UNIVERSIDADE POSITIVO
MELANY LEMES TRINDADE
CRÉDITOS DE FILMES
NA PERSPECTIVA DA TIPOGRAFIA
CURITIBA
2009
UNIVERSIDADE POSITIVO
MELANY LEMES TRINDADE
CRÉDITOS DE FILMES
NA PERSPECTIVA DA TIPOGRAFIA
Esta Monografia foi submetida ao Curso de
Design - Projeto Visual, da Universidade
Positivo,
como
parte
dos
requisitos
necessários para obtenção do grau de
Bacharel em Design.
CURITIBA
2009
MELANY LEMES TRINDADE
Créditos de Filmes na Perspectiva da Tipografia
Esta Monografia foi submetida ao Curso de Design - Projeto Visual, da Universidade
Positivo, como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Bacharel em
Design.
Banca examinadora:
Prof. Re-nato Antonio Bertão
Orientador
Prof. Dr. Péricles Varella Gomes
Relator
Prof. Ms. Rafael Pereira Dubiela
Convidado de honra
Curitiba, 04 de novembro de 2009.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu pai Rosemberg, minha mãe Marisa, meu irmão Igor e a
toda a minha família pelo apoio, amor, dedicação e pelas recepções carinhosas em todas as
idas para Londrina, minha cidade maravilhosa.
Ao meu orientador Re-nato Antonio Bertão por acreditar no meu trabalho, pela força
e por todas as excelentes orientações.
Aos meus amigos Tulio e Mayrana por sempre estarem presentes mesmo em outra
cidade, e a todos os meus amigos que me ajudaram indiretamente.
A todos os professores do curso de Design Projeto Visual da Universidade Positivo
em especial o professor Rafael Pereira Dubiela que me ajudou no tema do TCC no 2º ano
do curso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me dar paciência e tranquilidade, por me abençoar, por abrir
caminhos e colocar no meu trabalho pessoas tão maravilhosas.
“This is it... Here I stand! I’m the light of the world, I feel grand!
(…) And I know yes for sure it is real!”
Michael Jackson
RESUMO
O trabalho tem como objetivo avaliar créditos iniciais e finais de filmes na perspectiva da
tipografia. Na revisão de literatura percebeu-se que alguns autores apresentam critérios que
analisam somente o título do filme no crédito, e sentiu-se a necessidade de elaborar um
material de análise que pudesse avaliar as características tipográficas dos créditos iniciais e
finais como um todo, não somente o nome do filme ou outra informação. Assim, a partir do
material dos autores Woolman e Bellantoni (2000), desenvolveu-se um método para analisar
os créditos de filmes a partir três aspectos da tipografia em movimento: tempo, espaço e
tipografia. Os filmes escolhidos foram agrupados em cinco estilos de gêneros: animação 2D
e 3D; aventura, drama e ação; comédia, romance e comédia romântica; ficção científica e
terror e suspense, e organizados de acordo com as quatro fases do cinema: cinema mudo,
sonoro, moderno e pós-moderno. Sendo assim, o método de análise elaborado foi aplicado
nos créditos iniciais e finais dos oitenta filmes escolhidos gerando resultados que
posteriormente foram agrupados e comparados de acordo com os estilos e fases do cinema.
Nestes resultados podemos perceber que os filmes de Animação 2D e 3D utilizam mais
características na tipografia do que os outros quatro estilos estabelecidos, e que o estilo que
menos utiliza esse recurso são os filmes de Terror e Suspense.
Palavras-chave: cinema, créditos de filmes, tipografia
ABSTRACT
The study aims to evaluate the opening and ending credits from movies from the typography
point of view. In the literature review it was noticed that some authors present criteria which
examine only the title of the movie credit, and was felt the need to develop an analysis of
material from which one can assess the typographical features of credit and end as a whole,
not only the name of the movie or other information. Thus, from the material of authors
Bellantoni and Woolman (2000), was developed a method to analyze the credits of films from
three aspects of typography in motion: time, space and typography. The selected movies
were grouped into five styles of genres: 2D and 3D animation, adventure, drama and action,
comedy, romance and romantic comedy, science fiction and horror and suspense, and
organized according to the four phases of cinema: silent films, sound films, modern and
postmodern. Thus, the method of analysis which was applied in the opening credits and end
of the eighty chosen films leading to results that were later grouped and compared according
to the styles and phases of the film. These results we can see that the films of 2D and 3D
computer use more features in the printing of the other four styles established, and the style
that uses less this feature are the films of Terror and Suspense.
Tags: cinema, film credits, typography
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Irmãos Lumière .................................................................................................. 21
Figura 2: Exemplo de um cinematógrafo ........................................................................... 21
Figura 3: Cena de A Chegada de Um Trem a Estação Ciotat ........................................... 22
Figura 4: George Meliès em The Man With the Rubber Head ............................................ 22
Figura 5: Cartaz de Xica da Silva ....................................................................................... 24
Figura 6: Cartaz de Dona Flor e Seus Dois Maridos .......................................................... 24
Figura 7: Cartaz de Carandiru ........................................................................................... 25
Figura 8: Cartaz de Cidade de Deus ................................................................................. 25
Figura 9: Cartaz de O Nascimento de Uma Nação ........................................................... 26
Figura 10: Cartaz de The Story of The Kelly Gang ............................................................ 26
Figura 11: Cartaz de O Gabinete do Doutor Caligari ......................................................... 26
Figura 12: Cartaz de O Circo ............................................................................................ 26
Figura 13: Cartaz de E O Vento Levou .............................................................................. 26
Figura 14: Cartaz de O Cantor de Jazz ............................................................................. 27
Figura 15: Cartaz de As Luzes de Nova York ................................................................... 27
Figura 16: Cartaz de Ben Hur ............................................................................................ 29
Figura 17: Cartaz de Casa de Cera .................................................................................. 29
Figura 18: Cartaz de Os Embalos de Sábado à Noite ....................................................... 31
Figura 19: Cartaz de Grease – Nos Tempos da Brilhantina .............................................. 31
Figura 20: Cartaz de Pulp Fiction ...................................................................................... 32
Figura 21: Cartaz de Uma Linda Mulher ........................................................................... 32
Figura 22: Créditos de O Grande Roubo do Trem ............................................................. 36
Figura 23: Créditos de Qual a Sensação de ser Atropelado............................................... 37
Figura 24: Créditos de Em Busca do Ouro......................................................................... 37
Figura 25: Créditos de O Monstro do Ártico ....................................................................... 37
Figura 26: Créditos de Psicose .......................................................................................... 39
Figura 27: Créditos de Prenda-me se for Capaz ................................................................ 41
Figura 28: Cena de Velozes e Furiosos 4 .......................................................................... 41
Figura 29: Intertítulo narrativo de Velozes e Furiosos 4 ..................................................... 42
Figura 30: Créditos de Escola do Rock .............................................................................. 42
Figura 31: Créditos de Romeu e Julieta ............................................................................. 43
Figura 32: Dadaísmo ......................................................................................................... 45
Figura 33: Construtivismo russo ........................................................................................ 45
Figura 34: Fonte Swift ........................................................................................................ 45
Figura 35: Características tipográficas ............................................................................... 46
Figura 36: Tipo romano...................................................................................................... 47
Figura 37: Garamond ......................................................................................................... 47
Figura 38: Caslon .............................................................................................................. 48
Figura 39: Baskerville ........................................................................................................ 48
Figura 40: Bodoni .............................................................................................................. 48
Figura 41: Didot ................................................................................................................. 48
Figura 42: Tipografia do Historicismo................................................................................. 48
Figura 43: Iniciais de William Morris ................................................................................... 49
Figura 44: Tipografia Futurista ........................................................................................... 49
Figura 45: Construtivismo russo ........................................................................................ 50
Figura 46: Cartaz de Jan Tschichold.................................................................................. 50
Figura 47: Futura ............................................................................................................... 50
Figura 48: Morris Benton ................................................................................................... 50
Figura 49: Times New Roman ........................................................................................... 51
Figura 50: Univers ............................................................................................................. 51
Figura 51: Helvetica ........................................................................................................... 51
Figura 52: Pop art .............................................................................................................. 51
Figura 53: New wave ......................................................................................................... 52
Figura 54: Créditos iniciais de Carros ............................................................................... 69
Figura 55: Créditos finais de Carros .................................................................................. 70
Figura 56: Créditos iniciais de Mais Velozes Mais Furiosos .............................................. 78
Figura 57: Créditos finais de Mais Velozes Mais Furiosos ................................................ 78
Figura 58: Créditos iniciais de Mais Estranho que a Ficção .............................................. 86
Figura 59: Créditos finais de Mais Estranho que a Ficção ................................................. 86
Figura 60: Créditos iniciais de Homem Aranha ................................................................. 94
Figura 61: Créditos finais de Homem Aranha .................................................................... 94
Figura 62: Créditos iniciais de Thriller ............................................................................. 102
Figura 63: Créditos finais de Thriller ............................................................................... 102
Figura 64: Créditos finais de Os Incríveis......................................................................... 117
Figura 65: Créditos finais de Carros................................................................................. 118
Figura 66: Créditos iniciais de Nosferatu.......................................................................... 119
Figura 67: Créditos iniciais de King Kong......................................................................... 120
Figura 68: Créditos iniciais de Grease – Nos Tempos da Brilhantina ............................... 121
Figura 69: Créditos finais de Triple xXx............................................................................ 122
Figura 70: Créditos iniciais de Psicose ............................................................................ 123
Figura 71: Créditos finais de Homem de Ferro................................................................. 124
Figura 72: Créditos iniciais de Superman......................................................................... 125
Figura 73: Créditos iniciais de Lírio Partido ...................................................................... 126
Figura 74: Créditos iniciais de Cabiria .............................................................................. 127
Figura 75: Créditos iniciais de Tempos Modernos ........................................................... 128
Figura 76: Créditos iniciais de Cinderela .......................................................................... 129
Figura 77: Créditos iniciais e finais de O Gato Acima e o Rato Abaixo ............................ 130
Figura 78: Créditos iniciais de Carrie, a Estranha ............................................................ 131
Figura 79: Créditos iniciais de Cinderela .......................................................................... 135
Figura 80: Créditos finais de Cinderela ............................................................................ 135
Figura 81: Créditos iniciais de Os Embalos de Sábado à Noite ....................................... 136
Figura 82: Créditos finais de Os Embalos de Sábado à Noite .......................................... 137
Figura 83: Créditos iniciais de Romeu e Julieta ............................................................... 138
Figura 84: Créditos finais de Romeu e Julieta .................................................................. 138
Figura 85: Créditos iniciais de Superman......................................................................... 139
Figura 86: Créditos finais de Superman ........................................................................... 139
Figura 87: Créditos iniciais de Ghosts.............................................................................. 140
Figura 88: Créditos finais de Ghosts ................................................................................ 141
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tabela de análise em relação ao Tempo ........................................................... 60
Tabela 2: Tabela de análise em relação ao Espaço .......................................................... 61
Tabela 3: Tabela de análise em relação à Tipografia ........................................................ 62
Tabela 4: Tempo – Créditos iniciais de Carros .................................................................. 70
Tabela 5: Espaço – Créditos iniciais de Carros ................................................................. 71
Tabela 6: Tipografia – Créditos iniciais de Carros ............................................................. 72
Tabela 7: Tempo – Créditos finais de Carros .................................................................... 74
Tabela 8: Espaço – Créditos finais de Carros ................................................................... 75
Tabela 9: Tipografia – Créditos finais de Carros ............................................................... 76
Tabela 10: Tempo – Créditos iniciais de Mais Velozes Mais Furiosos .............................. 79
Tabela 11: Espaço – Créditos iniciais de Mais Velozes Mais Furiosos ............................. 80
Tabela 12: Tipografia – Créditos iniciais de Mais Velozes Mais Furiosos .......................... 81
Tabela 13: Tempo – Créditos finais de Mais Velozes Mais Furiosos ................................. 82
Tabela 14: Espaço – Créditos finais de Mais Velozes Mais Furiosos ................................ 83
Tabela 15: Tipografia – Créditos finais de Mais Velozes Mais Furiosos ............................ 84
Tabela 16: Tempo – Créditos iniciais de Mais Estranho que a Ficção .............................. 87
Tabela 17: Espaço – Créditos iniciais de Mais Estranho que a Ficção .............................. 88
Tabela 18: Tipografia – Créditos iniciais de Mais Estranho que a Ficção .......................... 89
Tabela 19: Tempo– Créditos finais de Mais Estranho que a Ficção .................................. 90
Tabela 20: Espaço– Créditos finais de Mais Estranho que a Ficção ................................. 91
Tabela 21: Tipografia – Créditos finais de Mais Estranho que a Ficção ............................ 92
Tabela 22: Tempo – Créditos iniciais de Homem Aranha ................................................. 95
Tabela 23: Espaço – Créditos iniciais de Homem Aranha ................................................. 96
Tabela 24: Tipografia – Créditos iniciais de Homem Aranha ............................................. 97
Tabela 25: Tempo – Créditos finais de Homem Aranha .................................................... 98
Tabela 26: Espaço – Créditos finais de Homem Aranha ................................................... 99
Tabela 27: Tipografia – Créditos finais de Homem Aranha ............................................. 100
Tabela 28: Tempo – Créditos iniciais de Thriller ............................................................. 103
Tabela 29: Espaço – Créditos iniciais de Thriller ............................................................. 104
Tabela 30: Tipografia – Créditos iniciais de Thriller ......................................................... 104
Tabela 31: Tempo – Créditos finais de Thriller ................................................................ 106
Tabela 32: Espaço – Créditos finais de Thriller ............................................................... 107
Tabela 33: Tipografia – Créditos finais de Thriller ........................................................... 108
Tabela 34: Resultados de Animação 2D e 3D ................................................................. 111
Tabela 35: Resultados de Aventura, Drama e Ação ........................................................ 112
Tabela 36: Resultados de Comédia, Romance e Comédia Romântica ............................ 113
Tabela 37: Resultados de Ficção Científica ..................................................................... 114
Tabela 38: Resultados de Terror e Suspense .................................................................. 115
Tabela 39: Médias dos cinco estilos de gêneros .............................................................. 117
Tabela 40: Médias dos créditos iniciais e finais de um mesmo estilo ............................... 118
Tabela 41: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes mudos ........... 119
Tabela 42: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes sonoros. ........ 120
Tabela 43: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes modernos ...... 121
Tabela 44: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes pós-modernos 122
Tabela 45: Médias dos créditos iniciais. ........................................................................... 123
Tabela 46: Média dos créditos finais ................................................................................ 124
Tabela 47: Maiores resultados obtidos em cada estilo ..................................................... 125
Tabela 48: Menores resultados obtidos em cada estilo .................................................... 126
Tabela 49: Média dos maiores e menores resultados dos filmes mudos.......................... 127
Tabela 50: Média dos maiores e menores resultados dos filmes sonoros........................ 128
Tabela 51: dos maiores e menores resultados dos filmes modernos ............................... 129
Tabela 52: Média dos maiores e menores resultados dos filmes pós-modernos.............. 130
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 16
2 FILMES ......................................................................................................................... 18
2.1 Processo cinematográfico ....................................................................................... 19
2.2 Profissionais do cinema .......................................................................................... 20
2.3 Termos usados no cinema ...................................................................................... 20
3 CINEMA ......................................................................................................................... 21
3.1 O cinema no Brasil .................................................................................................. 23
3.2 O cinema no mundo ................................................................................................ 25
3.2.1 O cinema mudo ............................................................................................. 25
3.2.2 O cinema com som ....................................................................................... 27
3.2.3 O cinema de 1910 a 1940 ............................................................................. 27
3.2.4 O cinema nos anos 50 .................................................................................. 29
3.2.5 O cinema nos anos 60 .................................................................................. 30
3.2.6 O cinema nos anos 70 .................................................................................. 30
3.2.7 O cinema nos anos 80 .................................................................................. 31
3.2.8 O cinema nos anos 90 .................................................................................. 32
3.3 O cinema atual ........................................................................................................ 32
3.4 Cinema digital versus analógico .............................................................................. 34
4 CRÉDITOS CINEMATOGRÁFICOS ............................................................................... 35
4.1 Primeiros créditos do cinema ................................................................................. 36
4.2 Tipografia em movimento ....................................................................................... 37
4.3 Videodesigner ......................................................................................................... 38
4.4 Designers e diretores dos créditos cinematográficos ............................................. 39
4.5 Tipos de créditos cinematográficos ........................................................................ 40
4.5.1 Créditos de abertura ..................................................................................... 40
4.5.2 Intertítulos de fala .......................................................................................... 41
4.5.3 Intertítulos narrativos ..................................................................................... 41
4.5.4 Tipografia endógena ..................................................................................... 42
4.5.5 Créditos finais ............................................................................................... 42
5 TIPOGRAFIA ................................................................................................................. 44
5.1 História.................................................................................................................... 44
5.2 Características ........................................................................................................ 45
5.3 Tipografia do século XV ao XX ............................................................................... 47
5.3.1 Renascimento ................................................................................................ 47
5.3.2 Barroco ......................................................................................................... 48
5.3.3 Classicismo ................................................................................................... 48
5.3.4 Historicismo .................................................................................................. 48
5.3.5 Arts and Crafts .............................................................................................. 49
5.3.6 Futurismo ...................................................................................................... 49
5.3.7 Construtivismo .............................................................................................. 49
5.3.8 Tipografia elementar ..................................................................................... 50
5.3.9 Art decó......................................................................................................... 50
5.3.10 Tipografia tradicional ................................................................................... 50
5.3.11 Estilo internacional ...................................................................................... 51
5.3.12 Pop art ........................................................................................................ 51
5.3.13 New wave ................................................................................................... 51
5.4 Tipografia pós-moderna .......................................................................................... 52
6 ELABORAÇÃO DA ANÁLISE DOS CRÉDITOS CINEMATOGRÁFICOS ..................... 53
6.1 Proposta de classificação ....................................................................................... 54
6.1.1 Tempo ........................................................................................................... 55
6.1.2 Espaço .......................................................................................................... 56
6.1.3 Tipografia ...................................................................................................... 57
7 MATERIAL DE ANÁLISE ............................................................................................... 64
7.1 Lista de Filmes ........................................................................................................ 64
7.1.1 Filmes de Animação 2D e 3D ........................................................................ 64
7.1.2 Filmes de Aventura, Drama e Ação .............................................................. 65
7.1.3 Filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica .................................. 65
7.1.4 Filmes de Ficção Científica ........................................................................... 66
7.1.5 Filmes de Terror e Suspense ........................................................................ 66
7.2 Organização dos filmes ........................................................................................... 67
8 ANÁLISE DOS FILMES UTILIZANDO NOVO MÉTODO ............................................... 69
8.1 Créditos de Carros (2005) ...................................................................................... 69
8.1.1 Imagens dos créditos iniciais e finais ............................................................ 69
8.1.2 Análise dos créditos iniciais – Carros (2003) ................................................. 70
8.1.3 Análise dos créditos finais – Carros (2003) ................................................... 74
8.2 Créditos de Mais Velozes Mais Furiosos (2003) .................................................... 78
8.2.1 Imagens dos créditos iniciais e finais ............................................................ 78
8.2.2 Análise dos créditos iniciais – Mais Velozes Mais Furiosos (2003) ............... 79
8.2.3 Análise dos créditos finais – Mais Velozes Mais Furiosos (2003) ................. 82
8.3 Créditos de Mais Estranho que a Ficção (2006) ..................................................... 86
8.3.1 Imagens dos créditos iniciais e finais ............................................................ 86
8.3.2 Análise dos créditos iniciais – Mais Estranho que a Ficção (2006) ................ 87
8.3.3 Análise dos créditos finais – Mais Estranho que a Ficção (2006) .................. 90
8.4 Créditos de Homem Aranha (2002) ........................................................................ 94
8.4.1 Imagens dos créditos iniciais e finais ............................................................ 94
8.4.2 Análise dos créditos iniciais – Homem Aranha (2002) ................................... 95
8.4.3 Análise dos créditos finais – Homem Aranha (2002) ..................................... 98
8.5 Créditos de Thriller (1984) .................................................................................... 102
8.5.1 Imagens dos créditos iniciais e finais .......................................................... 102
8.5.2 Análise dos créditos iniciais – Thriller (1984) ............................................... 103
8.5.3 Análise dos créditos finais – Thriller (1984) ................................................. 106
9 TABELA COM OS RESULTADOS .............................................................................. 110
10 RESULTADOS ........................................................................................................... 116
10.1 Classificação ....................................................................................................... 116
11 SELEÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................ 117
11.1 Comparação das cinco médias de cada estilo de gênero.................................... 117
11.2 Comparação dos totais de crédito inicial e final de um mesmo estilo .................. 118
11.3 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes mudos 119
11.4 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes sonoros .....
120
11.5 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes modernos..
121
11.6 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes pósmodernos......................................................................................................................... 122
11.7 Comparar os resultados de todos os créditos iniciais .......................................... 123
11.8 Comparar os resultados de todos os créditos finais ............................................ 124
11.9 Comparação dos maiores resultados (soma total de cada filme) dos cinco estilos ....
125
11.10 Comparação dos menores resultados (soma total de cada filme) dos cinco estilos .
126
11.11 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes mudos ......... 127
11.12 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes sonoros ....... 128
11.13 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes modernos.... 129
11.14 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes pós-modernos ....
130
12 RESULTADO DE CADA ESTILO ............................................................................... 131
12.1 Animação 2D e 3D .............................................................................................. 131
12.2 Aventura, Drama e Ação ..................................................................................... 131
12.3 Comédia, Romance e Comédia Romântica ........................................................ 132
12.4 Ficção Científica ................................................................................................. 133
12.5 Terror e Suspense .............................................................................................. 134
13 ANÁLISE FINAL......................................................................................................... 135
13.1 Cinderela (Clyde Geromini, 1950) ....................................................................... 135
13.2 Os Embalos de Sábado à Noite (John Badham, 1977) ....................................... 136
13.3 Romeu e Julieta (Baz Luhrmann, 1996) .............................................................. 138
13.4 Superman - O Filme (Richard Donner, 1978) ...................................................... 139
13.5 Ghosts (Steven Spielberg, 1996) ........................................................................ 140
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 142
15 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 143
16
1 INTRODUÇÃO
O trabalho tem por finalidade analisar pela perspectiva da tipografia, créditos iniciais
e finais de filmes de entretenimento. A análise foi elaborada utilizando critérios de avaliação
baseados em conceitos de tipografia, de como uma fonte pode ser avaliada quanto a
tamanho, forma, peso, serifa, cor, estilo, movimento, sequência, efeitos, características,
significados, entre outros critérios estabelecidos.
No primeiro capítulo, foi feita uma pesquisa sobre filmes, onde é exibido, como pode
ser produzido e classificado, e sobre os gêneros de filmes. Foi feito um levantamento de
alguns festivais de cinema no mundo, o tempo de duração de um filme, como se dá o
processo cinematográfico e os profissionais do cinema.
No segundo capítulo, o assunto abordado foi cinema. Foi feita uma breve introdução
sobre o que é cinema, onde foi inventado, e como é o cinema no Brasil e no mundo. Os
primeiros filmes mudos foram citados, há exemplos de filmes sonoros, as produções de
1910 a 1940, os principais filmes entre 1950 e 1990, o cinema atual, e o cinema digital com
o cinema analógico.
O terceiro capítulo trata dos créditos de filmes. É comentado o que são os créditos
de filmes, como eles eram produzidos, é citado os primeiros créditos já feitos e os principais
nomes na produção dos créditos, tipografia em movimento, quais os cinco tipos que podem
ser encontrados nos filmes, além de exemplos.
A história da tipografia é tratada no quinto capítulo. Foi pesquisado o que é tipografia,
as características dos tipos, a tipografia do século XV ao XX, a influência dos períodos na
produção tipográfica como o renascimento, barroco, classicismo, futurismo, art decó, pop art
e a tipografia pós-moderna.
O capítulo seis trata da elaboração da análise dos créditos cinematográficos. É
comentado o material de pesquisa para se chegar à proposta de classificação, como ela foi
criada e quais os critérios da tipografia serão analisados quanto ao tempo, espaço e
tipografia. A tabela criada para a análise também é demonstrada no capítulo.
