UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE O CLIMA ORGANIZACIONAL NO BANCO DO TESOURO: AS FONTES DA SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO NO TRABALHO VÂNGELA MARIA MARTINS AZEVEDO ORIENTADORA: MARY SUE Rio de Janeiro Janeiro / 2004 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE O CLIMA ORGANIZACIONAL NO BANCO DO TESOURO: AS FONTES DA SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO NO TRABALHO Trabalho apresentado como requisito formal para obtenção do grau de Especialista em Gestão de Recursos Humanos Rio de Janeiro Janeiro / 2004 3 AGRADECIMENTOS A Deus, Senhor nosso, Alfa e Ômega, princípio e fim de tudo. A todas as pessoas que contribuíram para que este trabalho fosse possível, em particular: a Professora Orientadora, Mary Sue e aos colegas do curso e demais amigos. 4 DEDICATÓRIA Aos meus pais: João Evangelista Azevedo. In memoriam Maria Martins Azevedo Meu irmão: Vânio Martins Azevedo Meu sobrinho: Vanderson da Silva Martins Azevedo 5 SUMÁRIO RESUMO 7 INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO I 11 As organizações como empreendimentos humanos CAPÍTULO II 29 1. O Banco e sua Missão 2. Estrutura organizacional CAPÍTULO III 31 Pesquisa mediante Questionário CAPÍTULO IV Analisando uma pesquisa 45 6 CONCLUSÃO 51 BIBLIOGRAFIA 55 ATIVIDADES CULTURAIS 58 7 RESUMO Raras são as empresas que se dão conta dos riscos acarretados pela vulnerabilidade dos seus ativos humanos. A razão disso é que os sistemas contábeis não captam os ganhos ou prejuízos decorrentes do maior ou menor grau de satisfação das pessoas no trabalho. Os recursos humanos são os recursos fundamentais de qualquer empresa (GIL, 1994; PALADINO, 1995), sejam empresas industriais, comerciais, prestadoras de serviço, do setor público o privado. Sejam elas grandes companhias ou pequenas empresas. Mas, principalmente, sejam elas prestadores de serviços, porque sãs nestas onde os recursos humanos devem receber maior importância (GIANESI e CORRÊIA, 1994). A maior atenção aos ativos humanos em empresas prestadoras de serviços justifica-se, pois: 1. as atividades de serviços são geralmente intensivas em recursos humanos, os quais constituem a parte fundamental responsável pelo seu sucesso; 2. o comportamento dos funcionários é parte integrante do processo do serviço, influenciando fortemente a maneira pela qual os consumidores percebem a qualidade do serviço prestado; 3. em virtude da simultaneidade entre produção e consumo dos serviços e conseqüente inexistência de estoque, qualquer interrupção no serviço causada pela mão-de-obra (greve, paralisações) gera um problema imediato, afetando a satisfação do consumidor; 4. ainda em virtude da simultaneidade entre a produção e consumo dos serviços, principalmente no atendimento ao 8 cliente do ramo bancário, este sente imediatamente o tratamento que recebe do atendente; 5. o comportamentos de funcionários e consumidores varia consideravelmente, tornando difícil a padronização e manutenção da consistência do serviço; 6. a insatisfação do quadro funcional afeta diretamente a produtividade, prejudicando imediatamente o resultado. Por serem mais expressivas em número e, no conjunto, as maiores fornecedoras de bens e serviços para a sociedade, nas empresas prestadoras de serviços do setor público, e aí incluem-se os bancos públicos, essas características revestem-se ainda mais de importância (TEIXEIRA e SANTANA, 1994). A vida, a saúde, a educação, o transporte, o trabalho, etc. dos cidadãos e das empresas, estão direta ou indiretamente subordinados à qualidade, agilidade e localização desses serviços. Por isso, têm como característica principal uma relação de responsabilidade direta com a sociedade, necessitando continuamente redefinir a sua missão tendo em vista as mudanças que ocorrem na sociedade, visando, sobretudo, manter uma sinergia para com sua clientela. Embora muitas empresas já estejam conscientes que os obstáculos enfrentados na implantação de melhorias relacionam-se mais à ausência de treinamento dos funcionários, clima motivacional desfavorável ao ambiente de trabalho do que à impossibilidade de obtenção de novas tecnologias, pouco de concreto é feito em relação a essa questão. Conhecer os fatores que provocam satisfação e insatisfação nos funcionários em uma empresa, a partir do estudo in loco, torna-se uma das vias que possibilita criar situações motivadoras em atividades e departamentos, corrigir distorções, avaliar atitudes gerenciais, planejar tarefas, planejar treinamentos. Baseando-se na importância de trabalhar-se num ambiente onde o clima organizacional favoreça o desempenho nas empresas de serviços e na 9 questão da motivação como pressuposto para alcançar os resultados positivos, conhecendo os fatores que provocam satisfação e insatisfação no trabalho, desenvolveu-se o presente estudo a partir da seguinte questão ampla de pesquisa: quais os fatores que provocam satisfação e insatisfação no trabalho nos funcionários do Banco do Tesouro. O trabalho foi realizado através de uma pesquisa junto aos funcionários do Banco do Tesouro, abrangendo a Matriz e suas Filiais. Foram enviados questionários para todos os funcionários. O questionário teve 54 perguntas objetivas divididas em quatro grupos visando obter: - a opinião do empregado sobre o ambiente de trabalho; - a opinião do empregado sobre a remuneração; - a opinião do empregado sobre a chefia imediata e sua relação com a mesma; - dados gerais do empregado e seu perfil sócioeconômico. Os resultados do presente trabalho podem subsidiar os gestores das agências e até mesmo pelos responsáveis dos diversos processos ou setores do Banco, a saber: - Política de Recursos Humanos; - Processos e métodos de trabalho; - Engenharia; - Sistemas e Informática; - Comissões Internas de prevenção de acidentes. 10 INTRODUÇÃO Assim como o clima de uma região influencia o seu desenvolvimento, o clima de uma empresa influencia o seu crescimento. Quando falamos no clima organizacional, estamos nos referindo à motivação dos funcionários, o grau de confiança entre si, a confiança que depositam na chefia imediata, a confiança que depositam na empresa na qual trabalham, nos sonhos e medos dos trabalhadores. Quando falamos em clima organizacional estamos nos referindo ao ambiente físico no qual os trabalhadores atuam, dentre outros índices. Indica como solucionar os problemas de clima organizacional, permitindo um ambiente de trabalho mais agradável, positivo e produtivo. O estudo do clima organizacional nos remete às condições psicossociais do corpo funcional, sua relação com o ambiente interno, com a chefia e, porque não dizer, a sua relação com as máquinas e equipamentos. Os resultados da empresa estão intimamente ligados ao ambiente que é construído no interior da empresa e das condições externas que interferem diretamente na produtividade do grupo. Desta forma, nenhuma empresa pode sobreviver se não souber tratar adequadamente o clima organizacional. 