O Esgotamento dos recursos como limite ao crescimento económico O crescimento demográfico e os recursos disponíveis Nos países em vias de desenvolvimento (P.V.D.) existe uma maior pressão demográfica e consequentemente uma maior pressão sobre os recursos naturais. Solução: Reduzir as actuais taxas de crescimento (procurando o equilíbrio população/recursos) Implementar politicas anti-natalistas ao planeamento familiar ate medidas mais completas como: O papel da mulher na sociedade: o aumento do emprego fora do lar promove o decréscimo da natalidade A pobreza gera natalidade A saúde publica pode reduzir a elevada natalidade ( apagando o “efeito de substituição”) A melhoria da Segurança social Redução Da Natalidade: Redução Da Natalidade: Planeamento familiar Desenvolvimento socio-económico Redução da natalidade Única via para garantir o equilíbrio população/recursos pois: O aumento da exploração dos recursos mostra-se cada vez mais desastroso A emigração mostra-se cada vez mais fechada A fuga para as cidades mostra cada vez mais problema Os padrões de consumo dos países desenvolvidos e o esgotamento dos recursos naturais Sociedade de consumo é uma produção em larga escala Elevada exploração de recursos Matérias – primas, energia Gera desperdícios: Poluição, resíduos Consumo de energia por habitante 1 estanuniense =2 europeus = 55 Indianos = 168 Tanzanianos = 900 Nepolezes A procura de novos materiais e a reorientação tecnológica, com vista a atenuar riscos Hoje – verifica-se alguma apreensão face ao futuro, dado o elevado consumo de recursos. Mesmo assim, assistimos a duas correntes de opinião Pessimista Vem o desenvolvimento, em particular o dos P.M.A`S, comprometido Optimista Encaram a evolução tecnológica e industrial como forma de mudar o curso dos acontecimentos e como sendo capazes de dar novas respostas no futuro O desenvolvimento tecnológico pode criar alternativas por diferentes vias 1.º Exemplo Descobertas tecnológicas podem permitir: Descobrir novos jazigos Tornar viáveis jazigos abandonados por falta de rentabilidade Aprofundar o conhecimento dos fundos marinhos ou da litosfera. 2.º Exemplo A substituição de produtos 3.º Exemplo A reciclagem Permite abrandar a pressão sobre os recursos Reduz a ocupação do espaço por resíduos e desperdícios Evitar a poluição e contaminação de solos, águas e a degradação paisagística Para evitar que sejam as opiniões pessimistas a vincar no futuro, é necessário: Criar uma consciência ecológica Desenvolver o ordenamento do território Equipar indústrias com tecnologias limpas Fomentar a investigação e direcciona-la sentido de dar respostas ecologicamente mais adequadas A interligação entre os fenómenos ecológicos e o desenvolvimento Só na segunda metade deste século, quintuplicou a produção da economia mundial. Mas esse crescimento foi realizado geralmente á margem da consideração que a utilização dos recursos naturais iria neles provocar, pois aqueles consideravamse infinitos. O solo, por exemplo, aparece em escritos de vários agrónomos como irrelevante para o negócio de produção de alimentos. Abusemos dos fertilizantes, produzamos novas séries de pesticidas, manipulemos as estirpes mais produtivas, resolvamos as grandes superfícies, reguemos as culturas até se instalar a aridez e esqueçamos os milhares de milhões de toneladas de solo que assim se perdem anualmente: foi esta a receita da agricultura moderna. O negócio mais humilde da gestão dos solos, do aumento da fertilidade e do controlo da erosão perdeuse num mundo fabricado pelo homem, considerando que este nada deve á natureza. A interligação entre os fenómenos ecológicos e o desenvolvimento Só na segunda metade deste século, quintuplicou a produção da economia mundial. Mas esse crescimento foi realizado geralmente á margem da consideração que a utilização dos recursos naturais iria neles provocar, pois aqueles consideravamse infinitos. O solo, por exemplo, aparece em escritos de vários agrónomos como irrelevante para o negócio de produção de alimentos. Abusemos dos fertilizantes, produzamos novas séries de pesticidas, manipulemos as estirpes mais produtivas, resolvamos as grandes superfícies, reguemos as culturas até se instalar a aridez e esqueçamos os milhares de milhões de toneladas de solo que assim se perdem anualmente: foi esta a receita da agricultura