O material de análise é citado no capítulo sete, que mostra uma estrutura de como
os filmes foram classificados, além da lista dos oitenta filmes selecionados para análise de
acordo com os cinco estilos de gêneros definidos na escolha dos filmes, e como eles foram
organizados.
Já o capítulo oito trata de um teste do critério elaborado com cinco filmes escolhidos
aleatoriamente. É demonstrado como foi feita a análise dos filmes escolhidos, os frames
utilizados e a tabela preenchida com os itens que aparecem nos filmes, além de um breve
comentário sobre o resultado final de cada filme.
17
Depois de feita a análise dos filmes restantes, foi criada uma tabela para cada estilo
de gênero que consta no capítulo nove. Cinco tabelas com todos os resultados dos
dezesseis filmes de cada estilo foram preenchidas, e suas médias foram calculadas para
facilitar o entendimento e comparar os resultados. Além disso, as médias receberam
nomenclaturas de acordo com suas categorias.
Os resultados e as cinco tabelas preenchidas são encontrados no capítulo dez.
Foram citados alguns exemplos para a classificação dos resultados, como por exemplo,
comparar as cinco médias de cada estilo de gênero.
Sendo assim, o capítulo onze mostra os resultados das possibilidades citadas no
capítulo anterior, acompanhados de um breve comentário, de gráficos, além do exemplo de
um filme para cada possibilidade.
O capítulo doze mostra um resumo dos resultados obtidos nos oitenta filmes de
acordo com os cinco estilos de gêneros. Dentre os critérios de análise, as informações
obtidas com os resultados foram comentadas e alguns filmes foram citados.
Por último, o capítulo treze trata de uma análise mais aprofundada de cinco filmes
escolhidos aleatoriamente. Após todas as análises, foi escolhido um filme de cada estilo de
gênero e este foi comentado não só utilizando seus resultados, mas sim comparando os
resultados com o enredo do filme e qual mensagem ele transmite ao espectador.
18
2 FILMES
O filme é um produto audiovisual acabado que tem uma duração. Pode ser exibido
no cinema, TV ou em algum outro veículo, e é considerado um conjunto de componentes
visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos e etc.), e sonoros (voz, música, ruído, efeitos
onomatopéicos e etc.), pois pode ser visto e ouvido ao mesmo tempo. Sua função é
comunicar algo ao espectador, seja uma informação real, de época, fictícia.
Um filme pode ser produzido em caráter de entretenimento, documental ou
institucional. Há filmes que ficam em cartaz no cinema por certo período e depois são
disponibilizados nas locadoras, mas também há filmes que não entram em cartaz no cinema
e vão direto para a locadora.
Dentre as produções temos mudo, preto e branco, antigo, de época, animação 2D e
3D, atual, estrangeiro, de arte, cult, stopmotion, falado, longa, média e curta metragem,
documentário, entre outros. Além disso, o filme pode ser caracterizado quanto ao seu
gênero cinematográfico.
Há festivais de cinema no mundo que mostram a produção cinematográfica, e
também prêmios de cinema que coroam os melhores filmes lançados no ano. Além da
premiação para os filmes, atores principais, coadjuvantes, fotografia e trilha sonora, outras
características também recebem prêmios. Dentre os festivais, temos o Festival de Brasília,
Festival de Cannes, Festival de Gramado e Festival de Veneza. Prêmios temos a
Framboesa de Ouro, Globo de Ouro, Grammy, Leão de Ouro, e o mais importante, o Oscar.
Um curta metragem é um filme com duração menor que quinze minutos. Geralmente
utilizado na produção de documentários, filmes estudantis e de pesquisa. É um termo que
começou a ser usado nos Estados Unidos em 1910, quando os filmes que estavam sendo
produzidos, começaram a ter durações maiores. Segundo a Agência Nacional do Cinema
(ANCINE) em sua Instrução Normativa 22, anexo I de 30 de Dezembro de 2003, a definição
de Curta-Metragem é dada a filmes de até 15 minutos, Média-Metragem para filmes com
tempo acima de 15 minutos e até 70 e Longa para filmes com mais de 70 minutos.
Dentre as opções de gêneros de filmes temos ação, animação, aventura, chanchada,
cinema catástrofe, comédia, comédia romântica, comédia de ação, cult, documentário,
drama, espionagem, erótico, fantasia, ficção científica, franchise/séries, guerra, machinima
(filmes feitos a partir de cenas de jogos de computador), musical, noir, policial,
pornochanchada, pornográfico, romance, suspense, terror (ou horror), trash e western (ou
faroeste).
19
2.1 Processo cinematográfico
Para se produzir um filme, há uma série de “tarefas” dentro do processo
cinematográfico. O que compõe esse processo é o roteiro, produção, sonorização,
decupagem, montagem ou edição, legendagem, dublagem / dobragem, continuidade, trilha
sonora, efeito sonoro, efeito especial e making of.
O roteiro é a forma escrita das sequências e diálogos entre os personagens que
serão filmados. Ele deve ser organizado para que não haja problemas na produção do filme.
Já a sonorização é a preocupação com o som transmitido para que todas consigam ouvir o
evento sem ruído. A decupagem recebe a definição de dividir uma cena em planos e
descrever como essas cenas se ligarão através dos cortes.
A montagem ou edição ordena as cenas do filme para alcançar o resultado desejado.
Pode ser na narrativa, no visual, entre outros. É realizada após a produção, pois os filmes
de longa metragem não são produzidos em ordem cronológica (filmes não lineares) e para
isso, o roteiro tem que estar claro, pois é a partir dele que a montagem será feita.
A edição de um filme curta-metragem (geralmente 15 minutos) demora praticamente
o dobro do seu tempo de filmagem para a montagem. Em um longa-metragem, pode
demorar até três vezes mais. Esse tipo de edição pode ser feita no meio analógico ou digital,
e é nessa fase que são produzidos a trilha sonora, os efeitos especiais e as legendas,
inclusive os créditos cinematográficos.
A legendagem é um texto que acompanha a imagem a fim de maior compreensão. É
usado geralmente na tradução de textos e diálogos de filmes e aparece na zona inferior da
película, centralizado e em uma cor que não fique invisível no filme. Outra opção é a
dublagem, onde há a substituição da voz original do filme pela interpretação de um dublador
em outro idioma.
Continuidade é uma série de eventos contínuos que ocorrem no mesmo local. O
continuísta é o profissional que dá continuidade ao produto filmado, às características de
pessoas, lugares, objetos e eventos. A trilha sonora são as peças musicais usadas no filme
ou em outro tipo de vídeo. Inclui uma música original feita especialmente para o filme e as
chamadas bandas sonoras produzem essa música de fundo.
O efeito sonoro ou de áudio são sons criados para filmes ou qualquer outro tipo de
comunicação. Já o efeito especial é um tipo de técnica utilizada no cinema e na TV para as
cenas que não podem ser filmadas, ou para incrementar as cenas de ação ao vivo. Nessa
fase, o diretor passa para a equipe de pós-produção todos os nomes dos envolvidos para
que os créditos cinematográficos sejam produzidos e anexados ao filme. Geralmente, o
nome de todas as pessoas que trabalharam na produção vão aparecer nos créditos finais.
20
Making of é um termo em inglês usado para designar cenas gravadas que não vão
para a edição final. A produção do trailer do filme começa quando as cenas principais do
filme vão ser filmadas. O profissional irá captar essas cenas com outra câmera além das já
usadas durante a filmagem e é com essa filmagem que o trailer será criado. Os créditos
cinematográficos também são utilizados no trailer, pois aparecem o nome do filme, da
produtora, dos atores principais e algumas palavras que auxiliam a compreensão do
mesmo.
2.2 Profissionais do cinema
Além das tarefas citadas acima, temos também uma equipe de pessoas que
trabalham na realização e produção do filme, que não poderia ser realizado sem a presença
do diretor ou do roteirista, por exemplo.
Baseando-se no texto de Monclar (2008), podemos citar os profissionais do cinema
como diretor, continuísta, diretor de fotografia, fotógrafo de cena, diretor de produção,
assistente de câmera, clap loader, figurinista, guarda roupeira, técnico de som, microfonista,
cenógrafo, cenotécnico, roteirista, argumentista, dialoguista, gags man, pesquisador,
assistente de direção, operador de câmera, operador de steady cam, produtor executivo,
assistente de produtor executivo, assistente de produção, eletricista, geradorista,
maquinista, operador de video assist, contra-regra, maquiador e cabeleireiro, montador e
editor, músico de cinema, efeitos especiais, laboratorista, marcador de luz, e o montador de
negativo.
Já os profissionais das telas, podemos citar o ator (e/ou a atriz), autor, crítico de
cinema e os figurantes.
2.3 Termos usados no cinema
Existem também algumas expressões usadas no cinema. Como exemplo temos
cena, corte e enquadramento, fotograma, fade-in, fade-out e fusão, plano, sequência e
tomada, bitola cinematográfica, película cinematográfica, perfurações, pista de som e
numeração de borda.
21
3 CINEMA
A definição da palavra cinema vem de um “sistema de reprodução de imagens em
movimento, registrado em filmes e projetado sobre uma tela, usado como meio de
expressão artística e comunicação de massa” (Almanaque Abril, 1998). Cinema também é a
sala onde são exibidas as obras cinematográficas, e o conjunto de pessoas que trabalham
nessa indústria. Hoje é considerada a sétima arte, desde a publicação do Manifesto das
Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911.
“Num antigo salão de bilhar que foi rebatizado com o nome de Salão Indiano, tudo é
silêncio. (...) Lá no fundo da sala, sobre um grande painel branco, imagens
estranhas... Personagens, veículos, ruas... movem-se e vivem em preto e branco.
Estupefatos, os espectadores assistem fascinados, a esta espécie de teatro de
imagens. (...) E de repente, um grito de susto: um trem vem rodando, e avança na
direção do público! No escuro, algumas pessoas até se levantam da cadeira. (...) O
trem não vai sair da tela!” (BERNADET, 2000)
Assim, o cinema nasce no Salão Grand Café em Paris, em 28 de dezembro de 1895.
Os Irmãos Lumière apresentam aos presentes o seu mais novo invento: o cinematógrafo
que foi criado em fevereiro de 1894. Aquele aparelho que filmava, revelava e projetava,
conquistaria o mundo e a partir dele nasceria uma indústria bilionária.
Figura 1: Irmãos Lumière
Fonte: http://www.setorcinema.blogger.com.br/
Figura 2: Exemplo de um cinematógrafo
Fonte: http://filosofojr.wordpress.com/
A primeira projeção de Louis Lumière foi “A Chegada de Um Trem a Estação Ciotat”.
Ele filmou o trem que vinha de Marselha e parou a filmagem quando o trem saiu do campo
de visão, durando apenas 50 segundos. A platéia se espantou e alguns acharam que o trem
sairia da tela. O ingresso foi vendido por 50 centavos de nickel.
22
Figura 3: “A Chegada de Um Trem a Estação Ciotat” (Irmãos Lumière, 1895)
Fonte: http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br
Outro filme dos irmãos Lumière chama-se "A Saída dos Operários da Fábrica
Lumière". Eles também exibiram outros filmes de 40 a 50 segundos e os rolos de película
tinham quinze metros de comprimento. Isso é o marco inicial da nova arte, pois a fotografia
e a fotografia animada só ajudaram o desenvolvimento das artes.
Os pequenos lugares que exibiam esses filmes se chamavam nickelodeons e esse
nome vem do preço do ingresso que era de 1 nickel. Eram filmes curtos, que geralmente
duravam de 10 a 15 minutos. A projeção dessas imagens em seqüência deve ser de no
mínimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, mas em 1929 foi padronizado para 24
quadros por segundo para que não percebamos o tempo que existe entre a exibição de uma
imagem e outra.
O mágico Georges Meliès quis comprar um cinematógrafo para utilizá-lo em suas
mágicas. Os Lumière não quiseram vender-lhe, mas Meliès conseguiu um aparelho
semelhante na Inglaterra se tornando o primeiro grande produtor de filmes de ficção, com
narrativas, voltados para o entretenimento. O custo de um cinematógrafo na época foi de
1650 francos.
Figura 4: George Meliès em “The Man With the Rubber Head” (1901)
Fonte: http://fuorischermo.net/Illusionezoom.html
23
3.1 O cinema no Brasil
O cinema no Brasil começou em 1898 quando foram feitas as primeiras filmagens,
mas nos primeiros dez anos o cinema não era bem divulgado no país. Em 1907, o Rio de
Janeiro teve energia elétrica produzida industrialmente, e isso fez com que o comércio do
cinema crescesse se formando com estrangeiros, já que essas pessoas tinham a
experiência do cinema nos seus países de origem. Esse período é conhecido como a bela
época do cinema brasileiro.
“(...) empresários atuavam, concomitantemente como produtores, importadores e
proprietários de salas, situação que condicionou ao cinema brasileiro um
harmonioso desenvolvimento, pelo menos durante poucos anos” (MIUCCI, 2008).
Os primeiros filmes produzidos no Rio de Janeiro foram entre 1908 e 1911. Eles
eram sobre crimes e impressionavam a população da cidade. A partir de 1912, durante dez
anos foram produzidos no Brasil seis filmes onde nenhum deles tinha duração superior a 60
minutos. Os principais nomes do cinema nessa época são Francisco Serrador, os irmãos
Botelho e Antônio Leal que filmou em 1908 “Os Estranguladores”.
A primeira crise do cinema brasileiro começa em 1912. Ela se dá pela falta de
produção do cinema nacional, e pra ajudar, o que é produzido não é exibido, pois as salas
de cinema estão ocupadas exibindo filmes estrangeiros que predominavam o mercado
mundial. Em 1925, a produção de filmes no Brasil dobra e a qualidade dos filmes aumenta.
Além das cidades Rio de Janeiro e São Paulo, outras cidades começam a produzir filmes
como Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Os clássicos do cinema mudo brasileiro são produzidos em 1930 e revistas e jornais
começam a divulgar o cinema nacional. Mário Peixoto, Gilberto Rossi, Edgar Brasil, e
Humberto Mauro são grandes nomes na produção nacional nessa época. A Cinédia, uma
produtora de Ademar Gonzaga, filma “Ganga Bruta” (Humberto Mauro, 1933) e “Limite”
(Mário Peixoto, 1930).
O cinema narrativo começa no Brasil entre 1934 e 1949, mas até 1940 as produções
nacionais se concentram no Rio de Janeiro por possuir estúdios com aparelhos novos. Isso
fez com que se proliferasse a comédia vulgar e muitas vezes musical nos filmes produzidos
nessa época, e era conhecida como chanchada.
“Essa produção de chanchadas carioca lançou um conjunto de atores como
Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo, que foram os principais responsáveis pela
aproximação do filme brasileiro com o público. Enquanto a década de 30 foi
marcada por uma produção sob a égide da produtora Cinédia, os anos 40 já contam
com a hegemonia da Atlântida, buscando desenvolver temas brasileiros” (MIUCCI,
2008).
24
Um dos grandes nomes do cinema nacional, Nelson Pereira dos Santos, foge dos
padrões ao filmar “Rio 40º” (1955), e “Rio, Zona Norte” (1957). Ele assume um papel de
destaque no cinema brasileiro e cria o Cinema Novo, “o mais importante movimento do
cinema brasileiro e momento de plena maturidade artística e cultural do nosso cinema”
(MIUCCI, 2008).
O cinema baiano começa a ficar conhecido em 1961 com Glauber Rocha que filma
“Barravento” e “Deus e o Diabo na terra do Sol”. O cinema novo engloba discriminadamente
tudo o que se fez de bom no cinema brasileiro e lança diretores premiados como Glauber
Rocha, Ruy Guerra, Carlos Diegues, e Sérgio Ricardo Walter Lima Jr.
“os temas sociais e políticos eram perseguidos dando lugar à ousadia do erotismo
de mau gosto, à pornochanchada, à chanchada, a alguns filmes infantis, o que gerou
um cinema pobre. (...) Nem tudo que era produzido era exibido; a censura atuava
marcando a presença do Regime Militar”. Dos filmes exibidos, poderíamos citar
poucos que alcançaram bilheteria significante (LUCENA, 2008).
A partir de 1970 o cinema brasileiro se consolida devido à qualidade do material
produzido, o qual ainda utilizava película. Apesar da ditadura militar, foram produzidos “Xica
da Silva” de Carlos Diegues e “Dona Flor e Seus Dois Maridos” de Jorge Amado, ambos de
1976.
Figura 5: “Xica da Silva” (Carlos Diegues, 1976)
Fonte: www.adorocinemabrasileiro.com.br
Figura 6: “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (Jorge
Amado, 1976)
Fonte: www.jayrus.art.br
Se a década de 80 a falta de verba deixa o cinema brasileiro com dificuldades e
quase sem produção, a década de 90 começa com a fase de renascimento. São produzidos
“Carandiru” (Hector Babenco, 2002), “Central do Brasil” (1998) e “Abril Despedaçado” (2001)
de Walter Salles, “O Que É Isso Companheiro” (1997) e “Bossa-Nova” (2000) de Bruno
Barreto, e “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles lançado em 2002.
25
Figura 7: “Carandiru” (Hector Babenco, 2002)
Fonte: http://www.cinemacomrapadura.com.br
Figura 8: “Cidade de Deus” (Fernando M., 2002).
Fonte: http://www.cinemacomrapadura.com.br
3.2 O cinema no mundo
O diretor americano David W. Griffith produziu filmes logo depois no começo do
século XX, e hoje é considerado o grande responsável pela consolidação da linguagem do
cinema. Uma de suas produções de maior destaque é "Intolerância", admirado até hoje
entre cineastas e cinéfilos.
3.2.1 O cinema mudo
Nessa época, os filmes eram mudos e até a década de 20 muitos inventores e
produtores tentaram colocar som sincronizado com imagem, mas sem sucesso. Um dos
filmes mais populares da época é “O Nascimento de Uma Nação”, produzido em 1915 por
D. W. Griffith. Os primeiros anos do cinema eram acompanhados de música ao vivo ou de
narrações e diálogos nas cenas.
Em 1895 os filmes começaram durando 50 segundos, em 1910 já duravam 15
minutos e depois foram produzidos com duração de 100 minutos. “The Story of The Kelly
Gang” (Charles Tait, 1906) é considerado o primeiro longa metragem do cinema e durava 65
minutos. O filme “Cabiria” (Giovanni Pastrone, 1914) com 123 minutos de duração, é um dos
primeiros longas-metragens produzidos na Europa.
26
Figura 9: “O Nascimento de Uma Nação” D. W.
Griffith (1915)
Fonte: http://pt.altermedia.info/cultura
Figura 10: “The Story of The Kelly Gang”
(Charles Tait, 1906)
Fonte: http://www.wilsonsalmanac.com
Outros filmes importantes na evolução da arte cinematográfica são: “O Gabinete do
Doutor Caligari” (Robert Wiene, 1919), sendo o primeiro filme a falar sobre drácula, “O
Circo” de Charles Chaplin (1928), “E O Vento Levou” (Victor Fleming, 1939), “Cidadão Kane”
(Orson Welles, 1941), “A Laranja Mecânica” (Stanley Kubrick, 1971), entre outros. “É nessa
altura que tem início a maior revolução de que se tem notícia na história do cinema (Araújo,
1995).
Figura 11: “O Gabinete do Doutor
Caligari” (Robert Wiene, 1919)
Fonte: zooartzooblog.blogspot.com
Figura 12: “O Circo” (Charles Chaplin,
1928)
Fonte: publicult.blogspot.com
Figura 13: “E O Vento Levou”
(Victor Fleming, 1929)
Fonte: konteudo.wordpress.com
Os experimentos feitos com som tinham problemas de sincronização e amplificação.
Em 1926, a Warner Brothers introduziu o Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até
que em 1927, a Warner lançou o filme “O Cantor de Jazz” de Alan Crosland um musical que
pela primeira vez na história do cinema possuía diálogos e cantorias sincronizados.
27
3.2.2 O cinema com som
Em 1928 o filme "As Luzes de Nova York" (Bryan Foy) também da Warner, se
tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado. Mas o som do sistema Vitaphone
foi substituído pelo Movietone da Fox, DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com
sistema de som no próprio filme.
Figura 14: “O Cantor de Jazz” (Alan Crosland, 1927)
Fonte: www.chambel.net
Figura 15: “As Luzes de New York" (Bryan Foy, 1928)
Fonte: www.georgegroves.org.uk
“O Beijo” (Greta Carbo), lançado em 1929 foi o último filme mudo da MGM, com
exceção “Luzes da Cidade” (1931) e “Tempos Modernos” (1936) de Chaplin. Neste mesmo
ano foram lançados "Blackmail" (1929) de Alfred Hitchcock (o primeiro filme inglês falado),
"Applause" (1929) de Rouben Mamoulian (um musical em preto e branco) e "Chinatown
Nights" (1929) de William Wellman (mesmo diretor de "Uma estrela nasce" de 1937). Foi
também neste ano criado o prêmio Oscar ou Prêmios da Academia que premia os melhores
do cinema.
A ficção científica já existia desde o cinema mudo, mas foi se desenvolvendo com a
produção de clássicos como "Drácula" (Todd Browning, 1931) e "Frankenstein" (James
Whale) do mesmo ano. O uso do som trouxe um dos principais gêneros: o musical. E com a
junção com a comédia, surgia a comédia musical. Dentre os filmes históricos ou bíblicos se
destacaram "Os Dez Mandamentos" (Cecil DeMille, 1923), "Rei dos Reis" (Nicolas Ray,
1932) e “Cleópatra” (Cecil DeMille, 1934). Já os filmes de gangsters se tornaram populares
como "Little Caesar" (Mervyn LeRoy) e "The Public Enemy" (John Bright) ambos de 1931.
Este tipo de filme foi influenciado pelo Expressionismo Europeu.
Infelizmente cerca de 90% dos filmes mudos se perderam, pois a maioria foi
derretida a fim de recuperar o nitrato de prata que era um componente caro.
3.2.3 O cinema de 1910 a 1940
Na França entre 1919 e 1929 começava o estilo Cinema Impressionista Francês ou
Cinema de Vanguarda (avant garde em francês). Destacaram-se Abel Gance com
28
"J’Accuse" (1919) e Jean Epstein com "A Queda da Casa de Usher" de 1929. Na Alemanha
surge o Expressionismo Alemão onde se destacam os filmes “O Gabinete do Doutor
Caligari” de 1919 do diretor Robert Wiene, "Nosferatu" e "Phantom" ambos de F. W. Murnau
(1922).
Na Espanha surge o cinema surrealista onde se destaca o diretor Luis Buñel. "Um
Cão Andaluz” de 1928 foi o marco do cinema surrealista de Buñel. Na Rússia se destaca o
cineasta Serguei Eisenstein que criou o intelectual ou dialética que é uma técnica de
montagem. Seu filme de maior destaque foi "O Encouraçado Potemkin" de 1925.
Alguns produtores saíram de Nova York em direção à costa a um pequeno povoado
chamado Hollywood. Esse novo lugar de filmagem era perfeito para os cineastas
independentes, pois sempre tinha dias ensolarados e diversas paisagens que serviam como
locações. Nessa novidade nasce a "Meca do Cinema" e Hollywood se transforma no mais
importante centro cinematográfico do mundo.
A 20th Century Fox e a Metro Goldwyn Meyer criaram com alguns diretores e atores
o "star system", um sistema de promoção das estrelas de Hollywood. Dentre essas estrelas
criadas, temos Charlie Chaplin e Buster Keaton.
Em 1920 começa o Expressionismo alemão. É um estilo cinematográfico
caracterizado pela distorção de cenários e personagens através da maquiagem e de outros
mecanismos. Isso servia para expressar a maneira como os realizadores viam o mundo.
Pedro Monteiro (2007) diz que
O expressionismo, nascido na Alemanha no final do século IX, é maior que
a idéia de um movimento de arte, e antes de tudo, uma negação ao mundo
burguês. Seu surgimento contribuiu para refletir posições contrárias ao
racionalismo moderno e ao trabalho mecânico, através de obras que
combatiam a razão com a fantasia. Influenciados pela filosofia de Nietzsche
e pela teoria do inconsciente de Freud, os artistas alemães do início do
século fizeram a arte ultrapassar os limites da realidade, tornando-se
expressão pura da subjetividade psicológica e emocional.
