderão dificultar a tarefa do professor, se este não estiver convenientemente preparado para exercer as funções docentes. ! Sobre o facto de terem de se deslocar à Academia para Práticas de Teclado, um aluno afirmou que esse processo é penoso, porque têm de se deslocar para mais longe, o que os faz correr entre as duas Instituições e perder muito tempo. ! Foi também evidenciada a necessidade que os alunos sentiam da existência de um maior número de recursos materiais para as suas aprendizagens. Referiram a boa vontade dos professores para os ajudarem, mas reconhecem a exiguidade das instalações para a prática da Música, reivindicando mais salas e mais espaços livres para 6 poderem diversificar as aprendizagens. Disseram, também, que a maior parte dos instrumentos utilizados são seus ou emprestados por algumas bandas. ! Outra questão que preocupa estes alunos é o facto de terem de fazer pré-requisitos muito exigentes, salientando que aquilo que lhes foi solicitado nesse momento, por exemplo em Práticas de Teclado, acaba por ser o programa de disciplinas constantes do plano de estudos. Quanto a sugestões para melhorar os pontos mais críticos que apontaram, os alunos indicam as seguintes: 1. Proceder a uma verificação da sequência das disciplinas, em termos de distribuição pelo curso, de modo a que sejam leccionadas tendo em atenção os trabalhos a realizar; 2. Proceder a alterações no Plano Curricular, de modo a que o Curso corresponda mais à sua necessidade de serem professores de Educação Musical; 3. Associar mais a prática à teoria, como factor que melhor possibilitará a sua capacidade de serem capazes de aplicar a informação teórica à situação real; 4. Retirar do Curso parte da carga atribuída a disciplinas como Matemática e Ciências e aplicar essas horas a disciplinas de carácter mais prático; 5. Integrar na área da Música disciplinas e/ou conteúdos que os preparem, em termos didácticos, para as tarefas que é suposto desempenharem na Prática Pedagógica; 6. Disponibilizar, a curto prazo, melhores condições logísticas para a prática da Música. 7 . Reunião com Dirigentes da Associação de Estudantes No decurso desta reunião da Subcomissão, estiveram presentes dois elementos da Associação de Estudantes e da já existente Associação de Antigos Alunos, respectivamente Pedro Teixeira, representando o Curso de Música, e Luísa Novo, aluna de Educação Visual e Tecnológica. A iniciar os trabalhos, o Vice-Presidente da Subcomissão informou acerca do objecto e objectivos da visita a esta Escola, bem como da metodologia a usar na reunião que aqui se descreve. As questões abordadas pelos dirigentes presentes complementaram as que foram mencionadas na reunião anterior, situação a que não deverá ser alheio o facto do aluno, agora presente, já ter estado nessa reunião e ter tido uma participação activa. 7 Retomando as situações já mencionadas anteriormente, clarificou algumas delas e referiu que: ! O plano de estudos contém disciplinas que, na sua opinião, estão desajustadas das necessidades dos alunos; ! A bivalência se revela como um factor de desencanto para os alunos deste curso; ! As instalações não servem a um eficaz funcionamento do curso, pelas razões já apontadas. ! Os espaços para a prática da Música estão frequentemente a ser utilizados por alunos de outras variantes; ! Apesar de estarem razoavelmente apetrechados com material Orff, faltam xilofones baixo e aparelhagens; ! Falta uma disciplina de Drama, no currículo deste Curso; ! A disciplina de Necessidades Educativas Especiais, na sua opinião, deveria ser anual; ! Os professores deveriam articular-se entre si, em termos de espaço e tempo, no que se refere ao pedido de entrega de trabalhos e marcações de frequências, de modo a evitar sobreposições e aproximação de datas; ! A Prática Pedagógica deveria ser melhor preparada, no que respeita à introdução de didácticas e metodologias de ensino. A representante da Associação de Antigos Alunos da ESEVC centrou a sua comunicação no conteúdo do documento que se anexa e por ela entregue à Subcomissão, pelo que se dispensa a sua apresentação neste espaço do Relatório. Por outro lado, referiu as actividades mais importantes realizadas pela Associação, a saber: ! ! ! ! uma visita anual à Feira Internacional de Arte de Madrid; acções de formação; prática e treinos de Capoeira; implementação de um Projecto com Moçambique, nas áreas da Educação e da Saúde; ! elaboração, em fase adiantada, de um Guia do recém-licenciado da ESEVC, contendo apoio em termos de colocações de professores; opções quanto a saídas profissionais; legislação; e outros aspectos da inserção na vida activa. A terminar a reunião, foi agradecida a presença dos dois elementos presentes e as declarações que prestaram a esta Subcomissão. 8 8. Reunião com o pessoal docente: Professores, Assistentes e Equiparados Levando em consideração que o número de Professores e Equiparados que iriam participar na reunião não justificava a realização de reuniões separadas, a Subcomissão decidiu fazer apenas uma sessão de trabalho, na qual participaram, em conjunto, todos os Docentes. No início desta reunião, que decorreu com a presença de dezanove docentes (Professores Coordenadores: 1; Professores Adjuntos: 5; Professores Equiparados: 6; Assistentes e Equiparados: 7), o Vice-Presidente da Subcomissão teve a preocupação de informar sobre o objectivo da visita institucional e a metodologia a seguir na sessões de trabalho. Seguidamente, foram colocadas algumas questões às quais os presentes foram respondendo, nomeadamente no que concerne: ! ! ! ! ! às suas expectativas como docentes; ao funcionamento do Curso em avaliação; ao ambiente e clima de escola; às relações institucionais; à sua progressão na carreira docente. 9. Reunião da Subcomissão Com o intuito de proceder a um balanço geral e sistematizar o conjunto de informações recolhidas, neste primeiro dia de actividades, a Subcomissão procedeu à realização de uma sessão de trabalho nesse sentido, tal como estava previsto no plano previamente elaborado. Nesses momentos, foi analisada a documentação complementar solicitada aos Corpos Dirigentes, no início das sessões de trabalho, e organizadas as informações obtidas, com vista não só a preparar a estratégia a desenvolver no dia seguinte, como fazer o primeiro levantamento das “impressões preliminares” da visita. 10. Reunião com o Pessoal não docente Esta sessão de trabalho efectuou-se, tal como estava previsto, às 9 horas do dia 23 de Maio e, logo no seu início, foi explicado aos presentes o motivo da sua realização, os seus objectivos e a metodologia de trabalho a seguir. Estiveram presentes nesta reunião dezassete elementos dos quadros de pessoal não docente provenientes de diferentes Serviços, como Serviços Académicos, Biblioteca, Secretaria, Tesouraria, Recursos Humanos, Expediente 9 e Economato, Serviços de Manutenção (Auxiliares de Acção Educativa, Jardineiro, Carpinteiro) e Serviços Informáticos. Estiveram também presentes o Secretário da Escola e a Secretária do Conselho Directivo. A iniciar a reunião, o Vice-Presidente da Subcomissão salientou que o funcionamento da Escola depende do funcionamento dos seus diferentes Serviços e que os Funcionários são parte integrante desse processo, pelo que, para avaliar um curso, todos os parceiros deverão ser ouvidos. Disse que a finalidade última desta visita institucional é contribuir com um olhar externo sobre a ESE de Viana do Castelo, acerca do seu funcionamento e da reflexão que a Escola vem fazendo sobre o curso em avaliação, porque o distanciamento desta Subcomissão permite uma observação mais objectiva, dando, assim, continuidade ao processo já iniciado pela Escola. De seguida, convidou os presentes a pronunciarem-se sobre questões, como: ! o funcionamento dos Serviços; ! as condições de trabalho; ! as expectativas do pessoal não docente; ! o relacionamento entre Serviços e entre estes e os Órgãos Dirigentes; ! a progressão na carreira; ! outras matérias, que fossem julgadas de interesse para os fins em vista. No final, agradeceu a presença do pessoal não docente e as declarações por eles proferidas. 11. Hora Aberta À semelhança do que tem vindo a acontecer nas reuniões anteriores, também esta se iniciou na hora prevista, com o Vice-Presidente da Subcomissão a informar os presentes da constituição da mesma, dos motivos da sua presença nesta Instituição, dos objectivos a alcançar e da metodologia de trabalho a seguir. Estiveram presentes nesta Hora Aberta: Dr.