Refinaria de Sines Desempenho de Segurança, Saúde e Ambiente 2014 Mensagem da Direção da Refinaria Martinho Correia Diretor Operacional de Refinarias Diretor da Refinaria de Sines 2014 foi, para a refinaria de Sines, um ano pleno de transformações estruturantes e de apostas ganhas. No primeiro semestre realizámos a nossa última paragem geral e preparamos as instalações para mais um ciclo longo de funcionamento. A nossa equipa atingiu todos os objetivos traçados. Gostaríamos de destacar o relacionado com a segurança dos nossos colaboradores: zero acidentes com baixa. No futuro apenas faremos paragens setoriais: •• Hydroskiming que iniciou produção em 1989, O vetor mais desenvolvido é o da Intensidade Energética da instalação que continua a baixar sustentadamente. A refinaria segue um plano de melhoria elaborado internamente em 2013 e que culminará com um investimento na nossa unidade de destilação de petróleo bruto. Está na fase de engenharia básica e prevemos a sua conclusão em Dezembro de 2016. A utilização eficiente da energia é uma obrigação partilhada, sendo o EII (Energy Intensity Index) o principal indicador da instalação. Fica a ganhar o ambiente e obviamente a estrutura de custos. com ciclos de funcionamento de 5,5 anos; •• CatCracking que iniciou produção em 2003, com ciclos de funcionamento de 4,5 anos; •• Hydrocracking que iniciou produção em 2013, com ciclos de funcionamento de 4 anos. Assim, a nossa refinaria não mais terá interrupções de produção e as paragens serão mais pequenas, mais planeadas, mais focadas e mais eficientes, resultado de uma coordenação naturalmente mais eficaz. No segundo semestre ajustámos a equipa de liderança. Estratégia, planos de ação e organização estão agora mais alinhados para responder aos novos desafios da refinação. A estratégia é muito clara e partilhada já por todos. Assenta em 5 vértices que vamos desenvolver no próximo triénio e procura essencialmente melhorias de eficiência. O Lean Manufacturing, outra das cinco vertentes estratégicas, permitir-nos-á a diminuição da variabilidade dos processos e uma mais eficiente utilização de recursos. Mais conversão significa tirar partido dos ativos que já temos. Não podemos utilizá-los de outra forma? Claro que sim. Este é um importante desafio já abraçado pela nossa Tecnologia. 50 40 30 20 A manutenção centrada na fiabilidade (RCM) é outro dos vértices do nosso pentágono estratégico. Procuramos cada vez mais gerir o ciclo de vida dos equipamentos e evitar indisponibilidades produtivas. Aqui estamos a trabalhar estreitamente com um importante centro de know-how, a Faculdade de Engenharia da UP. Os novos modelos de negócios FOB/FAR aproximar-nos-ão dos nossos clientes. Manutenção centrada na fiabilidade Mais conversão Em 2014 deixámos de queimar combustíveis líquidos, efeito colateral da diminuição da intensidade energética. O efeito é bem visível na chaminé, na tipologia dos fumos e nas emissões de CO2 bem visíveis neste documento. Mais um passo rumo a um desenvolvimento mais sustentável. Intensidade energética 10 “mais agilidade, maior entrega, + Eficiência” é a nossa maneira de estar no dia a dia. Em 2015 desempenharemos certamente melhor. Modelos de negócio FOB/FAR Combate ao desperdício Ficam desde já convidados a interagir com a nossa equipa. Martinho Correia Refinaria de Sines A refinaria de Sines num flash 32,9 kg CO2/CWT 1978 538 Ano de início