A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem
vários filmes com apelo patriota que acabaram servindo de propaganda da guerra. Com o
fim da mesma, filmes antinazistas já existiam. Dentre os filmes de destaque temos
"Casablanca" de Michael Curtiz produzido em 1942. No começo da década, Orson Welles
lançou "O Cidadão Kane" (1941). com ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em 1946,
o diretor Frank Capra lançou "A Felicidade Não se Compra", ambos estão classificados
entre os melhores filmes de todos os tempos.
Os filmes "Missão em Moscow" (Michael Curtiz, 1943) e "Músicas da Rússia" (Robert
29
Mayhew, 1944) foram considerados propaganda pró-soviética. Em 1947 um Comitê de
Segurança dos Estados Unidos fez uma lista negra de Hollywood acusando 10 diretores de
promover um tipo de propaganda comunista.
Na Itália nasce o Neo-realismo como reação ao cinema facista do regime de
Mussolini. Eles buscavam a máxima naturalidade com iluminação natural e uma forte crítica
social. Um dos filmes produzidos é o "Roma, Cidade Aberta" (Roberto Rossellini, 1945), mas
seu maior representante é "Ladrão de bicicletas" (Vittorio de Sica, 1948).
3.2.4 O cinema nos anos 50
O Comitê de Segurança dos EUA inclui novos diretores, atores e escritores na lista
negra. Charles Chaplin começa a fazer parte dessa lista. Nessa época, o cinema passou a
ter um concorrente: a televisão. Essa popularidade da TV fez com que vários cinemas
fechassem. Para atrair mais telespectadores, a indústria cinematográfica começou a investir
em novos formatos. Em 1952 surge o Cinerama, em 1953 o Cinemascope da 20th Century
Fox, e em 1954 a VistaVision da Paramount. O que todos eles tinham em comum era uma
tela de exibição maior do que a antiga
Alguns filmes se deram bem com esse formato. Os bíblicos e históricos como “Os
Dez Mandamentos” (DeMile, 1956), "Vikings - Os Conquistadores" (Richard Fleischer,
1958), "Ben-Hur" (William Wyler, 1959), "Spartacus" (Stanley Kubrick, 1960 e "El Cid"
(Anthony Mann, 1961) são bons exemplos. Já nos filmes 3D se destaca "Casa de Cera"
(André De Toth, 1953). Na Índia, o cinema era produzido em grande escala, mas só em
1955 que o país ganhou pela primeira vez reconhecimento internacional com "A Canção do
Caminho” (Satyajit Ray).
Figura 16: “Ben Hur” (William Wyler, 1959
Fonte: www.passeiodasestrelas.com
Figura 17: “Casa de Cera” (André De Toth, 1953)
Fonte: wurdulaks.blogspot.com
30
A Nouvelle Vague foi um movimento artístico do cinema francês. Essa expressão foi
lançada por Françoise Giroud em 1958 pois se referia a novos cineastas franceses. O marco
deste movimento é o filme "Nas Garras do Vício" (Claude Chabrol, 1958). Outros clássicos
são “Uma Mulher para Dois” (François Truffaut, 1954) e “Os Incompreendidos” (François
Truffaut, 1959).
Já os cineastas mais famosos são Godard, Truffaut, Alain Resnais, Jacques Rivette,
Claude Chabrol e Eric Rohmer, sendo que grande parte dessa equipe trabalhava como
críticos de cinema para a revista Cahiers Du Cinéma.
O que marca esse estilo é a intransigência com os moldes narrativos do cinema
através do amoralismo que é próprio desta geração. Os autores detestavam muitos dos
grandes sucessos caseiros do cinema francês.
3.2.5 O cinema nos anos 60
Nessa época o sistema de Hollywood começou a entrar em declínio. Muitas
produções passaram a ser feitas na Inglaterra em Pinewood Studios e em Cinecittà na Itália
deixando Hollywood de fora. "Mary Poppins" de 1964 da Walt Disney Productions, "My Fair
Lady" também de 64 e "A Noviça Rebelde” de 1965 estão entre os filmes mais rentáveis dos
anos 60. O diretor John Cassavetes inicia no cinema americano novos rumos utilizando uma
produção independente de orçamento reduzido.
Na França, o destaque foi "Uma Mulher para Dois” de 1962 do diretor François
Truffaut. Na Itália, "La Dolce Vita" de Federico Fellini de 1960. Na Inglaterra, começa a série
de filmes de 007 com "Dr.No" de 1962. A Argentina e o diretor Fernando Solanas eram os
destaques da América Latina.
3.2.6 O cinema nos anos 70
No ano de 1971, Woody Allen lança o filme “Bananas” que anuncia uma renovação
que o cinema norte-americano passaria nessa década. Também surgiram alguns diretores
contemporâneos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven
Spielberg.
Algumas grandes produções dos anos 70 são “Sob o Domínio do Medo” (Sam
Peckinpah, 1971), “Laranja Mecânica” (Stanley Kubrick, 1971), “O Poderoso Chefão”
(Francis Ford Coppola, 1972), “Taxi Driver” (Martin Scorsese, 1974) e “Apocalypse Now”
(Francis Ford Coppola, 1979). Teve também filmes de catástrofes como “Aeroporto” (George
Segal, 1970), “Terremoto” (Mark Robson, 1974) e “Inferno na Torre” (John Guillemin e Irwin
Allen, 1974).
Com todos esses clássicos produzidos, um filme símbolo dos anos 70 é aquele que
31
alimentou a febre da onda das discotecas. “Os Embalos de Sábado à Noite” (John Badham,
1977) traz John Travolta no papel de Tony Manero, um jovem que trabalha como balconista
que encontra sentido na sua vida apenas nas pistas de dança das discotecas de Nova
Iorque. A trilha sonora do filme era composta pelos os hits dos Bee Gees, Kool & The Gang
e KC & The Sunshine Band. As roupas de poliéster, sapatos plataforma e globos
espelhados ficaram eternizados como a marca de uma era.
O filme “Os Embalos de Sábado à Noite” fez tanto sucesso entre os adolescentes
que Hollywood descobriu o caminho para grandes bilheterias. A era do “cinema teen”,
avança com “Guerra nas Estrelas” (George Lucas, 1977) e “Grease – Nos Tempos da
Brilhantina” (Randal Kleiser, 1978), que traz John Travolta ao lado da atriz e cantora Olivia
Newton-John.
Figura 18: “Os Embalos de Sábado à Noite” (John
Badham, 1977). Fonte: www.up-dot.com
Figura 19: “Grease” (Randal Kleiser, 1978)
Fonte: br.geocities.com
3.2.7 O cinema nos anos 80
Essa década é caracterizada pela produtividade do cinema americano, e a Argentina
em 1985 ganha seu primeiro Óscar de Melhor Filme Estrangeiro por “A História Oficial”.
Outras grandes produções são a brasileira ”Pixote - A Lei do Mais Fraco” (1981) de Hector
Babenco, e a japonesa “Akira” de 1988 que impressionou pelo seu enredo e estilo violento.
A violência como tema dos filmes se torna regra dos grandes diretores. Um dos
exemplos são do diretor Martin Scorsese com “Touro Indomável” (1982), e do diretor
Stephen Frears com “Ligações Perigosas” (1988). Robin Williams encanta com “Sociedade
dos Poetas Mortos” (1989) e o diretor Oliver Stone reabre os arquivos da Guerra do Vietnã
com “Platoon“ (1986). Stanley Kubrick também comenta essa guerra em “Nascido Para
Matar” de 1987.
32
3.2.8 O cinema nos anos 90
O pop se casa com o clássico nas telas nos anos 90. A ordem para esses filmes é a
diversidade. “O Silêncio dos Inocentes” (Jonathan Demme, 1991) entra para a história do
cinema ao ganhar os cinco principais Oscars; “Forrest Gump” (Robert Zemeckis, 1994)
apresenta Tom Hanks; Quentin Tarantino é considerado um dos grandes gênios da
modernidade e muda o rumo dos acontecimentos com “Pulp Fiction” (1994). Já a atriz
Sharon Stone cruza fatalmente suas pernas em “Instinto Selvagem” (Paul Verhoeven, 1992).
Tom Hanks ganha dois Oscars consecutivos e Julia Roberts se torna a musa da
década com “Uma Linda Mulher” (Gary Marshall, 1990).
Figura 20: “Pulp Fiction” (Quentin Tarantino, 1994)
Fonte: hotvnews.wordpress.com
Figura 21: “Uma Linda Mulher” (Gary Marshall,
1990). Fonte: www.incommunseries.com
3.3 O cinema atual
Os anos foram se passando e os filmes evoluíram. Será que existe diferença dos
filmes antigos para agora? Os sentimentos de antigamente são os mesmos, e o sentimento
mostrado no cinema também.
Naquela época as imagens eram fotoquímicas e hoje foram substituídas pelo cinema
digital. Para Manovich (2001) esse tipo novo de cinema é “uma composição de seis
materiais (relacionados à imagem): filmagem ao vivo, pintura, processamento de imagem,
composição, animação 2D e animação 3D”.
O cinema em um século de existência evoluiu dos filmes mudos de 15 minutos de
duração para longas de animação 3D coloridos e com som de 180 minutos. O cinema
passou por várias transformações e pudemos introduzir “a narração, a possibilidade do uso
da cor e do som, até a utilização dos efeitos especiais. Pode-se afirmar que o cinema, (...)
se diferencia totalmente das primeiras exibições cinematográficas”. (ARAGÃO, 2004).
Em um século de existência, podemos dizer que o cinema possui quatro fases: o
cinema mudo, o cinema sonoro dos anos 30 aos 50, o cinema moderno (1951 a 1980) e o
33
cinema pós-moderno (1981 em diante). E em todas essas fases o cinema mostra cenas do
cotidiano, brigas e amores verdadeiros; e o que não é verdadeiro, a imagem cinematográfica
nos faz acreditar que é verdade.
A tecnologia digital dominou o mercado de entretenimento doméstico. A tecnologia
foi melhorando com o passar dos anos, mas ainda é baseada nos mesmos princípios: nada
poderia se equiparar à qualidade da imagem da película. Mudanças ocorreram e George
Lucas lança em 2002 "Star Wars - Episósio II: O Ataque dos Clones", o primeiro filme de
ação produzido em vídeo digital. A maioria dos cinemas utilizou conversões em 35 mm do
filme, mas alguns utilizaram projetores de filme digital, pois as películas não foram utilizadas
nesta produção.
O cinema digital traz uma tecnologia que sofre novos aperfeiçoamentos. O mundo
digital permite que possam ser produzidos filmes de forma mais barata e menos complicada.
Waldemar Lima (2004) acredita que a demora para a implantação do Cinema Digital não é
pela qualidade de imagens, cores, contrastes, e sim é uma briga comercial. "É briga pela
venda de filme virgem para produção e cópias, é briga por distribuição e por exibição".
O uso da moviola, um equipamento de edição de película, dificilmente é usado. Os
diretores que filmam em película 16mm ou 35mm, estão mudando para digital para facilitar a
edição. Depois do filme editado, o negativo é levado para o laboratório onde é cortado e
emendado de acordo com a edição que foi feita digitalmente. Com isso, o filme tem sua
primeira cópia pronta para ser exibida nos cinemas.
Na edição digital o processo é diferente. Depois da filmagem em película ou da
gravação em vídeo, o cineasta vai para a ilha digital e edita seu filme. Com o filme editado,
ele envia para os laboratórios para fazer a cópia em película 16mm ou 35mm. Este processo
é chamado de transfer, kinescopagem ou ampliação. A imagem não é a mesma de um filme
em película mas o custo final do filme é infinitamente menor. Com essa redução de custos, o
cinema pode produzir mais em pouco tempo e lançar novos diretores.
Existem duas exibidoras nacionais de sistema digital: a TeleImage, da CasaBlanca, e
a Kinocast, da Rain Networks. Elas possuem 127 das 2.095 mil salas espalhadas pelo país,
segundo dados da Ancine (2006). “O cinema digital pode popularizar o cinema mais do que
você imagina. Você tem mais acesso a mais filmes, o que acarreta em uma programação
mais diversificada”, cita Fábio Lima, sócio da Rain Networks. “Quanto mais diversidade
houver, maior a chance de atingir diferentes públicos e ter mais cinemas para responder à
demanda”. (LIMA, 2002).
Para baratear o custo das salas digitais, o filme é baixado por um satélite do servidor
da empresa que gerencia o cinema digital que ao conectado ao projetor, reproduz o filme e
garante a proteção contra a pirataria.
34
“Além do frete menor, a construção de salas digitais também é incentivada
pelo baixo investimento, se comparado com os cinemas convencionais com
exibição de 35 mm. Somados gastos com sonorização, projeção e infraestrutura, como cadeiras e tela, uma sala que reproduz filmes de 35 mm sai
por até 280 mil reais. Uma sala digital nova, que use os sistemas TeleImage
ou Kinocast, sai por cerca de 80 mil reais.” (LIMA, 2002)
Existem centenas desses cinemas digitais no mundo e a maioria está nos Estados
Unidos pelos investimentos que os grandes estúdios fizeram. Eles lançaram o padrão Digital
Cinema Initiatives (DCI) e os filmes produzidos só poderão ser exibidos em salas com
certificado DCI. O custo para transformar as salas e projetores analógicos para digitais no
Brasil é de 250 milhões de reais.
O sucesso do cinema digital está na vantagem do baixo custo na produção.
Com o sistema analógico, as companhias cinematográficas (...) gastam,
muito dinheiro com a gravação de fitas, distribuição e recolha de filmes (...).
Assim, essas empresas geralmente escolhem a dedo os filmes que irão
distribuir e são bastante cautelosas com número de cinemas em que os
filmes serão exibidos, com receio de não ter o retorno do investimento. (...)
Com a distribuição de dados em formato digital todo esse processo torna-se
desnecessário. O filme pode ser gravado em DVD, difundido por cabo ou
mesmo por satélite. Dessa forma, os custos de distribuição são
drasticamente reduzidos. (VITAL, 2007)
Os filmes analógicos acabam se desgastando com a quantidade de exibições. Com o
cinema digital a imagem não perde qualidade e a exibição será sempre a mesma. Além
disso, existe a possibilidade de maior manipulação da imagem e reprodução do filme em
outras línguas.
3.4 Cinema digital versus analógico
Apesar de já existirem câmeras que gravam em alta definição, o cinema digital só
não conseguiu superar o analógico na qualidade e na beleza da imagem. Essa parceria do
cinema com a tecnologia é uma combinação promissora. Hoje em dia qualquer um pode
fazer um filme e postar na internet e no YouTube, para isso basta ter em mãos uma câmera
ou até mesmo um celular.
Cláudio Bezzera (2007) afirma que existe
um tipo de cinema baseado no imprevisto. Como não é preciso gastar dinheiro com
filmes e mobilizar uma grande equipe, as pessoas não se importam em deixar a
câmera ligada e acabam captando cenas admiráveis.
Alguns críticos de cinema dizem que o cinema é o mais poderoso meio de
comunicação depois da TV. Essa imensa mudança do cinema analógico para o digital afeta
todo o mundo. Quanto mais acessível for, mais ampliada vai ser uma produção
independente.
35
4 CRÉDITOS CINEMATOGRÁFICOS
A partir de 1910, os locais de produção dos filmes eram chamados de escritórios de
cinema, e em poucos anos estavam em diversos países. O mercado exigia a produção de
novos filmes e esses escritórios tinham que dar conta da quantidade de cópias das obras,
além de traduzir as legendas e os créditos cinematográficos para os países que solicitavam
os filmes.
Os créditos cinematográficos ou intertítulos são uma lista com os nomes das
principais pessoas envolvidas na produção de um filme e suas respectivas funções. Atores
principais, diretor, e produtora são exemplos de nomes que aparecem em um crédito de
filme. Essa lista surge como títulos no início ou no final de um filme, ou em ambos. O crédito
dá “uma rápida pista do que se tratava o filme, depois tendo agregado mais informações e
uma grande variedade na forma de sua apresentação” (MUSSER, 1994).
A principal função do crédito é informar ao espectador as pessoas que estavam
envolvidas na produção. Possui três elementos básicos: música, imagem e a tipografia. “A
idéia é esquentar os olhos e a cabeça da platéia recém-chegada, munindo a abertura do
filme com informações importantes (...) sobre o que virá a seguir e visando o maior impacto
visual possível” (FILHO, 1997).
Os créditos permitem articulações como, por exemplo, cor, música de fundo
acompanhando ou não o movimento dos créditos, podem ser animados ou estáticos,
possuem um tempo de exibição, uma sequência, podem ter relação com o conteúdo e/ou a
história do filme, e alguns deles se destacam mais que o próprio filme.
Tietzmann (2005) acredita que os créditos de abertura “são trechos de filmes onde
há um espaço para comunicação diferenciada com o espectador, oriunda da mescla de
elementos-chave da história”. Já para Crook (1986) “não bastava dominar a tipografia e as
técnicas de preparação dos textos gráficos para cinema, mas também se mostrava
necessário agir cooperativamente com a equipe de realização do filme e o tema da obra”.
Em relação à mescla de imagens com texto, Tietzmann (2005) afirma que os créditos
não foram inventados pelo cinema. Os cartuns satíricos publicados no século XIX já
possuíam créditos. “O que o cinema trouxe de novo (...) foi a possibilidade de definir uma
sequência de cartões com texto (...) cuja (...) ordem preferencial de leitura, fosse prédefinido por um autor através da montagem cinematográfica” (TIETZMANN, 2005).
36
4.1 Primeiros créditos do cinema
Os créditos antigamente eram criados com cartões de títulos. Colocava-se o nome
do filme e o nome do diretor escrito em branco em um cartão de fundo preto, sempre
utilizando uma fonte simples. O cartão era fotografado e colocado na película do filme.
Um dos primeiros cartões criados foi para o filme “O Grande Roubo do Trem” de Edwin
Porter produzido em 1903.
Figura 22: Créditos de O Grande Roubo do Trem (Edwin Porter, 1903)
Fonte http://www.shillpages.com/movies/index2.shtml
A imagem acima mostra a preocupação de Edison. Simplesmente aparecem duas
vezes o nome do produtor, e outras duas que o filme possui copyright de 1903. Isso buscava
“a identificação dos autores para fins de responsabilidade perante uma ação judicial”
(MANNONI, 2003) já que em 1919 havia mais de 15 mil salas de cinema. “Não era possível
sobrepor legendas às imagens (...) filmadas até o aperfeiçoamento (...) de dispositivos
conhecidos como trucas, bancos ópticos ou optical printers” (RICKITT, 2000).
“O que o cinema trouxe de novo, (...), foi a possibilidade de definir uma
sequência de cartões com texto e imagem captadas pela câmera cujo
andamento e, portanto, a sugestão da ordem preferencial de leitura, fosse
pré definido por um autor através da montagem cinematográfica.”
(Tietzmann, 2005).
Na virada do século XIX, Cecil Hepworth filma em 1900 o filme “Qual a Sensação de
ser Atropelado”. As legendas foram filmadas com cartões e seguem o atropelamento do
cinegrafista em uma fonte irregular branca. Outros filmes do cinema mudo também
utilizaram cartões de títulos, como por exemplo o filme de Charles Chaplin “Em Busca do
Ouro” de 1925.
37
Figura 23: Créditos de “Qual a sensação de ser
Atropelado” (Cecil Hepworth, 1900)
Fonte http://www.shillpages.com/movies
Figura 24: Créditos de “Em Busca do Ouro” (Chaplin,
1925) Fonte http://www.shillpages.com/movies
Um dos primeiros diretores a desenhar esses títulos foi Alfred Hitchcock. Na década
de 1920 na cidade de Londres, Hitchcock “ilustrou cartões de títulos para uma subsidiária da
Paramount e a partir daí começou a trabalhar como ilustrador de intertítulos” (TRUFFAUT e
SCOTT, 1983). Porém só a partir de 1950 é que os créditos se consolidaram.
4.2 Tipografia em movimento
Um dos primeiros filmes com a movimentação da tipografia foi “O Monstro do Ártico”
(Christian Nyby, 1951), onde um fundo preto formava o título do filme e era preenchido por
um feixe de luz que passava entre os tipos. “A integração de palavras, formas e imagens
também funcionam no cinema (...) e podem ajudar no discurso narrativo do filme “(Aragão,
2004).
Figura 25: Créditos de O Monstro do Ártico (Christian Nyby, 1951)
Fonte www.horrortalk.com
Os meios de comunicação delinearam novas propriedades à tipografia. Nos créditos
de filmes, a tipografia está em movimento usando diversos tipos de efeito visual. Rickitt
(2000) afirma que
“a separação entre o cartão de abertura e as demais cenas do filme não pode ser
apenas creditada ao estágio incipiente em que se encontrava a narrativa
cinematográfica em 1903. Ela, principalmente, é fruto de uma limitação técnica dos
processos de copiagem de filmes no início do século XX somado a uma percepção
de custo e benefício.”
38
Essa sequência de créditos citada acima mostra as pessoas envolvidas utilizando a
tipografia. “Apesar de parecer à primeira vista dominado apenas pela informação
apresentada na forma de texto gráfico, é potencialmente um espaço de complementação e
criatividade entre a comunicação gráfica e o cinema”. (TIETZMANN, 2005).
“Os letreiros que cortavam os filmes para anunciar os diálogos dos personagens
eram por vezes quase suprimidos, como em “O Último Homem” de Murnau (1924).
Por outro lado, em alguns casos tinha-se a impressão de que a falta de som
prejudicava filmes que precisariam ter muitos diálogos, como “A Paixão de Joana
D’Arc”, feito pelo dinamarquês Dreyer em 1928.” (ARAÚJO, 1995)
Em seu artigo publicado nos Anais P&D Design 2000, Marcos Buccini “sugere a
realização de pesquisas sobre interferência na tipografia como: classificações das
interferências e seus resultados estéticos e semiológicos”, pois “estudos sobre tipografia em
movimento são vitais para o desenvolvimento do design.”
4.3 Videodesigner
Com o avanço da tecnologia, os cartões de títulos foram substituídos pela
computação gráfica. Desenhar cartões era trabalhoso e nem sempre dava certo. Os créditos
atuais participam no filme, e algumas vezes o filme começa e só depois de uma breve
introdução é que os créditos aparecem.
Segundo Arlindo Machado, na década de 50, alguns cineastas contrataram artistas
gráficos e plásticos para criar a abertura de seus filmes. “Alguns desses profissionais
realizaram um trabalho de tal impacto que não foram raros os casos em que as aberturas se
tornaram mais importantes do que os próprios filmes” (Machado, 2003).
Hoje esse profissional que cria os créditos cinematográficos é chamado de
videodesigner. Misturando fontes tipográficas diferentes com efeitos especiais de
computador, esse profissional “reproduz parte dos sentidos próprios da cultura pós-moderna
de forma ativa (...). Poderíamos mesmo arriscar em dizer que o videodesign (...) seria a
forma mais representativa do design pós-moderno atual” (Tietzmann, 2005).
Para Marcos Buccini (2000), os créditos atuais estão sendo mais elaborados. “O uso
da tipografia enquanto elemento imagético e animado, ultrapassando o significado apenas
lingüístico, transmite uma maior quantidade de informações ao receptor do que a tipografia
estática.” O espectador é cativado desde a primeira cena, e há casos que os créditos
ajudam na compreensão do filme, pois é utilizado textos em vez de imagens.
39
4.4 Designers e diretores dos créditos cinematográficos
Pablo Ferro, Maurice Binder e Saul Bass são os grandes nomes da década de 50
com seqüências de créditos. Bass trabalhou nos filmes de Alfred Hitchcock, Binder criou a
abertura de James Bond onde Bond aparece dentro do cano de uma arma, e Ferro criou a
abertura de “Doutor Fantástico” (Stanley Kubrick, 1964).
Saul Bass foi um dos primeiros designers responsáveis por um novo tipo de créditos
na década de 50 e 60. Entre eles podemos citar “Um Corpo que Cai” de 1958, “Intriga
Internacional” de 1959 e “Psicose” (1960) ambos de Alfred Hitchcock, e “Os Bons
Companheiros” de Martin Scorsese produzido em 1990.