moderna. O negócio mais humilde da gestão dos solos, do aumento da fertilidade e do controlo da erosão perdeuse num mundo fabricado pelo homem, considerando que este nada deve á natureza. Exemplos: Foi o que aconteceu por exemplo no Alentejo: apesar do objectivo ser o de fazer da região o celeiro de Portugal, as técnicas agrícolas, utilizadas, sem terem em conta os seus efeitos, sobre o solo, comprometeram o desenvolvimento agrícola de hoje. Ou ainda, o caso do desvio do leito de uma ribeira que veio provocar cheias catastróficas, comprometendo não só as culturas, mas mais grave ainda, a vida das pessoas. O ambiente é o lugar onde vivemos; e o desenvolvimento é tudo o que nós fazemos na tentativa de melhorar as nossas coisas dentro daquela nossa casa. São coisas inseparáveis. Quase metade das pessoas mais pobres do mundo vive nas terras marginais no Sahel e nas bacias hidrográficas elevadas dos Andes e Himalaias. Os meios de subsistência de todas estas pessoas são directamente e intensamente afectadas pela degradação dos recursos naturais. A pobreza vai pois constituir um factor de pressão sobre o ambiente mas, por sua vez, um ambiente degradado vai acarretar pobreza. Ou seja, se não preservarmos os recursos naturais dificilmente ocorrerá crescimento económico sustentado. Para muitos PVDs – e até os de economia de transição (Rússia) – a solução óbvia para aliviar a divida externa consiste no abate da floresta, uma vez que as madeiras tropicais constituem uma riqueza apetecível para os PVDs. Muitos países do terceiro mundo vendem os direitos sobre a madeira ás nações industrializados a preços de madeira queimada para conseguirem dinheiro para cobrirem os juros das dívidas. Mas não nos podemos esquecer que é a actividade biológica que nos tem fornecido o essencial da nossa alimentação e das nossas matérias-primas devemos igualmente ter presente que é na natureza que se poderão ainda encontrar os recursos a utilizar no futuro, pelo que se torna indispensável proteger as áreas selvagens. Procura de alimentos para uma população em constante crescimento A Água Embora possamos sobreviver quarenta e cinco dias sem ingerir qualquer tipo de alimento, só conseguimos suportar quatro dias sem água. Hoje em dia verifica-se um aumento, cada vez maior, do consumo de água, quer para o uso doméstico, quer para a agricultura onde são precisas 4500 t de água para produzir uma tonelada de fibras de algodão, quer também para a indústria. Segundo o PNUD, o fornecimento de água per capita nos PVD é, actualmente, apenas um terço do que era nos anos 70 e mais de 55% das pessoas nos Estados Árabes sofrem de seria escassez de água – com menos de 1000 m per capita de água disponíveis por ano. Como resultado da pobreza, do crescimento populacional, da urbanização a da poluição, a gestão da água será o recurso natural fundamental com que se defrontarão os PVD. Os Solos Embora o mundo produza actualmente mais alimentos per capita do que em qualquer outra altura, será ainda necessário aumentar a produção alimentar em 75%, segundo a FAO, para conseguir nutrir convenientemente a crescente população mundial. Actualmente há, segundo o PNUD, mais de 800 milhões de pessoas que não têm o suficiente para comer e mais de um milhão que sofre de subnutrição crónica; mas o problema da fome não resulta directamente de produção insuficiente em termos globais, é antes de mais um problema político. Este aumento sem precedentes na produção de alimentos fez-se em parte pelo alargamento da base de produção: mais área cultivada, mais gado, mais barcos de pesca, etc. Mas a maior parte resultou de um aumento fenomenal da produtividade.· O aumento da população fez diminuir a área de plantio per capita, na maior parte do mundo e, á medida que a área disponível diminuía, o planeamento e os agricultores empenhavam-se no aumento da produtividade. Nos últimos 35 anos, estes resultados conseguiram-se: Usando novas sementes aperfeiçoadas para produção máxima, para sementeira diversificada, e com maior resistência e doenças; Recorrendo a mais fertilizante, cujo consumo cresceu mais de nove vezes; Usando mais pesticidas e produtos qimicos similares, cujo uso cresceu 32 vezes; Aumentando a área regada que passou a ser mais do dobro. O Mar A captura de peixe e de outros animais marinhos constitui uma importante fonte alternativa