ª Eugénia Moura, Coordenadora do Curso de Educação Musical; Dr. Luís Mendonça, Professor de Educação Musical; Dr. José Melo, Coordenador do Departamento de Expressões Artísticas; Dr.ª Carla Alves, ex-aluna da ESEVC e Coordenadora de um Projecto de Educação Musical da Câmara Municipal, em Jardins de Infância e Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico; Dr.ª Carla Barbosa, docente do Curso de Educação Musical; Dr.ª Maria José Ferreira, Directora Pedagógica da Escola Profissional 10 de Música de Viana do Castelo; Dr.ª Maria Augusta Castro, Professora de Piano e Directora Pedagógica da Academia de Música de Viana do Castelo; Dr.ª Helena Taxa, Directora Pedagógica da Academia de Música de Vila Praia de Âncora; Dr.ª Ana Maria Azevedo, do Conselho Executivo da Escola Básica de Vila Praia de Âncora; os alunos do 4º ano de Educação Musical: Cátia Pereira, Fernanda Gonçalves; Amélia Neves, Fátima Gomes, Rute Gonçalves e Álvaro Silva; Dr.ª Helena, Professora Cooperante e o Dr. Carlos Almeida, docente da área de Educação Musical e ex-aluno deste Curso. No início da reunião, a Coordenadora do Curso, Dr.ª Eugénia Moura, justificou as presenças de individualidades de outras Instituições ligadas ao ensino da Música na região, informando tratar-se de entidades com quem a ESE de Viana do Castelo tem estabelecido parcerias e realizado um proveitoso trabalho conjunto. Tendo pedido para intervir, a Dr.ª Carla Alves, ex-aluna do Curso de Professores do Ensino Básico do 2º Ciclo, variante de Educação Musical desta Escola, a trabalhar presentemente num Projecto de ensino da Música em escolas do 1º Ciclo e em Jardins de Infância, referiu a sua dificuldade em saber trabalhar com crianças daquele nível etário e de escolaridade, dizendo que não se sentia preparada para o desempenho daquelas funções, já que o Curso prepara, sobretudo, para a leccionação no 2º ciclo. Salientou que, através de processos intuitivos, conseguira montar estratégias de acção com os alunos e que, agora, já se sentia mais à vontade naquela tarefa, da qual, na sua opinião, os docentes do 1º ciclo se demitem. Interveio, de seguida, o Vice-Presidente da Subcomissão, para questionar se existia articulação e planificação com os docentes com cujos alunos praticava aquelas actividades, facto que poderia servir para implicar todos os intervenientes no processo. Sobre esta matéria, também a Dr.ª Maria José Artiaga, Vogal da Subcomissão, referiu a necessidade de sensibilizar os docentes para a prática da Música, no sentido de a tornar, de facto, efectiva Por sua vez, a Dr.ª Helena Taxa referiu que é natural que os docentes tenham os seus medos em relação à profissão e que, no seu trabalho, procura trabalhar o sensorial e o afectivo para, depois, facilitar o trabalho cognitivo. Continuando a reflectir sobre este assunto, o Dr. Melo afirmou que é preciso discutir estas questões no respectivo contexto histórico e que, assim sendo, não se pode falar de Ensino Artístico em Portugal até 1974, sendo esse conceito muito recente. Referiu que a Escola do 1º Ciclo está eivada de vícios e que os seus protagonistas têm dificuldade em ultrapassá-los. Assim, aconselhou que se faça ver às pessoas que o Ensino Artístico começa a ter mais expressividade e que temos que assumir que se estão a dar os primeiros passos, no desenvolvimento progressivo da sua implementação. 11 A Dr.ª Eugénia Moura, Coordenadora do Curso de Educação Musical, disse haver diferenças entre a formação dos Educadores de Infância e a dos docentes do 1º Ciclo e que tinha consciência da existência de lacunas na formação destes últimos. Salientou que os alunos têm três anos de Prática da Música, mas que não deve haver preocupação com o “dar receitas”, mas, sim, em ajudar a seleccionar ou recriar metodologias. Em sentido idêntico se pronunciou outro docente de Música, dizendo não concordar com receitas para o ensino da Música, justificando que o seu ensino é um processo, pelo que considera que os manuais podem castrar o ensino. Acrescentou, ainda, que mais importante que ensinar Música é criar o gosto por ela. A Dr.ª Maria José Artiaga tomou a palavra para afirmar que se torna necessário desenvolver e sedimentar a existência de professores especializados, pois se as pessoas não têm conhecimentos, não conseguem estar à vontade na área da Música. . Tomando a palavra, a Dr.ª Maria Augusta Castro considerou que o ensino da Música na ESE de Viana do Castelo tem sido fundamental para a ligação entre esta e a sua Instituição. Afirmou que os alunos provenientes das Academias e das Escolas de Música vêm bem preparados a nível da formação musical e que a ESE os apetrecha, em termos pedagógicos, para se tornarem professores de Educação Musical. Na qualidade de Cooperante, interveio, a Professora Helena, para referir que tinha sido aluna de uma Banda, pelo que possuía formação musical, mas não a sabia ensinar. Por isso, optou por vir para a ESE obter preparação pedagógica, reconhecendo a eficácia da Escola nesta sua preparação para exercer funções docentes. O Vice-Presidente da Subcomissão lembrou que, por vezes, parece existir um equívoco quando se fala no que se ensina no 1º Ciclo. De acordo com o Programa, não se pretende a formação de Músicos e que, em termos musicais, o próprio corpo é um instrumento para as crianças. Assim, não questiona a formação de Professores de Música, mas o modo como nos construímos como professores. Mais referiu que tal processo tem a ver com a socialização profissional que nos vai dando uma certa forma de estar e ser na profissão, que não decorre directamente da formação inicial. Salientou que, no 1º Ciclo, o que os Professores criam são as bases de um desenvolvimento global que irá prosseguir ao longo da vida. 12 O Dr. José Melo manifestou a sua concordância com este ponto de vista, acrescentando que se trata de informar os alunos de que não estão a ser formados para ser músicos ou artistas, mas sim professores. Voltando a usar da palavra, a Dr.ª Ana Azevedo mencionou que o Plano de Actividades da sua Instituição tem sido enriquecido com outras actividades musicais, dentro e fora, do seu Agrupamento, em colaboração com esta ESE e assume que os estagiários dão um maior dinamismo às escolas, incentivando o gosto pela Música. Por outro lado, disse valorizar a dedicação que os Cooperantes demonstram para com as actividades de orientação pedagógica, definindo-as como um trabalho gratificante. A Professora Carla Alves voltou a questionar a formação das Educadoras de Infância no que se refere à sua preparação para trabalhar com crianças e o Dr. Carlos Almeida respondeu que, no 3º ano, o Curso tinha sido reestruturado, notando diferenças nos alunos que estão agora a terminar a licenciatura. Referiu que eles elaboram projectos de actuação, que, depois, são operacionalizados no terreno. Não se verificando outras intervenções, a Subcomissão agradeceu as presenças, a qualidade da reflexão conjunta efectuada nesta Hora Aberta, bem como as informações prestadas. 12. Reunião da Subcomissão de Avaliação Externa Como consta do programa da visita, a Subcomissão reuniu em privado para preparar a reunião final com os dirigentes da ESE e os autores do Relatório de auto-avaliação. Fez o balanço geral da visita, que foi considerado positivo. Foram analisados, na parte inicial da reunião, os documentos facultados pela Escola à Subcomissão, no decurso da visita. Os dados neles constantes foram devidamente tidos em conta pela Subcomissão. Assentou-se no conjunto de tópicos a tratar na reunião final, de síntese conclusiva, cabendo ao Vice-Presidente da Subcomissão o respectivo desenvolvimento. As linhas gerais desse desenvolvimento foram desenhadas e acordadas, havendo consenso sobre o assunto. 13. Reunião Final: Na reunião final desta visita, estiveram presentes: o Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Dr. João Paulo Marques; o Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação, Dr. José Manuel Silva; 13 os Vice-Presidentes do Conselho Directivo, Dr.