Figura 26: Créditos de Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)
Fonte: Acervo pessoal
Pablo Ferro é outro designer importante e trabalha com filmes desde a década de 60.
Ferro criou o quick cut que é uma técnica de edição onde são feitas mudanças de imagens
sem continuidade. Vinte anos depois, a emissora de TV americana MTV adotou essa
técnica, usando até hoje em suas vinhetas e programas.
Uma das empresas que produzem créditos para filmes é a Boreau e a P2 de Nova
York, o escritório nova iorquino Balsmeyer & Everett, além do cineasta inglês Peter
Greenaway. A Imaginary Forces também é um grande nome em créditos de filmes em
Hollywood por produzir além dos créditos, campanhas de filmes, trailers, comerciais e
abertura de programas para TV, animações para multimídia e embalagem de software.
Houghton, sócio da Imaginary Forces, diz que “uma das razões pela qual somos
mais conhecidos é a maneira como tratamos a tipografia visualmente como imagem”
(Revista American Cinematographer, 1998).
40
Com toda essa evolução na criação dos créditos, não se sabe o que é tipografia e o
que é imagem, é apenas “produto de um contexto social e cultural que requer uma nova
sensibilidade para lidar com um universo mergulhado numa quase palpável trama de textos
e imagens” (BUCCINI, 2000).
4.5 Tipos de créditos cinematográficos
Tietzmann (2005) define que além dos créditos iniciais e finais, foram estruturados
mais três tipos de créditos: os intertítulos de fala; os intertítulos narrativos, e por último a
tipografia endógena. Dentre os cinco tipos, a tipografia endógena é a única que pode
assumir o papel de qualquer uma das outras quatro definições. “Cada uma dessas cinco
ligações entre imagens cinematográficas e elementos gráficos se definiu em convenções
específicas que permitiam sua identificação e leitura com agilidade” (MUSSER, 1994).
Os três tipos de interferências citadas acima são encontrados entre os créditos finais
e iniciais dos filmes, ou seja, qualquer tipo de tipografia encontrada no filme se enquadra em
uma das três classificações citadas. Para Marie (1995), os “intertítulos de fala são
configurações inseridas sobre as imagens filmadas, os intertítulos narrativos são inseridos
entre as imagens filmadas e a tipografia endógena são configurações inseridas no filme”.
4.5.1 Créditos de abertura
Os créditos iniciais ou de abertura informam a quem o filme pertencia. Nos anos
seguintes incorporaram o título, o elenco, a equipe da obra, os prólogos textuais e davam
avisos ao espectador. Mostra geralmente o nome da produtora, o nome do filme, nome dos
atores principais, diretor, fotografia, e podem variar, pois mostram mais informações que os
outros.
Em relação a filmes, a primeira cena é a sua primeira sequência, mas nem sempre é
nela que os créditos aparecem. Os créditos de abertura são para Musser (1994) “uma
informação a quem o filme pertence usando símbolos gráficos ao cenário (...). Desde os
primeiros filmes produzidos há algum tipo de crédito”.
Para Tietzmann (2005), “estudar com detalhes as cenas de abertura, abre-se a
possibilidade de, a partir do design, realizar trabalhos que façam análises estéticas, culturais
e ideológicas sobre determinados filmes”.
41
Figura 27: Créditos iniciais de “Prenda-me se for Capaz” (Steven Spielberg, 2002)
Fonte: Acervo pessoal
4.5.2 Intertítulos de fala
Os intertítulos de fala apenas pontuavam a parte gestual das cenas com palavras
(diálogos). Elas ainda existem, mas hoje em dia foram substituídos pelas legendas de fala
que são “essenciais à distribuição internacional de produtos audiovisuais” (TIETZMANN,
2005).
As legendas continuam a cumprir o papel dos intertítulos presentes no cinema dos
primeiros anos, e com a evolução dos créditos, agora podem aparecer sem interromper o
andamento do filme, por serem sobrepostas a imagem.
Figura 28: Cena de “Velozes e Furiosos 4” (Justin Lin, 2009)
Fonte: santanatech.spaces.live.com
4.5.3 Intertítulos narrativos
Já os intertítulos narrativos acrescentavam informações que a seqüência de imagens
teria trabalho para comunicar. Eles lembram que estamos em “Los Angeles, 2005” ou que
estamos “Dois anos depois”. Em filmes como “A Linha Geral” (Sergei Eisenstein, 1929)
esquemas aparecem em intertítulos para mostrar o progresso da agricultura soviética.
“Continuam, de forma graficamente mais ou menos sofisticada, a colaborar com a leitura
dos filmes” (TIETZMANN, 2005).
42
Figura 29: Intertítulo narrativo em “Velozes e Furiosos 4” (Justin Lin, 2009)
Fonte: santanatech.spaces.live.com
4.5.4 Tipografia endógena
São palavras e textos gráficos que fazem parte do cenário de um filme, como por
exemplo, o nome de uma loja, textos em etiquetas, bilhetes e até telas de computador. É a
única interferência tipográfica que pode assumir o papel de qualquer uma das outras quatro
existentes. Temos como exemplo os créditos finais pichados na parede do filme “Amor
Sublime Amor” (Robert Wise, 1961), ou o título inicial em neon de um bar no filme “Escola
do Rock” (Richard Linklater, 2004).
Figura 30: Tipografia endógena do filme “Escola do Rock” (Richard Linklater, 2004)
Fonte: ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br
4.5.5 Os créditos finais
Até alguns anos, os créditos finais se resumiam ao simples “The End”. Mas o
fortalecimento dos sindicatos e “o final do reinado dos grandes estúdios no mercado
americano na década de 1960, os créditos finais passaram a listar todos os envolvidos na
realização da obra. Um longa-metragem tem em sua equipe facilmente centenas de
pessoas” (TIETZMANN, 2005).
43
Figura 31: Créditos finais do filme “Romeu e Julieta” (Baz Luhrmann, 1996)
Fonte: Acervo pessoal
Para Baines e Haslam (2002) “a velocidade da movimentação dos caracteres deve
ser determinada pela habilidade de leitura dos espectadores. Um dos exemplos mais
antigos de textos em movimento em tela são os créditos finais dos filmes, que são, por
convenção, deslocados lentamente de baixo para cima”.
44
5 TIPOGRAFIA
5.1 História
Priscila Farias (1998) define tipografia como “universalmente neutra, compreensível e
funcional”. Já Lucy Niemeyer (2002) define tipografia como "um ofício que trata dos atributos
visuais da linguagem escrita". O objetivo de um texto é “de transmitir uma mensagem do
modo mais eficaz possível, gerando no leitor destinatário significações pretendida pelo
destinador” (Niemeyer, 2002).
Essas letras possuem variações de acordo com a sua família podendo ser em itálico
e negrito, por exemplo. Elas são as principais ferramentas de comunicação e para isso
deve-se fazer uma escolha adequada dos tipos para a composição e a relação do layout de
texto com os elementos da página.
A mensagem tem que ser transmitida de maneira rápida e eficiente, sem que a
atenção do leitor se perca ou que a mensagem não seja entendida claramente, pois "a
tipografia também serve como meio de expressão" (Farias, 1998). “Para funcionar bem na
comunicação, a mensagem impressa requer causar impacto. Os tipógrafos profissionais têm
uma grande responsabilidade no resultado desse processo” (Niemeyer, 2002).
"... se você tem uma determinada informação ou um texto manuscrito e precisa darlhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem
problema, isso é tipografia. Mas essa definição tem o defeito de ser muito curta.
Tipografia pode ser também algo que não precisa ser lido. Se você gosta de
transformar partes dessa informação em algo mais interessante, pode fazer algo
ilegível, para que o leitor descubra a resposta. Isso também é possível, e isso
também é tipografia. Escrita à mão é tipografia. Fazer letras à mão também é
tipografia” (WEINGART, 2000)
Para Weingart, a tipografia pode ser um texto tanto legível quanto ilegível,
independente da informação que você quer passar. Uma mesma mensagem pode ser
passada utilizando duas formas de escrita diferentes por exemplo. O título de um filme por
ser escrito utilizando uma fonte sem serifa, ou pode-se também criar uma fonte um pouco
mais ilegível, dando a entender no seu desenho do que se trata o filme.
Desde a invenção da escrita cuneiforme dos Sumérios em 3150 a.C. até Gutenberg
com sua impressão de tipos móveis em 1450, a tipografia sempre acompanhou as
diferentes expressões culturais do homem e implementou as trocas comerciais. O foco
comercial da tipografia começou a partir da Revolução Industrial, pois foi fundamental para o
desenvolvimento da propaganda. Aliando estética e espírito crítico, a tipografia ainda
influenciou movimentos artísticos como o Dadaísmo, Futurismo, Construtivismo e a escola
Bauhaus.
45
Figura 32 – Dadaísmo
Fonte: suzeargollo.wordpress.com
Figura 34 – Construtivismo Russo (Rico Lins)
Fonte: construtivismorussobr.blogspot.com
5.2 Características
Cada família tipográfica guarda em seu desenho características essenciais, podendo
variar no tamanho, forma, peso, contraste, inclinação, estrutura, largura e traço. Ela possui
os sinais alfabéticos que são caracteres maiúsculos e minúsculos, e os para-alfabéticos que
são os sinais de pontuação.
Figura 34 – Família tipográfica Swift, 1985
Fonte: www.linotype.com
Como a tipografia é usada em aplicações impressas, ela também pode ser usada em
CRTs (cathode ray tubes). São telas de televisão e de monitor as quais irradiam a luz. Isso
determina que a tipografia seja diferente entre o material impresso e CRTs por causa dos
"efeitos da mensagem sobre o olho do leitor" (Niemeyer, 2002).
"Com o surgimento da imprensa de Gutenberg em 1456, as letras, antes
manuscritas por monges em livros artesanais, começam a ganhar
características mais neutras, cuneiformes e gradativamente foram perdendo
seu aspecto manuscrito. A sagração da neutralidade na tipografia ocorreu
na Suíça, durante o movimento que ficou conhecido como "estilo
internacional", na década de 1950, com o surgimento da fonte Helvetica"
(HOLLIS, 2000).
46
Entre as espécies de caracteres no alfabeto latino, Niemeyer, em seu livro, define as
doze principais, porém para este trabalho usaremos apenas sete:
- Maiúsculas ou caixa alta (A, B, C, D; E...)
- Minúsculas ou caixa baixa (a, b, c, d, e...);
- Ditongos que são maiúsculas ou minúsculas unidas (ei, ai, oi, iu, eu, ou, au...);
- Acentos gráficos (´, `, ^, ~);
- Algarismos que podem ser ou não alinhados pela linha de base (I, II, III, IV, V...);
- Sinais de pontuação (!, ?, .) ;
- Símbolos de operações matemáticas (+, -, x, ÷, ±);
Horn (1977) avalia os caracteres quanto ao seu valor, textura, cor, orientação,
tamanho, localização no espaço bidimensional e tridimensional, movimento, espessura e
iluminação.
Há também a classificação tipográfica Vox/ATypI, que foi feita originalmente por
Maximilien Vox em 1954, que divide os tipos em sete grandes classes, também divididas em
subclasses, como romanos, lineares, incisos, manuais, manuscritos, góticos e os não
latinos. Já os elementos tipográficos em sua estrutura podem ser divididos em linha de
base, linha central, ascendente, descendente, caixa alta, caixa baixa, altura de x, cabeça ou
ápice, serifa, barriga, haste, montante ou trave, base, barra e bojo.
Na busca por maior legibilidade e simplificação, Francis Thibedeau em meados do
século XVIII estabeleceu características para as principais famílias de letras. Como
exemplo, temos a romana antiga que proporciona um descanso visual; a romana moderna
que é esteticamente agradável e melhorou a legibilidade das letras; a egípcia (ou serifa
grossa) que possui uniformidade nas hastes e serifas retangulares; a sem serifa que possui
poucas variações, mas não aconselhável em textos longos; e a cursiva que possui hastes e
serifas livres fazendo com que se torne a mais ilegível de todas.
Figura 35 Exemplo de características tipográficas
Fonte: Acervo pessoal
47
Em relação ao alinhamento de texto em uma página, podemos organizá-lo de
maneira justificada, justificada a direita, justificada a esquerda, centralizada e assimétrica.
Outros critérios que influenciam a escolha dos tipos para compor um texto legível são a
força dos traços e a sua posição, a inclinação das letras (redondo, negrito, fraco, itálico) e a
largura dos caracteres (expandido, condensado, normal, estreito). "Palavras compostas
apenas com letras maiúsculas são consideravelmente menos legíveis do que palavras
compostas em caixa baixa" (Farias, 1998).
“Fatores externos aos tipos em si também devem ser levados em conta na escolha
das fontes, como a cor dos caracteres, a cor do papel ou do (...) e o tipo de
impressão ou de suporte utilizado, que pode impedir o uso de corpos menores ou
com traços fortes e próximos” (ROCHA, 2008).
5.3 Tipografia do século XV ao XX
Depois que Gutenberg inventou os caracteres móveis no começo do século XV, é
criado um estilo de fonte gótico. A partir daí, novos tipógrafos foram surgindo em vários
períodos entre os séculos XV e XX, como por exemplo, o renascimento, barroco,
classicismo, historicismo, Arts and Crafts entre outros.
5.3.1 Renascimento
No renascimento, Gutenberg usava o desenho de um tipo que imitava a escritura
manual. Em 1465, os italianos aperfeiçoaram esse desenho e criaram o primeiro tipo de
letra romano baseado na tipografia da antiguidade romana. Os principais tipógrafos dessa
época foram Nicolas Jenson e Aldus Manutius. Mais tarde Claude Garamond cria seu
próprio tipo baseado nas letras usadas na cidade de Veneza.
Figura 36: Exemplo de tipo romano
Fonte: www.linotype.com
Figura 37: Família Garamond
Fonte: www.linotype.com
48
5.3.2 Barroco
A tipografia na época barroca possuía formas arredondadas e riqueza nos seus
detalhes. Na Inglaterra as principais famílias tipográficas foram a Caslon criada em 1772 por
William Caslon, e a Baskerville criada por John Baskerville em 1757.
Figura 38: Família Caslon
Fonte: www.linotype.com
Figura 39: Família Baskerville
Fonte: www.linotype.com
5.3.3 Classicismo
Nesse período, as letras começaram a ter traços mais estilizados e os traços finos
davam elegâncias aos tipos. Bodoni, Didot e Walbaum são os tipógrafos da época.
Figura 40: Família Bodoni
Fonte: www.linotype.com
Figura 41: Família Didot
Fonte: www.linotype.com
5.3.4 Historicismo
Esse período utiliza ornamentos e formas góticas e barrocas. Os textos são
decorados e com até três dimensões de volumes.
Figura 42: Tipografia do Historicismo. Fonte: http://www.designup.pro.br
49
5.3.5 Arts and Crafts
Este movimento foi criado em contraposição ao historicismo. Ele defendia o livro
artesanal e belo na era industrial, e além dos tipos, o papel e as ilustrações também eram
importantes. Possui rica ornamentação e conceitos de legibilidade. O grande nome do Arts
and Crafts foi William Morris.
Figura 43: Iniciais de William Morris.
Fonte: Acervo pessoal
5.3.6 Futurismo
O futurismo surge no início do século XX querendo romper as estruturas tradicionais.
Surge uma tipografia de símbolos e os já existentes são reduzidos e misturados entre
romanos, serifas redondas e quadradas.
Figura 44: Tipografia futurista.
Fonte: http://budita.files.wordpress.com
5.3.7. Construtivismo
Nesse estilo, os textos eram escritos alinhados à direita e justificados. Buscava um
contraste de formas usando maiúsculas, barras e linhas em branco e preto. O tipógrafo
austríaco Jan Tschichold escreveu uma síntese de todas as propostas de funcionalidade no
livro “A nova Tipografia”.
50
Figura 45: Cartaz do construtivismo russo
Fonte: construtivismorussobr.blogspot.com
Figura 46: Cartaz de Jan Tschichold
Fonte: construtivismorussobr.blogspot.com
5.3.8. Tipografia elementar
Esse tipo de desenho é baseado em formas claras, e foi a época em que as
tipografia com serifa não foi mais utilizada. Há clareza nos ornamentos e nesse período Paul
Renner cria a família Futura.
Figura 47: Família Futura. Fonte: www.linotype.com
5.3.9 Art decó
Estilo francês com uma caligrafia inconfundível apreciados por jornais e revistas. A
tipografia possuía alfabetos abstratos e o tipo mais característico foi o criado por Morris
Benton, a Broadway.
Figura 48: Estilo tipográfico criado por Morris Benton.
Fonte: www.identifont.com
5.3.10 Tipografia tradicional
Quando começaram a ser produzidos uma tipografia tradicional e mais simples, os
professores da Bauhaus Gropius, Moholy-Nagy, Bayer e Mies van der Rohe começam a ser
perseguidos, e em 1932 Morison cria a família Times New Roman.
51
Figura 49: Família Times New Roman.
Fonte: www.linotype.com
5.3.11 Estilo Internacional
Esse movimento que surgiu nos anos 50 na Suíça mistura o construtivismo e a
tipografia elementar. Defende letras sem serifa, páginas modulares e a utilização do preto e
branco. Surgem as famílias Univers de Adrian Frutiger em 1954 e a Helvetica de Max
Miedinger em 1957.
Figura 50: Família Univers
Fonte: www.linotype.com
Figura 51: Família Helvetica
Fonte: www.linotype.com
5.3.12 Pop art
A pop art mistura a tipografia com grafismos urbanos, cultura popular e história em
quadrinhos. A moda, as capas de discos e os cartazes ganharam novas formas mais
desenhadas em um estilo Art Nouveau. Nos anos 70 a fotocomposição estabelece novos
parâmetros com vários recursos à disposição onde os textos desafiam a legibilidade.
Figura 52: Pop art
Fonte: Acervo pessoal
5.3.13 New wave
Assim surge o new wave, um movimento que busca a inversão do tipo, blocos de
textos escalonados ou irregulares, espaçamentos diferentes e letras sublinhadas.
52
Figura 53: New wave
Fonte: Acervo pessoal
5.4 Tipografia pós-moderna
Junto com o avanço da tipografia, houve um avanço também por parte do design
gráfico. A tipografia começava a ser chamada de “pós-moderna”, pois tinha “nascido do
embate das influências dos experimentalismos das décadas precedentes, somado aos
avanços tecnológicos ligados à área do design gráfico” (Farias, 1998).
Os tipos foram cedendo lugar ao digital, onde designers especializados na sua
criação começaram a criar suas fontes no computador. O uso da informática no design
gráfico e a impressão ajudaram na evolução da história da tipografia.
A tipografia digital ajuda a desenhar e a redesenhar melhor os caracteres com mais
fidelidade do que o método utilizado anteriormente. Essas famílias tipográficas agora estão
disponíveis no computador, fazendo com que tenhamos acesso a um acervo tipográfico
gigantesco.
Os métodos mais avançados de desenho de tipografia permitem criar facilmente
fontes de diferentes tamanhos e inclinações, e os problemas da falta de qualidade na
impressão foram superados com “a tecnologia a laser e a programação Postscript”
(MORENO, 2008).
A empresa Apple lançou um sistema de fontes chamado True Type que foi baseado
em definições matemáticas das letras. Isso permite que as fontes possam ser usadas em
diferentes tamanhos, similares aos vetores.
Moreno (2008) cita as principais famílias tipográficas incluídas num sistema
operacional. Temos a Abadi MT Condensed Light, Arial, Arial Black, Book Antiqua, Calisto
MT, Century Gothic, Comic Sans MS, Copperplate Gothic Bold, Courier New, Georgia,
Impact, Lucida Console, Lucida Handwriting Italic, Lucida Sans, Marlett, News Gothic MT.
OCR A Extended, Symbol, Tahoma, Times New Roman, Trebuchet MS, Verdana,
Webdings, Westminster e Wingdings.
53
6 ELABORAÇÃO DA ANÁLISE DOS CRÉDITOS CINEMATOGRÁFICOS
Para a elaboração de uma proposta de classificação da tipografia presente nos
créditos, foi analisado o material de pesquisa que apresentavam propostas de análise.
Dentre eles podemos citar Mijksenaar (1997) que propõe três distinções das
categorias de informação visual em variáveis de apresentação gráfica. Essas variáveis
podem ser diferenciadoras, hierárquicas e de suporte. Variáveis diferenciadoras tratam do
contraste do corpo do texto, cor, ilustração, coluna, texturas, tipos e imagens diferentes. Já
as hierárquicas tratam do posicionamento, tamanho e peso da tipografia, entrelinha, título do
texto e diferentes larguras das colunas em relação à página. As variáveis de suporte
envolvem ênfase e acentuação em áreas de cor ou sombreado, linhas, caixas e estilos de
texto.
Já Twyman (1982) distingue dois aspectos da linguagem gráfica verbal (LGV): os
aspectos intrínsecos que tratam “o conjunto de caracteres de um sistema e suas
particularidades” (Aragão e Coutinho, 2006) como, por exemplo, o itálico, negrito, maiúscula,
tamanho e estilo da letra. Os aspectos extrínsecos tratam as “diferentes formas que podem
ser aplicadas aos caracteres ou ao conjunto de caracteres, como controlar o espaço entre
eles ou mudar a cor” (Aragão e Coutinho, 2006). Além desses aspectos, Twyman (1982)
também divide as mensagens recebidas em dois canais: o visual e o auditivo.
Para Marie (1995), existem três tipos de configurações em relação às imagens. As
configurações sobre as imagens que são produzidas separadamente, as configurações
entre as imagens que também são produzidas separadamente, mas sem sobreposição; e
por fim as configurações no filme que fazem parte da paisagem e podem ser classificadas
em intencionais (quando há a intenção de gerar significado) e em não intencionais (imagens
captadas aleatoriamente pela câmera).
Halliday (2001) reconhece três tipos distintos chamados de metafunções: a função
ideacional que cria representações, a interpessoal que produz a interação entre o escritor e
o leitor, e a textual que arranja elementos em tipos específicos de textos.
Kress e Leeuwen (1996) adotaram Halliday, porém com outra terminologia: padrão
de representação que trata dos elementos e das diferentes maneiras como eles estão
relacionados, padrão de interação que lida com a relação entre produtor, observador e
objeto representado, e por fim o padrão de composição que analisa recursos de
composição, como a relação direita esquerda entre imagem e texto.
O padrão de representação é dividido em duas estruturas: narrativas que
representam os participantes fazendo algo para alguém ou com ele mesmo; e conceituais
que representam o participante em termos de classificação, analítico e simbólico.
54
Woolman e Bellantoni (2000) elaboraram um modelo de classificação dos créditos
baseando-se em três critérios principais: espaço, tipografia e tempo. O espaço é analisado
quanto ao frame, sua estrutura e cores utilizadas. A tipografia quanto ao seu significado,
suas características, forma, suporte, e a animação utilizada; e por fim, o tempo é analisado
pelo movimento da tipografia e a sequência utilizada.
Gosha (2005) ao elaborar seus critérios, modificou a matriz proposta por Woolman e
Bellantoni (2000). Esse novo modelo de matriz mostra
efeitos e procedimentos muito comuns ao universo das pós-produções. A
quantidade de categorias, efeitos e nuances dão ao pesquisador informações
precisas sobre o uso da tipografia. São ao todo onze categorias de observação
somente no aspecto formal. Cada aspecto tem suas variáveis podendo atingir até
sete níveis de observação (GOSHA, 2005).
Essa proposta propõe uma maneira de classificar a existência ou não de movimento
na tipografia. Quando há esse movimento, ele pode ser classificado de ordem física
(observa as variações de estilo, modo cromático e densidade), ótica (observa
enquadramento, movimento, contraste e efeitos) ou ambos, e se ele se dá de forma
organizada, aleatória, simultânea ou assíncrona.
Uma tipografia, principalmente no caso das letras gráficas, é um elemento rico em
significados, muitas vezes determinados por fatores relativos à época, geografia,
técnicas de reprodução, e com isso carregam em si informação além daquela
transmitida textualmente (GOSHA, 2005).