11 CAPÍTULO I 1. As organizações como empreendimentos humanos Pode-se descrever as organizações como “unidades ou entidades sociais, intencionalmente construídas e reconstruídas, nas quais as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos específicos” (ETZIONI, 1989). Pode-se caracterizá-las, então, como empreendimentos humanos (CHIAVENATO, 1983, P74), dos quais as empresas são exemplos. É nesse sentido que se diz que as empresas, para funcionarem, requerem um conjunto de recursos. O ser humano é um desses recursos. E é um recurso com características bastante exclusivas - possui capacidade de pensar, imaginar, julgar e decidir (PALADINI, 1990, P100). Como resultado da combinação de recursos humanos e de outros recursos, as empresas geram resultados diferentes, de acordo com o seu ramo de atividade (CHIAVENATO, 1995, P5): - empresas industriais: são as que produzem bens de consumo ou bens de produção mediante a transformação de matérias-primas em mercadorias ou produtos acabados; - empresas comerciais: são as que vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou aquelas que compram do produtor para vender ao varejista (comércio atacadista); - empresas de prestação de serviços: são as que oferecem trabalhos especializados como transporte, educação, saúde, comunicação, informação/conhecimento, lazer, serviços de manutenção, etc. Essas empresas não produzem mercadorias, mas atividades profissionalizadas. São exemplos de empresas prestadoras de serviços (CHIAVENATO, 1995, 12 P7): bancos e financeiras; escolas e universidades, unidades de informação (bibliotecas, arquivos, etc.); instrutores; hospitais e clínicas médicas; médicos, dentistas, psicólogos; advocacia e consultoria em geral; mecânicos, eletricistas e encanadores; agência de propaganda; comunicações, rádio e televisão; transporte urbano e interurbano, rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário; contabilistas, etc. Em qualquer ramo de atividade, as pessoas formam o subsistema social, enquanto o subsistema técnico inclui o fluxo de trabalho, as tarefas a serem executadas e a tecnologia existente, as máquinas, os equipamentos, as instalações, as técnicas de produção e a estrutura organizacional. Os resultados dos negócios são influenciados, em grande parte, mais por fatores sociais (interação, suporte, supervisão, etc.) do que por fatores técnicos (equipamentos, materiais, etc.) e a produtividade e a qualidade global da empresa está relacionada à análise acurada do sistema de necessidades e requisitos sociais e técnicos (HANNA, 1988, P93). Nesse sentido, sendo as pessoas com suas respectivas necessidades os recursos que mais influenciam os resultados da empresa, presume-se que a administração desses recursos deva ser prioritária quando comparada aos recursos técnicos, permitindo atingir os objetivos empresariais. A Administração de empresas surge, então, como a ciência capaz de ajustar os recursos humanos e técnicos numa combinação adequada. 1.1 histórico Administração e Recursos Humanos: breve 13 Os recursos humanos têm sido amplamente estudados no âmbito da Teoria Geral da Administração. A Administração Científica, fundada por Taylor e seus seguidores nos meados de 1900, representa a primeira tentativa de criar uma Ciência da Administração para as organizações. Iniciou-se com uma experiência concreta no trabalho de operários, com ênfase nas tarefas e no conceito de homem econômico, ignorando que o trabalhador é um ser humano e social. Além disso, para a Administração Científica, a única fonte de motivação do trabalhador é o salário (Meigniez citado por CHIAVENATO, 1983, P22). Enquanto desenvolvia-se a Administração Científica nos Estados Unidos, na França, Fayol desenvolvia a chamada Teoria Clássica da Administração, caracterizando-se pela ênfase na estrutura organizacional. Na verdade, ambas as teorias tinham por preocupação a busca da eficiência das organizações. Movida pela necessidade de se corrigir a forte tendência à desumanização no trabalho surgida com a aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores deviam se submeter, surge a Teoria das Relações Humanas. Essa verdadeira revolução na Administração ocorreu no início da II Guerra Mundial, ressaltando o caráter democrático da Administração. Surge uma nova concepção sobre a natureza do homem, o homem social. Sob essa concepção, considera-se que os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com sentimentos, desejos e temores; as pessoas são motivadas por certas necessidades e alcançam suas satisfações através dos grupos com os quais interagem, a supervisão e liderança influencia o comportamentos das pessoas e, as normas do grupo funcionam como mecanismos comportamento dos membros (CHIAVENATO, 1983, P117). reguladores do 14 Dentro dessa percepção, poderia-se definir Administração como “trabalhar com e por meio de pessoas e grupos para alcançar objetivos organizacionais” (HERSEY e BLANCHARD, 1986, P4), sendo que planejar, organizar, controlar e proporcionar motivação aos recursos humanos se configurariam como as funções básicas da Administração. Planejar significa estabelecer metas e objetivos para o alcance de uma situação desejada, de um modo mais eficiente e efetivo, com a melhor concentração dos esforços e recursos da empresa (OLIVEIRA, 1993, P24). A organização envolve a alocação dos recursos da empresa, de maneira a otimizar a consecução das metas. O controle, por sua vez, envolve a retroalimentação dos resultados e o acompanhamento destes, de modo a permitir comparações com o que foi planejado, permitindo ajustes necessários. Um papel muito importante caba à motivação, pois trata-se de um fator fundamental para a melhoria do nível de desempenho dos empregados, que, por conseqüência, influenciará o alcance dos objetivos da empresa. A motivação é uma função extremadamente importante para a Administração (HERSEY e BLANCHARD, 1986, P5). Para Paladini (1990, P100), “quando maximiza suas vantagens, o elemento humano torna-se o mais produtivo, útil, versátil e rico dos recursos. Quando se reduz à força meramente física, exibe desvantagem em relação a outros recursos”. Isso mostra que é necessário otimizar a utilização do recurso humano, sempre tendo em vista suas especificidades. David e Newstrom (1992, P11) complementam afirmando que a motivação é essencial ao funcionamento organizacional, pois não importa quanta tecnologia e equipamentos uma organização tenha: “essas coisas não podem ser colocadas em uso a menos que sejam liberadas e guiadas por pessoas que estejam motivadas”. É nesse contexto que surge a noção de motivação. 15 1.2 Motivação dos Recursos Humanos Bergamini (1993, P38) define motivação como uma “força propulsora” que leva o indivíduo a satisfazer suas necessidades e desejos. A motivação no trabalho leva os recursos humanos, além de buscarem satisfações pessoais, a realizarem os objetivos da organização. Motivação é, assim, uma “energia interna”, algo que vem de dentro do indivíduo, fazendo com que este se coloque em ação (PALADINI, 1990, P101). Segundo Hersey e Blanchard (1986, P18), “a motivação das pessoas depende da intensidade dos seus motivos”. Os motivos podem ser definidos como necessidades, desejos ou impulsos oriundos do indivíduo e dirigidos para objetivos, ou seja, são os porquês do comportamento das pessoas. Por isso, ao pretender influenciar o comportamento de uma pessoa, precisase primeiro conhecer os motivos ou necessidades que são mais importantes para ela naquele momento. H. Pieron, citado por Dejours (1994, P35) define motivação como “fator psicológico que predispõe o indivíduo, animal ou humano, a realizar certas ações ou a tender a certos fins”. O conceito de motivação não é admitido por todas as teorias em psicologia. Para alguns autores, existe diferença entre comportamento habitual dos indivíduos e o diretivo (este sim, oriundo de um “motivo”). Abraham Maslow procurou explicar a intensidade de certas necessidades, a qual denominou de hierarquia das necessidades humanas (Maslow citado por HERSEY e BLANCHARD, 1986): • Fisiológicas • Força da Segurança • Necessidade Social 16 • Estima • Auto-realização As necessidades fisiológicas aparecem em primeiro lugar, pois são necessidades básicas para a própria subsistência, ou seja, alimentos, roupa, moradia. A partir do momento que essas necessidades estão satisfeitas, outras necessidades surgem e mais outras, segundo uma escala hierárquica. Uma vez atendidas as necessidades fisiológicas, predomina a necessidade de segurança, ou seja, estar livre de perigo físico e da privação das necessidades fisiológicas básicas. A seguir, predomina a necessidade social ou de participação, pois as pessoas são seres sociais e sentem necessidade de pertencerem a vários grupos e de serem aceitas por estes, buscando conseguir relações com os outros. Após satisfeita a necessidade de participar, desejam ser mais que um simples membro do grupo, têm necessidade de estima tanto de autoestima como de reconhecimento por parte dos outros. Estando adequadamente satisfeita a necessidade de estima, começa a predominar a necessidade de autorealização, ou seja, a necessidade de maximizar seu próprio potencial ou o desejo de tornarem-se aquilo de que são capazes. Dessa forma, o conhecimento da natureza humana passa a ter valor para empresas e indivíduos (Herzberg citado por HERSEY e BLANCHARD , P72). Hampton (1973, P49) acrescenta que “a distinção entre os fatores responsáveis pela motivação dos recursos humanos, e os que servem somente para evitar a insatisfação, forma a base dos novos conceitos na motivação e suas implicações para a empresa”. Daí o surgimento da Teoria da Motivação-Higiene de Herzberg. 