ª. Graça Fonseca e Dr. Rogério Costa, e o Presidente da Assembleia de Representantes, Dr. Pedro Silva. A Subcomissão de avaliação externa, na pessoa do seu Vice-Presidente, agradeceu a disponibilidade manifestada pelos Corpos e Órgãos de Gestão, ali presentes, em relação ao trabalho desenvolvido, nomeadamente a sua boa vontade e empenhamento para que, na visita, tudo funcionasse normalmente. Sem prejuízo de uma mais ampla, pormenorizada e rigorosa apreciação na Síntese de avaliação final, que se apresenta no Capítulo IV deste Relatório, foram assinalados pelo Vice-Presidente da Subcomissão os seguintes aspectos: 1) Relatório de auto-avaliação; 2) Instalações e Equipamentos; 3) Novas Tecnologias de Informação e Comunicação; 4) Corpo Docente; 5) Corpo Técnico e Administrativo; 6) Formação Interna; 7) Missão e Função Institucionais; 8) Conceptualização e Organização Curricular do Curso; 9) Prática de Investigação; 10) Organização e Funcionamento do Curso; 11) Acesso ao Curso; 12) Sucesso Educativo; 13) Inserção Profissional de Diplomados; 14) Relações Externas e Institucionalização; 15) Recursos Financeiros; 16) Cultura Ambiental de Qualidade. III . SÍNTESE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO 1. Relatório de Auto-avaliação Na reflexão efectuada com os autores do Relatório de Auto-avaliação, foi afirmado pelos mesmos que tinham sido sentidas algumas dificuldades na sua elaboração. Referiram que a maior delas tiveram a ver com o facto da Escola ter, neste ano, quatro cursos em avaliação. Salientaram que, sendo reduzido o número de docentes da ESE, quase todos tiveram um desempenho em actividades simultâneas, tendo em vista dar resposta à avaliação externa dos referidos Cursos. 14 Quanto ao Relatório do Curso de Professores do Ensino Básico, Variante de Educação Musical, a Dr.ª Teresa Gonçalves referiu que, para a sua elaboração, foi lançado um inquérito a todos os alunos e docentes de Música. Os seus autores reforçaram um ponto crítico abordado no Relatório, que tem a ver com a excessiva carga horária dos alunos do 4 º ano. Uma das questões colocadas pela Subcomissão acerca da elaboração do Relatório teve a ver com o facto de ele referir que os inquéritos foram aplicados a 295 inquiridos, dos quais apenas responderam 217, não se percebendo quantos são os alunos de Música respondentes, nem as Entidades empregadoras. Respondeu a Dr.ª Teresa Gonçalves que existe uma Unidade de Inserção na vida activa que estava a fazer esse levantamento e que, para não duplicar a informação, a Comissão que construiu o Relatório não trabalhou esses dados. Só depois repararam que existiam algumas imperfeições no trabalho apresentado, pelo que reformularam o questionário, tendo ficado na expectativa de receber os resultados. Quanto à experiência de contactos com os ex-alunos revela-se a mesma complicada, porque eles não actualizam as suas fichas e perdem os contactos com a Instituição formadora. A este propósito, o Dr. Carlos Almeida referiu que existem contactos com alguns ex-alunos quando eles vêm visitar a ESE ou participar em algumas actividades por ela implementadas. Neste âmbito, falou da existência de um Coro dirigido pelo Professor Victor Lima e que se está a fazer com ele um trabalho vocal de base, tendo tido algumas actuações, com destaque para a Missa Académica. Acerca da repetição, no Relatório, do Programa de História da Música, questão colocada pela Subcomissão, foi clarificado que se tratava de um lapso. Foi também explicitado o nome correcto da Disciplina do Currículo, ministrada pela ESE, que se chama Teoria do Desenvolvimento Curricular. Sobre a importância que esta disciplina assume na formação dos futuros professores, não restam dúvidas aos docentes do Curso que devia ser colocado na Escola um professor especialista nesta área, de modo a melhorar o seu funcionamento, favorecendo, deste modo, questões como a articulação curricular e a interdisciplinaridade. Esse facto ajudaria, tal como referiu a Dr.ª Eugénia Moura, a solucionar um dos problemas mais sensíveis, abordado no Relatório, que tem a ver com a falta de articulação entre as várias áreas, o que provoca alguma dispersão no seu funcionamento. A Dr.ª Maria José Artiaga questionou acerca do facto dos Pontos Fracos do Relatório não apontarem a necessidade, que todos parecem reconhecer, de que alguns programas necessitam de ser reformulados. Foi respondido pela Dr.ª Eugénia Moura que, neste ano lectivo, já foram feitas essas reformulações e que todos os anos se verificam pequenos reajustamentos, decorrentes do processo de 15 auto-avaliação interno. Além disso, referiu que já foram apresentados, por três vezes, planos de revisão do Curso de Música, sem quaisquer respostas que ajudem a resolver a situação. A terminar, a Dr.ª Teresa Gonçalves referiu que é seu parecer que este Relatório não dá conta da necessidade sentida por todos acerca das revisões suscitadas por esta reflexão conjunta. Mais acrescenta que o Conselho Científico faz reuniões para reflectir o que deve ser a formação dos professores e que aguardam definições sobre esse aspecto, acabando o Relatório por não dar essa ideia do imenso trabalho já realizado. Em síntese, a Subcomissão, considerou que o Relatório foi elaborado de acordo com o Guião da avaliação, que está bem elaborado, evidenciando sentido ético na análise da situação real do Curso. Além disso, define-o como um documento explicativo e analítico assente num sentido crítico e reflexivo da organização e funcionamento do Curso. Considera, no entanto, que foi feita uma abordagem simplista da opinião dos ex-alunos difícil de analisar dada a não anexação dos inquéritos-tipo, a não indicação do número de respondentes, e a ausência de recolha de dados junto dos empregadores. 2. Instalações e Equipamentos Durante a visita às instalações atrás referenciada, a Subcomissão colocou o enfoque da sua apreciação nos espaços que mais se relacionam com o funcionamento do Curso em avaliação, a saber: ! ! ! ! ! ! as salas de música; o laboratório de informática; a biblioteca; o anfiteatro; as salas de aula; os laboratórios para actividades de natureza científica. Concluiu-se que as instalações se revelam exíguas, necessitando, tal como reconhecem os Docentes e os Corpos Dirigentes, de se conseguir algumas melhorias no que se refere a condições acústicas para a prática da Música. Na verdade, apesar de um esforço notório no que respeita à rentabilização das instalações, estas revelam-se pouco convidativas ao trabalho individual/de grupo, designadamente no que respeita a espaços para o ensino da Música. Evidenciam-se, no entanto, como positivos os seguintes aspectos: ! a utilização das instalações da Escola Profissional de Música; ! a construção (em fase de desenvolvimento) de um alargamento das instalações da Escola. 16 Quanto aos equipamentos, a Subcomissão conclui que a ESE de Viana do Castelo está razoavelmente equipada aos vários níveis e sectores, designadamente quanto a instrumentos musicais para o ensino da Música. 3. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação Existe na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo uma preocupação visível com o seu apetrechamento, em termos de recursos ligados às novas tecnologias de informação e comunicação. No que se refere a este campo, o responsável pelos Serviços de Informática salientou que a Escola tem vindo a evoluir e a apetrechar progressivamente os diferentes Serviços, com meios informáticos. É o que se passa com os Serviços Académicos, com a Contabilidade e com a área de Música, que dispõem de “softwares” específicos para o respectivo funcionamento. A ESE também dispõe de equipamentos informáticos específicos só para os alunos de Música. A Biblioteca também se tem vindo a modernizar através da informatização de alguns dos serviços que presta e a página da Escola, na Internet, disponibiliza um conjunto de informações, julgado de interesse e pertinente. Em breve, pensam que será possível o lançamento “on line” das notas e a consulta, por parte dos alunos, dos seus percursos académicos. O cumprimento desta proposta é aguardada pelos Serviços Académicos, que veriam, assim, reduzida a afluência de alunos e poderiam, como é reconhecido pelos seus funcionários, ficar mais disponíveis para outras actividades da sua competência. Os alunos dispõem de “e-mail” personalizado, serviço que podem utilizar através da Biblioteca. Existem salas de informática para aulas, que também poderão ser utilizadas pelos alunos para trabalho individualizado. Os funcionários do Serviço de Informática julgam-se qualificados para as funções que desempenham, com formação suficiente e motivados para a profissão. 