6.1 Proposta de classificação
Para a elaboração de uma proposta de classificação dos créditos de filmes, baseouse nos autores Woolman e Bellantoni (2000). Essa proposta foi modificada para que a
tipografia fosse analisada em um conjunto, ou seja, essa proposta analisa o crédito como
um todo, e não somente o nome do filme e/ou o nome da produtora.
A proposta elaborada pela autora poderá ser utilizada para classificar os cinco tipos
de interferências tipográficas, porém para este trabalho analisaremos somente os créditos
iniciais e finais, pois são através deles que as informações básicas sobre o filme são
passadas ao espectador, como por exemplo, o nome do filme, da produtora, e da equipe
que compõe a produção do filme.
Este novo método analisa os créditos da seguinte maneira: os créditos iniciais e
finais do filme serão analisados separadamente, considerando a hipótese de um filme não
ter crédito inicial ou final, e de eles não terem semelhanças. A partir desse material, o
crédito será analisado em três aspectos: quanto ao seu tempo, espaço e tipografia utilizada.
55
6.1.1 Tempo
Em relação ao tempo, os critérios foram estabelecidos da seguinte maneira:
1. Movimento
a. Direção
i. Horizontal: quando há movimento horizontal
ii. Vertical: quando há movimento vertical
iii. Esquerda – Direita: sentido esquerda – direita
iv. Direita – Esquerda: sentido direita – esquerda
v. Cima – Baixo: de cima para baixo
vi. Baixo – Cima: de baixo para cima
vii. Circular: movimento circular
viii. Especial: movimento especial
b. Rotação
i. Plana: rotação das palavras
ii. Especial: rotação da tipografia
c. Proximidade
i. Palavras: palavras se aproximam
ii. Kerning: letras se aproximam
iii. Sequencial: a proximidade forma um conjunto
d. Afastamento
i. Palavras: palavras se afastam
ii. Kerning: letras se afastam
iii. Sequencial: se afastam em sequência
e. Camadas
i. Opaca: imagem chapada sobreposta
ii. Translúcida: efeito ótico de sombra
iii. Transparente: tipografia transparente
2. Sequência
a. Estrutura
i. Linear: sequência de movimentos
ii. Não linear: sequência aleatória
b. Justaposição
i. Camada: a camada sobrepõe a tipografia ou a imagem
ii. Sequencial: há uma sequência de sobreposição
iii. Simultânea: sobrepõe parte da tela e mostra um fundo
56
c. Hierarquia
i. Domínio do áudio: domínio do som
ii. Domínio da imagem: domínio da imagem
iii. Domínio da tipografia: domínio da escrita
d. Transição
i. Corte: há um corte entre uma imagem e outra
ii. Fade: uma imagem surge quando a outra desaparece
iii. Dissolução: a imagem se dissolve
iv. Especial: transição especial das imagens
v. Rotação: rotação de uma imagem para aparecer outra
vi. Blur especial: a imagem desfoca para que outra apareça
vii. Zoom especial: afastamento ou aproximação da imagem
e. Duração
i. Plano curto: o tempo de uma imagem para outra é curto
ii. Plano longo: o tempo de uma imagem para outra é longo
6.1.2 Espaço
Em relação ao espaço, os critérios estabelecidos são:
1. Cor
a. Tratamento
i. Luminosidade: se há luminosidade na imagem
ii. Saturação: cor chapada
iii. Contraste letra/fundo: se há contraste da tipografia com o fundo
iv. Brilho: se a imagem possui brilho
b. Mistura
i. Sólida: mistura de cores chapadas
ii. Gradiente: mistura gradiente das cores
c. Temperatura
i. Fria: cores frias
ii. Quente: cores quentes
iii. Preto e branco: fundo preto e tipografia em branco (e vice versa)
d. Classificação (modo)
i. Primária: presença de cores primárias
ii. Secundária: presença de cores secundárias
iii. Terciária: presença de cores terciárias
57
2. Quadro
a. Formato
i. Horizontal: formato horizontal na tela
ii. Vertical: formato vertical na tela
iii. Diagonal: formato diagonal na tela
b. Composição: se o quadro possui uma composição
c. Superfície
i. Plana: tipografia 2D
ii. Linear: tipografia 3D
d. Escala: se há uma escala da tipografia utilizada na tela
e. Malha (grid): as palavras possuem alinhamento e organização
f.
Máscara: simula na tela uma máscara geométrica ou orgânica
3. Plano
a. Estrutura
i. Ponto: se existe um ponto que indica a posição na tela
ii. Plano: uma linha que se move à outra e forma um plano
iii. Linha: o movimento de um ponto que cria uma linha
iv. Volume: um plano que se move em direção ao outro criando volume
v. Imagem: se a estrutura forma uma imagem
b. Representação espacial
i. Ponto de fuga: se existe um ponto de fuga
ii. Sistema cartesiano: se o ponto de fuga é perpendicular ao eixo x, y ou
z
c. Movimentação de câmera
i. Zoom: se existe zoom
ii. Panorâmica: Se o quadro possui uma panorâmica da imagem
iii. Travelling: se a câmera acompanha a tipografia
6.1.3 Tipografia
E por último, em relação à tipografia:
1. Significado
a. Interpretação: se a tipografia interpreta um áudio (uma narração) ou o
assunto do filme
b. Entonação: Se há entonação de uma palavra utilizando áudio
58
2. Características
a. Família
i. Serifa: Presença de fonte com serifa
ii. Sem serifa: Presença de fonte sem serifa
iii. Manuscrita: Presença de fonte manuscrita
iv. Fantasia: Presença de fonte fantasia
v. Pixel: Presença de fonte pixelada
b. Peso
i. Light: Uso de fonte com peso light
ii. Regular: Uso de fonte com peso regular
iii. Bold: Uso de fonte em negrito
c. Caixa
i. Alta: Presença de caixa alta
ii. Baixa: Presença de caixa baixa
iii. Inicial maiúscula: Presença de palavras com inicial maiúscula
d. Corpo e escala: Se a tipografia possui uma escala na tela
e. Espaçamento
i. Kerning: Se os espaços entre os pares de letras estão ajustados
ii. Tracking: Se os espaços entre as letras das palavras estão ajustados
iii. Entrelinha: Espaçamento entre as linhas estão ajustados
f.
Estilo
i. Romano: Tipografia de estilo romano
ii. Itálico: Utilização da tipografia em itálico
g. Preenchimento
i. Sólido: Tipografia de preenchimento sólido
ii. Negativo: Preenchimento da tipografia utilizando negativo
iii. Contorno: Preenchimento da tipografia utilizando contorno
3. Forma
a. Distorção
i. Desfoque: Se existe desfoque da palavra
ii. Dissolução: Se a palavra sofre dissolução
iii. Ondulação: Se a palavra sofre ondulação
iv. Fragmentação: Se a palavra é fragmentada
b. Elaboração
i. Subtração: Subtração da palavra através de uma forma
59
ii. Extensão: Extensão da palavra
iii. Repetição: Repetição de formas ou de palavras
c. Dimensão
i. Sombra: Se a tipografia possui sombra
ii. Simulação de superfície: Se a tipografia simula uma superfície
iii. Extrusão: Se existe extrusão nas palavras (utilizando imagem ou
tipografia)
iv. Profundidade de campo: Se a tipografia possui profundidade
d. Alinhamento
i. Esquerda: Tipografia alinhada à esquerda
ii. Direita: Tipografia alinhada à direita
iii. Centralizada: Tipografia centralizada
iv. Especial: Alinhamento da tipografia especial (formas geométricas ou
orgânicas)
4. Suporte
a. Linha: Se o suporte da palavra é uma linha
b. Símbolo: Se o suporte da palavra é um símbolo
c. Forma: Se o suporte da palavra é uma forma
d. Imagem: Se o suporte da palavra é uma imagem
e. Áudio: Se o suporte da palavra é um áudio (se acompanha um áudio)
5. Animação
a. Sem câmera: Animação sem movimentação de câmera
b. Linear: Animação da tipografia de forma linear
c. Stopmotion: Animação por stopmotion
d. Digital: Utilização da animação digital
6. Luz
a. Brilho
i. Interna: Se há um brilho na parte interna da tipografia
ii. Externa: Se há um brilho na parte externa da tipografia
b. Direção
i. Plana: Se a direção da luz é plana
ii. Local: Se a direção da luz é local
c. Contraste: Se a luz possui contraste com o fundo
60
A estrutura da análise consiste em uma tabela que será utilizada para analisar tanto
o crédito inicial como o crédito final. Durante a análise, quando houver a presença dos itens
presentes na tabela, ele será preenchido com o número 1 (um). Cada filme terá duas
tabelas, uma para o crédito inicial e outra para o crédito final
Após esta análise, será possível ter uma visão de como o crédito foi elaborado, se o
crédito inicial tem semelhança com o crédito final em relação à tipografia, entre outros.
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
Não linear
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
Domínio do tipo
Sequência
Corte
Fade
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
Plano longo
Tabela 1: Tabela de análise em relação ao Tempo.
61
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
Contraste letra/fundo
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
PB
Primária
Classificação (modo)
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
Plana
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
/
Ponto
Plano
Estrutura
Linha
Volume
Imagem
Plano
Rep. Espacial
Ponto de fuga
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
Tabela 2: Tabela de análise em relação ao Espaço.
62
TIPOGRAFIA
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Significado
Serifa
Sem serifa
Família
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
Bold
Alta
Características
Caixa
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Romano
Estilo
Itálico
Sólido
Preenchimento
Negativo
Contorno
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Simulação da Superfície
Dimensão
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Direita
Alinhamento
Centralizado
Especial
63
Suporte
Animação
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Interna
Brilho
Externa
Luz
Plana
Direção
Local
Contraste
/
Tabela 3: Tabela de análise em relação à Tipografia.
64
7 MATERIAL DE ANÁLISE
Como o cinema pode ser dividido em quatro fases (mudo, sonoro, moderno e pósmoderno), foram selecionados quatro filmes de cada fase, montando assim uma estrutura
com dezesseis filmes. Além disso, durante a pesquisa sobre produção de filmes, concluiu-se
que dentre todos os gêneros existentes, há uma maior produção (e divulgação) de certos
gêneros de filmes que podem ser agrupados em estilos. Abaixo segue um exemplo e sua
estrutura:
FASES DO CINEMA
LISTA DE FILMES
até 1930
1930 a 1950
1951 a 1980
1981 em diante
filme 1
filme 1
filme 1
filme 1
filme 2
filme 2
filme 2
filme 2
filme 3
filme 3
filme 3
filme 3
filme 4
filme 4
filme 4
filme 4
Sendo assim, para completar o material de análise, os gêneros foram agrupados em
cinco estilos: animação 2D e 3D; aventura, drama e ação; comédia, romance e comédia
romântica, ficção científica, e por último terror e suspense. Com base nesses estilos,
totalizamos oitenta filmes para a análise, sendo dezesseis de cada estilo.
7.1 Lista de Filmes
A escolha dos filmes foi baseada em sites específicos de cinema, que fazem uma
pontuação dos melhores filmes de cada década por meio de votação via internet; além é
claro de divulgarem a bilheteria do primeiro final de semana de exibição do filme nos
cinemas.
Os filmes estão agrupados conforme seu gênero, e possuem uma informação básica:
nome em português seguido do nome original, nome do(s) diretor (es), produtora, ano de
lançamento, país em que foi produzido e se ele é um curta, média ou longa metragem.
Segue abaixo a lista dos oitenta filmes selecionados para análise, agrupados nos cinco
estilos já definidos.
7.1.1 Filmes de Animação 2D e 3D
01 – Humorous Phases of Funny Faces (James Blackton, 1906)
02 – Procurando Nemo (Winsor McCay, 1909)
03 – Gertie, a Dinossauro (Winsor McCay, 1914)
04 – As Aventuras do Príncipe Achmed (Lotte Reiniger, 1926)
05 – A Branca de Neve e os Sete Anões (David Hand, 1937)
65
06 – O Gato em Maus Lençóis (Hanna & Barbera, 1940)
07 – A Face de Fuerhrer (Jack Kinney, 1942)
08 – O diário do Jerry (Hanna & Barbera, 1949)
09 – Cinderela (Clyde Geromini, 1950)
10 – A Dama e o Vagabundo (Clyde Geromini, 1955)
11 – O Gato Acima e o Rato Abaixo (Chuck Jones, 1964)
12 – Yellow Submarine (George Dunning, 1968)
13 – A Bela e a Fera (Gary Trousdale, 1991)
14 – Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)
15 – Os Incríveis (Brad Bird, 2004)
16 – Carros (John Lasseter, 2006)
7.1.2 Filmes de Aventura, Drama e Ação
01 – Cabiria (Giovanni Pastrone, 1914)
02 – O Naufrágio do Lusitânia (Winsor McCay, 1918)
03 – O Cantor de Jazz (Alan Crosland, 1927)
04 – A Paixão de Joana D’Arc (Carl Theodor Dreyer, 1928)
05 – E o Vento Levou (Victor Fleming, 1939)
06 – O Mágico de Oz (Victor Fleming, 1939)
07 – Pacto de Sangue (Billy Wilder, 1944)
08 – Um Corpo que Cai (Alfred Hitchcock, 1958)
09 – Intriga Internacional (Alfred Hitchcock, 1959)
10 – O Poderoso Chefão (Francis Ford Copolla, 1972)
11 – Os Embalos de Sábado à Noite (John Badham, 1977)
12 – A Lagoa Azul (Randal Kleiser, 1980)
13 – Gladiador (Ridley Scott, 2000)
14 – Triple xXx (Rob Cohen, 2002)
15 – Mais Velozes Mais Furiosos (John Singleton, 2003)
16 – Johnny e June (James Mangold, 2005)
7.1.3 Filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica
01 – Lírio Partido (D. W. Griffith, 1919)
02 – O Homem Mosca (Fred Newmeyer, 1923)
03 – Em Busca do Ouro (Charles Chaplin, 1925)
04 – O Circo (Charles Chaplin, 1928)
05 – Tempos Modernos (Charles Chaplin, 1931)
66
06 – Aconteceu Naquela Noite (Frank Capora, 1934)
07 – Casablanca(Michael Curtis, 1942)
08 – A Fortaleza (Jules White, 1949)
09 – Cantando na Chuva (Gene Kelly, 1952)
10 – O Corinthiano (Milton Amaral, 1967)
11 – Grease – Nos Tempos da Brilhantina (Randal Kleiser, 1978)
12 – Flashdance – Em Ritmo de Embalo (Adrian Lyne, 1983)
13 – Uma Linda Mulher (Garry Marshall, 1990)
14 – Titanic (James Cameron, 1994)
15 – Romeu e Julieta (Baz Luhrmann, 1996)
16 – Mais Estranho que a Ficção (Marc Foster, 2006)
7.1.4 Filmes de Ficção Científica
01 – Aelita – A Rainha de Marte (Yakov Protazanov, 1924)
02 – O Mundo Perdido (Harry Hoyt, 1925)
03 – Paris Adormecida (René Clair, 1925)
04 – Metrópolis (Fritz Lang, 1927)
05 – Frankenstein (James Whale, 1931)
06 – O Médico e o Monstro (Rouben Mamoulian, 1931)
07 – King Kong (Merian C. Cooper, 1933)
08 – O Filho do Frankenstein (Rowland V. Lee, 1939)
09 – 2001 – Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
10 – Laranja Mecânica (Stanley Kubrick, 1971)
11 – Guerra nas Estrelas – Uma Nova Esperança (George Lucas, 1977)
12 – Superman – O Filme (Richard Donner, 1978)
13 – Matrix (Andy Wachowski, 1999)
14 – Homem Aranha (Sam Raimi, 2002)
15 – O Homem de Ferro (Jon Favreau, 2008)
16 – Presságio (Alex Proyas, 2009)
7.1.5 Filmes de Terror e Suspense
01 – O Gabinete do Doutor Caligari (Robert Wiene, 1919)
02 – Nosferatu (F.W. Murnau, 1922)
03 – Fausto (F.W. Murnau, 1926)
04 – Um Cão Andaluz (Luis Bruñuel, 1929)
05 – Drácula (Todd Browning, 1931)
67
06 – M, o Vampiro de Dusseldorf (Carl Theodor Dreyer, 1931)
07 – Criaturas (Todd Browning, 1932)
08 – O Filho do Drácula (Robert Siodmak, 1943)
09 – A Múmia (Terence Fisher, 1959)
10 – Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)
11 – Tubarão (Steven Spielberg, 1975)
12 – Carrie, a Estranha (Brian de Palma, 1976)
13 – Thriller (John Landis, 1984)
14 – O Guarda Costas (Mick Jackson, 1992)
15 – Ghosts (Steven Spielberg, 1996)
16 – Perfume – A História de um assassino (Tom Tykwer, 2006)
7.2 Organização dos filmes
Para uma maior organização das informações, os estilos foram numerados da
seguinte maneira:
I – Animação 2D e 3D
II – Aventura, Drama e Ação
III – Comédia e Romance
IV – Ficção Científica
V – Terror e Suspense
Os quatro períodos do cinema também foram organizados. Os filmes do cinema
antigo são aqueles produzidos desde a primeira exibição de um filme em 1898 até o ano de
1950. A partir de 1951, os filmes produzidos fazem parte do cinema novo. Assim, temos a
seguinte classificação:
AM – filmes do cinema antigo e mudo;
AS – filmes do cinema antigo e sonoro;
NM – filmes do cinema novo e moderno;
NPM – filmes do cinema novo e pós-moderno
68
Sendo assim, os filmes foram organizados utilizando o seguinte código:
I (Animação 2D e 3D)
antigo
novo
PERÍODO
mudo
CÓDIGO
I
AM
1
I
AM
2
I
AM
3
sonoro
I
AM
4
I
AS
1
I
AS
2
I
AS
3
moderno
I
AS
4
I
NM
1
I
NM
2
I
NM
3
pós-moderno
I
NM
4
I
NPM
1
I
NPM
2
I
NPM
3
I
NPM
4
II (Aventura, Drama e Ação)
antigo
novo
PERÍODO
mudo
CÓDIGO
II
AM
1
II
AM
2
II
AM
3
sonoro
II
AM
4
II
AS
1
II
AS
2
II
AS
3
moderno
II
AS
4
II
NM
1
II
NM
2
II
NM
3
pós-moderno
II
NM
4
II
NPM
1
II
NPM
2
II
NPM
3
II
NPM
4
III (Comédia e Romance)
antigo
novo
PERÍODO
mudo
CÓDIGO
III
AM
1
III
AM
2
I
AM
3
sonoro
III
AM
4
III
AS
1
III
AS
2
III
AS
3
moderno
III
AS
4
III
NM
1
III
NM
2
III
NM
3
pós-moderno
III
NM
4
III
NPM
1
III
NPM
2
III
NPM
3
III
NPM
4
IV (Ficção Científica)
antigo
novo
PERÍODO
mudo
CÓDIGO
IV
AM
1
IV
AM
2
IV
AM
3
sonoro
IV
AM
4
IV
AS
1
IV
AS
2
IV
AS
3
moderno
IV
AS
4
IV
NM
1
IV
NM
2
IV
NM
3
pós-moderno
IV
NM
4
IV
NPM
1
IV
NPM
2
IV
NPM
3
IV
NPM
4
V (Terror e Suspense)
antigo
novo
PERÍODO
mudo
CÓDIGO
V
AM
1
V
AM
2
V
AM
3
sonoro
V
AM
4
V
AS
1
V
AS
2
V
AS
3
moderno
V
AS
4
V
NM
1
V
NM
2
V
NM
3
pós-moderno
V
NM
4
V
NPM
1
V
NPM
2
V
NPM
3
V
NPM
4
69
8 ANÁLISE DOS FILMES UTILIZANDO NOVO MÉTODO
Depois da escolha dos filmes e da elaboração de um método de análise dos créditos,
foram feitos testes com um filme de cada estilo. Os filmes foram selecionados
aleatoriamente, porém todos do cinema pós-moderno. Segue abaixo as informações dos
cinco filmes selecionados para a análise.
Estilo
Filme
Código
I
Carros (Cars)
I NPM 4
II
Mais Velozes Mais Furiosos (2 Fast 2 Furious)
II NPM 3
III
Mais Estranho que a Ficção (Stranger Than Fiction)
III NPM 4
IV
Homem Aranha (Spider Man)
IV NPM 2
V
Thriller
V NPM 1
Além do vídeo dos créditos iniciais e finais, a análise foi baseada nos frames dos
créditos onde a tipografia aparece. O vídeo dos créditos permite analisar o tempo e o
espaço, já os frames ajudam na análise da tipografia utilizada nos filmes.
Nas imagens seguintes, podemos ver os frames dos cinco filmes selecionados para
análise. Como os filmes possuem estilos diferentes, podemos notar que há diferenças na
forma de usar a tipografia, no uso das cores, entre outros aspectos.
8.1 Créditos do filme Carros
8.1.1 Imagens dos créditos iniciais e finais
Figura 54: Créditos iniciais de “Carros” (John Lasseter, 2005)
70
Figura 55: Créditos finais de “Carros” (John Lasseter, 2005)
8.1.2 Análise dos Créditos Iniciais de “Carros” (2005)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
1
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
1
Baixo - Cima
Movimento
Rotação
Circular
1
Especial
1
Plana
1
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
1
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
1
71
Estrutura
Linear
1
Não linear
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
1
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
1
Domínio do tipo
Sequência
Corte
1
Fade
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
12
Tabela 4: Tempo – Créditos iniciais de “Carros” (2005)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
1
Contraste letra/fundo
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
Gradiente
Fria
Temperatura
Classificação (modo)
Quente
1
PB
1
Primária
1
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
1
Máscara
/
1
72
Ponto
Plano
Linha
Estrutura
1
Volume
Imagem
Plano
Ponto de fuga
Rep. Espacial
1
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
1
Panorâmica
Travelling
11
Tabela 5: Espaço – Créditos iniciais de “Carros” (2005)
TIPOGRAFIA
Significado
Interpretação
Entonação
Sim - 1
/
1
/
Serifa
1
Sem serifa
Família
Manuscrita
1
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
Corpo e escala
1
Baixa
Inicial maiúscula
1
/
1
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Estilo
Romano
Itálico
Sólido
Preenchimento
Negativo
Contorno
1
73
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
1
Simulação da Superfície
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Animação
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
1
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
13
Tabela 6: Tipografia – Créditos iniciais de “Carros” (2005)
74
8.1.3 Tabela de análise dos Créditos Finais do filme Carros (2005)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
1
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
1
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
1
Não linear
Camada
Justaposição
Hierarquia
Sequencial
Simultânea
1
Domínio do áudio
1
Domínio da imagem
Domínio do tipo
Sequência
Corte
Fade
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
6
Tabela 7: Tempo – Créditos finais de “Carros” (2005)
75
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
1
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
1
PB
Classificação (modo)
Primária
1
Secundária
1
Terciária
Horizontal
Formato
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
1
Máscara
/
1
Ponto
Plano
Estrutura
1
Linha
Volume
Imagem
Plano
Rep. Espacial
Ponto de fuga
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
12
Tabela 8: Espaço – Créditos finais de “Carros” (2005)
76
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Serifa
Sem serifa
Família
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Características
Caixa
Regular
1
Bold
1
Alta
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Espaçamento
Tracking
1
Kerning
Entrelinha
Estilo
Romano
Sólido
Preenchimento
1
Itálico
1
Negativo
Contorno
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
1
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
1
77
Animação
Sem câmera
/
1
Linear
/
1
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
13
Tabela 9: Espaço – Créditos finais de “Carros” (2005)
Os créditos iniciais do filme “Carros” (2005) começam mostrando o personagem
principal da animação, onde no próprio personagem percebemos uma interferência
tipográfica que podemos classificar como uma tipografia endógena, que serve para ajudar o
espectador a entender o filme. O nome do personagem principal aparece e após isso,
surgem placas com dizeres sobre onde se passa o filme, classificados como intertítulos
narrativos. E logo após cenas iniciais, aparece o nome do filme em itálico, fonte manuscrita
e em caixa alta.