17 1.3 A Teoria de Herzberg Herzberg (1973, P53) formulou uma teoria com aplicação específica para as atitudes no trabalho que podem ter relação com certos aspectos do potencial humano no trabalho. A teoria de higiene como motivação das atitudes no trabalho iniciou com um profundo estudo de entrevistas com mais de 200 engenheiros e contadores representando a indústria de Pittsburgh (Estados Unidos). Herzberg (1975) formulou uma hipótese na qual os fatores que influíam na produção de satisfação profissional eram desligados e distintos dos fatores que levavam à insatisfação profissional. Os estudos realizados por Herzberg levaram-no a considerar que os dois sentimentos, quer sejam satisfação e insatisfação, não eram contraditórios entre si. Para o autor, “o oposto de satisfação no trabalho não é insatisfação, mas sim nenhuma satisfação no trabalho; e da mesma forma, o oposto de insatisfação no trabalho não é a satisfação, mas sim nenhuma insatisfação no trabalho” (HERZBERG, 1975, P7). Segundo essa teoria, as pessoas têm duas categorias diferentes de necessidades, essencialmente independentes entre si e que influenciam os trabalho de maneira diferente. manutenção e os motivadores São eles os fatores de higiene ou (HERZBERG, 1975; HERSEY e BLANCHARD, 1986, P8). Os fatores motivadores, relativos ao trabalho em si (fatores intrínsecos ao trabalho), são mais eficazes, motivando as pessoas para um desempenho superior. São eles (Herzberg citado por NADAMURA, 1994, P63): reconhecimento: necessidade do indivíduo de ser reconhecido pelo seu trabalho por alguém como: o 18 supervisor, o administrador de forma impessoal, o cliente, o colega e até pelo público em geral; realização: fracasso e ausência de realização relacionada em fazer um trabalho completo e solucionar problemas; possibilidade de crescimento: capacidade de superar a própria habilidade individual, capacidade de aprender novas técnicas e adquirir novas perspectivas profissionais; progresso: mudança pessoal e profissional na organização com vistas `questão de status; responsabilidade: relacionada com o próprio trabalho, com o trabalho de outras pessoas e aquisição de novas responsabilidades; trabalho em si: situações como variação da rotina, criatividade, oportunidade de carreira. Os fatores de higiene descrevem o ambiente das pessoas (fatores extrínsecos ao trabalho) e têm função primária de prevenir a insatisfação no trabalho. Herzberg também chamou-os de fatores de manutenção, pois nunca estão completamente satisfeitos, ou seja, precisam ser mantidos continuamente. Os fatores de higiene incluem (Herzberg citado por NAKAMURA, 1994, P63): supervisão técnica: competência e incompetência, senso de justiça e injustiça, boa vontade e má vontade em delegar responsabilidade e ensinar os subordinados. Também observou-se o superior que freqüentemente chamava a atenção e criticava os subordinados, e de forma oposta, aquele mais condescendente na maneira de conduzir sua função; relações interpessoais: foram divididas em três categorias: superior, subordinado e pares; condições de trabalho: foram relacionados os aspectos físicos do ambiente de trabalho como adequação e 19 inadequação de ventilação, iluminação, equipamentos, espaço; salários: aumento ou descumprimento de expectativas do aumento salarial; política e administração: desorganização da companhia no que se refere à comunicação interna e políticas mal conduzidas; vida pessoal: questões familiares como problemas de moradia, salário e outros tipos de problemas; status: mudança de posição (cargo) dentro da companhia; segurança: os indivíduos demonstraram preocupação com questões como tempo de serviço, estabilidade e instabilidade de emprego. A hipótese proposta por Herzberg foi então estudada. Ao invés de tentar medir o grau do sentimento, Herzberg focalizou o máximo de experiências e comparou o apogeu negativo (insatisfação) com o positivo (satisfação). A hipótese proposta foi verificada. Os fatores que levaram à satisfação contribuem muito para a insatisfação profissional. Inversamente, os insatisfatórios contribuem muito pouco para a satisfação profissional. Para criar uma situação motivadora para as pessoas numa determinada empresa, descobre-se quais são as necessidades de alta intensidade, buscando-se satisfazê-las ou superá-las, obtendo-se, assim, a satisfação das pessoas no trabalho (HERSEY e BLANCHARD, 1986, P8). Assim sendo, numa visão humanística das organizações (PALADINI, 1994), pode-se afirmar que os objetivos básicos de uma empresa incluem proporcionar uma vida condigna às pessoas que integram e usufruem as ações empresariais, com disponibilidade plena de informações, formação e qualificação adequadas às funções que irá exercer e procedimentos 20 motivacionais que atendam às suas expectativas - sem as quais as ações das pessoas ficam prejudicadas, além da criação de ambientes de trabalho adequados à ação humana, sem restrições, constrangimentos ou riscos à integridade física ou psicológica de qualquer espécie. Deseja-se, para o empregado, condições compatíveis com sua condição de elemento mais relevante do processo e, simultaneamente, carente de um conjunto de ações que possibilitem uma vida melhor para si e para sua família. Para proporcionar tais condições, alcançando a motivação, necessitase conhecer o comportamento dos recursos humanos no trabalho. 1.4 Comportamento Humano nas Organizações O comportamento organizacional é o estudo e aplicação do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações e aplica-se amplamente ao comportamento das pessoas em todos os tipos de organizações, tais como negócios, governo, escolas e organizações de serviço (DAVIS e NEWSTROM, 1992, P5). Chiavenato (1988, P43) nos ensina que o comportamento das pessoas em uma organização depende de fatores internos (decorrentes das características de personalidade, bem como capacidade de aprendizagem, de motivação, de percepção do ambiente interno e externo, de atitudes, de emoções, de valores, etc.) e externos (decorrentes das características organizacionais, como sistemas de recompensa e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupal existentes, etc.). O mesmo autor relata que dentre os fatores externos que influenciam o comportamento das pessoas, podem-se incluir: pressões do chefe, influência de colegas de trabalho, mudanças tecnológicas, condições ambientais (tanto físicas como sociais), etc. 21 Dentre os fatores internos, Chiavenato (1988, P44) cita que a motivação é o principal fator que determina o comportamento humano. Lopes (citado por NAKAMURA, 1994) menciona três razões fundamentais que determinam o