de laboração Redução de emissões*: Intensidade Carbónica Desempenho melhor do que o benchmark do sector Trabalhadores - 68% NOX - 64% de SO2 - 52% de partículas A refinaria de Sines num flash 10 mt O nosso desempenho num flash 3,4 x 106 h Horas trabalhadas 0 Fatalidades carga/ano 370 ha IFA = 0,0 19.537 h Área Número de Acidentes com baixa/milhão de horas trabalhadas Formação SSA * Face a 2009 Objetivos e metas 2015 Assumimos como meta: Zero Acidentes* pessoais, materiais, ambientais. Consolidar a tendência de redução do consumo de recursos e emissões por nível de atividade. Reduzir as perdas de contenção, mantendo os Zero acidentes com danos ambientais. Temos como objetivo minimizar o impacte das nossas operações, diminuindo sustentadamente a intensidade carbónica da atividade, por isso queremos ser líderes em Eficiência Energética na Europa Ocidental, atingindo o 1.º Quartil de referência no sector refinação em 2015/2016. Martinho Correia, Direção Operacional de Refinação * (com impacte significativo – classes 3 e 4) Emissões de NOX Consumo de Água Bruta Efluentes Líquidos por Carga Tratada (m3/t) por Carga Tratada (m3/t) por Carga Tratada (g/t) EII (%) Meta 2014 Meta 2014 Meta 2014 Meta 2014 Resultado 2014 0,68 0,64 Meta 2015 0,67 Emissões de SO2 por Carga Tratada (g/t) Meta 2014 Resultado 2014 826 482 Meta 2015 500 0,33 0,39 Meta 2015 0,35 73 Resultado 2014 68 Meta 2015 73 Resultado 2014 N.D. 92,7 Meta 2015 87,5 Emissões de Partículas por Carga Tratada (g/t) kg CO2/CWT Exercícios simulados (n.º) Meta 2014 Meta 2014 Meta 2014 22 Resultado 2014 17 Meta 2015 18 Resultado 2014 40,0 32,9 Meta 2015 32,0 7 Resultado 2014 5 Meta 2015 5 Índice de frequência Observações Preventivas de acidentes com baixa de Ambiente e Segurança (n.º de acidentes com baixa (horas de OPAS) Meta 2014 Resultado 2014 por milhão de horas trabalhadas) Resultado 2014 800 1.930 0,0 1.020 Meta 2014 Meta 2015 Resultado 2014 0,0 Meta 2015 0,0 Todos os dados aqui publicados foram alvo de uma verificação independente efetuada pela PricewaterhouseCoopers que emitiu uma declaração de conformidade que se encontra disponível no website da Galp Energia. A nossa atividade Matérias Primas Em 2014 a atividade da Refinaria foi marcada pela Paragem Geral. O envolvimento da organização para garantir a sua conclusão dentro do orçamento, dentro do prazo e sem acidentes foi determinante. Importa destacar também o arranque sem eventos indesejáveis. CARGA E CRUDE TRATADOS (106 t) No segundo semestre iniciaram-se as atividades que permitirão posicionar a refinaria de Sines ao nível das melhores da Europa. Segurança, Ambiente, Disponibilidade, Eficiência Energética, Combate ao Desperdício e Controlo de Custos são as vertentes que guiarão a sua atividade rumo ao sucesso. 2013 PROPORÇÃO DOS CRUDES PROCESSADOS EM 2014 CONSUMO DE GÁS NATURAL - CARGA ÀS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE HIDROGÉNIO (103 t) 67% Sweet 2011 2012 7,5 8,6 11,0 7,8 2014 10,1 7,0 Crude tratado Carga tratada 2011 33% Sour 8,0 6,9 38,5 2012 48,5 2013 222,2 198,5 2014 PRODUTOS ACABADOS (103 t) 34 1.646 2.602 633 2.186 265 2011 4 1.885 2.617 744 2.470 286 2012 1.678 4.041 1.538 3.645 938 2.801 259 2013 892 2.698 230 2014 Betumes Fueis Gasóleos Jet/Pet Gasolinas Gases PRODUTOS EXPEDIDOS POR VIA DE EXPEDIÇÃO (103 t) 529 2.755 109 702 3.674 2011 462 2.664 93 387 498 2.650 112 322 520 2.772 4.796 2012 6.239 2013 