'LD LINGUAGENS (Segunda-feira) PORTUGUÊS: Profs. Bruno Maia, João Filho, Nádya Gurgel, Olavo Martins, Raquel Monteiro, Vandemberg Saraiva, Viviane de Souza e Volney Ribeiro 48(672 É sempre bom lembrar que, no discurso improvisado, estamos todos arriscados a cometer imprecisões. Uma dessas imprecisões frequentemente presentes na fala das pessoas é denominada pleonasmo vicioso. Trata-se da repetição inútil e desnecessária GHDOJXPWHUPRRXLGHLDQDIUDVH1HVVHFDVRQmRp¿JXUDGHOLQJXDJHPHVLPXPYtFLR (defeito) de linguagem. Podemos concluir que essa circunstância está presente em: A “Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.” (Bradock, amigo do ex-jogador Romário, reclamando de um passe longo) B “No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de quinze em quinze dias.” C “Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.” D “O juiz deverá adiar a partida para depois...” O sonho alegria me dá – nele você está. Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse Esse alguém me diria: – Desiste, essa busca é inútil. Eu não desistia... Porém, com perfeita paciência Sigo a te buscar; hei de encontrar Bebendo com outras mulheres, Rolando um dadinho, jogando bilhar E nesse dia então vai dar na primeira edição: “Cena de sangue num bar da avenida São João.” VANZOLINI, Paulo. In: MARLENE. 7HSHJRSHODSDODYUD Odeon n. SMOFB 3855, 1974. L.I. (Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos) (Jardel, ex-atacante do Vasco, do Grêmio e da Seleção) (Locutor esportivo Galvão Bueno, antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra, durante a falha na iluminação de E “Temos que subir sete degrais. O primeiro já subimos.” Wembley) (Ex-jogador Cafu, para quem a escalada para ser campeão não poupa nem a gramática) 48(672 “Cinto de segurança também no banco de trás. Proteja a vida de quem você ama.” &RQVLGHUDQGRHVVHWH[WRFRPRSDUWHGHXPDFDPSDQKDHGXFDWLYDSRGHVHD¿UPDU que a função principal dele é A narrar. B descrever. C relatar. D convencer. E desestimular. 48(672 &DQWHLURV E eu ainda sou bem moço para tanta tristeza, Deixemos de coisa, cuidemos da vida, Senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço, Sem ter visto a vida. 0(,5(/(6&HFtOLD&DQWHLURV In: Raimundo Fagner ao vivo. Ed. Warner Chappel, 2000. Ao longo da sua carreira, o compositor e intérprete Fagner acrescentou música ao poema Canteiros,GH&HFtOLD0HLUHOHVDVVRFLDQGRGXDVPDQLIHVWDo}HVDUWtVWLFDV&RP isso, o compositor A prestigiou tanto a literatura quanto a música popular. B divulgou a temática das belezas naturais do Nordeste. C YDORUL]RXDVSHFWRVDLQGDSRXFRFRQKHFLGRVGDKLVWyULDGRSDtV D prejudicou o valor literário do poema na medida em que o popularizou. E empobreceu seu repertório. 48(672 Leia a letra da música Ronda, que canta a desventura de um amor não mais correspondido: 5RQGD De noite eu rondo a cidade A te procurar sem encontrar No meio de olhares espio em todos os bares Você não está Volto pra casa abatida Desencantada da vida 2 Dizem que ódio e amor são sentimentos muito próximos um do outro e que pessoas que se amam podem um dia se odiar, pois a linha que os separa é muito frágil. ,GHQWL¿TXHRSDUGHYHUVRVTXHH[SULPHHVVHDUJXPHQWRSRSXODU A “De noite eu rondo a cidade / A te procurar sem encontrar” B “Cena de sangue num bar da avenida São João.” C “Volto pra casa abatida / Desencantada da vida” D “– Desiste, essa busca é inútil. Eu não desistia...” E “Porém, com perfeita paciência / Sigo a te buscar; hei de encontrar” 48(672 +LVWyULDHVWUDQKD Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente, dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando, de repente, aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. 2JDURWR¿FDROKDQGRSDUDDVXD¿JXUDTXHVHDIDVWD7DPEpPVHUHFRQKHFHX (¿FDSHQVDQGRDERUUHFLGRTXDQGRHXWLYHUTXDUHQWDTXDUHQWDHSRXFRVDQRVFRPR eu vou ser sentimental! VERÍSSIMO, Luis Fernando. SDUDVHOHUQDHVFROD O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem: A Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. B Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. C Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. D O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. E 2JDURWR¿FDROKDQGRSDUDDVXD¿JXUDTXHVHDIDVWD 48(672 ³$OtQJXDVHPDUFDtVPR6HPHUXGLomR1DWXUDOHQHROyJLFD$FRQWULEXLomRPLOLRQiULD de todos os erros. Como falamos. Como somos.” Nesse trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas: A $LQYHQomRGHXPDQRYDOtQJXDHVWUXWXUDOPHQWHGLIHUHQWHGDIDODGDHHVFULWDSHlos portugueses. B A imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira. C $LQFRUSRUDomRGDIDODEUDVLOHLUDjOtQJXDOLWHUiULDQDFLRQDO D $YROWDjOtQJXDGR%UDVLOGRVSULPHLURVWHPSRVGDFRORQL]DomR E O repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção. 48(672 48(672 A linguagem QDSRQWDGDOtQJXD tão fácil de falar e de entender. A linguagem QDVXSHUItFLHHVWUHODGDGHOHWUDV sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. -iHVTXHFLDOtQJXDHPTXHFRPLD em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, DOtQJXDEUHYHOtQJXDHQWUHFRUWDGD do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. (VTXHFHUSDUDOHPEUDU Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em A situações formais e informais. B GLIHUHQWHVUHJL}HVGRSDtV C escolas literárias distintas. D textos técnicos e poéticos. E diferentes épocas. 48(672 1RSRHPDDUHIHUrQFLDjYDULHGDGHSDGUmRGDOtQJXDHVWiH[SUHVVDQRVHJXLQWHWUHFKR A ³$OLQJXDJHPQDSRQWDGDOtQJXD´OLQKDVH B ³$OLQJXDJHPQDVXSHUItFLHHVWUHODGDGHOHWUDV´OLQKDVH C ³>DOtQJXD@HPTXHSHGLDSDUDLUOiIRUD´OLQKD D ³>DOtQJXD@HPTXHOHYDYDHGDYDSRQWDSp´OLQKD E ³>DOtQJXD@GRQDPRURFRPDSULPLQKD´OLQKD 3