comportamento: percepção: maneira pela qual o indivíduo sente os estímulos que são absorvidos seletivamente; atitudes: relacionado com as opiniões e valores; mecanismos de defesa: processo de comportamento usado quando o feedback do comportamento original indica expectativas não alcançadas. Segundo Kanaane (1995, P59), “o comportamento está vinculado de certa maneira às normas e valores socialmente disseminados em dado contexto: o indivíduo reage a determinadas situações, mas suas ações são também influenciadas pelas circunstâncias presentes”. Ainda, segundo o autor, “é preciso considerar a existência de diferentes concepções do termo comportamento” (KANAANE, 1995, P87): comportamento individual: retrata as reações inerentes ao indivíduo e sua conduta no contexto organizacional; comportamento grupal: refere-se à gama de reações dos indivíduos que compõem um grupo; as ações emergentes do comportamento grupal retratam as múltiplas influências decorrentes da dinâmica existente, incluindo as pessoas, a interação, o sentimento, as atividades (tarefas), a comunicação e os objetivos; comportamento organizacional: refere-se às manifestações emergentes no contexto das organizações, indicando os controles, o processo decisório e os esquemas técnico-administrativos assumidos num dado momento organizacional. 22 Por outro lado, afirma Schein (1982, P25), “em muitos casos a percepção, os sentimentos e as atitudes das pessoas, refletidos nos procedimentos informais, mostram uma forte lealdade à subunidade à qual essas pessoas pertencem e são moldados pelo tipo de trabalho que a subunidade executa”. Para Kanaane (1995), a compreensão das concepções que os indivíduos e grupos possuem sobre o trabalho desempenhado possibilita entender as influências destas concepções no alcance da produtividade, e por conseqüência, da qualidade empresarial. As diferenças departamentais são, portanto, componentes ativos do comportamento dos recursos humanos e, conseqüentemente, da motivação destes no trabalho. 1.5 As diferenças internas nas organizações O ambiente interno caracteriza-se por ser a parte humana e incontrolável da empresa, que forma a organização capaz de transformar a matéria-prima, ou informações, gerando serviços (FISCHMANN e ALMEIDA, 1991). Configura-se, no ambiente interno, uma enorme quantidade de relações entre as pessoas, formando a chamada rede de clientes e fornecedores internos (RUMMLER e BRACHE, 1994, P21). Os clientes e fornecedores internos são todas as partes que interagem nos processos produtivos, ou mesmo nos processos de apoio ao processo principal da organização. As áreas vitais (RANGEL, 1994) ou processos empresariais críticos são os processos dos quais a empresa depende para o seu sucesso. Para Harrington (1993), “esses processos são tanto mais críticos quanto maiores 23 forem sua importância e sua oportunidade de aperfeiçoamento e, desta forma, estes devem ser os primeiros a serem atacados”. Segundo Rangel (1994), a instabilidade dos processos vitais traz conseqüências sérias e adversas às exigências dos clientes da empresa. A seleção deles é uma fase importante para priorizar os trabalhos de identificação dos clientes internos e os benefícios para a empresa residem, entre outros, em estar aplicando melhorias visando atender melhor os clientes de um processo considerado vital para a empresa. 1.6 O homem na organização Para poder compreender melhor o homem na organização é necessário mergulhar nos conceitos novos de motivação e satisfação (BERGAMINI e CODA, 1997) que nos ensina: As tentativas de respostas para estas questões (motivação e satisfação) deixam claro que a motivação humana para o trabalho permanece ainda como um dos grandes desafios dentro da realidade dentro das organizações, sejam elas brasileiras ou não. Apesar das inúmeras e complexas teorias, a motivação, na prática, continua sendo enfocada com simplicidade e muito maior atenção esse assunto recebe quando se identifica que as pessoas estão desmotivadas em seu trabalho. 1997, P94) (BERGAMINI e CODA, 24 Os mesmos autores revelam que os efeitos da insatisfação no trabalho ainda não têm sido suficientemente mapeados nas organizações brasileiras. ... sabe-se que as prováveis conseqüências negativas estão ligadas ao comprometimento da saúde física e mental dos empregados, stress, desempenho no faltas, trabalho, baixa inércia produtividade e organizacional e, finalmente, dificuldade de implantação eficaz de programas de melhoria de qualidade. (BERGAMINI e CODA, 1997, P94) Kanaane (1999) nos ensina que o estudo das atitudes corresponde à compreensão da vida social do indivíduo e, por extensão, do trabalhador. Ele diz que um conjunto de variáveis afetam as reações dos indivíduos, o que atesta as predisposições para a ação, sendo também influenciada pelo conjunto de crenças e valores sociais. 1.7 A relação homem-trabalho Dejours (1994) analisa a carga psíquica do trabalho, diferenciando-a de carga física, resultando algumas considerações: o organismo do trabalhador não é um “motor humano” na medida em que é permanentemente objeto de excitações, não somente exógenas, mas também endógenas; o trabalhador não chega ao seu local de trabalho como uma máquina nova. Ele possui uma história pessoal que se caracteriza por uma certa qualidade de suas aspirações, de seus desejos, de suas motivações, de suas necessidades psicológicas, que integram sua história passada. Isso confere a cada indivíduo características únicas e pessoais. 25 O trabalhador, enfim, em razão de sua história dispõe de vias de descarga preferenciais, que não são as mesmas, para todos e que participam na formação daquilo que denominamos estrutura da personalidade (DEJOURS, 1994, P24). 1.8 O clima organizacional e suas interfaces com motivação e satisfação no trabalho Vejamos o que Bergamini e Coda (1997) nos ensinam a respeito do assunto: ...é preciso separar satisfação e motivação no trabalho. Motivação é uma energia direta ou intrínseca, ligada ao significado e à natureza do próprio trabalho realizado. Satisfação é uma energia indireta ou extrínseca, ligada a aspectos como salário, benefícios, reconhecimento, chefia, colegas e várias outras condições que precisam estar atendidas - e isso fundamentalmente a partir da ótica do empregado - no ambiente de trabalho. São esses aspectos extrínsecos os elementos básicos formadores daquilo que é chamado de clima organizacional e que nada mais é do que o indicador do nível de satisfação (ou insatisfação) experimentado pelos empregados no trabalho (BERGAMINI e CODA, 1997, P98). Clima origina-se do grego klima e significa tendência, inclinação. Quando se examina a evolução da teoria administrativa é possível perceber que, a partir de determinado estágio, as organizações começam a ser comparadas a organismo vivos, fazendo um paralelo entre moléculas e indivíduos, células e grupos, organismos complexos e organizações. 