4. Corpo Docente Na opinião da Subcomissão, o Corpo Docente em funções nesta Instituição: 17 ! revela empenhamento profissional e habilitações adequadas à docência; ! tem apostado na sua formação, designadamente na área da Música; ! evidencia sentido crítico e preocupação com a melhoria das condições organizativas e funcionais deste curso; ! sente alguma apreensão em termos de progressão na carreira, devida, sobretudo, ao não alargamento do Quadro. A escola tem necessidade de recrutar alguns professores em regime de acumulação, cuja disponibilidade e empenhamento são reconhecidos. Todavia, a Vice-Presidente do Conselho Directivo referiu que são docentes que se sentem responsáveis por uma disciplina, mas não pelo perfil de saída dos alunos, pelo que tem sido feito um esforço para diminuir as acumulações de professores e aumentar a qualidade do ensino prestado aos alunos. Quanto às carreiras dos docentes e às suas legítimas expectativas, o Dr. Jorge Dantas, que é Assistente do 1º Triénio, reconheceu que a possibilidade de progressão está complicada, porque os Quadros não são alargados, facto que, associado às incertezas da contratação, se revela desmotivante para qualquer docente, não por culpa da Escola, mas do Sistema. Referiu, também, que o clima de escola é muito bom, apelidando-o, mesmo, de empático. A este propósito, a Dr.ª Eugénia Moura informou que existem dois docentes com Mestrado, que ainda estão como Assistentes, e outros que também não progridem, porque os lugares do Quadro não são desbloqueados. 5. Corpo Técnico e Administrativo Na sequência da visita efectuada à Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, a Subcomissão concluíu que o Corpo Técnico e Administrativo: ! mostra dominar os procedimentos administrativos e técnicos necessários a um funcionamento eficaz dos Serviços; ! revela empenhamento profissional; ! demonstra preocupação face à inexistência de Quadro que lhe permita a progressão na carreira; ! afirma existirem condições institucionais possibilitadoras da sua formação; ! está preocupado com a carência de pessoal nalguns sectores. Sobre o funcionamento dos Serviços de Pessoal não Docente, o Secretário da Escola informou que, para além dos Serviços Académicos, estão constituídos os seguintes Serviços: Tesouraria e Contabilidade; Recursos Humanos; 18 Economato; Correspondência e Expediente; Biblioteca; Centro Informático; e Audiovisuais. Acrescentou que, apesar das limitações financeiras, não tem havido, da parte da Escola, impedimento na progressão das carreiras, tendo-a feito algum do pessoal docente. Para o pessoal não docente, a Escola não dispõe de Quadro e a sua gestão é feita directamente pelo Instituto Politécnico. Em relação aos efectivos que servem a Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, o seu número revela-se insuficiente, mas, por questões financeiras, não tem sido possível abrir concurso para solucionar esse problema. Por sua vez, a representante do Serviço de Recursos Humanos, presente na reunião mantida com a Subcomissão, referiu que este sector executa todo o serviço relacionado com a área respectiva, designadamente o processamento de vencimentos. Lamentou, também, a não possibilidade de progressão na carreira e comentou que há dois anos que não faz formação profissional, por motivos financeiros. Disse existir um bom clima relacional entre todos os funcionários e entre estes e o corpo docente. A Directora da Biblioteca, que está há pouco tempo neste Serviço, salientou o seu funcionamento em regime de estante aberta, com acesso directo dos alunos, aos quais é prestado apoio nas pesquisas bibliográficas, sempre que necessário. As obras requisitadas são utilizadas para leitura presencial e/ou domiciliária. Na sequência do esforço para melhorar o funcionamento dos Serviços, também este irá dispor de informação “on-line”, acrescentou. No que se refere à aquisição de títulos bibliográficos, o Secretário da Escola informou que os docentes e o Coordenador de Curso fazem uma proposta que é encaminhada para a Biblioteca, que, por sua vez, solicita o orçamento à Contabilidade que procede à sua cabimentação. Neste momento, existe, referiu, a impossibilidade de aquisição de Revistas estrangeiras, devido aos cortes orçamentais que têm vindo a sofrer. Salientou que esta é uma das áreas em que faltam recursos humanos para um melhor funcionamento, até porque a Biblioteca serve os alunos da formação inicial e os dos Complementos de Formação, no horário que decorre entre as nove e as vinte horas. Quanto ao Serviço de Audiovisuais, o seu Responsável assegurou que não é muito utilizado pelos alunos do curso de Educação Musical, que trabalham, fundamentalmente, com o som. Pelas Auxiliares de Acção Educativa, foi comentada a necessidade de reforçar este sector com a admissão de mais pessoal, porque, para além deste serviço, ainda lhes são solicitados apoios noutros, como, por exemplo, no atendimento de telefone e funcionamento do Ginásio, e que, muitas vezes, para atender num lado acabam por falhar no outro. 19 6. Formação Interna No que se refere à formação dos docentes desta área, tem sido accionado o PRODEP para a formação avançada e existem doutorados porque a Escola tem privilegiado essa pós-graduação. Em relação aos Mestrados, os Corpos Dirigentes tentam sempre facilitar e criar condições favoráveis para que os interessados possam obter esse grau académico. No que se refere à formação do pessoal não docente, existem possibilidades e interesse da ESE que tal aconteça. O processo decorre das propostas dos interessados ou por aconselhamento dos Serviços e é tido como critério para a frequência dessa formação a sua pertinência, quer para o funcionário, quer para a Escola. Até aqui, têm sido atendidas todas as propostas apresentadas, apesar de se prever que, com alguns cortes orçamentais, esse processo se torne mais difícil de concretizar 7. Missão e Função Institucionais A Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, é uma unidade orgânica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo “vocacionada para o ensino, investigação, prestação de serviços à comunidade e para a colaboração com entidades nacionais e estrangeiras em actividades de interesse comum”. Sendo esta a finalidade genérica da instituição, configuram-se, de uma forma mais operacionalizada, os seguintes objectivos: • formar professores e outros agentes educativos, campo em que se inclui o Curso de Formação de Professores do Ensino Básico, Variante de Educação Musical, em avaliação; • formar todos os seus membros, numa perspectiva humanística, cultural, científica, pedagógica e técnica; • realizar actividades de pesquisa e investigação; • prestar serviços à comunidade; • estabelecer intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, que visem objectivos semelhantes; • desenvolver projectos de formação e reconversão de agentes educativos; • contribuir para a cooperação internacional e aproximação entre os povos, especialmente com os de língua oficial portuguesa. 20 8. Conceptualização e Organização Curricular do Curso Na opinião da Subcomissão de avaliação externa, o Curso cumpre as normas legais no que se refere à organização curricular do Plano de Estudos, que compreende: ! uma forte componente específica do ensino da Música; ! uma dimensão algo lacunar, reconhecida pelo Corpo Docente, e afirmada no Relatório de auto-avaliação, no que respeita ao 1º Ciclo, designadamente no que se refere à dimensão metodológicodidáctica das diversas áreas do conhecimento. Da análise do Curso evidencia-se ainda a necessidade de: ! um redimensionamento do plano de estudos, sentida pela Escola, que se propõe revê-lo; ! um reajustamento temporal de algumas disciplinas, ao longo do plano de estudos, no sentido de se tornarem possíveis outras vivências musicais por parte dos alunos; ! uma transversalidade das disciplinas, a fim de dar um maior sentido de integração e unidade ao curso; ! uma maior integração das Áreas das Expressões, com inclusão de uma disciplina de Movimento e Drama. 9. Prática de Investigação No que concerne à prática de investigação, a Coordenadora da Unidade de Investigação da ESE de Viana do Castelo esclareceu que, neste domínio, tem havido uma forte preocupação em avançar com a investigação ao nível dos diferentes Cursos que aqui são ministrados, existindo um corpo docente que tem vindo a finalizar a obtenção de graus académicos. Existe a intenção de criar linhas de investigação, nomeadamente no que se refere à Prática Pedagógica. É reconhecida a utilidade deste processo e a importância da abertura do Curso de Educação Musical para a investigação. 