Tanto um intertítulo de fala, como um intertítulo narrativo e/ou uma tipografia
endógena, podem compor um crédito inicial ou final. Como um crédito inicial é a parte inicial
do filme onde aparecem o nome da produtora, dos atores e o nome do filme, qualquer
interferência tipográfica pode compor esta parte. Um crédito inicial pode começar mostrando
o nome do país onde ocorre o filme, uma placa indicando o local ou até mesmo uma
legenda. Isso vai depender de qual mensagem o filme quer passar ao espectador no seu
início para maior compreensão da obra.
Já os créditos finais seguem o modo clássico: palavras que se deslocam lentamente
de baixo para cima, sem nenhum outro tipo de animação ou efeito. O filme possui muitas
cores, e podemos perceber isso nos créditos finais. Eles utilizam uma tipografia simples sem
serifa, em caixa alta, e em quatro cores: azul, verde, amarelo e rosa
78
8.2 Créditos do filme Mais Velozes Mais Furiosos (2003)
8.2.1 Imagens dos créditos iniciais e finais
Figura 56: Créditos iniciais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (John Singleton, 2003)
Figura 57: Créditos finais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (John Singleton, 2003)
79
8.2.2 Tabela de análise dos Créditos Iniciais do filme Mais Velozes Mais Furiosos
(2003)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
Direção
Esquerda - Direita
1
Direita - Esquerda
1
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Movimento
Rotação
Circular
1
Especial
1
Plana
1
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
Não linear
1
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
1
Domínio da imagem
Domínio do tipo
Sequência
Corte
Fade
Dissolução
Transição
Especial
1
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
10
Tabela 10: Tempo – Créditos iniciais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
80
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Mistura
Cor
1
Saturação
Contraste letra/fundo
1
Brilho
1
Sólida
Gradiente
1
Fria
Temperatura
Classificação (modo)
Formato
Quente
1
PB
1
Primária
1
Secundária
Terciária
1
Horizontal
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
/
1
Ponto
Plano
Estrutura
1
Linha
Volume
Imagem
Plano
Rep. Espacial
1
Ponto de fuga
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
14
Tabela 11: Espaço – Créditos iniciais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
81
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
1
Serifa
Sem serifa
Família
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Espaçamento
Tracking
1
Kerning
Entrelinha
Estilo
Preenchimento
Romano
Itálico
1
Sólido
1
Negativo
Contorno
Compressão
1
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
1
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
1
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
1
82
Animação
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Interna
Brilho
Luz
Direção
Externa
1
Plana
1
Local
Contraste
/
1
15
Tabela 12: Tipografia – Créditos iniciais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
8.2.3 Tabela de análise dos Créditos Finais do filme Mais Velozes Mais Furiosos (2003)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Camadas
Kerning
Sequencial
1
Opaca
1
Translúcida
Transparente
83
Estrutura
Linear
1
Não linear
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
1
Domínio do tipo
Corte
Sequência
Fade
Dissolução
Transição
1
Especial
Rotação
Blur especial
1
Zoom especial
Duração
Plano curto
Plano longo
7
Tabela 13: Tempo – Créditos finais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Contraste letra/fundo
Brilho
Mistura
Cor
1
Saturação
1
Sólida
Gradiente
1
Fria
Temperatura
Quente
1
PB
Classificação (modo)
Formato
Primária
1
Secundária
1
Terciária
1
Horizontal
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
1
Malha (grid)
/
1
Máscara
/
84
Ponto
Plano
1
Linha
Estrutura
Volume
Imagem
Plano
Rep. Espacial
Ponto de fuga
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
1
Panorâmica
Travelling
14
Tabela 14: Espaço – Créditos finais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Serifa
Sem serifa
Família
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
1
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Estilo
Preenchimento
Romano
Itálico
1
Sólido
1
Negativo
Contorno
85
Compressão
Distorção
Desfoque
1
Dissolução
1
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Forma
Dimensão
Extensão
Repetição
1
Sombra
1
Simulação da Superfície
Extrusão
Profun. de campo
1
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Animação
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
1
1
Interna
Externa
1
Plana
1
Local
/
1
18
Tabela 15: Tipografia – Créditos finais de “Mais Velozes Mais Furiosos” (2003)
Analisando os resultados obtidos, podemos perceber que o filme “Mais Velozes Mais
Furiosos” (2003), utilizam um conjunto de características presentes tanto nos créditos
iniciais quanto nos finais. A tipografia em itálico maiúsculo, mesmas cores, mesmo estilo de
animação dos títulos, e também a forma com que o nome da produtora se molda ao estilo
do filme nos créditos iniciais.
Já os créditos finais mostram uma animação de uma corrida de carros, onde os
nomes da equipe de produção surgem em neon, caixa alta e itálico. A tipografia é refletida
nos carros, porém a animação não acompanha nem o filme e nem o áudio.
86
8.3 Créditos do filme Mais Estranho que a Ficção (2006)
8.3.1 Imagens dos créditos iniciais e finais
Figura 58: Créditos iniciais de “Mais Estranho que a Ficção” (Marc Foster, 2006)
Figura 59: Créditos finais de “Mais Estranho que a Ficção” (Marc Foster, 2006)
87
8.3.2 Tabela de análise dos Créditos Iniciais do filme Mais Estranho que a Ficção
(2006)
TEMPO
Direção
Movimento
Rotação
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
1
Esquerda - Direita
1
Direita - Esquerda
1
Cima - Baixo
1
Baixo - Cima
1
Circular
1
Especial
1
Plana
1
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
1
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
Não linear
Camada
Justaposição
1
1
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
1
Domínio da imagem
Domínio do tipo
Sequência
Corte
1
Fade
Dissolução
Transição
Especial
1
Rotação
1
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
Plano longo
1
17
Tabela 16: Tempo – Créditos iniciais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
88
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
PB
1
Primária
Classificação (modo)
Secundária
Terciária
Formato
Composição
Quadro
Superfície
Horizontal
1
Vertical
1
Diagonal
1
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
1
Malha (grid)
/
1
Máscara
/
1
Ponto
Plano
Estrutura
1
Linha
Volume
Plano
Rep. Espacial
Imagem
1
Ponto de fuga
1
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
14
Tabela 17: Espaço – Créditos iniciais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
89
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
1
Serifa
Sem serifa
Família
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Espaçamento
Tracking
1
Kerning
Estilo
Entrelinha
1
Romano
1
Itálico
Sólido
Preenchimento
1
Negativo
Contorno
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
1
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
1
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Suporte
Direita
Centralizado
1
Especial
1
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
1
90
Animação
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
15
Tabela 18: Tipografia – Créditos iniciais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
8.3.3 Tabela de análise dos Créditos Finais do filme Mais Estranho que a Ficção (2006)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
Direção
Esquerda - Direita
1
Direita - Esquerda
1
Cima - Baixo
1
Baixo - Cima
1
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
1
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
1
Translúcida
Transparente
1
91
Estrutura
Justaposição
Linear
Não linear
1
Camada
1
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
Domínio do tipo
1
Corte
Sequência
Fade
Dissolução
Transição
Especial
1
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
13
Tabela 19: Tempo– Créditos finais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
PB
1
Primária
Classificação (modo)
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
Composição
Quadro
Superfície
1
Vertical
Diagonal
1
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
1
Máscara
/
1
92
Ponto
Plano
Linha
Estrutura
Volume
Imagem
Plano
1
Ponto de fuga
Rep. Espacial
Sist. cartesiano
1
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
1
12
Tabela 20: Espaço– Créditos finais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Família
Serifa
1
Sem serifa
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Características
Caixa
Regular
1
Bold
1
Alta
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Kerning
Espaçamento
Estilo
Tracking
Entrelinha
1
Romano
1
Itálico
Sólido
Preenchimento
Negativo
Contorno
1
93
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
1
Extensão
Repetição
Forma
1
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
1
Extrusão
Profun. de campo
Alinhamento
Suporte
Animação
Esquerda
1
Direita
1
Centralizado
1
Especial
1
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
1
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
18
Tabela 21: Tipografia – Créditos finais de “Mais Estranho que a Ficção” (2006)
O filme “Mais Estranho que a Ficção” (2006), utiliza uma animação nos créditos
iniciais pouco comuns em filmes. Podemos dizer que os créditos iniciais ajudam na
compreensão do filme utilizando intertítulos de fala, explicando não só através de imagens e
áudio, mas também da tipografia para entender como é a rotina do personagem principal do
filme, e de como ele se comporta em algumas ocasiões.
Já os créditos finais mostram os nomes de toda a equipe usando a mesma animação
dos créditos iniciais. A animação não é linear, utilizam cores nas imagens de fundo, e a
tipografia na cor branca (mesma cor utilizada nos créditos iniciais) com preenchimento
negativo.
94
8.4 Créditos do filme Homem Aranha (2002)
8.4.1 Imagens dos créditos iniciais e finais
Figura 60: Créditos iniciais de “Homem Aranha” (Sam Raimi, 2002)
Figura 61: Créditos finais de “Homem Aranha” (Sam Raimi, 2002)
95
8.4.2 Tabela de análise dos Créditos Iniciais do filme Homem Aranha (2002)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
Esquerda - Direita
1
Direita - Esquerda
1
Direção
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Circular
1
Especial
1
Plana
1
Especial
1
Rotação
Movimento
Palavras
Proximidade
Kerning
1
Sequencial
Palavras
Afastamento
1
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
1
Translúcida
Transparente
Linear
Estrutura
Justaposição
Não linear
1
Camada
1
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Sequência
Domínio da imagem
Domínio do tipo
1
Corte
Fade
Dissolução
Transição
Especial
1
Rotação
Blur especial
Zoom especial
1
96
Plano curto
Sequência
1
Duração
Plano longo
16
Tabela 22: Tempo – Créditos iniciais de “Homem Aranha” (2002)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
Fria
Temperatura
Classificação (modo)
Quente
1
PB
1
Primária
1
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
Composição
Quadro
Superfície
Vertical
Diagonal
1
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
1
/
1
Ponto
Plano
Estrutura
Linha
Volume
Plano
Rep. Espacial
Imagem
1
Ponto de fuga
1
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
1
13
Tabela 23: Espaço – Créditos iniciais de “Homem Aranha” (2002)
97
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Serifa
1
Sem serifa
Família
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Características
Caixa
Regular
1
Bold
1
Alta
1
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
/
Espaçamento
Tracking
Kerning
Estilo
Preenchimento
1
Entrelinha
1
Romano
1
Itálico
1
Sólido
1
Negativo
Contorno
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
1
Subtração
Elaboração
Extensão
1
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
1
Simulação da Superfície
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Suporte
Direita
Centralizado
1
Especial
1
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
1
98
Animação
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
16
Tabela 24: Tipografia – Créditos iniciais de “Homem Aranha” (2002)
8.4.3 Tabela de análise dos Créditos Finais do filme Homem Aranha (2002)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
1
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
1
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
1
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
Não linear
1
Camada
Sequência
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
Domínio do tipo
1
99
Corte
Fade
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Sequência
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
6
Tabela 25: Tempo – Créditos finais de “Homem Aranha” (2002)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
PB
1
Primária
Classificação (modo)
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
1
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
/
1
100
Ponto
Plano
Estrutura
Linha
Volume
Imagem
Plano
1
Ponto de fuga
Rep. Espacial
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
8
Tabela 26: Espaço – Créditos finais de “Homem Aranha” (2002)
TIPOGRAFIA
Significado
Interpretação
Entonação
Sim - 1
/
/
Serifa
1
Sem serifa
Família
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
1
Baixa
1
/
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Estilo
Preenchimento
Romano
Itálico
1
Sólido
1
Negativo
Contorno
101
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
1
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Suporte
Animação
Centralizado
1
Especial
1
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direita
Direção
Contraste
1
1
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
12
Tabela 27: Tipografia – Créditos finais de “Homem Aranha” (2002)
Os créditos iniciais do filme “Homem Aranha” (2002) utilizam uma animação não
linear na tipografia. Nenhuma cena do filme é mostrada, porém os nomes dos atores
principais e parte da equipe de produção são mostrados através de uma tipografia regular, e
de caixa alta. Durante os créditos iniciais, teias de aranha vão surgindo servindo como base
da tipografia.
Já os créditos finais utilizam também teias de aranha como fundo, e é através dessas
teias que as colunas dos nomes são alinhadas. A animação é lenta de baixo para cima, e
ambos os créditos utilizam a cor branca e tipografia com serifa.
102
8.5 Créditos do filme Thriller (1984)
8.5.1 Imagens dos créditos iniciais e finais
Figura 62: Créditos iniciais de “Thriller” (John Landis, 1984)
Figura 63: Créditos finais de “Thriller” (John Landis, 1984)
103
8.5.2 Tabela de análise dos Créditos Iniciais do filme Thriller (1984)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
Estrutura
Linear
1
Não linear
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Domínio do áudio
Hierarquia
Domínio da imagem
Domínio do tipo
Sequência
1
Corte
Fade
1
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
Plano longo
1
4
Tabela 28: Tempo – Créditos iniciais de “Thriller” (1984)
104
ESPAÇO
Tratamento
Sim - 1
Luminosidade
1
Saturação
1
Contraste letra/fundo
1
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
1
Gradiente
1
Fria
Temperatura
Classificação (modo)
Quente
1
PB
1
Primária
1
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
/
Plana
Superfície
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
/
1
1
Ponto
Plano
Estrutura
Linha
1
Volume
Imagem
Plano
Ponto de fuga
Rep. Espacial
Sist. cartesiano
1
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
13
Tabela 29: Espaço – Créditos iniciais de “Thriller” (1984)
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
1
105
Família
Serifa
1
Sem serifa
1
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
1
/
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Estilo
Romano
Itálico
Sólido
Preenchimento
1
1
Negativo
Contorno
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
1
1
106
Animação
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
Interna
1
Externa
1
Plana
Local
1
/
1
15
Tabela 30: Tipografia – Créditos iniciais de “Thriller” (1984)
8.5.3 Tabela de análise dos Créditos Finais do filme Thriller (1984)
TEMPO
Sim - 1
Horizontal
Vertical
Esquerda - Direita
Direção
Direita - Esquerda
Cima - Baixo
Baixo - Cima
Circular
Especial
Movimento
Rotação
Plana
Especial
Palavras
Proximidade
Kerning
Sequencial
Palavras
Afastamento
Kerning
Sequencial
Opaca
Camadas
Translúcida
Transparente
107
Estrutura
Linear
1
Não linear
Camada
Justaposição
Sequencial
Simultânea
Hierarquia
Domínio do áudio
1
Domínio da imagem
1
Domínio do tipo
Corte
Sequência
Fade
1
Dissolução
Transição
Especial
Rotação
Blur especial
Zoom especial
Duração
Plano curto
1
Plano longo
5
Tabela 31: Tempo – Créditos finais de “Thriller” (1984)
ESPAÇO
Sim - 1
Luminosidade
Tratamento
Saturação
1
Contraste letra/fundo
Brilho
Mistura
Cor
Sólida
Gradiente
Fria
Temperatura
Quente
PB
1
Primária
Classificação (modo)
Secundária
Terciária
Horizontal
Formato
1
Vertical
Diagonal
Composição
Quadro
Superfície
/
Plana
1
Linear
Escala
/
Malha (grid)
/
Máscara
/
1
108
Ponto
Plano
Linha
Estrutura
1
Volume
Imagem
Plano
Ponto de fuga
Rep. Espacial
Sist. cartesiano
Zoom
Mov. de câmera
Panorâmica
Travelling
6
Tabela 32: Espaço – Créditos finais de “Thriller” (1984)
TIPOGRAFIA
Significado
Sim - 1
Interpretação
/
Entonação
/
Serifa
1
Sem serifa
Família
Manuscrita
Fantasia
Pixel
Light
Peso
Regular
1
Bold
Alta
Características
Caixa
Baixa
Inicial maiúscula
Corpo e escala
1
/
Kerning
Espaçamento
Tracking
Entrelinha
Estilo
Romano
Itálico
Sólido
Preenchimento
1
Negativo
Contorno
1
109
Compressão
Desfoque
Distorção
Dissolução
Ondulação
Fragmentação
Subtração
Elaboração
Extensão
Repetição
Forma
Sombra
Dimensão
Simulação da Superfície
Extrusão
Profun. de campo
Esquerda
Alinhamento
Direita
Centralizado
1
Especial
Suporte
Animação
Linha
/
Símbolo
/
Forma
/
Imagem
/
Áudio
/
Sem câmera
/
Linear
/
Stopmotion
/
Digital
/
Brilho
Luz
Direção
Contraste
1
1
Interna
Externa
Plana
Local
/
8
Tabela 33: Tipografia – Créditos finais de “Thriller” (1984)
O curta-metragem utiliza uma tipografia simples com iniciais maiúsculas, fonte com
serifa e na cor branca. O nome do filme é a única parte de todo o crédito inicial e final que se
diferencia tanto pela cor, quanto pela fonte utilizada e pela animação.
O nome surge em vermelho representando o sangue, em itálico e a tipografia lembra
riscos feitos com uma faca. É um estilo de crédito bem comum entre os filmes de terror e
suspense, porém os créditos finais se diferenciam do tradicional. Os nomes da equipe de
produção surgem na tela ao centro, em caixa alta, e o filme acaba junto com os créditos
finais.
110
9 TABELA COM OS RESULTADOS
Para melhor organização dos resultados obtidos na análise nos filmes selecionados,
foi criada uma tabela para cada um dos cinco estilos de gêneros. Nessa tabela consta a
somatória de cada crédito (inicial e final), a somatória que os itens Tempo, Espaço e
Tipografia obtiveram tanto nos créditos iniciais como os finais, a somatória dos resultados de
cada uma das quatro fases do cinema (mudo, sonoro, moderno e pós-moderno), e a
somatória de cada estilo de gênero.
Além das somatórias, foram também utilizadas as médias de cada resultado para
facilitar o entendimento e comparar os resultados. As médias receberam nomenclaturas de
acordo com as categorias da tabela.
ME: média dos estilos;
MCI: média dos créditos iniciais;
MCF: média dos créditos finais;
MFMU: média final do filme mudo;
MFSO: média final do filme sonoro;
MFMO: média final do filme moderno;
MFPM: média final do filme pós-moderno;
MCIMU: média dos créditos iniciais do filme mudo;
MCISO: média dos créditos iniciais do filme sonoro;
MCIMO: média dos créditos iniciais do filme moderno;
MCIPM: média dos créditos iniciais do filme pós-moderno;
MCFMU: média dos créditos finais do filme mudo;
MCFSO: média dos créditos finais do filme sonoro;
MCFMO: média dos créditos finais do filme moderno;
MCIFM: média dos créditos finais do filme pós-moderno;
MCITE: média dos créditos iniciais do item Tempo;
MCIES: média dos créditos iniciais do item Espaço;
MCITI: média dos créditos iniciais do item Tipografia;
MCFTE: média dos créditos finais do item Tempo;
MCFES: média dos créditos finais do item Espaço;
MCFTI: média dos créditos finais do item Tipografia
Segue abaixo as tabelas dos cinco estilos de gêneros e os resultados:
111
112
113
114
115
116
10 RESULTADOS
Após avaliar todos os filmes, os resultados foram agrupados de acordo com os
estilos, períodos do cinema e créditos iniciais e finais. As possibilidades para classificar
estes resultados foram listadas e as que mais demonstram a evolução dos créditos
cinematográficos foram selecionadas.
10.1 Classificação
Abaixo seguem algumas das possibilidades de classificação dos resultados:
* Comparar as cinco médias de cada estilo de gênero (ME);
* Comparar os totais de crédito inicial e crédito final de um mesmo estilo (MCI com
MCF);
* Comparar as médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes mudos
(MFMU);
* Comparar as médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes sonoros
(MFSO);
* Comparar as médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes modernos
(MFMO);
* Comparar as médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes pós-modernos
(MFPM);
* Comparar os resultados de todos os créditos iniciais (MCI);
* Comparar os resultados de todos os créditos finais (MCF);
* Comparar os maiores resultados (soma total de cada filme) dos cinco estilos;
* Comparar os menores resultados (soma total de cada filme) dos cinco estilos;
* Comparar o maior resultado com menor resultado dos filmes mudos;
* Comparar o maior resultado com menor resultado dos filmes sonoros;
* Comparar o maior resultado com menor resultado dos filmes modernos;
* Comparar o maior resultado com menor resultado dos filmes pós-modernos
117
11 SELEÇÃO DOS RESULTADOS
Abaixo segue as possibilidades de classificação e as tabelas comentadas com os
resultados:
11.1 Comparação das cinco médias de cada estilo de gênero (ME);
Estilos de gêneros
Médias
Animação 2D e 3D
8,44
Aventura, Drama e Ação
7,82
Com., Rom. e Com.
Romântica
8,28
Ficção Científica
8,06
Terror e Suspense
6,16
8,44
7,82
8,28
8,06
6,16
Tabela 34: Médias dos cinco estilos de gêneros.
Considerando que o valor 3808 é o máximo que um estilo de gênero pode ter na
somatória e média 39,67; podemos perceber através das médias que os créditos de filmes
de terror e suspense utilizaram menos recursos tipográficos nos créditos iniciais e finais dos
filmes e o estilo que mais utilizou esses recursos são os créditos de filmes de Animação 2D
e 3D. Os créditos de filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica, e Ficção
Científica obtiveram médias aproximadas, um pouco acima do resultado dos créditos de
Aventura, Drama e Ação.
Abaixo segue exemplo dos créditos finais do filme “Os Incríveis” (Brad Bird, 2000). O
filme do período pós-moderno é dentre os filmes de animação, o que mais utiliza recursos
tipográficos nos créditos iniciais e finais dos filmes.
Figura 64: Frames dos créditos finais do filme “Os Incríveis” (Brad Bird, 2004)
118
11.2 Comparação dos totais de crédito inicial e final de um mesmo estilo (MCI com
MCF);
Estilos de gêneros
MCI
MCF
Média
Animação 2D e 3D
8,67
8,21
8,44
Aventura, Drama e
Ação
8,17
7,48
7,83
Com., Rom. e Com.
Romântica
9,38
7,19
8,29
Ficção Científica
8,79
7,33
8,06
Terror e Suspense
6,92
5,40
6,16
8,44
7,82
8,29
8,06
6,16
Tabela 35: Média dos créditos iniciais e finais de um mesmo estilo.
Considerando que o máximo de média que um crédito (inicial ou final) pode ter de
acordo com o modelo de análise é 29,75; podemos perceber que os créditos iniciais dos
filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica são os que mais utilizam
características da avaliação na tipografia. Em relação aos créditos finais, os filmes que mais
utilizam a tipografia são os de Animação 2D e 3D.
Comparando a média obtida através destes dois resultados, os filmes que mais
exploram a tipografia são os de Animação 2D e 3D, e os que menos exploram (tanto nos
créditos iniciais como nos finais) são os filmes de Terror e Suspense.
Como exemplo do estilo Animação 2D e 3D, temos o filme “Carros” (John Lasseter,
2006) que utiliza nos créditos finais a tipografia em quatro cores, e alguns alinhamentos que
sobrepõe cenas do filme.
Figura 65: Frames dos créditos finais do filme “Carros” (John Lasseter, 2006)
119
11.3 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes
mudos (MFMU);
Estilos de gêneros
Médias
Animação 2D e 3D
5,79
Aventura, Drama e Ação
6,50
Com., Rom. e Com. Romântica
6,46
Ficção Científica
6,88
Terror e Suspense
5,71
6,50
6,46
6,88
5,79
5,71
Tabela 36: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes mudos.
Considerando os créditos dos vinte filmes escolhidos do cinema mudo produzidos
até 1930 pertencentes aos cinco estilos de filmes, e 29,75 como o máximo de média que um
período do cinema pode obter de acordo com o modelo de análise, o estilo que mais explora
a tipografia nos créditos iniciais e finais são o de Ficção Científica com média 6,88. Os que
menos exploram a tipografia são os filmes de Animação 2D e 3D e Terror e Suspense com
média 5,71.
Um dos filmes que mais contribuiu para o menor resultado do estilo Terror e
Suspense foi o filme mudo “Nosferatu” (F. W. Murnau, 1922). Os créditos deste filme são os
que menos utilizaram recursos tipográficos dentre os dezesseis escolhidos.