26 Sobre clima organizacional, Bergamini e Coda (1997) nos ensinam: Clima organizacional reflete, então, uma tendência ou inclinação a respeito de até que ponto as necessidades da organização e das pessoas que dela fazem parte estariam efetivamente sendo atendidas, sendo este aspecto um dos indicadores da eficácia organizacional. A Pesquisa de Clima Organizacional é o instrumento pelo qual é possível atender mais de perto as necessidades da organização e do quadro de funcionários à sua disposição, à medida em que caracteriza tendência de satisfação ou de insatisfação, tomando por base a consulta generalizada aos diferentes colaboradores da empresa. Caso surjam necessidades críticas em termos de atendimento, um Programa de Ação pode ser delineado para dar início às medidas que, neste caso, apresentaria um cunho fortemente estratégico por tentar considerar as variáveis comportamentais relevantes à situação (BERGAMINI e CODA, 1997, P99). Sobre a aplicabilidade e a importância da Pesquisa de Clima Organizacional, Bergamini e Coda (1997) escrevem: A Pesquisa de Clima Organizacional é um levantamento de opiniões que caracterizam uma representação da realidade organizacional consciente, uma vez que retrata o que as pessoas acreditam estar acontecendo em determinado momento na organização enfocada. O papel de pesquisas dessa natureza é tornar claras as percepções dos funcionários sobre temas e itens que, caso apresentem distorções indesejáveis, afetam negativamente o nível de satisfação dos funcionários na situação de trabalho. Assim, a essência dos subsídios da pesquisa de clima organizacional é o mapeamento das percepções sobre o 27 ambiente interno da organização, como um ponto de partida igualmente válido para a mudança e o desenvolvimento organizacional. Configura, portanto, um diagnóstico sobre a situação atual da empresa, por base as opiniões de seus integrantes, quase um caráter clínico, ou seja, visando levanta disfunções ou problemas que mereçam correção (BERGAMINI e CODA, 1997, P99) Os mesmos autores apresentam algumas sugestões e recomendam: • fornecer aos empregados as informações de que precisam para desenvolver um bom trabalho; • garantir feedback constante; • envolver os empregados nas decisões que os afetam; • criar canais de comunicação de fácil utilização; • perguntar diretamente aos empregados o que a final os motiva; • garantir reconhecimento ao bom trabalho realizado; • incentivar um a postura mais acessível das chefias existentes; • criar oportunidades para que os empregados façam também aquilo que consideram importante fazer; • prestar atenção às necessidades dos empregados. A Pesquisa de Clima Organizacional caracteriza-se como um canal de comunicação entre a direção e o corpo de empregados da organização. Representa um modo constante de obter e de fornecer feedback, mantendo o foco voltado para as necessidades dos empregados. Orienta e democratiza a participação dos funcionários no processo de gestão, uma vez que as decisões passam a incluir também as tendências e os pontos de vista dos empregados que foram manifestados através da pesquisa (BERGAMINI e CODA, 1997, P97). 28 CAPÍTULO II 29 1. O Bando e sua Missão Promover a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros de qualquer natureza, atuando prioritariamente no fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infra-estrutura e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social, tendo como valores fundamentais: • Direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e dos clientes; • Busca permanente de excelência na qualidade de serviços; • Equilíbrio financeiro em todos os negócios; • Conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade; • Respeito e valorização do ser humano. 2. Estrutura organizacional O Banco do Tesouro, empresa fictícia, de direito privado, com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o território nacional. Compõem a atual estrutura organizacional: Matriz - Sede do comando da Empresa é responsável pela tomada de decisões estratégicas. Gerências de Filiais - Atuam, em nível regional, como uma extensão dos processos desenvolvidos na Matriz. 30 Cada agência tem na sua estrutura os seguintes cargos: Gerente Geral, Gerente, Assistente de Operações, Caixa Executivo e Escriturário. CAPÍTULO III 31 Pesquisa mediante Questionário Esta pesquisa está sendo realizada por Vângela Maria Martins Azevedo, para o curso de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos, sob a orientação da professora Mary Sue da Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro. A aplicação do questionário é feita em todas as unidades vinculadas ao Banco e o universo pesquisado são todos os empregados. Instruções para preenchimento • Não coloque seu nome no formulário. Retire a etiqueta do seu nome que está colada no envelope, para que não haja identificação de quem respondeu o questionário. • Use toda sinceridade ao responder às perguntas. • Faça um X ao lado da resposta que você escolher. • Caso a pergunta não corresponda com a sua situação de trabalho, deixe-a em branco. • Responda imediatamente as questões e coloque no malote, usando o mesmo envelope. • Envie à Matriz do Banco, aos cuidados do Departamento de Recursos Humanos. AMBIENTE DE TRABALHO 1- Você gosta do trabalho que faz? 32 2- 3- 4- 5- 6- Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você está satisfeito com a sua atual carga horária de trabalho? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você se dá bem com seus colegas de trabalho? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você se relaciona bem com seu superior imediato? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) O local (instalações) onde você trabalha está confortável? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) O material (máquinas e equipamentos) que você usa para executar seu trabalho favorece seu bom desempenho? 33 7- 8- 9- Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você considera justa a distribuição do trabalho na sua agência? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você se sente bem no seu ambiente de trabalho? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) Você vai ao trabalho: Porque precisa trabalhar e ganhar dinheiro 10 - ( ) Porque se sente bem e é agradável ficar no trabalho ( ) Por ambos os motivos ) ( Qual das alternativas abaixo você escolheria para uma eventual troca de emprego?: ( ) Trocaria o atual emprego por um outro com salário menor mas com um ambiente de trabalho mais agradável, com menos pressão. ( ) Trocaria o atual emprego por um outro com salário igual mas com um ambiente de trabalho mais agradável, com menos pressão. ( ) Trocaria o atual emprego por um outro com salário maior mesmo sabendo que o ambiente de trabalho seria pior e com 34 mais pressão. ( ) Só trocaria de emprego caso o outro fosse com salário maior e ambiente melhor. ( 11 - ) Não sairia da atual empresa de jeito nenhum. Hierarquize os motivos pelos quais você trabalha na empresa. Coloque no parêntese o No 1 para o motivo mais forte e assim sucessivamente. 12 - Porque gosto do trabalho que faço na empresa ( ) Porque gosto do salário que recebo ( ) Porque gosto dos benefícios que a empresa oferece ( ) Porque gosto do ambiente de trabalho ( ) Porque tenho esperanças de ser promovido ( ) Porque o atual emprego me dá prestígio ( ) Porque ainda não consegui um emprego melhor ( ) Hierarquize os fatores dos quais você mais tem medo na empresa. Coloque no parêntese o No 1 para o motivo mais forte e assim sucessivamente. Assalto ( ) Demissão ( ) Metas ( ) Vinda de uma chefia imediata despreparada ( ) Não estar à altura das mudanças tecnológicas ( ) Não conseguir manter o desempenho exigido pela empresa ( ) EM RELAÇÃO À REMUNERAÇÃO 13 - De acordo com o trabalho que você faz, seu salário é: 35 14 - Bom ( ) Razoável ( ) Baixo ( ) A atual política da empresa em relação à remuneração variável você acha: 15 - Estimulante ( ) Não o estimula ( ) A atual política da empresa em relação à remuneração por produção, você acha: 16 - Bom ( ) Razoável ( ) Baixo ( ) Você acha seu salário justo, comparado com o salário das pessoas que exercem cargos semelhantes em outras empresas da sua cidade? 17 - Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ) As promoções na empresa são dadas a quem merece? Sim ( ) Não ( ) 36 Em parte 18 - ( ) Você tem esperanças de um dia ser promovido na empresa (ter função superior à atual)? 19 - 20 - Sim ( ) Não ( ) Você é a única pessoa da família com renda? Sim ( ) Não ( ) Se você respondeu “sim” na questão anterior, a atual remuneração é suficiente para atender às suas necessidades básicas? 