10. Organização e Funcionamento do Curso Quanto a esta dimensão da análise do Curso em avaliação, o conteúdo do Relatório de Auto-avaliação e as informações colhidas ao longo da visita, justificam que se refiram os seguintes aspectos: 21 ! Importância atribuída ao Curso Nas palavras do Presidente do Conselho Directivo, apesar deste Curso colocar algumas dificuldades à ESE, por se tornar dispendioso, dada a necessidade de aquisição de instrumentos musicais e porque os alunos que o frequentam são poucos, a sua existência, em momentos de reflexão levados a efeito em Conselho Científico, tem sido valorizada pelas mais valias que um Curso desta natureza traz para a Escola e para a região onde ela está implantada. ! Estrutura do Curso Na sequência do expresso pelos alunos na reunião com eles realizada, o Vice-Presidente da Subcomissão questionou os docentes sobre dois pontos: o sentimento de “pertença incompleta” dos alunos deste Curso à Escola, e se isso se prendia com a eventual não manutenção da prática do instrumento que eles já dominavam à entrada para o Curso; e o facto de um número significativo de alunos “negar” a sua condição de poderem vir a ser Professores do 1º Ciclo. Quanto ao primeiro aspecto, a Coordenadora do Curso disse pensar que esse problema se colocava em todas as variantes, porque os alunos sentem algum desinvestimento em relação aos seus interesses e motivações. No que ao segundo respeita, afirmou que os formandos sofrem um choque quando vão para a Prática Pedagógica no 1º Ciclo, porque sentem que se estão a afastar do seu interesse em ser professores de Educação Musical. Contudo, acrescentou, à medida que avançam no Curso, motivam-se mais. Uma outra docente de Educação Musical disse que aqueles que têm no seu horizonte ser professores de Música são todos colocados no 2º Ciclo e no 1º como coadjuvantes. Prosseguindo a análise desta situação, a Coordenadora do Curso referiu que nas reuniões que faz com os alunos sente uma resistência não a todas as disciplinas, mas mais à Matemática, às Ciências Sociais e às que estão orientadas para a leccionação no 1º Ciclo. Contudo, reafirmou que, logo nos pré-requisitos, os alunos são informados da natureza do Curso que irão frequentar. Pensa que a desmotivação atrás referida tem a ver com o facto de eles já trazerem muita formação musical paralela e sentirem que perdem tempo com as disciplinas que os preparam para o 1º Ciclo. Nos inquéritos que preencheram, só no 4º ano, devido a um processo de maturação, é que eles reconhecem a estrutura do Curso como válida e que esse é um problema do modelo de formação. Dando continuidade a esta reflexão, uma outra docente, a Dr.ª Gertrudes Moreira, referiu pensar também que os alunos deste Curso recusam o professor generalista e que apenas se interessam pela especificidade. 22 ! Funcionamento/Instalações O funcionamento do Curso é dificultado pela falta de espaços, designadamente de um auditório, de melhores condições acústicas e da falta de equipamento. De acordo com o Presidente do Conselho Directivo, estes aspectos poderão sofrer melhorias com a construção de um novo edifício – facto que já está a acontecer –, que determinará uma significativa melhoria no trabalho dos alunos e dos professores. A este propósito, a Coordenadora do Curso, Dr.ª Eugénia Moura, afirmou que é indispensável que os alunos obtenham essas melhores condições de trabalho e que, durante o tempo em que isso não tem sido possível, devido a dificuldades orçamentais, têm estabelecido parcerias com entidades locais vocacionadas para esta área, como a Academia de Música de Viana do Castelo, a Escola Profissional de Música, a Associação Industrial do Minho, a Igreja, o Teatro Sá de Miranda e outros espaços existentes na cidade. Estas parcerias, disse, são muito importantes, porque têm contribuído para dar ao Curso uma dinâmica que a ESE, só por si, teria dificuldade em provocar. Outro docente, o Dr. Jorge Dantas, reconheceu a existência do mesmo problema em relação ao Curso de Educação Física, em que também lecciona, afirmando que os alunos sabem ao que vêm, mas que, quando chegam à escola, nem pensam no 1º Ciclo e que tem, mesmo, conhecimento de alguns que se arrependem dessa situação, no momento em que iniciam funções naquele nível de escolaridade. Em relação à sua disciplina de Educação Física, neste Curso, sente que os alunos estão lá, cumprem as tarefas, mas não lhes atribuem qualquer importância. Ainda quanto ao funcionamento do Curso, o Dr. Vítor Lima referiu que se tenta implementar a prática de instrumentos, mas que lutam com falta de tempo. Os alunos fazem Coro em tempo extracurricular e a introdução de Guitarra revela-se complicada. Por outro lado, referiu que gostaria que a disciplina de Direcção Musical fosse leccionada mais cedo. Como exaluno sente que há cadeiras que poderiam ser substituídas por Orff, Prática de Teclado, Movimento e Expressão Dramática. Quanto a esta última disciplina, a Dr.ª Eugénia Moura acentuou, uma vez mais, as tentativas já realizadas para a sua implementação, porque a julga essencial na formação destes alunos. ! Bivalência Quanto à questão da bivalência do Curso, existem na Escola duas posições não coincidentes: a dos alunos, como ficou expresso no relato da reunião havida com eles e com os Responsáveis da Associação de Estudantes, e a dos docentes, que, de imediato, se refere. Questionados os Órgãos Dirigentes e a Coordenadora do Curso sobre este aspecto, nomeadamente sobre a atitude dos alunos perante este facto, foi 23 referido que as revisões dos Planos Curriculares têm vindo a valorizar a variante de Educação Musical, em detrimento do 1º Ciclo, e esta atitude se justifica, porque a vocação dos alunos se centra no ensino da Música ao 2º Ciclo e é aí que a grande maioria deles é colocada. Em relação ao 1º Ciclo, os docentes dizem não existir uma forte resistência por parte dos alunos e que, além disso, o Curso permite que eles exercitem as suas competências e a sua vocação para a Música, trabalhando esses aspectos, logo no 1º Ciclo. Para uma docente da área da Psicologia, o grupo de alunos deste curso é muito particular, dadas as suas próprias características e interesses, mas considera-o, no entanto, bem integrado na Escola, pensando que as questões da bivalência não se colocam, porque os alunos retiram de cada disciplina o que lhes parece mais relevante. Quanto ao seu menor interesse por determinadas disciplinas, pensa que essa é uma situação que se desvanece à medida que progridem no curso e acabam por reconhecer a razão da sua inclusão no currículo. Por outro lado, foi salientado, pela Coordenadora do Curso, que, durante a Prática Pedagógica, os alunos trabalham numa perspectiva de construção do projecto vocacional, porque ele não está terminado, pelo que a Escola procura que a Prática aconteça sob a óptica da construção pessoal dos alunos, tendo sempre presente a bivalência.. A Coordenadora do Curso afirmou, a este propósito, que, à medida que ele se desenvolve no tempo, se vai tornando visível nos alunos o interesse pelo 1º Ciclo e que, quanto maior é a carga específica da variante, mais os alunos apreciam o que estão a fazer, porque existe um investimento paralelo na área musical. Assegurou, também, que os estudantes são alertados para as saídas profissionais do Curso, afirmando que devem sair preparados para conhecer o que é o projecto do 1º Ciclo do Ensino Básico, sendo significativa a formação em disciplinas das Ciências da Educação importante para eles, pela mais valia que trazem à sua preparação para a leccionação. Contudo, não deixou de referir que é no 3º ano, quando a Prática Pedagógica se situa no 2º Ciclo, que o interesse dos alunos sobe. ! Prática Pedagógica Sobre esta dimensão da formação, a Coordenadora do Curso salientou que a Prática é muito beneficiada pelo facto de não haver turmas grandes. Disse, também, que existe a preocupação de que os alunos tomem contacto com crianças com necessidades educativas especiais e, por isso, assistem e trabalham em aulas de Educação Musical com crianças com essas características. Salienta, ainda, como um ponto forte da Prática Pedagógica, a avaliação que dos alunos fazem dos Professores Cooperantes, quanto ao seu desempenho e atitude. 24 ! Conteúdos disciplinares Sobre a situação referida pelos alunos, de que há repetição de matérias, exigidas nos pré-requisitos, em algumas disciplinas, que frequentam, a Dr.ª Eugénia Moura afirmou que esse facto já foi tomado em consideração na alteração do Programa e que a formação musical já está distribuída por três anos do Curso. ! Dimensão metodológico-didáctica O Vice-Presidente da Subcomissão questionou acerca da situação apontada pelos alunos quanto à inexistência de uma dimensão didáctica das “disciplinas do 1º Ciclo”. Procurando obter esclarecimentos sobre se essas disciplinas contemplam ou não uma dimensão didáctica ou de saberfazer. A propósito, o Dr. Dantas disse que as 60 horas da sua disciplina são insuficientes para isso, opinando que essa preocupação não é muito útil porque os alunos não pensam investir no 1º Ciclo. Referiu, ainda, que algumas dessas situações de natureza didáctica estão contidas no manual da disciplina, reconhecendo, embora, que terá de se mudar alguma coisa nesse aspecto.. Em continuidade, a Dr.