O USO DE TURBINAS HIDROCINÉTICAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA: EXPERIÊNCIAS NA AMAZÔNIA Marcio Nirlando Gomes Lopes Introdução às Energias Renováveis 1 SUMÁRIO • • • • • • • INTRODUÇÃO FUNCIONAMENTO CARACTERÍSTICAS EXPERIÊNCIAS NA AMAZÔNIA VANTAGENS/DESVANTAGENS PERSPECTIVAS FUTURAS REFERÊNCIAS Introdução às Energias Renováveis 2 INTRODUÇÃO • Fonte energética para comunidades isoladas. • Comunidades remotas não viabilizam a implantação de sistemas de provimento de energia elétrica. • Recursos naturais abundantes na Amazônia: Sol, biomassa e água. • Amazônia: maior bacia fluvial do mundo (25% água doce do planeta). • Até 2001, 18,45% de domicílios não atendidos pelo fornecimento de energia elétrica convencional. • Programa Luz para Todos (2004). • Região Norte: 44% do potencial hidráulico nacional (ANEEL). Introdução às Energias Renováveis 3 FUNCIONAMENTO A água passa por uma hélice e o movimento das pás gera energia mecânica, que é convertida em eletricidade em um pequeno reator acoplado ao equipamento. Um cabo leva a energia ao local desejado. Introdução às Energias Renováveis 4 CARACTERÍSTICAS Rio Rhine St. Goar - Alemanha Introdução às Energias Renováveis 5 CARACTERÍSTICAS EUA – rio Mississipi Capacidade de 100 kW (2009 a 2012) Introdução às Energias Renováveis 6 CARACTERÍSTICAS Amazonas - Rio Uatumã 21 km jusante Balbina Introdução às Energias Renováveis 7 PRÉ-REQUISITOS • Rios perenes; • Profundidade 1 m; • Velocidade 1,5 m/s. Introdução às Energias Renováveis 8 TURBINA GERAÇÃO 1 (1995) • • • • Rotor axial de duas pás; Grade cônica de proteção frontal; Estator com pás diretrizes; Melhor funcionamento: 1,5 kW – seis pás – velocidade de 2 m/s – 80 cm diâmetro Introdução às Energias Renováveis 9 TURBINA HIDROCINÉTICA – Rio Corrente – Correntina/BA (2005) Introdução às Energias Renováveis 10 TURBINA HIDROCINÉTICA 1 kW – Rio Corrente – Correntina/BA (1995-2005) Introdução às Energias Renováveis 11 PREMISSAS • Evolução tecnológica do projeto hidrodinâmico, baseada no uso intensivo de técnicas de simulação numérica e ensaio de modelo reduzido. • Desenvolvimento de um modelo compacto, de baixo custo que permitisse seu transporte para regiões remotas e a fácil instalação de unidades; • Redução de custo através do uso de materiais plásticos e layout funcional; • Avaliação da sustentabilidade do uso de tal tecnologia, comparativamente com alternativas renováveis para a região. Introdução às Energias Renováveis 12 TURBINA GERAÇÃO 2 (2005) • Emprego de um difusor cônico para desacelerar o escoamento na saída da turbina, criando uma região de baixa pressão, aumentando a velocidade de escoamento na entrada e o coeficiente de potência da máquina. • Como desvantagem, aumentou o tamanho da máquina e restringiu o uso em rios menos profundos que 2 metros. Introdução às Energias Renováveis 13 TURBINA HIDROCINÉTICA 2 kW – Rio Corrente – Correntina/BA (2005) Introdução às Energias Renováveis 14 Fonte: Els et al. 2004. Introdução às Energias Renováveis 15 TURBINA HIDROCINÉTICA 1 kW – Rio Caranã – Mazagão/AP (2006) Introdução às Energias Renováveis 16 TURBINA HIDROCINÉTICA 1 kW – Rio Caranã – Mazagão/AP (2006) Introdução às Energias Renováveis 17 TURBINA HIDROCINÉTICA 1 kW – Rio Caranã – Mazagão/AP (2006) Introdução às Energias Renováveis 18 TURBINA GERAÇÃO 3 (2005) • Máquina axial livre com difusor mais compacta, portátil e com desempenho melhorado. • A superfície interna da carcaça perfilada age como um difusor, reduzindo a pressão na saída. • O gerador foi integrado ao núcleo, formando um conjunto com o rotor. Introdução às Energias Renováveis 19 TURBINA GERAÇÃO 3 (2005) Introdução às Energias Renováveis 20 TURBINA GERAÇÃO 3 (2005) Introdução às Energias Renováveis 21 VANTAGENS • Reduzido impacto ambiental; • Não necessita de grandes funcionar; • Não oferece risco aos peixes; • Alta durabilidade ~ 30 anos; • Baixo custo de manutenção. Introdução às Energias Renováveis obras para 22 DESVANTAGENS • Relativa pequena capacidade de geração de energia; • Fabricação nacional de turbinas é praticamente artesanal; • Muitas especificações técnicas são específicas para correntes marinhas; • Peso. Introdução às Energias Renováveis 23 PERSPECTIVAS FUTURAS • Desenvolvimento de novas máquinas com menor peso, porém mantendo a capacidade de geração; • Fomento à fabricação nacional de turbinas em escala industrial; • Aperfeiçoamento da eficiência das máquinas. Introdução às Energias Renováveis 24 REFERÊNCIAS http://hgenergy.com/index.php/projects/hastings-project/ http://www.ksb.com/ksb-en/Press/Press-Releases/9532/river-turbine.html http://www.eln.gov.br/opencms/opencms/modulos/noticia/noticia_0167.html?uri=/index.html http://revistapesquisa.fapesp.br/2003/11/01/a-forca-da-correnteza/ http://www.iepa.ap.gov.br/meteorologia/atuacao.php VAN ELS, R. H. 2008. Sustentabilidade de Projetos de Implementação de Aproveitamentos Hidroenergéticos em Comunidades Tradicionais na Amazônia: Casos no Suriname e Amapá. Tese de Doutorado. UNB. Brasília-DF. 2008. Revista P&D. n. 2, novembro 2007. ISSN 1981-9803. Tiago Filho et al. 2008. Pequenos aproveitamentos hidroelétricos. Brasília-DF. Ministério de Minas e Energia. 2008. Vaz, D. A. Projeto de rotores hidrocinéticos de eixo horizontal adaptados às condições dos rios Amazônicos. Dissertação de mestrado. UFPA. Belém-PA. 2011. Introdução às Energias Renováveis 25