2014 Carros tanque Pipeline 105 303 Vagão tanque Bunkers 5.662 Navio NÚMERO DE EXPEDIÇÕES POR VIA DE EXPEDIÇÃO 22.005 450 4.737 4.076 605 351 571 293 2011 19.628 444 2012 20.895 434 4.844 589 451 2013 21.762 424 2013 Carros tanque Pipeline Vagão tanque Bunkers Navio 4.562 605 337 Gestão de Impactes A preservação do ambiente é tida como uma tarefa primordial e é integrada nas atividades desenvolvidas, desde a conceção e projeto até ao fim de vida das instalações, dos equipamentos e dos produtos. EMISSÕES DE SO2 (103 t) 1,37 10,91 2011 2012 0,59 2013 6,45 0,48 2014 4,87 Emissões de SO2 por nível de atividade (kg/t) Emissões de SO2 Consumo de Recursos 1,22 10,53 PERCENTAGEM DE ENXOFRE NO RPC CONSUMO DE GÁS NATURAL – COMBUSTÍVEL (103 t) 178,0 9,5 5,7 178,4 10,8 14,5 2011 2011 1,6 2012 1,6 2013 1,6 3,0 1,9 2013 2012 Limite máximo 188,4 5,7 33,7 2013 170,6 5 ENXOFRE RECUPERADO (103 t) 30,7 2014 Cogeração GIC’s 2,07 16,5 2011 Processo 2012 1,69 14,6 2,83 31,2 2013 2014 CONSUMO DE FUEL GÁS E RPC (103 t) 2011 2012 Enxofre recuperado 336 64 1,2 EMISSÕES DE NOX (103 t) 0,94 0,15 0,94 0,17 2011 298 0,137 2012 Fuel Gás Enxofre recuperado por nível de atividade (kg/t) 231 81 2013 2014 199 95 RPC 0,81 2013 0,53 CONSUMO DE ÁGUA E ÁGUA REUTILIZADA (106 m3) 5,14 2011 5,52 2012 0,64 Água reutilizada 43,8 34,4 34,6 Consumo por nível de atividade (m3/t) mai. 32,4 32,0 jun. jul. Benchmark top 10 ago. 32,2 32,6 33,6 set. out. nov. 40,0 29,5 dez. Objetivo 2014 615 281 63 EMISSÕES DE PARTÍCULAS (103 t) 648 185 Aquisição 318 Venda 0,26 2011 265 290 2013 Produção abr. 34,3 Devido à paragem da Refinaria de Sines, o valor registado em abril não foi representativo da atividade normal da instalação, tendo sido excluído da análise de tendência. 282 67 mar. kg CO2/CWT ENERGIA ELÉTRICA (GWh) 34,0 33,0 jan. fev. 2014 Emissões de NOX por nível de atividade (kg/t) CO2/CWT 0,64 6,43 0,54 Consumo de água 2012 Cogeração 7,50 0,13 2011 0,091 0,15 0,068 Processo 0,65 0,68 2014 0,129 0,20 2014 2013 4,58 46,2 681 2012 2013 635 2014 Emissões de Partículas 0,022 0,017 0,032 0,039 0,34 0,24 0,17 Emissões de Partículas por nível de atividade (kg/t) Produção de efluentes líquidos Produção de resíduos EFLUENTES LÍQUIDOS PRODUZIDOS (103 m3) RESÍDUOS INDUSTRIAIS PRODUZIDOS (103 t) NORMAL FUNCIONAMENTO E EMPREITADAS 2.597 0,36 253 2011 383 3.208 2012 3.677 2013 3.336 2014 0,42 704 0,40 2011 2012 10,98 2,01 584 0,39 2013 Efluente industrial 9,49 2,32 2014 Efluente salino 7,22 2,31 5,35 3,0 Efluentes líquidos produzidos por nível de atividade (m3/t) Resíduos industriais perigosos pH DO EFLUENTE INDUSTRIAL PRÉ-TRATADO E ENVIADO PARA A ETAR DE RIBEIRA DE MOINHOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS PRODUZIDOS POR NÍVEL DE ATIVIDADE (kg/t) 7,83 2011 7,60 2012 7,70 2013 0,26 2011 0,29 10 2012 7,59 2014 Resíduos industriais não perigosos 0,23 2013 Descarga penalizante ÓLEOS E GORDURAS DO EFLUENTE INDUSTRIAL DESCARREGADO NA ETAR DA RIBEIRA DE MOINHOS (mg/l) 2011 0,14 Resíduos industriais perigosos 70 100 84 2013 19 2014 Resíduos industriais não perigosos RESÍDUOS EQUIPARADOS A RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PRODUZIDOS (t) 2011 Descarga penalizante 2012 2013 2011 659 2012 2.000 594 2011 2013 2012 0,08 17% Gestão e proteção do ambiente 20 1,68 1,09 56% Proteção do recurso água FENÓIS DO EFLUENTE INDUSTRIAL DESCARREGADO NA ETAR DE RIBEIRA DE MOINHOS (mg/l) 2011 5,18 