ª Ana Peixoto salientou, em relação às Ciências da Natureza, Física e Biologia, que não existe uma disciplina específica de Didáctica. Por isso, tenta que os alunos compreendam como trabalhar a ciência no 1º ciclo. Pensa, afirmou, que essa dimensão é, mais tarde, favorecida pelo contacto dos estudantes com os professores na Prática Pedagógica III. Acrescentou, também, que a formação científica que os alunos trazem do Ensino Secundário é reduzida, pelo que carece de bastante tempo para preparar os alunos em termos de linguagem e de rigor científico. No que se refere à dimensão em análise, a Subcomissão entende que se tornou perceptível que o momento de realização do Relatório se constituira como um espaço de reflexão sobre o funcionamento do Curso, mas que existem dois problemas, que na continuação desse processo, a escola deverá considerar, até porque deles já tomou consciência: a inexistência de um Seminário de Supervisão, articulado com a Prática Pedagógica realizada 1º Ciclo, dado que os docentes das “especialidades” estão afastados da realidade deste nível de ensino, e a necessidade de “(re)negociar” o plano de estudos entre as várias áreas científicas, reconhecida a necessidade de definir as disciplinas em termos temporais, adequados ao bom funcionamento do curso. 11. Acesso ao Curso O acesso a este Curso é feito com base na realização de pré-requisitos. Quanto à discrepância que existe entre o número de candidatos que realizam os pré-requisitos e o de alunos que, nesta ESE, depois, se inscreve, foi 25 afirmado que alguns dos candidatos que nela fazem os pré-requisitos acabam por se inscrever nas Escolas de outras regiões, havendo ainda outros que não completam o 12º ano e, por isso, não podem ingressar no Ensino Superior. Todavia, tem-se verificado um aumento do número de alunos, apesar de, segundo a Coordenadora do Curso, ter havido algum receio de que ele baixasse com a realização de pré-requisitos. Esta Professora valoriza a realização dos referidos pré-requisitos, pelo facto de permitirem trazer para a ESE alunos com qualidade, isto porque já trazem uma “formação paralela”, obtida na frequência de Escolas de Música. A Escola tem a preocupação de “não deixar descer” o nível desses alunos, continuando a prepará-los, quer para a aprendizagem musical, quer para a leccionação. 12. Sucesso Educativo Concluíram o Curso, entre os anos lectivos de 1998/1999 e 2000/2001, 16 alunos, assim distribuídos: 4, em 1998/1999, tendo um (1) a classificação de 15 valores e três (3) a de 14 valores; 6, em 1999/2000, tendo três (3) deles obtido 16 valores, dois (2) quinze e um (1) 14 valores de classificação; 6, em 2000/2001, dos quais, um(1) teve a classificação de 17 valores, dois (2) a de 15 e três (3) a de 14 valores. Do total de 16 formados acima referido, 15 (93,75%) obtiveram a licenciatura em 4 anos lectivos e apenas 1 (6,25%) em 5 anos. Quanto às taxas de aprovação por unidade curricular, constata-se, pelo Relatório de Auto-avaliação, que no ano de 2000/2001, oscilaram entre 69% (num caso) e 100% (8 disciplinas, num total de 11), no 1º ano; entre 88% (2 disciplinas) e 100% (9 disciplinas, num conjunto de 11), no 2º ano; entre 89% (numa disciplina) e 100% (em 10 disciplinas, para um total de 11), no 3º ano; e 100% no 4º. ano. Como se verifica, a taxa de aprovações é excepcionalmente elevada. 13.Inserção Profissional de Diplomados No que concerne à inserção profissional dos alunos formados por esta Instituição, verifica-se que muitos dos diplomados são colocados no 2º Ciclo e em escolas de Música, bem como em Projectos das Autarquias. À Subcomissão tornou-se patente que os alunos revelam uma preocupação dominante com o ensino da Música, que se compreende, mas a Escola deverá ponderar, em termos curriculares e organizativo-funcionais, e no âmbito do quadro legal actual da bivalência do Curso, que muitos dos alunos poderão vir a 26 leccionar, para além do 2º Ciclo e das Escolas de Música, no 1º Ciclo do Ensino Básico, para o qual o Curso lhes confere habilitação. 14. Relações Externas e Internacionalização Em termos de contactos com instituições estrangeiras, a Coordenadora do Curso referiu os que existem com a Galiza e com o Roehampton Institute of London, Surrey, com o qual têm realizado Mestrados na área da Música, o que tem contribuído para tornar os docentes mais activos e empenhados. Na leccionação do Mestrado, tem havido colaboração de docentes da ESE de Viana do Castelo, com o estatuto de convidados, vindo depois os docentes ingleses a leccionar em Setembro, Fevereiro e Maio, na Escola. Os formandos conhecem as regras de funcionamento do Mestrado, vindo, após a sua conclusão, solicitar o respectivo reconhecimento às Universidades do Minho e de Aveiro. Evidenciou a importância deste Mestrado, porque veio fazer com que a Escola ficasse mais apetrechada em termos bibliográficos, já que as Teses ficam arquivadas em Inglaterra e na ESE de Viana do Castelo. A realização das Teses é tutoriada por um professor Inglês e por outro Português e, por norma, não têm defesa oral, a não ser que a muita – ou deficiente – qualidade aconselhe a que tal aconteça. Em relação às relações com a Comunidade, a Escola estabeleceu vários protocolos de grande interesse e dinamismo com diversas entidades e organismos, designadamente no âmbito dos Progamas Sócrates/Erasmus, Sócrates/Língua e Sócrates/Comenius e com os Países da C.P.L.P., além de levar a cabo diversas iniciativas com outras entidades e/ou organismos. 15. Recursos Financeiros As fontes de financiamento da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo são o “Orçamento do Estado” ( 83% do total do orçamento, no ano de 2000, correpondendo a 551 762 milhares de contos) e “as receitas próprias (17% ou 110 321 milhares de contos, no mesmo ano). As despesas, no ano de 2000, aquele a que, neste aspecto, o Relatório de Auto-avaliação se reporta, atingiram um total de 598 211 milhares de contos, assim distribuídos: “despesas com pessoal” (78% ou 463 774 milhares de contos), “despesas de funcionamento” (14%, isto é, 85 738 milhares de contos) e “despesas de capital” (representando 8% do total do orçamento de despesas, o mesmo é dizer, 48 688 milhares de contos). 27 16. Cultura Ambiental de Qualidade No que a este ponto se refere, e como factor promotor de qualidade, a Subcomissão salienta a consistência da reflexão crítica sobre a situação do Curso que se evidenciou entre os diversos actores que nele participam e que é evidente no Relatório de Auto-avaliação. Além disso, a procura de qualidade é também visível no Relatório de Auto-avaliação, com a apresentação de alguns pontos fracos que traduzem situações tidas como problemáticas e que a Escola se propõe ultrapassar. De salientar também a preocupação com a qualidade e com o ambiente de trabalho, verificando-se que as auto-avaliações anteriormente realizadas na ESE produziram efeitos, no que se refere à melhoria do funcionamento da Instituição. Outros aspectos a salientar são a existência de boas relações de trabalho e o empenhamento, a estima e o sentimento de pertença que os entrevistados manifestaram relativamente à Escola. Neste ponto, será de considerar os diversos protocolos estabelecidos entre a ESE de Viana do Castelo e outras Instituições regionais ligadas ao ensino da Música, facto que a Subcomissão reconhece como promotor da qualidade do processo de ensino e das aprendizagens dos alunos deste Curso. Em suma, a visita efectuada à ESE de Viana do Castelo permitiu constatar o empenhamento da Instituição na procura da qualidade. Pareceu à Subcomissão que tal cultura está já, de certa forma, enraizada, uma vez que a sua busca e a sua gestão exigiram muita disponibilidade, trabalho de equipa, meios, energia e sinergias, aliás bem visíveis na postura evidenciada. IV - SÍNTESE FINAL Como consequência da visita institucional que a Subcomissão D.2.1 realizou à Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, a fim de proceder à avaliação externa do Curso de Professores de Ensino Básico, variante de Educação Musical, formula a mesma um juízo globalmente positivo. A análise de pormenor feita pela Escola, identificando determinados pontos críticos, para além de decorrer da seriedade com que o processo de avaliação tem de ser levado a cabo, inscreve-se