21 - Sim ( ) Não ( ) Você tem feito adequações de seus gastos que os tomem compatíveis com seu padrão de renda? 22 - Sim ( ) Não ( ) Não é possível fazer adequações ( ) Com o trabalho que você realiza, você se considera útil para a sociedade? Sim ( ) Não ( ) 37 Em parte 23 - ( ) Hierarquize, no parêntese, a causa dos momentos de aborrecimento que você passa na empresa, colocando o No 1 para o que for a maior causa e 5 para a menor causa de seus aborrecimentos: Em relação às máquinas e equipamentos ( ) Em relação à chefia ( ) Em relação aos clientes ( ) Em relação aos métodos de trabalho ( ) Em relação aos colegas ( ) Em relação à política de R.H. ( ) EM RELAÇÃO À CHEFIA Se você é Caixa Executivo, Assistente de Operações ou atualmente sem função de confiança, responda considerando como chefia imediata o Gerente. Se você é Gerente, considere como chefia imediata o Gerente Geral. Se você é Gerente Geral, considere como chefia imediata o Assinale sua condição: ( ) Caixa Executivo, Assistente de Operações ou Escriturário ( ) Gerente ( ) Gerente Geral 24 - Seu superior imediato trata você com o devido respeito? Sim ( ) Não ( ) 38 25 - 26 - Seu superior imediato aceita sugestões para melhoria do trabalho? Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Você obtém do seu superior imediato as informações necessárias para tomar suas decisões? 27 - Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Seu superior imediato lhe delega autoridade necessária para desenvolver suas tarefa? 28 - 29 - Sim ( ) Não ( ) Você participa na definição dos planos de ação de sua agência? Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Você recebe do seu superior imediato o apoio necessário para realizar suas tarefas? Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) 39 30 - Normalmente as decisões tomadas pelo superior imediato são corretas? 31 - 32 - Sim ( ) Não ( ) Você considera seu superior imediato um líder? Sim ( ) Não ( ) Seu superior imediato procura fazer a equipe de sua unidade trabalhar unida? 33 - Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Seu superior imediato é uma boa pessoa (amigável, prestativa, educada, ética)? 34 - Sim ( ) Não ( ) Seu superior imediato costuma pedir a sua opinião quando decide sobre algo importante relacionado à sua unidade? Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) 40 35 - Seu superior imediato tem lhe incentivado para você se aperfeiçoar (estudar informática, línguas, faculdade, etc.)? 36 - 37 - Sim ( ) Não ( ) Seu superior imediato lhe dá feedback: Só quando você erra ( ) Só quando você acerta ( ) Em ambos os casos ( ) Não há feedback ( ) Quando seu superior imediato faz uma crítica ou repreensão em relação ao seu trabalho ou porque você errou, ele o faz com você: 38 - 39 - Sempre em público ( ) Sempre em particular ( ) Às vezes em público e outras vezes em particular ( ) Quando seu superior imediato faz um elogia a você, ele o faz: Sempre em público ( ) Sempre em particular ( ) Às vezes em público e outras vezes em particular ( ) Sua chefia lhe informa como você está indo no trabalho? Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) 41 40 - Acerca de treinamentos, reuniões e encontros que são promovidos pela empresa nos finais de semana, você: 41 - Gosta e faz questão de ir ( ) Não gosta mas faz questão de ir por obrigação ( ) Detesta mas vai por obrigação ( ) Detesta e não vai de jeito nenhum ( ) Acerca das reuniões que são feitas antes ou depois do horário normal de expediente, você: 42 - Aprova ( ) Desaprova ( ) Que nota, de 0 a 10, você daria para o Gerente Geral da Agência?: _______ 43 - Que nota, de 0 a 10, você daria para o Gerente da Agência?: _______ 44 - Hierarquize os fatores com os quais sua chefia imediata está mais preocupada, colocando no parêntese o No 1 para o motivo mais forte e assim sucessivamente. Cumprir as metas ( ) Atender bem aos clientes ( ) Fazer negócios rentáveis para a empresa ( ) Zelar pelo bom ambiente de trabalho ( ) Zelar pelo bom desempenho dos empregados ( ) 42 Promoção pessoal ( ) GERAL 45 - 46 - Se você tivesse liberdade para mudar o seu trabalho: Deixaria tudo como está ( ) Mudaria algumas coisas ( ) Faria tudo diferente ( ) Em relação à Matriz, você a considera como: Unidade que elabora, cobra e controla metas, dando apoio suficiente às agências ( ) não dando apoio suficiente às agências ( ) Nenhuma delas ( ) Unidade que elabora, cobra e controla metas, 47 - Quando você tem um problema a resolver e precisa de ajuda de fora da agência, você recorre primeiramente a: 48 - Gestor do processo ( ) Colegas de outras agências ( ) Se você tivesse que reestruturar o Escritório de Negócios, quais dos atuais cargos você extinguiria? Prestação de Serviços ( ) Comercial ( ) Assistente de Marketing ( ) Assistente de Planejamento ( ) Responsabilização Gerencial ( ) Gerente ( ) 43 Não faria extinção de cargo 49 - ( ) Se você, na questão anterior optou pela extinção de um cargo, qual o cargo que assumiria o trabalho do cargo extinto? _______________________________________ PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO 50 - Sua idade: _________ 51 - Sexo: 52 - Estado Civil: 53 - ( )M ( )F Solteiro ( ) Casado ou como se fosse ( ) Separado ( ) Escolaridade: Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Pós-graduação incompleta ( ) Pós-graduação completa ( ) 44 54 - Além do Banco do Tesouro, você possui outra atividade profissional que lhe proporciona renda? 55 - Sim ( ) Não ( ) Espaço aberto para sugestão, críticas e/ou comentários que queira fazer (se necessário, use o verso): ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ 56 - Você confia neste tipo de pesquisa? Sim ( ) Não ( ) CAPÍTULO IV Analisando uma pesquisa O Capítulo I procurou mostrar os temas que mais se relacionam com os propósitos deste trabalho, quais sejam, a satisfação e insatisfação dos 45 funcionários do Banco do Tesouro, mapeando o Clima Organizacional da empresa. Dentre os temas abordados estão a organização como empreendimentos humanos, o estudo dos recursos humanos no âmbito da Teoria Geral da Administração. Apresenta igualmente a motivação e o comportamento das pessoas na organização, além de fundamentar o estudo com os conceitos de satisfação, insatisfação e Clima Organizacional, apresentado por diversos autores. As considerações apresentadas a seguir concentram-se naquilo que de mais significativo houve e que pudesse estar relacionado diretamente com os resultados obtidos na pesquisa realizada. Analisando as questões da pesquisa Nota-se que 50,8% dos empregados não estão plenamente satisfeitos. Vale ressaltar que no Banco do Tesouro, a maioria dos empregados têm uma carga horária de 6 horas (Escriturários e Caixas Executivos). Por este fato, nesta pesquisa, “Carga horária de trabalho” pode ter sido entendida como apenas “carga de trabalho” ou “volume de trabalho por hora”. Vale destacar que 74% dos empregados não consideram completamente justa a distribuição do trabalho no Banco do Tesouro. Foi observado que o volume de trabalho é muito grande nas agências (questão 07). Por outro lado, se nos basearmos em Dejours (1994) podemos inferir que, o empregado ao responder a questão sobre a sua satisfação com a atual carga de trabalho, pode estar manifestando a “carga psíquica de trabalho”. O fato das pessoas gostarem do que fazem, muito embora excessiva carga de trabalho e as dificuldades em relação à tecnologia, está ligado a dos fatos: há um ambiente favorável na relação entre as pessoas 46 (inclusive subordinados por chefia) e há também o reconhecimento da importância social do trabalho dos empregados do Banco do Tesouro. Apenas pouco mais da metade dos empregados (52,0%) consideram o seu local de trabalho (instalações) confortáveis. Não foram