7,48 3,16 Descarga penalizante 11% Proteção de qualidade do ar e clima 7% Proteção de solo e águas subterrâneas 10% Gestão de resíduos 14,49 2013 2014 4.369 CUSTOS E INVESTIMENTOS EM AMBIENTE – 4,6 M€ Descarga penalizante 2012 3.926 Custos e Investimentos em Ambiente SULFURETOS DO EFLUENTE INDUSTRIAL DESCARREGADO NA ETAR DE RIBEIRA DE MOINHOS (mg/l) 0,08 7.000 6.764 2014 Descarga penalizante 2011 224 2012 365 2014 94 RESÍDUOS ENVIADOS PARA OPERAÇÕES DE RECICLAGEM (t) 609 2013 105 90 2014 CQO DO EFLUENTE INDUSTRIAL DESCARREGADO NA ETAR DE RIBEIRA DE MOINHOS (mg/l) 2014 0,21 61 2012 2013 0,30 0,18 2014 0,30 40 Segurança – da prevenção à verificação SGSPAG Todo o trabalho de planeamento, formação e acompanhamento levaram a bom termo uma operação complexa que envolveu trabalhadores de 302 empresas prestadoras de serviço e de 42 nacionalidades. Só para mencionar alguns números trabalharam-se 1,4x 106 horas sem acidentes e só 5 casos de tratamento médico, fizeram-se 1.254 testes de alcoolémia, serviram-se 27.532 refeições e mantiveram-se 2 autocarros de passageiros a circular com intervalos de 10 minutos. O esforço financeiro foi também notável: 56 M€ aplicados. A refinaria de Sines tem um sistema de Gestão de Segurança e Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG) que é anualmente auditada por verificadores qualificados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que avaliam a eficácia do sistema e emitem a declaração da sua conformidade com os requisito legais em vigor. A refinaria de Sines trata as constatações da auditoria de modo a garantir a melhoria contínua do sistema. Formação em SSA Sinistralidade FORMAÇÃO EM SSA ACIDENTES POR TIPO 2011 2012 2013 183 4.266 363 9% Acidentes Ambientais 8.533 277 2014 Acidentes Pessoais 148 7.156 204 69% 128 Nº de Horas de formação Nº de formandos Acidentes Materiais 484 19.537 8.728 22% Nº de ações de formação SINISTRALIDADE GALP + PRESTADORES DE SERVIÇOS Exercícios e Simulacros Galp Energia + Prestadores de serviços 8 14 NÚMERO DE EXERCÍCIOS DE TREINO E SIMULAÇÃO Classe 1 (1.ºs socorros) 2011 Classe 2 (casos com tratamento médico) 7 2012 13 2013 15 5 2014 EVOLUÇÃO DO IFA 0,34 2011 2012 Observações Preventivas de Ambiente e Segurança – OPAS 2013 2014 0 1 0,8 0 Classe 3 (acidentes com baixa) Índice de frequência de Acidentes (nº de dias perdidos por milhão de horas trabalhadas) NÚMERO DE HORAS DE OPAS 2011 1.876 1.476 2012 1.984 2013 1.930 2014 Apesar da Paragem Geral da Refinaria com cerca de 1,4 milhões de horas trabalhadas e na qual chegaram a estar presentes mais de 4 000 pessoas o ano ficou marcado pela inexistência de acidentes com baixa. Para este resultado contribuiu o esforço na preparação dos trabalhadores via formação. A suspensão da atividade da refinaria teve impacto na para a redução no número de exercícios de treino e simulacros. Tratou-se de um ano muito positivo que coloca um novo desafio à Organização - manter o mesmo nível de desempenho de EXCELÊNCIA. Exames médicos NÚMERO DE EXAMES MÉDICOS REALIZADOS 2011 2012 2013 2014 242 413 23 253 441 23 318 49 384 229 545 32 Exames ocasionais Exames periódicos Exames de admissão 2 Galp Energia, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Direção de Estratégia e Relações com Investidores Rua Tomás da Fonseca, Torre C 1600 – 209 Lisboa Tel.: +351 217 240 866 Fax: +351 217 242 965 e-mail: [email protected] www.galpenergia.com