na finalidade pedagógica que preside a todo o processo de avaliação que procura melhorar a qualidade do ensino e das aprendizagens dos alunos. A terminar, é convicção desta Subcomissão que a visita cumpriu os seus objectivos, pois permitiu esclarecer dúvidas, complementar e validar os resultados apresentados no Relatório de Auto-avaliação, através da observação, 28 contacto e recolha de opiniões junto dos diversos Corpos ligados à Instituição e ao funcionamento do Curso. É de realçar o empenhamento e disponibilidade de todo o pessoal com quem a Subcomissão trabalhou, bem como o seu envolvimento na vida da Escola. Nesta síntese final, apresentam-se os pontos fortes, satisfatórios e fracos que a Subcomissão identificou no decurso do trabalho de avaliação externa efectuado em relação ao já referido Curso de Formação de Professores do Ensino Básico, 2º Ciclo, Variante de Educação Musical: 1. Pontos Fortes ! o empenhamento dos dirigentes, dos docentes e do pessoal não docente; ! o rigor nos procedimentos referentes à auto-avaliação chamando a atenção para os pontos fortes e fracos no Relatório apresentado; ! o sentido crítico do Relatório que indica a consolidação de uma cultura de avaliação; ! a preparação científico-pedagógica de um razoável número de docentes; ! a quantidade e qualidade de protocolos estabelecidos com Instituições locais e regionais ligadas ao ensino da Música; ! a procura de melhores instalações para proporcionar aos alunos condições de aprendizagem mais favoráveis. 2. Pontos Satisfatórios ! a intenção da Direcção de aprofundar o processo de auto-avaliação, recorrendo ao feedback dos docentes acerca da vida da Instituição; ! o considerar, por parte da Escola, a possibilidade dos alunos manterem a prática dos instrumentos que dominam fora do quadro curricular; ! o reconhecimento da necessidade de valorizar ainda mais a organização do Curso com uma maior atenção ao ensino de metodologias e didácticas, especialmente no que se refere à preparação dos alunos para leccionarem no 1º Ciclo. 29 3. Pontos Fracos ! os pontos fracos referidos no Relatório de Auto-Avaliação e confirmados pelos intervenientes, ouvidos no decurso da visita, de que se evidenciam: " a estrutura curricular do Curso, demasiado “teorizante”; " a falta de articulação interdisciplinar, entre as diversas áreas científicas e/ou entre as disciplinas; ! a actual falta de espaços para o ensino e prática da Música; ! a quase “recusa” dos alunos em admitirem que têm que construir uma formação consistente para o 1º. Ciclo, quando essa é uma das condições da natureza do próprio Curso. O Secretário _________________________________ O Vice-Presidente ___________________________________ O Presidente da Comissão de Avaliação Externa (Área de Educação) ____________________________________ 30 Anexo 1 CURRICULUM VITAE (Abreviado) A: NOME JOSÉ ALBERTO MENDONÇA GONÇALVES B: HABILITAÇÕES ACADÉMICAS - Doutoramento em Ciências da Educação, na Especialidade de Formação de Professores, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. - Mestrado em Ciências da Educação, na Especialidade de Análise e Organização do Ensino, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. - Licenciatura em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. C. SITUAÇÃO PROFISSIONAL - Professor-Adjunto de nomeação definitiva da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve. D. FUNÇÕES DESEMPENHADAS - Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, de 1994 a 1996. - Presidente do Conselho Científico da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve, de 1991 a 1992; de 1993 a 1994; de 2001 a 2002. - Coordenador do Grupo Disciplinar de Teoria e Desenvolvimento Curricular, de 1993 a 1997 e em 2002 (2º. semestre lectivo). - Director do Curso de Estudos Superiores Especializados em Supervisão, de 1992 a 1996. - (Co)Director do Curso de Estudos Superiores Especializados de Sistemas Europeus em Educação de Infância, de 1993 a 1998. - Director do Curso de Formação de Professores do 1º. Ciclo do Ensino Básico, de 1993 a 1997; de 2000 a 2002. E. ACTIVIDADE DOCENTE E/OU PROFISSIONAL - Leccionação de várias disciplinas, na formação inicial, na profissionalização em serviço, em pósgraduações (Cursos de Estudos Superiores Especializados em Supervisão, Sistemas Europeus em Educação de Infância e Educação Especial/Necessidades Educativas Especiais e Mestrado em Supervisão) e formação contínua, das seguintes áreas científicas: Teoria e Desenvolvimento Curricular, Supervisão Educativa, Observação e Análise da Relação Educativa e Investigação Educacional. - Orientação de teses do CESE em Sistemas Europeus em Educação de Infância. - Orientação de Dissertações de Mestrado. - Participação em projectos de investigação patrocinados e financiados pelo DEP/GEF e pelo Instituto de Inovação Educacional - Elaboração de pareceres sobre planos de estudo de Cursos, como resultado das alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo, introduzidas pela Lei nº. 115/97 de 19 de Setembro, a pedido do Departamento do Ensino Superior (Despacho Interno nº. 8/99, de 1 de Março, do Director do Departamento do Ensino Superior). F. TRABALHOS PUBLICADOS - Co-autor de dois livros e publicação de cerca de três dezenas de comunicações e artigos, publicados em revistas nacionais e estrangeiras. Junho de 2002. Anexo 2 CURRICULUM VITAE (Abreviado) A: NOME : - MARIA OLGA DOUWENS PRATS B. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS: - Curso Superior de Piano e de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa ( Profs. J. Abreu Mota, J. Croner de Vasconcelos e Artur Santos, entre outros. - Aperfeiçoamento na Alemanha, como bolseira do Governo Alemão e da Fundação Calouste Gulbenkian: "Hochschule fur Musik" de Colónia (Profs. Karl Pillney, piano; Gaspar Cassado Análise e Música de Câmara) e " Hochschule fur Musik" de Freiburg (Profs. Carl Seemann, piano; Wolgang Fortner, Análise; e Sandor Vegh (Música de Câmara). Estudos pianísticos com Helena Moreira de Sá e Costa, no Porto. - Cursos Internacionais de Música do Estoril com os Profs. Karl Engel, Sandor Vegh, Jean Françaix, Rudolf Baumgartner e Nadia Boutanger. - Cursos de Interpretação em Darmstadt (Carl/Seemann) e de Música Espanhola em Santiago de Compostela ( Antonio Iglesias e Federico Mompou ). C: SITUAÇÃO PROFISSIONAL ACTUAL: - Professora Coordenadora de Música de Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa. D: ACTIVIDADE DOCENTE E INSTITUCIONAL: - Professora de piano no Conservatório Nacional de Lisboa desde 1970 e Professora Coordenadora da Cátedra de Música de Câmara na Escola Superior de Música de Lisboa desde a criação desse Instituto. - Membro do Conselho Português da Música da UNESCO. - Professora de Música de Câmara ( durante quatro anos lectivos) no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. - Master Classes, cursos e seminários em Lisboa ( Serviço ACARTE da FCG), Castelo Branco, Covilhã, Tomar, Cascais, Fundão, Estocolmo, Marselha, Tel-Avive e Macau. - Membro do Júri no Concurso Internacional Cidade da Covilhã, no Concurso Internacional Vianna da Motta, no Prémio Jovens Músicos da RDP, no Concurso Helena Costa para Jovens Pianistas e no Concurso Internacional de Munique ( 1981 e 1983 ). - Integrante da Comissão Portuguesa da UNESCO na Conferência Internacional da Liberdade e da Cultura de Estocolmo. E: ACTIVIDADE ARTÍSTICA ( Solística ) - Divulgadora do reportório pianístico português, efectuou recitais nos mais importantes Festivais do país e em Freiburg, Colónia, Bona, Pommersfelden, Wurzburg, Viena e Estocolmo. - Actuações a solo com Orquestras Sinfónicas do Festival de Pommersfelden, Orquestras Sinfónicas da RDP ( Lisboa e Porto), Orquestra de Câmara da Madeira, Orquestra de Câmara de Macau, Grupo de Câmara do Festival de Estoril, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Nacional ( Buenos Aires) e Orquestra Sinfónica de San Juan ( Argentina ), dirigidas por, nomeadamente, Hermann Scherchen, Fritz Rieger, Gyula Nemeth, Gian Franco Rivoli, Bruno Pizzamiglio, Heinz Karl Gruber, etc. F: ACTIVIDADE ARTÍSTICA ( Música de Câmara ) - Numerosos recitais em duo com prestigiados instrumentistas portugueses e estrangeiros. Em 1969 forma um duo com a violetista Ana Bela Chaves, ainda activo actualmente ( concertos em Portugal, Espanha, Alemanha, Austria, Bulgária, Inglaterra e Macau). Pianista assistente dos CIMCE (Cursos do Estoril), nas classes de Ludwig Streicher, Paul Tortellier, Karene Giorgian, Tibor Varga e Alberto Lysy. - Membro convidado da Oficina Musical do Porto ( Dir. Alvaro Salazar). - Membro fundador, em 1980, do Opus Ensemble ( actuações em Paris, Toulouse, Luxemburgo, Londres, Madrid, Huelva, Varsóvia, Cracóvia, Nova Iorque, Boston, Newport, Washington, Tóquio, Osaka, Macau, Pequim, Seul, Bangkok, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevideu). - Membro fundador, em 1985, de "Colecviva", agrupamento de Teatro Musical contemporâneo liderado por Constança Capdeville. Prémios e Distinções - Prémio Consezvatório Nacional (1958) - Prémio Rodrigues da Fonseca (1958) - Prémio o Melhor Aluno Estrangeiro "Hochschule Jur Musik" de Colónia, Alemanha (1958) - Diploma de Honra Concurso Maria Canals, Barcelona (1959) - Prémio Melhor Interpretação de Música Espanhola, Concurso Luís Costa (1964) - Diploma de Honra Concurso Internacional Vianna da Motta (1968) - "Sete de Ouro" e trofeu Nova Gente (1987), pelo disco "Olga Prats interpreta Astor Piazzola" - Medalha do Mérito Cu1tural, Câmara Municipal de Cascais (1998) - Diploma de Honra e Louvor Sindical, Sindicato dos Músicos ( 2002). Discografia Para além da discografia do Opus Ensemble ( constituída por onze referências para EMI (His Masters Voice), EMI (Angel), EMI Classics, Numérica, RCA, Polygram, Portugalsom e Strauss-Portugalsom) Olga Prats é detentora de um vasto catálogo, que inclui: • STRAUSS ST 2037 Fernando Lopes Graça (Sonata nº3, op.72; Sonata nº 1, op.14; Três Velhos Fandangos Portugueses) • STRAUSS PORTUGALSOM SP 4034 Fernando Lopes Graça (Sonata nº5, op.2O4; Ao Fio dos Anos e das Horas, op. 212) • PORTUGALSOM CD 870036 PS Fernando Lopes Graça (Canto de Amor e de Morte, como Quarteto de Cordas da Oficina Musical do Porto) • EMI Classics 724355510921 Fernando Lopes Graça (Glosas sobre canções tradicionais portuguesas, op. 57; Prelúdio, Canção e Dança op. 2, Três Epitáfios op. 8 ) • EMI Classics 724355550125 Fernando Lopes Graça (Canções Heroicas) os pianistas Olga Prats e Fernando de Jesus Gomes acompanham o Coro da Academia de Amadores de Música de Lisboa, sob a direcção do próprio compositor. Re-masterização de uma gravação histórica. • PHILIPS 8323212 Olga Prats interpreta Astor Piazzolla • MISO RECORDS 008 Constança Capdeville (Valse, valsa, Vals -Visions d'Enfant – Caixinha de Música) • NUMERICA, Classic Collection 1036 Luís Costa (Sonatina para violeta e piano op. 19, com Ana Bela Chaves) • EMI Angel 7499872 "Carta Branca a Ana Bela Chaves". Fernando Lopes Graça (Quatro Peças em Suite, para violeta e piano); Astor Piazzolla (Fuga 3, com conjunto instrumental.) Anexo 3 CURRICULUM VITAE (Abreviado) A . DADOS PESSOAIS: Nome: MARIA JOSÉ CONDE ARTIAGA BARREIROS B. HABILITAÇÕES ACADÉMICAS: - Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa - Licenciatura em Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa - Mestre em Ciências Musicais (Especialidade de Musicologia Histórica) sobre “A disciplina de canto coral no período do Estado Novo: contributo para a história do ensino da educação musical em Portugal” na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa C: SITUAÇÃO PROFISSIONAL ACTUAL: - Equiparada a Professora Adjunta da Escola Superior de Educação de Lisboa. D: ACTIVIDADE NO DOMÍNIO DA DOCÊNCIA: - Professora de Música nos Liceus D. Diniz e Passos Manuel entre 1974 e 1976 - Professora de Educação Musical no Ensino Preparatório entre 1976 e Ag.1996 - Delegada à Profissionalização da disciplina de Educação Musical na Escola Preparatória Manuel da Maia em 1985/86 - Docente Orientadora da Escola Superior de Educação de Lisboa em 1987/88 -.Professora de “Didáctica Musical” do Ramo Educacional do Curso de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 1991 - Professora, equiparada a Assistente do 2º triénio do curso de professores do Ensino Básico – Variante de Educação Musica na Escola Superior de Educação de Lisboa entre 1993 e 2001 - Professora de Pedagogia da Formação Musical III na Escola Superior de Música de Lisboa (Curso de Licenciatura em Formação Musical) no ano lectivo de 2000-2001 - Professora, equiparada a Adjunta no ano lectivo de 2001-2002 E. PUBLICAÇÕES: - “Proposta de reorganização dos planos curriculares dos ensinos básico e secundário – A inserção da disciplina de Educação Musical” In Boletim da Associação Portuguesa de Educação Musical, nº 57, Abril/Junho 1988, pp. 23-24 - “O ensino da música na actual reforma do sistema educativo: que contribuição para a modernidade?” In Boletim da Associação Portuguesa de Educação Musical, no. 69, Abril/Junho 1991, pp. 10-13 - “Encontro Ibérico” In Boletim da Associação Portuguesa de Educação Musical, no. 96, junto com António Vasconcelos e Cristina Brito da Cruz, Janeiro/Março 1998, pp. 21-24 - A Educação Artística e a Promoção das Artes, na Perspectiva das Políticas Públicas, Augusto Santos Silva (coord.), Lisboa, Ministério da Educação, 2000 - “A disciplina de Canto Coral e o seu reportório de 1918 a 1960”, in Revista Música, Psicologia e Educação, no. 3, Porto, Escola Superior de Educação do Porto, Novembro, 2001, pp. 45-56 - “A disciplina de Canto Coral e o seu reportório de 1960 a 1975”, in II Encontro de História do Ensino da Música em Portugal, Braga, Universidade do Minho, Centro de Estudos da Criança (em prep.) - O ensino do Canto Coral durante o Período do Estado Novo”, in Vozes do Povo: A Folclorização em Portugal , Celta Editora (no prelo). - Enciclopédia de Música em Portugal no Século XX, Lisboa, Círculo de Leitores e Editorial Notícias (em prep.) Junho de 2002 Anexo 4 CURRICULUM VITAE (Abreviado) A. DADOS PESSOAIS Nome: ANTÓNIO CARLOS PACHECO SOARES B.HABILITAÇÕES ACADÉMICAS: - Mestrado em Supervisão, pela Universidade do Algarve, 1998; - Curso de Estudos Superiores Especializados em Supervisão, pela Universidade do Algarve, 1992; - Curso do Magistério Primário, pela Escola do Magistério Primário de Faro, 1972 . C. SITUAÇÃO PROFISSIONAL ACTUAL: - Equiparado a Professor Adjunto da ESE da Universidade do Algarve D. REFERÊNCIAS CURRICULARES DE NATUREZA ACADÉMICA E/OU PROFISSIONAL - Coordenador das Actividades de Apoio às Actividades Curriculares – Acção Social Escolar; Presidente do Centro de Apoio Pedagógico de Professores do concelho de Odemira; Coordenador do Programa Interministerial de Promoção do Sucesso Educativo; Elemento da Equipa de Monitores da DGEBS (Área de Estudo do Meio) no Lançamento dos Novos Programas do 1º Ciclo do Ensino Básico: Elemento do Grupo de Trabalho da DGEBS autor do Vídeo de Apoio à difusão dos Novos Programas do 1º Ciclo (Áreas de Estudo do Meio e Área Escola); Membro da Comissão Pedagógica do Centro de Formação de Professores do Concelho de Loulé; Elemento do Departamento Técnico-Pedagógico da Direcção Regional de Educação do Algarve; Elemento da Equipa de Análise e Validação dos Objectivos Mínimos Curriculares do 1º ciclo do Ensino Básico; Coordenador do Grupo de Trabalho da Direcção Regional de Educação do Algarve para elaboração do Documento "Novos Planos Curriculares-Contributos para uma reflexão"; Docente na área de Teoria e Desenvolvimento Curricular na ESE da Universidade do Algarve E. CARGOS MAIS RECENTEMENTE DESEMPENHADOS - Funções de Inspecção no âmbito da Delegação Regional do Alentejo, da Inspecção Geral de Educação; - Funções Técnico-pedagógicas na Direcção Regional de Educação do Algarve; - Elemento do Departamento de Investigação e Inovação do Instituto de Inovação Educacional;. - Docente na ESE da Universidade do Algarve. ( aquisição de serviços de 1998 a 2001). F. INSTITUIÇÕES COM QUEM TEM COLABORADO NOS ÚLTIMOS ANOS Colaboração com várias Instituições, no âmbito da elaboração e implementação de Projectos Educativos, designadamente as que a seguir se indicam: - Instituto Nacional do Ambiente; Direcção Regional de Educação do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral; Direcção Regional de Educação do Algarve; Direcção Geral dos Desportos. / BEJA;Sindicato dos Professores da Zona Sul; Instituto das Comunidades Educativas; A.R.S./Algarve; Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve ; Centro de Formação de Professores do Concelho de Odemira ; Centro de Formação de Professores .dos Concelhos de Vila Real de Santo António, de Castro Marim, Vila do Bispo, Aljezur e Lagos; Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação; ADISPOR. G. CONTRIBUIÇÃO PARA A DIFUSÃO DO CONHECIMENTO: - Participação em programas de rádio subordinados à temática da Educação - Publicação de artigos em Revistas e Jornais Educacionais - Apresentação de comunicações em Seminários, Fóruns, Congressos... - Tese de Mestrado: A Competência Educativa do Professor. Junho de 2002.