pesquisados os fatores causadores do desconforto, especificamente para esta questão, os quais podem ser: ruído, calor, frio, excesso ou falta de luz, ergonomia não ajustada dos móveis. Denota-se a carência latente de ações da CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Remanescentes questões de conforto no local de trabalho são, em princípio, ineficiência dessas comissões. Há que se considerar que as manifestações nesse item pode estar “escondendo” outras insatisfações. Na questão 06, verificou-se que 52,5% dos pesquisados acham que as máquinas e equipamentos favorecem apenas “em parte” o seu bom desempenho. “Em parte” significa que não há pleno favorecimento por parte das máquinas para o desempenho dos empregados. Somando este percentual com os que responderam “não”, temos empregados afirmando não disporem de equipamentos que favoreçam o seu pleno desempenho. Nas observações feitas pelo autor deste trabalho, na época da coleta de dados, verificaram-se os seguintes casos: • Lentidão da rede: os computadores ligados em rede e muitas vezes a resposta é lenta, por problemas de sobrecarga no sistema de telefonia. • Em conseqüência do item anterior, os sistemas cliente-servidor apresentam resposta muito lenta. • Sistemas sem interface, obrigando a retrabalho: a mesma informação deve ser digitada várias vezes, para alimentar sistemas diferentes. • Pouca familiaridade informática. dos empregadores co a 47 Ainda na mesma questão nota-se que há uma certa confusão de equipamento (máquina) com sistemas. Há insuficiente operação de sistemas (linhas, etc.) assim como se pode inferir que há desconhecimento da potencialidade das máquinas e sistemas. Na questão 08, notamos que apesar das instalações não favorecerem o conforto, as máquinas e equipamentos não contribuem para o bom desempenho do empregado e a carga horária ou o volume de trabalho causar insatisfação, a maioria dos empregados do Banco do Tesouro sente bem em seu ambiente de trabalho. Apenas 18% trabalham exclusivamente porque precisam ganhar dinheiro. No caso, o trabalho por si só não é fator de insatisfação. Na questão 10, vemos que 5,6% dos pesquisados não se importa com o ambiente de trabalho. O que importa para eles é o salário. Já 24,9% trocariam o emprego atual por outro com salário igual ou menor mas com “ambiente melhor”. Vê-se que salário e ambiente são fatores fundamentais para permanência do empregado no emprego. Analisando os motivos pelos quais os empregados continuam trabalhando no Banco do Tesouro (questão 11), verificamos que o principal é o “gosto pelo trabalho”. Os benefícios (ticket alimentação, plano de saúde, etc.) são reconhecidos, inclusive à frente do salário. O gosto pelo ambiente de trabalho aparece em 4º lugar e o prestígio em último. O estudo dos medos na empresa foi feito através da questão 12, onde a demissão é o item mais temido. O grupo tem menos medo de assalto do que a sujeição à uma chefia despreparada. Em último lugar aparece o medo das mudanças tecnológicas. A questão 22 revelou que 75% dos empregados sentem-se úteis para a sociedade. Isto corrobora com a missão do Banco. Este fato comprova a eficácia da estratégia de endomarketing. 48 Outro item pesquisado (questão 23) foi o aborrecimento que o empregado sofre em seu ambiente de trabalho. Além de não contribuírem para o pleno desempenho dos empregados, as máquinas e equipamentos são a maior causa dos aborrecimentos. O segundo motivo mais forte na causa de aborrecimento são os métodos de trabalho. Esta questão é possível relacioná-la com a questão 07, onde 74% dos empregados não consideram a distribuição do trabalho justa. Ressalta-se que o cliente é o último motivo para aborrecimentos. A relação empregado-chefia foi tema das questões 25 e 39 onde pôde-se observar alguns itens importantes, a saber: • Há tratamento de respeito entre empregado e chefia; • Em 38,4% dos casos, a chefia não aceita integralmente sugestões de melhoria do trabalho; • A chefia delega autoridade necessária para o empregado executar suas tarefas; • A participação, envolvimento do corpo funcional na definição das atividades, estratégias, ações, promoções da agência, é condição de 46,9% dos empregados, os quais têm plena participação; • Apesar de o superior imediato tratar 91,5% dos entrevistados com respeito, em 91% dos casos o superior imediato delegar autoridade necessária para o desenvolvimento das tarefas, 86,4% dos entrevistados acharem que as decisões que o superior imediato toma estarem corretas, 26,6% dos empregados não consideram o superior imediato um líder; • Somando a resposta “não” e “as vezes”, na questão 32, veremos que 41,85% dos empregados não vêem um articulador na sua chefia imediata; 49 • Cruzando a questão 34 (o seu superior imediato costuma pedir opinião quando decide algo importante relacionado com a agência?) com a questão 28 onde a participação, envolvimento do corpo funcional na definição das atividades, estratégias, ações, promoções da agência, é condição de 46,9% dos empregados, os quais tem plena participação, podemos concluir que nas coisas importantes para a agência nem sempre ocorre a participação do empregado. O percentual de empregados que não recebem feedback é de 35%. Em 28,8% dos casos de repreensão, estes não ocorrem em particular. Na questão 38, somando-se os 22% dos casos em que o elogio é feito em particular com os 63,3% dos casos em que nem sempre o elogio ocorre em público, teremos um percentual de 85,3% dos momentos de elogio que não estão sendo bem aproveitados pela chefia para elevar a auto-estima do empregado. Sobre os encontros nos finais de semana, verificou-se que 73,5% dos empregados não gostam ou detesta encontros nos finais de semana. Geralmente estes encontros são de estudo, formação, palestras, seminários de atualização, vinculados ao trabalho no Banco. Segundo a opinião dos Caixa Executivos, Escriturários e Assistentes, 80,4% deles não gostam ou detestam estes encontros. Já para a categoria dos gerentes, este percentual cai para 58,4%. Dos Gerentes Gerais, 58,3% não gostam mas participam destes encontros por mera obrigação. Igualmente foi verificada a opinião dos empregados acerca das reuniões que são feitas antes ou após o horário normal de expediente, onde os percentuais ficaram praticamente divididos entre a aprovação e 50 reprovação deste procedimento, ou seja: 49,2% aprovam e 48,6% reprovam as referidas reuniões. A avaliação dos Gerentes Gerais (que obtiveram nota média de 7,73) e Gerentes (que obtiveram nota média de 7,57), reflete o baixo desempenho gerencial. O Gerente Geral não aproveita integralmente a potencialidade do grupo. Nota-se uma preocupação da chefia com os fatores relacionados diretamente com os resultados na empresa. Na visão do empregado, a promoção pessoal da chefia imediata é maior que a preocupação com o desempenho dos empregados (questão 44). Acerca das mudanças no local de trabalho, 2,3% dos empregados deixaria tudo como está. Invertendo o raciocínio, veremos que quase todos tem idéias, sugestões para realizar mudanças. Se os Times de Aprendizagem estiverem devidamente valorizados, a tendência “mudaria algumas coisas” (questão 45), seria menor. CONCLUSÃO O Banco do Tesouro - Rio de Janeiro, divulgou um documento chamado “Excelência no Atendimento”, cuja proposta é clarificar a todos os empregados das agências os papéis de cada empregado, definido claramente suas missão, atribuições e expectativas de resultados. Retomar a divulgação deste documento talvez possa a ser uma alternativa para que todos tenham oportunidade de saber do seu verdadeiro papel no Banco e das atribuições de cada um dos empregados. 