Figura 66: Frames dos créditos iniciais do filme “Nosferatu” (F. W. Murnau, 1922)
120
11.4 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes
sonoros (MFSO);
Estilos de gêneros
Médias
Animação 2D e 3D
8
Aventura, Drama e Ação
7,54
Com., Rom. e Com. Romântica
7,67
Ficção Científica
8,42
Terror e Suspense
5,54
8
8,42
7,54
7,67
5,54
Tabela 37: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes sonoros.
Considerando a média máxima de 29,75; o estilo que mais utilizou características na
tipografia dos créditos dos filmes sonoros de 1931 a 1950 foram os de Ficção Científica com
8,42. Os filmes de Animação 2D e 3D, Comédia, Romance e Comédia Romântica e
Aventura, Drama e Ação obtiveram médias aproximadas. Já os filmes de Terror e Suspense
obtiveram a menor média com 5,54.
O filme “King Kong” (Merian C. Cooper, 1933) foi o filme sonoro que mais utilizou
recursos tipográficos nos créditos de filmes de Ficção Científica.
Figura 67: Frames dos créditos iniciais do filme “King Kong” (Merian C. Cooper, 1933)
121
11.5 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes
modernos (MFMO);
Estilos de gêneros
Médias
Animação 2D e 3D
8,33
Aventura, Drama e Ação
7,54
Com., Rom. e Com. Romântica
9,46
Ficção Científica
7,5
Terror e Suspense
6,58
9,46
8,33
7,54
7,5
6,58
Tabela 39: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes modernos.
Os filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica foram os que mais usaram a
criatividade na tipografia dos créditos iniciais e finais dos filmes. Já os de Animação 2D e 3D
obtiveram valor inferior, e após estão os filmes de Aventura. Drama e Ação. Ficção
Científica obteve média menor comparado aos outros estilos.
O filme do estilo Comédia, Romance e Comédia Romântica “Grease - Nos Tempos
da Brilhantina” (Randal Kleiser, 1978) foi o filme que mais utilizou a tipografia de todos os
filmes selecionados do período moderno do cinema.
Figura 68: Frames dos créditos iniciais do filme “Grease - Nos Tempos da Brilhantina” (Randal Kleiser, 1978)
122
11.6 Comparação das médias dos créditos iniciais e finais de todos os filmes
pós-modernos (MFPM);
Estilos de gêneros
Médias
Animação 2D e 3D
11,63
Aventura, Drama e Ação
9,71
Com., Rom. e Com. Romântica
9,54
Ficção Científica
9,46
Terror e Suspense
6,79
11,63
9,71
9,54
9,46
6,79
Tabela 40: Médias dos resultados dos créditos iniciais e finais dos filmes pós-modernos.
Dentre os vinte filmes selecionados do período pós-moderno produzidos após 1980,
podemos dizer que os filmes do estilo Animação 2D e 3D utilizaram mais recursos da
tipografia que os outros estilos selecionados para a análise. O resultado foi acima dos filmes
de Aventura, Drama e Ação. Com resultados aproximados, temos os filmes de Comédia,
Romance e Comédia Romântica e Ficção Científica. Por último ficaram os filmes de Terror e
Suspense.
O filme “Triple xXx” (Rob Cohen, 2002) foi o filme que mais possui características na
tipografia utilizada nos créditos iniciais e finais dos filmes do estilo Aventura, Drama e Ação.
Figura 69: Frames dos créditos finais do filme “Triple xXx” (Rob Cohen, 2002)
123
11.7 Comparar os resultados de todos os créditos iniciais (MCI);
Estilos de gêneros
Média
Animação 2D e 3D
8,67
Aventura, Drama e Ação
8,17
Com., Rom. e Com. Romântica
9,38
Ficção Científica
8,79
Terror e Suspense
6,92
8,67
8,17
9,38
8,79
6,92
Tabela 41: Médias dos créditos iniciais.
Considerando os resultados obtidos nos créditos iniciais dos oitenta filmes escolhidos
e média máxima de 29,75, podemos perceber que os filmes de Comédia, Romance e
Comédia Romântica pontuaram uma grande parte dos critérios estabelecidos para a
avaliação dos créditos de filmes. As médias dos filmes de Animação 2D e 3D; Aventura,
Drama e Ação; e Ficção Científica obtiveram médias aproximadas, e os filmes de Terror e
Suspense são os que menos pontuaram em relação a tipografia dos créditos iniciais.
O filme do estilo Terror e Suspense “Psicose” (Alfred Hitchcock, 1960) é um dos
exemplos dos filmes que mais utilizaram características na tipografia nos créditos iniciais.
Figura 70: Frames dos créditos iniciais do filme
124
11.8 Comparar os resultados de todos os créditos finais (MCF);
Estilos de gêneros
Média
Animação 2D e 3D
8,21
Aventura, Drama e Ação
7,48
Com., Rom. e Com. Romântica
7,19
Ficção Científica
7,33
Terror e Suspense
5,40
8,21
7,48
7,19
7,33
5,4
Tabela 43: Média dos créditos finais.
Em relação aos resultados que os cinco estilos de gêneros obtiveram nos créditos e
a média máxima de 29,75; os filmes de Animação 2D e 3D somaram um maior número na
classificação da tipografia utilizada nos créditos finais. Com médias aproximadas, ficaram os
filmes de Aventura, Drama e Ação; Comédia, Romance e Comédia Romântica e Ficção
Científica. Os filmes de Terror e Suspense obtiveram a menor média nos créditos finais.
O filme do estilo Ficção Científica “Homem de Ferro” (Jon Favreau, 2008) é um dos
que mais pontuam em relação ao modelo de análise nos créditos finais.
Figura 71: Frames dos créditos finais do filme “Homem de Ferro” (Jon Favreau, 2008).
125
11.9 Comparação dos maiores resultados (soma total de cada filme) dos cinco
estilos;
Estilos de gêneros
Total
Animação 2D e 3D
114
Aventura, Drama e Ação
74
Com., Rom. e Com. Romântica
88
Ficção Científica
72
Terror e Suspense
49
114
88
74
72
49
Tabela 45: Maiores resultados obtidos em cada estilo.
Considerando os oitenta filmes selecionados para análise, podemos dizer que o filme
de Animação 2D e 3D “Os Incríveis” (Brad Bird, 2000) obteve 114 dos 238 itens do método
de análise para créditos de filmes; e o filme “Mais Estranho que a Ficção” (Marc Foster,
2006) de Comédia, Romance e Comédia Romântica com somatória 88
“Triple xXx” (Rob Cohen, 2002) de Aventura, Drama e Ação obteve somatória 74,
“Superman - O Filme” (Richard Donner, 1978) com somatória 72 do estilo Ficção Científica;
e por último o filme “Thriller” (John Landis, 1984) do estilo Terror e Suspense.
Figura 72: Frames dos créditos iniciais do filme “Superman - O Filme” (Richard Donner, 1978)
126
11.10 Comparação dos menores resultados (soma total de cada filme) dos
cinco estilos;
Estilos de gêneros
Total
Animação 2D e 3D
32
Aventura, Drama e Ação
18
Com., Rom. e Com. Romântica
35
Ficção Científica
23
Terror e Suspense
18
35
32
23
18
18
Tabela 46: Menores resultados obtidos em cada estilo.
Já os filmes que menos utilizaram características na tipografia dos créditos iniciais e
finais de filmes do estilo Comédia, Romance e Comédia Romântica foi “Lírio Partido” (D. W.
Griffith, 1919) com somatória 35. No estilo Animação 2D e 3D, podemos citar dois filmes que
obtiveram resultados iguais: “Humorous Phases of Funny Faces” (James Blackton, 1906) e
“Little Nemo” (Winsor McCay, 1909) com somatória 32.
No estilo Ficção Científica, com somatória 23 temos o filme “Laranja Mecânica”
(Stanley Kubrick, 1971). Obtendo somatória 18, temos o filme “Pacto de Sangue” (Billy
Wilder, 1944) de Aventura, Drama e Ação, e o filme “M, o Vampiro de Dusseldorf” (Carl
Theodor Dreyer, 1931) de Terror e Suspense.
Figura 73: Frames dos créditos iniciais do filme “Lírio Partido” (D. W. Griffith, 1919)
127
11.11 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes mudos;
Estilos de gêneros
Maior Menor
52
≠
Animação 2D e 3D
39
32
7
Aventura, Drama e Ação
40
34
6
Com., Rom. e Com. Romântica
45
35
10
Ficção Científica
52
33
19
Terror e Suspense
41
24
17
39 40
45
41
32 34
35 33
24
maior
menor
Tabela 47: Média dos maiores e menores resultados dos filmes mudos.
Levando em conta os resultados dos filmes mudos, o estilo Ficção Científica é o que
pontua mais com o filme “Metrópolis” (Fritz Lang, 1927). Já o estilo que menos pontua é o
de Terror e Suspense “Nosferatu” (F. W. Murnau, 1922).
Considerando a diferença entre o maior e o menor filme de cada estilo, a menor
diferença está entre os filmes do estilo Aventura, Drama e Ação com 6 pontos, a qual está
próxima da diferença do estilo Animação 2D e 3D com 7 pontos. A maior diferença está
entre os filmes do estilo Ficção Científica com 19 pontos seguido pelo estilo Terror e
Suspense com 17 pontos de diferença.
O filme com menor resultado do estilo Aventura, Drama e Ação é o filme “Cabiria”
(Giovanni Pastrone, 1914) com resultado 34.
Figura 74: Frames dos créditos iniciais e finais do filme “Cabiria” (Giovanni Pastrone, 1914).
128
11.12 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes
sonoros;
Estilos de gêneros
Maior Menor
≠
Animação 2D e 3D
54
41
11
Aventura, Drama e Ação
49
39
10
Com., Rom. e Com. Romântica
51
43
8
Ficção Científica
66
39
27
Terror e Suspense
43
18
25
66
54
49 51
43
41 39 43 39
18
maior
menor
Tabela 48: Média dos maiores e menores resultados dos filmes sonoros.
Em relação às médias dos filmes sonoros, o estilo que possui o filme com maior
pontuação é o de Ficção Científica com o filme “King Kong” (Merian C. Cooper, 1933). Já o
filme de Terror e Suspense “Criaturas” (Todd Browning, 1932) é o que menos pontuou em
relação aos créditos iniciais e finais dos filmes sonoros.
Sobre a diferença entre o maior e o menor filme sonoro, podemos perceber que a
maior diferença está no estilo Ficção Científica com 27 pontos, e a menor diferença está no
estilo Comédia, Romance e Comédia Romântica com apenas 8 pontos.
Podemos citar como exemplo “Tempos Modernos” (Charles Chaplin, 1931) como o
filme sonoro com menor pontuação do estilo Comédia, Romance e Comédia Romântica.
Figura 75: Frames dos créditos iniciais do filme “Tempos Modernos” (Charles Chaplin, 1931).
129
11.13 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes modernos;
Estilos de gêneros
Maior Menor
≠
Animação 2D e 3D
54
44
10
Aventura, Drama e Ação
50
39
11
Com., Rom. e Com. Romântica
73
47
26
Ficção Científica
72
23
39
Terror e Suspense
45
36
9
73 72
54 50
45
44 39
47
36
23
maior
menor
Tabela 49: Média dos maiores e menores resultados dos filmes modernos.
De acordo com os resultados em relação aos filmes modernos escolhidos para
análise, o filme que mais pontua é o de Comédia, Romance e Comédia Romântica “Grease
– Nos Tempos da Brilhantina” (Randal Kleiser, 1978) próxima do resultado do maior filme do
estilo Ficção Científica, e o que possui menor pontuação dos filmes modernos é o filme
“Laranja Mecânica” (Stanley Kubrick, 1971) do estilo Ficção Científica.
Em relação à diferença entre o maior e o menor filme, a menor diferença está entre
os filmes do estilo Terror e Suspense com 9 pontos. Já a maior diferença está entre os
filmes do estilo Ficção Científica com 39 pontos.
Com diferenças aproximadas, estão os filmes do gênero Animação 2D e 3D com 10
pontos e Aventura, Drama e Ação com 11 pontos. Nos filmes modernos escolhidos do estilo
Animação 2D e 3D, dois filmes pontuam 54 critérios da selecionados: “Cinderela” (Clyde
Geromini, 1950) e “O Gato Acima e o rato Abaixo” (Chuck Jones, 1964).
Figura 76: Frames dos créditos iniciais do filme “Cinderela” (Clyde Geromini, 1950).
Figura 77: Frames dos créditos iniciais e finais do filme “O Gato Acima e o Rato Abaixo” (Chuck Jones, 1964).
130
11.14 Comparação do maior resultado com menor resultado dos filmes pósmodernos;
Estilos de gêneros
Maior Menor
≠
Animação 2D e 3D
114
48
66
Aventura, Drama e Ação
75
40
35
Com., Rom. e Com. Romântica
88
42
46
Ficção Científica
69
47
22
Terror e Suspense
49
36
13
114
88
75
69
49
maior
48
47
40 42
36
menor
Tabela 50: Média dos maiores e menores resultados dos filmes pós-modernos.
A maior pontuação dos vinte filmes pós-modernos escolhidos, é o filme “Os Incríveis”
(Brad Bird, 2004) do estilo Animação 2D e 3D. O filme que menos pontua é o estilo Terror e
Suspense com o filme “Thriller” (John Landis, 1984).
Nas diferenças dos maiores para os menores resultados de cada filme em casa estilo
de gênero, os estilos citados acima se repetem. Animação 2D e 3D além da maior
pontuação, também possui a maior diferença com 66 pontos. O estilo Terror e Suspense
possui o filme com menor pontuação e também a menor diferença com 13 pontos.
A maior pontuação do estilo Terror e Suspense dos filmes pós-modernos escolhidos
pertence ao filme “Carrie, a Estranha” (Brian de Palma, 1976).
Figura 78: Frames dos créditos iniciais do filme “Carrie, a Estranha” (Brian de Palma, 1976).
131
12 RESULTADOS DE CADA ESTILO
Depois de aplicado o método de análise nos oitenta filmes selecionados e o
preenchimento das tabelas (Anexo 1), os filmes escolhidos foram analisados de acordo com
os cinco estilos de gêneros estipulados anteriormente.
12.1 Animação 2D e 3D
Dentre os três critérios de análise da tipografia (tempo, espaço e tipografia), os
dezesseis filmes de animação 2D e 3D escolhidos possuem características semelhantes em
relação aos créditos iniciais e finais. Todos possuem quanto ao tempo uma sequência linear,
e somente o filme “Os Incríveis” (Brad Bird, 2004) possui no começo dos créditos finais uma
estrutura não linear. A duração dos créditos varia de plano curto e longo, e há na maioria a
presença de transição fade (alguns com corte, transição especial e dissolução). O domínio
do áudio foi pontuado em 28 dos 32 créditos (considerando dois créditos de cada filme).
A animação da tipografia aparece em dois dos 16 filmes selecionados: “Yellow
Submarine” (George Dunning, 1968) e “A Bela e a Fera” (Gary Trousdale, 1991). A
animação é a mesma nos créditos finais (direção de baixo para cima) e apesar de o cinema
sonoro começar a partir de 1930, o primeiro filme de animação selecionado possui uma
música de fundo nos créditos que é o filme “Humorous Phases of Funny Faces” (1906).
No item espaço, dos 32 créditos, em 24 há a presença da tipografia em preto e
branco. O formato utilizado no frame é horizontal, e o primeiro filme que utiliza cor nos
créditos é “As Aventuras do Príncipe Achmed” (1926). Os filmes “Humorous Phases of
Funny Faces” (1906), “Procurando Nemo” (Andrew Stanton, 2003) e “Os Incríveis” (Brad
Bird, 2004) utilizam três tipos de alinhamento nos créditos: esquerda, direita e centralizado.
Fontes com serifa, sem serifa e manuscrita, e o uso de peso regular foram pontuados
em relação à tipografia. Em 25 dos 32 créditos há a presença de caixa alta e o significado
da tipografia no item interpretação e entonação está presente nos filmes “Procurando Nemo”
(Andrew Stanton, 2003), “Os Incríveis” (Brad Bird, 2004) e “Carros” (John Lasseter, 2006). A
tipografia também aparece com preenchimento sólido, créditos finais com inicial maiúscula,
e linha e imagem como suporte na tipografia de ambos os créditos.
12.2 Aventura, Drama e Ação
Em relação à sequência da tipografia, a estrutura é linear em todos os créditos e
possui duração variada entre plano curto e plano longo. Na hierarquia, há um domínio do
áudio em 28 dos 32 créditos, e 25 entre os 32 de domínio da tipografia. A animação da
tipografia ocorre em metade dos 32 créditos que vai desde o afastamento e proximidade de
132
palavras, direção de cima para baixo, de baixo para cima, da direita para a esquerda, da
esquerda para a direita, direção horizontal, vertical e especial, proximidade por kerning e
sequencial, entre outros.
No filme “A Paixão de Joana D'Arc” (Carl Theodor Dreyer, 1928), o crédito final não
possui a frase The End, mas na sequência utilizada, a transição da tipografia é especial. Já
nos créditos finais do filme “Pacto de Sangue” (Billy Wilder, 1944), a frase The End aparece
por cima da marca da produtora, e em “Um Corpo que Cai” (Alfred Hitchcock, 1958), a
animação da produtora começa antes dos créditos finais.
Há presença de grid no espaço utilizado pela tipografia nos créditos, formato
horizontal, não há a presença de cores frias, cores quentes somente em cinco créditos e cor
preto e branco presente em 29 dos 32 créditos. No filme “Mais Velozes Mais Furiosos” (John
Singleton, 2003), a animação da produtora interage com a primeira cena do filme, e nos
créditos finais de “Jhonny e June” (James Mangold, 2005), há uma mensagem sobre os
personagens principais do filme antes de mostrar as pessoas que produziram o filme.
A presença de fontes com serifa é encontrada em 23 créditos, e sem serifa em 17
créditos. A maioria dos créditos utiliza caixa alta tanto nos créditos iniciais como nos finais e
17 utilizam tipografia com inicial maiúscula. O alinhamento centralizado é utilizado por 30
dos 32 créditos, presença de fonte manuscrita, estilo romano, preenchimento sólido e
quando há movimentação de câmera, ela acompanha somente a imagem de fundo e não a
tipografia.
O filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (John Badham, 1977) utiliza a mesma fonte
para os créditos iniciais e finais, e há entonação na tipografia no filme (John Singleton,
2003).
12.3 Comédia, Romance e Comédia Romântica
Em relação ao tempo, os filmes de Comédia, Romance e Comédia Romântica
possuem estrutura linear; plano curto e plano longo como duração; e corte, fade e transição
especial na sequência. Dos 32 créditos, apenas 10 utilizam animação na tipografia, seja nos
créditos iniciais como nos finais.
No filme “Lírio Partido” (D. W. Griffith, 1919), o crédito final não possui som, em “O
Homem Mosca” (Fred Newmeyer, 1923), há crédito final, porém a palavra The End não
aparece, e o filme finaliza com uma fala. Já no filme “O Circo” (Charles Chaplin, 1928), o
nome do filme aparece duas vezes no crédito inicial.
Há o domínio do áudio em 30 dos 32 créditos, em 20 há o domínio da tipografia e em
18 o domínio da imagem. As cores preto e branco aparecem em 28 créditos, cores quentes
nos créditos iniciais e finais do filme “Cantando na Chuva” (Gene Kelly, 1952), créditos
133
iniciais de “Grease - Nos Tempos da Brilhantina” (Randal Kleiser, 1978) e “Flashdance - Em
Ritmo de Embalo” (Adrian Lyne, 1983), e nos créditos finais de “Uma Linda Mulher” (Garry
Marshall, 1990) e “Romeu e Julieta” (Baz Luhrmann, 1996).
O formato do frame no espaço é horizontal e possui uma linha como estrutura do
plano. Estilo romano da tipografia, preenchimento sólido, linha como suporte, e a
interpretação da tipografia como significado ocorre no filme “Mais Estranho que a Ficção”
(Marc Foster, 2006).
A grande maioria dos créditos apresenta alinhamento centralizado, 29 dos 32
utilizam caixa alta, 8 caixa baixa e 21 inicial maiúscula. Em 22 créditos podemos encontrar
fontes com serifa e em 18 encontramos fontes sem serifa em ambos os créditos.
12.4 Ficção Científica
Nos filmes de Ficção Científica encontramos plano curto e plano longo como duração
dos créditos. Em relação à transição da tipografia, além da maioria possuir transição fade,
também encontramos dissolução, corte, especial e blur. A estrutura linear está presente em
quase todos os filmes, porém encontramos estrutura não linear nos créditos iniciais de
“Superman - O Filme” (Richard Donner, 1978) e “Homem Aranha” (Sam Raimi, 2002), e nos
créditos finais de “O Homem de Ferro” (Jon Favreau, 2008).
A movimentação da tipografia pode ser encontrada em 15 dos 32 créditos e o
primeiro filme dentre os 16 escolhidos que utiliza movimento de baixo para cima nos créditos
é “Metrópolis” (Fritz Lang, 1927). A partir do filme “Guerra nas Estrelas - Uma Nova
Esperança” (George Lucas, 1977), todos os escolhidos utilizam animação tanto nos créditos
iniciais como nos finais.
O domínio do áudio está presente em 28 dos 32 créditos, domínio da imagem em 11
e domínio da tipografia em 19. O formato do quadro no espaço é horizontal, possui grid e
uma linha como estrutura. A cor quente está presente em cinco créditos e a cor fria em
quatro. Dois filmes utilizam cor fria e cor quente em ambos os créditos: “Guerra nas Estrelas
- Uma Nova Esperança” (George Lucas, 1977) e “Superman - O Filme” (Richard Donner,
1978).
Todos os créditos utilizam as cores preto e branco, há a presença de estilo romano,
linha como suporte da tipografia, 21 utilizam fontes com serifa e 19 fontes sem serifa. A
grande maioria utiliza alinhamento centralizado e em cinco filmes encontramos alinhamento
especial. Em 22 créditos encontramos caixa alta, em 8 caixa baixa e em 21 inicial
maiúscula.
A entonação como significado da tipografia pode ser encontrada em quatro créditos
134
iniciais: “Superman - O Filme” (Richard Donner, 1978), “Matrix” (Andy Wachowski, 1999), “O
Homem de Ferro” (Jon Favreau, 2008) e “Presságio” (Alex Proyas, 2009). O filme “Paris
Adormecida” (René Clair, 1925) é o filme que mais utiliza diversas fontes nos créditos.
12.5 Terror e Suspense
Foram encontrados nos créditos iniciais e finais dos filmes de Terror e Suspense
estrutura linear, transição especial, corte e fade; e plano curto e plano longo como duração
dos créditos. Há movimentação da tipografia em 9 créditos e somente o filme “Criaturas”
(Todd Browning, 1932) possui movimentação na tipografia nos créditos iniciais e finais.
Os filmes “M, o Vampiro de Dusseldorf” (Carl Theodor Dreyer, 1931) e “Nosferatu” (F.
W. Murnau, 1922) não possuem créditos finais, há a presença de grid em quase todos os
créditos, linha como estrutura e nenhum deles utiliza cor fria. Cores quentes foram
encontradas nos créditos iniciais de “A Múmia” (Terence Fisher, 1959), “Thriller” (John
Landis, 1984) e “Perfume” (Tom Tykwer, 2006). Somente o filme “Carrie, a Estranha” (Brian
de Palma, 1976) utiliza cores quentes em ambos os créditos.
O estilo itálico é encontrado em alguns filmes, linha e imagem como suporte da
tipografia, e animação sem câmera e linear. Em 29 dos 32 créditos encontramos domínio do
áudio e da tipografia, e somente em 10 créditos encontramos domínio da imagem. Em 25
encontramos a presença das cores preto e branco, 11 utilizam fontes com serifa e 24
utilizam fontes sem serifa.
De todos os créditos selecionados, 26 possuem caixa alta, 8 possuem caixa baixa e
22 inicial maiúscula. 28 créditos possuem alinhamento centralizado e 17 utilizam
alinhamento especial. A entonação como significado da tipografia é encontrado somente no
crédito inicial do filme “Thriller” (John Landis, 1984).