de alimento. A nível mundial, fornece 6% das proteínas e cerca de 24% das proteínas animais (na Ásia do Sudeste, 55%; em Africa, cerca de 19%) se se incluir o peixe que é utilizado no fabrico das rações de gado. Em 1987, as capturas comerciais em todo o mundo atingiram os 91 milhões de toneladas e calcula-se que mais de 24 milhões de toneladas foram obtidas por pescadores locais que não registam capturas. As conservas e a comercialização do pescado ocupam também vários milhões de pessoas. Por sua vez, a apanha de algas marinhas como alimento e matéria prima de medicamentos e cosméticos, constitui apenas uma pequena parcela da utilização humana no mar. A nível mundial, a pesca tem aumentado, desde a segunda Guerra Mundial, de 20 milhões para 65 milhões de toneladas entre 1950 e 1969, ou seja, 6 a 7% anualmente. Mas depois de 1970, á medida que se aumentava o esgotamento de bancos de pesca, a média anual desceu para apenas cerca de 1%. Em muitos PVD, a pesca é a fonte preciosa de alimentação e de rendimento. Padrões de consumo baseados em recursos não renováveis Uma pessoa num pais industrializado consome muito mais e exerce muito mais pressão sobre os recursos naturais do que uma outra que nasça no Terceiro Mundo. Para a conservação dos recursos, os padrões e as preferências de consumo são tão (ou ainda mais) importantes que o numero de consumidores Alguns tipos de recursos não renováveis são: Os recursos energéticos O ritmo acelerado do consumo dos recursos, nomeadamente os energéticos, contrasta com a sua lenta regeneração. Os profundos desequilíbrios sociais determinam diferentes capacidades de acesso e utilização, com efeitos diversos sobre o meio ambiente. Estamos na fase do «susto» caracterizada pela percepção da dimensão da crise – os recursos são escassos e alguns não são renováveis. O petróleo é o exemplo mais significativo de um recurso que se esgotará na fonte no decurso do próximo século, ao mesmo tempo que a sua combustão continuará a reforçar o efeito de estufa. Mesmo recorrendo ao gás natural, de todos o menos poluente, as perspectivas não são as melhores. Apesar de novas jazidas de gás natural terem sido descobertas e das estimativas dos recursos serem consideráveis, o aumento da utilização deste combustível fóssil conduzirá ao seu esgotamento num prazo nunca superior a 240 anos (perspectiva optimista), mas que poderá muito bem ser apenas 50 anos. Os recursos minerais Mantendo o ritmo de crescimento da utilização das diversas matérias-primas, para além de reduzir a concentração do minério, aumenta o uso dos combustíveis fósseis para a sua exploração e a produção de resíduos, e emite poluentes durante o processo, saturando os depósitos. Mudar no presente para o futuro Redefinição dos modelos de desenvolvimento Se muitos dos efeitos prejudiciais do desenvolvimento industrial começaram nos PD, a escolha da industrialização baseada em projectos gigantescos como modelo de desenvolvimento aplicado também aos PVD estendeu também esses efeitos a esses países. E porque é que este tipo de mega projectos, tão frequente nos anos 60 e 70, procurou resultados tão nefastos? Basicamente, pela visão segmenta da segmentada da realidade e pelo desprezo votado á natureza, ao não incluir qualquer capital ambiental nos cálculos financeiros. A utilização de energias alternativas A utilização de energias alternativas a partir de fontes renováveis (sol, água, vento, biomassa, geotérmica), em conjunto com uma maior eficiência energética, poderão conduzir a manutenção ou a até à redução dos níveis de consumo das fontes tradicionais. As novas tecnologias permitem reduzir os custos e os gastos de energia, sem prejudicar o confronto dos seres humanos e a produtividade das suas economias. Para muitos países em vias de desenvolvimento a utilização de energias alternativas constitui, desde já, uma opção eficaz para reduzir os custos de projectos de desenvolvimentos locais. O aumento da eficiência na utilização da energia recorrendo a tecnologias novas, substituindo a energia produzida a partir dos combustíveis fósseis por energias renováveis, contribuirá para a redução das emissões de poluentes responsáveis pelo efeito de estufa. Os níveis de poluição provocados pelas energias alternativas são mais baixos do que os que resultam da energia da energia fóssil ou até nuclear. Fim