51 Cabe aos integrantes da Matriz promover ações de divulgação e clarificação dos papéis de cada integrante da equipe a todos os empregados lotados nas agências. A pesquisa trouxe a tona algumas evidências já observadas anteriormente, porém sem uma sistematização em percentuais. Freqüentemente os empregados comentam o problema da sobrecarga de trabalho, da lentidão dos equipamentos de informática, a má distribuição de tarefas, a pouca interface dos sistemas, do achatamento salarial, a baixa remuneração na venda de produtos, a realização de reuniões e palestras nos finais de semana. Outras questões que ficaram evidentes: a boa relação entre os empregados, o bom tratamento dispensado pelas chefias, o gosto pelo trabalho, o reconhecimento dos benefícios que a empresa oferece, a importância social do trabalho exercido pelos empregados do Bando do Tesouro. a. Recomendações aos administradores da empresa Como a pesquisa mostrou problemas relacionados com os equipamentos e sistemas de informática, cabe à área gestora deste processo a analise das questões levantadas. Seria importante divulgar internamente os projetos e mudanças previstas na área de informática, pois sabe-se que estas são constantes e há uma evolução muito rápida. Foram reconhecidos como motivadores os benefícios que o Banco oferece e é sabido que os mesmos são, na realidade, salário indireto. Cabe 52 à Administração do Banco do Tesouro capitalizar esta predisposição dos empregados e manter o atual sistema de benefícios. b. Recomendações aos Gerentes e Gerentes Gerais Chamou atenção a questão do feedback. Constatou-se que 35,0% dos empregados não recebem feedback. Daí fica evidente a necessidade da chefia adotar procedimentos que garantam o aumento da prática do feedback. As pessoas estão mais motivadas, quanto mais conhecerem o produto de seu trabalho. Seria importante estimular a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - para que atue diretamente nos locais de trabalho, visando melhoria do ambiente físico, item que ficou constatado como causador de insatisfação. Igualmente é importante continuar atento pela manutenção das condições favoráveis (o gosto das pessoas pelo trabalho, o bom relacionamento entre colegas e subordinado-chefia e o reconhecimento do trabalho social do Banco). O ambiente é extremamente favorável para evoluir em metodologias como Times de Aprendizagem. Não há como permanecerem questões como distribuição de trabalho inadequado em percentuais tão altos (27,7% + 46,3% = 74,0%). As pessoas precisam trabalhar, querem trabalhar, gostam do que fazem e têm questões a resolver: conforto, distribuição de tarefas. Os benefícios são reconhecidos e a questão salarial cede espaço a manutenção do posto de trabalho. Daqui o administrador pode evoluir com seu grupo: então precisamos ser rentáveis e, a partir disso, planejar o que fazer para que seu grupo evolua também na rentabilidade per capita (produtividade). 53 Há tratamento com respeito, o ambiente é favorável; tudo conspira para um ambiente de diálogo, de clarificação dos papéis, de interação. A gerência pode aproveitar estes fatores e crescer com isso. Para tanto há espaço. Há um alto índice de reconhecimento da delegação. Isto favorece o gerenciamento compartilhado. Alguns papéis podem não estar claros ou não sendo desempenhados por pessoas despreocupadas. Há sempre uma expectativa que nossos administradores/chefes correspondam em “alto grau”. O administrador precisa, constantemente, avaliar-se. É a chamada “maestria”. Outra questão que ficou evidente é a insatisfação em relação aos treinamentos e encontros promovidos pelo Banco nos finais de semana. Constatou-se que os empregados não gostam de “sacrificar” o final de semana neste tipo de atividade. c. Sugestão para futuras pesquisas Não foram pesquisados os fatores causadores do desconforto. Esta pesquisa mostrou apenas que o desconforto no local de trabalho (máquinas e instalações) são fatores que geram insatisfação. A partir desta constatação, seria importante verificar o que, especificamente, no item “instalações e máquinas” é fato gerador de desconforto. Uma pesquisa para determinar o grau de conhecimento de informática e as principais dificuldades dos empregados em relação ao assunto, poderia desencadear ações da administração no sentido de aprimorar ou implantar métodos e programas de treinamento em informática, visando melhorar a performance dos empregados na área, bem como diminuir a insatisfação apontada nesta pesquisa em relação a máquinas e equipamentos. 54 Esta pesquisa não estudou o poder nas organizações. Este assunto poderia ser tema de uma pesquisa específica, não necessariamente no Banco de Tesouro, estudando o que move o homem na busca do poder dentro da organização. BIBLIOGRAFIA BERGAMINI, Cecília W. e CODA, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional. São Paulo: Atlas, 1997. __________, Motivação. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1993. 55 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Gerência de Área de Desenvolvimento Empresarial: Gerência Executiva de Modelo de Gestão. Gestão por resultados. Brasília: Caixa, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3 ed. São Paulo: McGraw Hill, 1983. __________, Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron Books, 1995. DAVIS, Keith e NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira, 1992. DEJOURS, Christophe, ABDOUCHELI, Elisabeth e JAYET, Christian. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. ETZIONI, A. Organizações modernas. 8 ed. São Paulo: Pioneira, 1989. FISCHMANN, Alberto e ALMEIDA, Martinho Isnard R. de. Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas, 1991. GIANESI, Irineu G. N. e CORRÉIA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994. GIL, Antônio de Loureiro. Auditoria da qualidade. São Paulo: Atlas, 1994. HAMPTON, David R. Conceitos de comportamento na administração. São Paulo: EPU, 1973. HANNA, David P. Designing organizations for high performance. Massachusetts: Addison-Wesley, 1988. 56 HARRINGTON, H. James.Aperfeiçoando processos empresariais. São Paulo: Makron Books, 1993. HERSEY, Paul e BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para administradores. São Paulo: EPU, 1986. HERZBERG, Frederick. O conceito da higiene como motivação e os problemas do potencial humano de trabalho. In: HAMPTON, David R. Conceitos de comportamento na administração. São Paulo: EPU, 1973. KANAAE, Roberto. 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Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1982. TEIXEIRA, Hélio Janny e SANTANA, Solange Maria (coord.). Remodelando a gestão pública. São Paulo: Edgar Blücher, 1994. 58 ATIVIDADES CULTURAIS 59 ÍNDICE RESUMO 7 INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO I 11 1. As organizações como empreendimentos humanos 1.1 Administração e Recursos Humanos: breve histórico 1.2 Motivação dos Recursos Humanos 1.3. A Teoria de Herzberg 1.4 Comportamento Humano nas Organizações 1.5 As diferenças internas nas organizações 1.6 O homem na organização 1.7 A relação homem-trabalho 1.8 O clima organizacional e suas interfaces com motivação e satisfação no trabalho CAPÍTULO II 29 1. O Banco e sua Missão 2. Estrutura organizacional CAPÍTULO III 31 Pesquisa mediante Questionário Instruções para preenchimento CAPÍTULO IV Analisando uma pesquisa Analisando as questões da pesquisa 45 60 CONCLUSÃO 51 a. Recomendações aos administradores da empresa b. Recomendações aos Gerentes e Gerentes Gerais BIBLIOGRAFIA 55 ATIVIDADES CULTURAIS 58 61 FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE Pós-Graduação Lato Sensu Título da Monografia: O clima Organizacional no Banco do Tesouro: as fontes da satisfação e insatisfação no trabalho Data de Entrega: Avaliado por: ____________________________. Grau: ______________ Rio de Janeiro, ____ de __________________ de 200 __. 62