135
13 ANÁLISE FINAL
Após todas as análises concluídas, foi escolhido um filme de cada estilo de gênero
para uma análise final dos créditos iniciais e finais comparado ao enredo do filme. Foram
escolhidos os filmes “Cinderela” (Clyde Geromini, 1950) do estilo Animação 2D e 3D, “Os
Embalos de Sábado à Noite” (John Badham, 1977) do estilo Aventura, Drama e Ação,
“Romeu e Julieta” (Baz Luhrmann, 1996) do estilo Comédia, Romance e Comédia
Romântica, “Superman - O Filme” (Richard Donner, 1978) do estilo Ficção Científica e por
último o filme “Ghosts” (Steven Spielberg, 1996) do estilo Terror e Suspense.
13.1 Cinderela (Clyde Geromini, 1950)
O clássico filme da Disney conta a história de uma jovem que é feita de escrava pela
madrasta. Um belo dia, essa jovem encontra uma fada e tem a chance de conhecer e
conquistar seu grande amor.
Figura 79: Frames dos créditos iniciais do filme “Cinderela” (Clyde Geromini, 1950)
Figura 80: Frames dos créditos finais do filme “Cinderela” (Clyde Geromini, 1950)
Após a análise dos créditos iniciais e finais de acordo com o método de análise, o
filme infantil do gênero Animação 2D não utiliza animação na tipografia. Possui estrutura
linear, domínio do áudio, transição fade e plano curto como duração no item Tempo em
ambos os créditos.
136
Em relação ao Espaço, a cor possui uma mistura sólida, são utilizadas as cores preto
e branco, além de cores frias e quentes. Encontramos cores primárias, secundárias e
terciárias, formato do quadro horizontal, superfície plana, grid e a estrutura do plano é uma
linha.
Sobre a Tipografia utilizada nos créditos, são usadas fontes com serifa e
manuscritas, peso regular, caixa alta e inicial maiúscula. O estilo romano é utilizado com
preenchimento sólido, alinhamento centralizado, e o suporte da tipografia é uma linha e
forma. O filme obteve a mesma pontuação nos créditos iniciais e finais: 4 pontos no item
Tempo, 12 pontos no item Espaço e 10 pontos no item Tipografia.
A música do crédito inicial é cativante. As cores utilizadas são agradáveis, os nomes
das pessoas que trabalharam no filme aparecem em caixa alta e suas “funções” em inicial
maiúscula. Nenhum frame é igual ao outro e a imagem muda de acordo com o frame. O
título do filme possui desenhos na tipografia e se diferencia das demais fontes utilizadas nos
créditos do filme. A tipografia é legível e apesar do uso de várias cores, há harmonia em
cada frame.
Os créditos finais do filme possuem semelhança com os créditos iniciais. As cores e
as fontes utilizadas são as mesmas, e o crédito é plano curto. Nenhum personagem do filme
aparece em nenhum dos créditos e em relação à produtora, nos créditos iniciais aparece a
animação da Disney com o som original, o que não acontece nos créditos finais, pois a
música escolhida termina junto com a mesma animação da Disney.
13.2 Os Embalos de Sábado à Noite (John Badham, 1977)
Um dos filmes que marcou a era jovem do cinema traz John Travolta no papel de
Tony Manero, um jovem que vive no Brooklin. Apesar de passar os finais de semana na
discoteca, ele se prepara pra um concurso de dança enquanto vive uma crise amorosa.
Figura 81: Frames dos créditos iniciais do filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (John Badham, 1977)
137
Figura 82: Frames dos créditos finais do filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (John Badham, 1977)
Os créditos do filme possuem estrutura linear, domínio do áudio e do tipo, e domínio
da imagem somente no crédito inicial. Plano curto e transição especial e fade foram
selecionados quanto ao Tempo. Somente nos créditos finais é que existe movimentação da
tipografia: de baixo para cima.
Já em relação ao Espaço, ambos os créditos utilizam a cor vermelho, formato
horizontal, superfície plana, grid e tem como estrutura um plano e uma linha. A fonte
utilizada é a mesma em ambos os créditos, sem serifa, manuscrita, inicial maiúscula nos
créditos finais, peso regular, caixa alta, estilo romano, preenchimento sólido, alinhamento
centralizado e especial, e linha como suporte da tipografia. A animação dos créditos finais é
sem câmera e linear.
O crédito inicial começa após a exibição de algumas cenas do filme e os créditos
aparecem centralizados por cima da imagem. O primeiro crédito que aparece é o nome do
personagem principal do filme, John Travolta e é onde a música do grupo Bee Gees inicia.
Os créditos não atrapalham a imagem de fundo, e apesar de existir falas durante o crédito, a
música não se interrompe. O nome do filme aparece como um letreiro luminoso de uma
boate, o que dá a entender do que se trata o filme.
Nos créditos finais, a música de fundo também é do grupo Bee Gees e a única
imagem do crédito é dos personagens principais do filme. Os créditos estão centralizados e
alinhados a direita, nomes em caixa alta e função em inicial maiúscula. Após os nomes dos
atores e atrizes, os nomes das outras pessoas que trabalharam na produção do filme são
exibidos com a mesma música dos créditos iniciais.
138
13.3 Romeu e Julieta (Baz Luhrmann, 1996)
Um dos filmes de grande bilheteria do cinema traz para os dias de hoje uma peça de
Shakespeare. Em Verona Beach, vivem duas famílias se odeiam: os Capuleto e os
Montéquio. Mas esse ódio não impede que Romeu Montéquio se apaixone por Julieta
Capuleto, fazendo com que esse amor profundo gere trágicas conseqüências em virtude da
rivalidade familiar.
Figura 83: Frames dos créditos iniciais do filme “Romeu e Julieta” (Baz Luhrmann, 1996)
Figura 84: Frames dos créditos finais do filme “Romeu e Julieta” (Baz Luhrmann, 1996)
Apesar dos créditos iniciais e finais utilizarem a mesma fonte, a maneira como foi
feito é diferente um do outro. Os créditos iniciais possuem proximidade de palavras,
estrutura não linear, domínio da imagem, do áudio e da tipografia. A transição dos frames é
através de corte, fade e transição especial, e plano curto. Já os créditos finais utilizam
animação de baixo para cima, estrutura linear, domínio do áudio e da tipografia, transição
fade e plano curto.
Em relação ao espaço que a tipografia utiliza nos frames, a cor preto e branco
aparece em ambos os créditos e somente o crédito final utiliza a cor vermelho. O formato é
horizontal, superfície plana, malha e linha como estrutura.
A tipografia utilizada nos créditos iniciais é variada. Fonte com serifa, sem serifa,
peso light, regular e bold, caixa alta, baixa e inicial maiúscula, estilo romano, preenchimento
sólido, desfoque como distorção e sombra na dimensão, alinhamento centralizado, linha
como suporte e animação sem câmera.
139
Nos créditos finais, a tipografia é sem serifa, peso regular, caixa alta e inicial
maiúscula, estilo romano, preenchimento sólido, alinhamento centralizado, linha como
suporte e animação sem câmera e linear.
O crédito inicial começa com uma apresentadora explicando que nas próximas duas
horas, o espectador irá conhecer uma história trágica de amor. Após o primeiro crédito ser
exibido, um dos personagens do filme narra o mesmo texto que a apresentadora usou como
introdução do filme, porém com cenas da cidade em que o filme ocorre. Os personagens
principais são apresentados após a narrativa. O crédito final não possui imagens, e utiliza
uma música calma como fundo (ao contrário do crédito inicial).
13.4 Superman - O Filme (Richard Donner, 1978)
Clark Kent trabalha como repórter em um jornal, e possui superpoderes que
descobriu e escondeu durante anos. Mas uma situação inesperada acontece e sua amiga
Lois Lane está agora em perigo, o que faz Clark revelar seus poderes usando a identidade
de Superman.
Figura 85: Frames dos créditos iniciais do filme “Superman – O Filme” (Richard Donner, 1978)
Figura 86: Frames dos créditos finais do filme “Superman – O Filme” (Richard Donner, 1978)
Os créditos iniciais pontuaram mais em relação aos créditos finais. Há movimentação
da tipografia no sentido horizontal, vertical, de baixo para cima, especial, e proximidade e
afastamento de palavras. Possui estrutura linear e não linear, domínio do áudio e da
140
tipografia, e a transição é especial, por dissolução e blur especial, com duração de plano
curto.
Nos créditos finais, há movimentação da tipografia de baixo para cima e de cima
para baixo, e proximidade de palavras. A estrutura do crédito é linear, possui domínio do
áudio e da tipografia, transição com corte, fade e dissolução, e plano curto e longo.
Cores frias e quentes são usadas nos créditos iniciais e a cor preto e branco aparece
somente nos crédito finais. O formato do quadro é horizontal, superfície plana, e linha e
imagem como estrutura. Os créditos utilizam fontes com serifa e sem serifa, peso regular e
caixa alta, estilo romano e preenchimento sólido, sombra como dimensão da tipografia e
alinhamento centralizado e especial. A animação da tipografia é sem câmera e linear, e a luz
é interna e com contraste.
A tipografia do crédito inicial possui entonação como significado, porém a animação
utilizada faz com que alguns nomes dos personagens não consigam ser lidos. A animação é
rápida seguida do afastamento e/ou proximidade da palavra. O crédito e a música de fundo
passa ao espectador que se trata de um filme de super herói que voa, mas o tempo de
leitura dos nomes dos personagens é menor que o tempo da animação da tipografia.
O crédito final utiliza a mesma música do crédito inicial, mas a animação da tipografia
é diferente. Mesmo se deslocando de baixo para cima e utilizando iluminação, é possível a
leitura do crédito final.
13.5 Ghosts (Steven Spielberg, 1996)
Steven Spielberg é diretor do média metragem de terror e suspense “Ghosts” do
cantor Michael Jackson.
Figura 87: Frame do crédito inicial do filme “Ghosts” (Steven Spielberg, 1996)
141
Figura 88: Frames dos créditos finais do filme “Ghosts” (Steven Spielberg, 1996)
O crédito inicial possui uma única informação textual: o nome do filme e do ator
principal. Possui plano longo como duração, transição fade, domínio da imagem, do áudio e
da tipografia, e estrutura linear. A cor utilizada é o branco, formato horizontal, superfície
plana, grid, e plano como estrutura. A fonte utilizada é com serifa, peso regular e caixa alta,
estilo romano e preenchimento sólido, alinhamento centralizado e linha como suporte.
Os créditos finais possuem algumas cenas e mostram como foi feita a produção do
filme. A movimentação da tipografia é de baixo para cima, estrutura linear, domínio da
imagem e do áudio, transição fade e plano longo. Como no crédito inicial, a cor da tipografia
é branco, possui formato horizontal, superfície plana, utiliza grid e plano como estrutura.
A fonte utilizada é com serifa, peso regular, caixa alta e inicial maiúscula, estilo
romano, preenchimento sólido, alinhamento centralizado, possui uma linha como suporte e a
animação é sem câmera e linear. Apesar de o filme ser um média metragem, uma versão
com tempo menor foi disponibilizada como videoclipe do cantor Michael Jackson.
142
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta monografia trata de um estudo da tipografia utilizada nos créditos de filmes de
entretenimento. A criação de um método que analisa esses créditos permite conhecer
melhor as características utilizadas na tipografia, os efeitos, se possui som e que tipo de
fonte foi escolhida. Além disso, o método pode auxiliar na criação de novos créditos.
Durante a pesquisa teórica sobre créditos de filmes, encontrou-se apenas materiais
que analisam o título do filme. Os poucos livros publicados no assunto apenas mostram a
evolução dos créditos e que tipo de animação foi utilizado para tal. Como a proposta do
trabalho é analisar tipograficamente os créditos iniciais e finais dos filmes, sentiu-se a
necessidade de criar um método que analise a tipografia em conjunto, ou seja, analisar
todas as informações presentes nesses créditos não só frame a frame, mas, além disso,
analisar que tipo de animação o crédito usa.
Esse tipo de análise nos mostra quais as características utilizadas na tipografia, qual
espaço ela ocupa na tela e que tipo de animação foi utilizado. Assim, pode-se analisar se há
ligação com o filme, se a fonte utilizada no título é a mesma utilizada nos outros créditos do
filme como, por exemplo, na tipografia endógena ou nos intertítulos narrativos. O trabalho
não pretende verificar qual a fonte utilizada, mas como ela foi trabalhada e como é mostrada
na tela.
Assim, com os resultados obtidos de cada estilo podemos perceber que os filmes de
animação 2D e 3D possuem mais características que os outros quatro estilos definidos, e
que o que menos utiliza essas interferências são os filmes de terror e suspense. Os filmes
de animação utilizam várias cores nos frames, sons, fontes coloridas, além de vários efeitos
em relação à movimentação da tipografia.
Como o público alvo dos filmes de animação são crianças, o uso de cores, de
personagens interagindo com a tipografia e de vários efeitos, atrai mais a atenção das
crianças ao filme. Ao contrário dos filmes de terror, que além de utilizar as cores preto e
branco na maioria dos créditos, usam o vermelho para remeter sangue.
Podemos perceber também a evolução dos créditos se compararmos os períodos do
cinema, o som sincronizado com o crédito no cinema sonoro, as cores da tipografia nos
filmes do cinema moderno, e os efeitos especiais nos créditos dos filmes pós-modernos.
Essa evolução pode também ser percebida em relação aos estilos de gêneros.
Analisar o tempo, o espaço e a tipografia nos permite verificar qual a mensagem que
o crédito passa ao espectador, que tipo de informação ele transmite e se ele tem a ver com
o conteúdo do filme. Alguns filmes utilizam fonte sem serifa para passar as informações
básicas e no decorrer do filme não utilizam nenhuma interferência tipográfica.
143
Outras possuem características próprias do filme que são utilizadas nos intertítulos
narrativos por exemplo.
Algumas características do método de análise foram preenchidas em quase todos os
filmes, como por exemplo, o uso de branco na tipografia, fontes sem serifa, uso de
maiúsculas para os títulos dos filmes, uso de iniciais maiúsculas nos nomes dos
personagens, deslocamento de baixo para cima nos créditos finais, uso de fade nos créditos
iniciais, entre outros.
Dentre os filmes selecionados, há aqueles que não possuem créditos iniciais e
deixam as informações para os créditos finais, e vice versa. Todos mostram o nome da
produtora usando a tipografia escolhida para o filme, mesmo quando seguido da própria
animação da produtora, e após o nome do filme. Os créditos dos filmes de animação pósmodernos mostram os nomes dos personagens nos créditos finais, já os filmes de comédia,
comédia romântica e romance mostram os nomes dos personagens nos créditos iniciais.
15 REFERÊNCIAS
Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Instrução Normativa nº 22. Disponível em
http://www.ancine.gov.br/media/in_22_consolidada.pdf. Acesso em 24/04/2009.
ARAGÃO, Isabella. Quando o cinema se torna gráfico – Um estudo sobre
configurações gráficas em filmes contemporâneos. Revista Design em Foco,
Universidade do Estado da Bahia, 2004.
ARAÚJO, Inácio. Cinema – O Mundo em Movimento. Editora Scipione, São Paulo, 1995.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel: Dicionário teórico e crítico de cinema. Papirus
Editora, Campinas, 2003.
BAPTISTA, Mauro; FERNANDES, Fábio. Design e cinema: o design de produção em Kill
Bill Vol 2 e as influências do western. 7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Design – 2006.
BBC HOME. Closing credits list. Disponível em
http://www.bbc.co.uk/commissioning/credits/closingcreds.shtml. Acesso em 23/03/2009.
BBC HOME. The Principles of Crediting. Disponível no link
http://www.bbc.co.uk/commissioning/credits/index.shtml#the_principles. Acesso em
23/03/2009.
BELLANTONI, Jeff; WOOLMAN, Matt. Type in motion: innovations in digital graphics.
London: Thames & Hudson, 1999.
BELLANTONI, Jeff; WOOLMAN, Matt. Moving Type: designing for time and space.
London, 2000.
BERNARDET, Jean-Claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 2000.
BUCCINI,
Marcos.
Um
pouco
de
História
da
Tipografia.
Disponível
http://cf.uol.com.br/cinemascopio/artigo.cfm?CodArtigo=47. Acesso em 18/08/2008.
no
link
BUGAY, Edson Luiz; ULBRICHT, Vânia Ribas. Hipermídia. Florianópolis: Visual Books,
2000.
CALIL, Ricardo. Tamanho de crédito é documento. Disponível no link
http://ricardocalil.ig.com.br/tamanho-de-credito-e-documento. Acesso em 23/03/2009.
CARNES, Mark C. Passado imperfeito: A história no cinema. Rio de Janeiro: Record,
1997.
CINEPOP. Distribuidoras de filmes. Disponível no link
http://www.cinepop.com.br/distribuidoras.html. Acesso em 07/04/2009.
COSTA, Jorge Ricardo Santos de Lima; Desenho de produção: a criação de ambientes e
fisionomias no cinema. 7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em
Design – 2006.
COSTA, Carla Cristina da. Vinhetas de televisão: do estático ao pós-moderno. 7º
Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design – 2006.
FARIAS, Priscila L. Tipografia digital – O impacto das novas tecnologias. Rio de Janeiro:
2AB, 3ª edição, 1998.
FELITTI, Guilherme. Cinema digital: do rolo de 35 mm às cópias em bits. Disponível no
link http://idgnow.uol.com.br/10anos/2007/09/12/idgnoticia.2007-09-12.7022747973/. Acesso
em 26/04/2009.
FERLAUTO, C; JAHN, H. O livro da gráfica. São Paulo: Rosari, 2001, p.13.
GERBASE, Carlos. Quem tem medo do cinema digital? Disponível em
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/famecos/article/viewFile/742/553. Acesso em
30/04/2009.
GHAPHIQUE DESIGN. Forget the film, watch the titles. Disponível em
http://blog.graphique.com.br/2008/06/17/creditos-de-filmes-e-tipografia-em-movimento/.
Acesso em 16/10/2008.
HARRIS, Tom. Como funciona o cinema digital. Disponível em
http://lazer.hsw.uol.com.br/cinema-digital.htm. Acesso em 23/04/2009.
HOLLIS, Richard. Design Gráfico - Uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
HORN, Maurice. The world encyclopedia of comics. New York: Avon Books, 1977.
HORN. Robert E. Visual Language: Global Communication for the 21st Century.
Bainbridge Island, Washington: Macrov, Inc, 1998.
IAN, Alex. The art of the title. Disponível em http://www.artofthetitle.com/.
Acesso em
25/02/2009.
JACQUES, João Pedro. Tipografia pós-moderna. Rio de Janeiro: 2AB, 1998.
LASSALA, Gustavo. Recursos avançados OpenType para fontes digitais. Disponível no
link http://logobr.wordpress.com/2009/04/15/recursos-avancados-opentype-para-fontesdigitais/ Acesso em 15/04/2009.
Lian. Coolness: The evolution of movie credits. Disponível em
http://filmonic.com/coolness-evolution-movie-credits. Acesso em 23/03/2009.
LEAL, Pedro. Projetos tipográficos. Disponível em
http://sobretipografia.wordpress.com/2009/03/03/projectos-tipograficos/. Acesso em
29/04/2009.
LUCENA, Marisa. Cinema Brasileiro: De 1970 até hoje. Disponível no link
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/cinema_brasileiro_1970.asp. Acesso em 01/05/2009.
LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e
estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. 3ª Edição, São Paulo; Brasiliense, 1995.
MANNONI, Laurent. A Grande Arte da Luz e da Sombra. São Paulo, Editora Senac &
Editora UNESP, 2003.
McCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. M. Books, 2005.
MIRANDA, Klaibert. Tipografia em movimento. Disponível em
http://www.designcoletivo.com/referencias/tipografia-em-movimento/. Acesso em
16/10/2008.
MIUCCI, Carla. Cinema Brasileiro – Um panorama geral. Disponível em
http://www.mnemocine.com.br/cinema/historiatextos/carla1BR.htm. Acesso em 13/04/2009
MIZUGUTI, D. V. Videodesign na era Digital: O formato visual de vinhetas de televisão.
São Paulo, 2002.
MOCELLIN, Renato. O Cinema e o ensino da história. Curitiba: Nova Didática, 2002.
MONCLAR, Jorge. As profissões do mundo do cinema. Disponível no link
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4658/1/AS-PROFISSOES-NO-MUNDO-DOCINEMA/Paacutegina1.html. Acesso em 23/04/2009.
MORENO, Luciano. Tipografia digital. Disponível em
http://www.criarweb.com/artigos/tipografia-digital.html. Acesso em 22/04/2009.
MUSSER, Charles. The Emergence of Cinema: The American Screen to 1907. Los
Angeles, California University Press, 1994.
NIEMEYER, Lucy. Tipografia: Uma apresentação. 3ª Edição, Editora 2AB. Rio de Janeiro,
2003.
ROCHA,
Claudio.
Tipografia comparada: [108 fontes clássicas analisadas e
comentadas]. São Paulo: Rosari, 2004.
RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção: [para quem gosta, faz ou quer fazer
cinema]. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, 2005.
SCOTT, Helen G.; TRUFFAUT, François. Hitchcock (revised edition). New York,
Touchstone Books, 1985.
PINNA, Daniel Moreira de Sousa. Por uma linguagem visual das animadas personagens
brasileiras. 7º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design – 2006.
RIBEIRO, Marcos Buccini Pio. De Bass a Imaginary – Tipografia em Créditos de Filmes.
Publicado nos Anais P&D Design 2000. FEEVALE, Novo Hamburgo, RS. 29 out. a 01 nov.
2000.
ROCHA, Fabrício; JÚNIOR, João Carlos Amador; JANSEN, Larissa; Rafael. Tipografia,
Tipologia. Disponível no link: http://www.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/tipografia.htm. Acesso
em 01/05/2009.
RYAN, Rod (org): American Cinematographer Manual. ASC Holding Corporation, Los
Angeles, 1993.
SALGADO, Lucas. Filmes com cenas após os créditos. Disponível no link
http://www.cinemacafri.com/noticias.jsp?id=1015. Acesso em 23/03/2009.
SALLES, Filipe. Bitola Cinematográfica. Disponível em
http://www.mnemocine.com.br/cinema/cinematografia2.htm. Acesso em 23/04/2009.
SCHER, Paula. Tipografia é imagem. Disponível em
http://updateordie.com/updates/ilustradores/2008/06/paula-scher-tipografia-e-imagem/.
Acesso em 16/10/2008
SILVA, Adriano. Esqueça os filmes e assista os créditos. Disponível em
http://hp.gizmodo.com.br/conteudo/esqueca-o-filme-assista-aos-creditos. Acesso em
23/03/2009.
SILVA, Fabio Luiz Carneiro Mourilhe. Todd Klein e o letreiramento de Promethea. 4º
Congresso Internacional de Pesquisa em Design, Rio de Janeiro.
SPOTTISWOODE, Raymond (org). Enciclopedia Focal de las técnicas de cine y
televisión. Ediciones Omega, Barcelona, 1976.
TAVARES, Bráulio. Tipografia cinemática. Disponível no link
http://miriamsalles.info/wp/?p=1686. Acesso em 18/08/2008.
TIETZMANN, Roberto. Como Falava a Tipografia no Cinema Mudo. Revista da
Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
TIETZMANN, Roberto. O Filme Antes do Filme: A Retórica Gráfica dos Créditos de
Abertura Cinematográficos. Dissertação de Mestrado em Comunicação Social, no
Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da PUCRS, 2005.
TIETZMANN, Roberto. Metáforas Audiovisuais: figuras de linguagem nos créditos de
abertura cinematográficos. Trabalho submetido ao NP de Comunicação Audiovisual do
XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
TRUFFAUT, François; SCOTT, Helen. Entrevistas. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar.
Editora Companhia das Letras. Livro publicado em 1983 e traduzido em 2004.
TWYMAN, Michael. A Schema for the Study of Graphic Language (Tutorial Paper) In
Processing of Visual Language – Vol. 1. New York - London. Plenum Press, 1979.
VITAL, Claudia. Cinema digital. Disponível no link
http://www.revistaogrito.com/page/04/12/2007/cinema-digital/. Acesso em 26/04/2009.
WIKIPEDIA. Cinema. Disponível no link http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema. Acesso em
24/04/2009.
Download

Melany Trindade