Estudo do processo de envelhecimento de unha humana e esmalte dentário humano através de Técnica Fotoacústica UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Ponta Grossa Daniele Toniolo Dias F. Rosa Rio São Jorge Camelo PONTA GROSSA: 332.060 habitantes localizada no centro do Paraná e a 103 km da capital Curitiba. Parque de Vila Velha “Buraco do Padre” 187 anos Cachoeira da Mariquinha Antiga estação de trem Catedral “Buraco do Padre” “Buraco do Padre” 1 – Introdução Os Métodos Fotoacústicos tem se tornado extremamente útil, em todos os segmentos das ciências, apresentando vantagens sobre a espectroscopia ótica convencional. O Método de Célula Fotoacústica Aberta permite obter a difusividade térmica () da amostra, um parâmetro térmico de grande interesse na ciência dos materiais biológicos e inorgânicos. Determinar a difusividade térmica da unha e do esmalte dentário é importante para se compreender o processo de transferência de calor através dos tecidos ungueais e dentais. O comportamento da difusividade térmica possibilita avaliar envelhecimento e propagação de substâncias no material. 2 – Objetivo Principal Aplicar a técnica de Célula Fotoacústica Aberta (OPC) em unha humana e esmalte dentário com diferentes idades para sua caracterização térmica. 3 – Histórico • O efeito fotoacústico foi verificado pela primeira vez em 1880, por Alexander Graham Bell. • Parker, Rosencwaig e Gersho, na década de 70, propuseram um modelo padrão da célula fotoacústica. Figura 1: Célula Fotoacústica. 4 – Perfil de Profundidade: • A análise de transmissão periódica de calor é feita pelo comprimento de difusão térmica: 2 i i 1/ 2 2f Figura 2: Variação do comprimento de difusão térmico com a freqüência. 5 – Técnica de Célula Fotoacústica Aberta Figura 3: Detalhamento do microfone. Para determinada categoria de espessura térmica E 1 b S ~ e f f em que b πl S αs Pressão f-1/2 2 e ls é a espessura da amostra 6 – Montagem Experimental OPC – Propriedades Térmicas Figura 5: Preparo da amostra para medida Figura 4: Experimento OPC 7 – Aplicações • Sistema Biológico: i – D T Dias, A Steimacher, M L Baesso, A N Medina and A C Bento: Thermal Characterization In Vitro of Human Nail: Photoacoustic Study of the Aging Process, Photochemistry and Photobiology, v. 83, p. 1144-1148 (2007). Figura 6: Partes da unha. ii – A P N de Carvalho, D T Dias, V C Bedeschi, O Nakamura, M Q Oliveira: In Vitro Photoacoustic Study of Aging Process in Human Tooth Enamel, XXXIII ENFMC em Águas de Lindóia (2010). Figura 7: : Esmalte dentário normal. i – Unha x Idade Figura 8: Preparação. 8 unhas normais 16-53 anos discos d 5 mm ls 257 m 13,7 experimental ajuste ln (S/) (u.a.) 7,4 5,1 2,7 1,9 1,0 b= -1,02093 2 3 4 5 1/2 f Figura 9: Sinal PA típico. Amostra idade ls * (unha) (anos) (m) (10-4 cm2.s-1) 1 16 285 11.3 0.8 2 20 135 10.0 0.9 3 22 180 11.6 0.9 4 23 212 10.0 0.4 5 30 290 13.0 0.1 6 35 307 16.3 0.1 7 45 300 18.1 0.1 8 53 344 18.9 0.9 l * s 2 b 2 1 S e b f f 8 (90%) Método de Relaxação Térmico (MTR) Origin Pharmacology curve Biphasic A0 + (A1 - A0) / (1 + 10^((x - x1) * h1) + (A2 - A0) / (1 + 10^((x2 - x) * h2) 2,1 20 Unhas Valor Médio 2,0 -4 Chi^2/DoF = 0.41177 R^2 = 0.9729 dm 9.48407 ±0 d1 11.70827 ±0.96778 ds 19.13418 ±0.41379 i1 16.78299 ±0 t1 2.71121 ±0 i2 32.41101 ±0 t2 11.30511 ±0 12 8 Cp (J/gK) Model: UnhaBifase dm + (d1-dm)/(1+10^((x-i1)/t1)) + (ds-dm)/(1+10^((i2-x)/t2)) 16 2 -1 (10 cm .s ) 1,9 0 8 16 24 32 40 48 56 64 72 Idade (ano) média(144)x 10-4 cm2/s Figura 10: Difusividade térmica em função da idade. 1,8 1,7 1,6 1,5 Valor Médio = 1.68 ± (0.04) 1,4 80 1,3 20 25 30 35 40 45 50 55 Idade (anos) cp(médio)1,68 J/gK Figura 11: Calor específico AN Medina e A Steimacher. -2 e=k.-1/2 (10-4 cm2.s-1) (10-4 J.s-1.cm-1.K-1) (10-4 J.s-1/2 .cm-2 .K-1) 11.3 0.8 24.1 0.8 7.2 0.9 10.0 0.9 21.3 0.9 6.7 0.9 -1 11.6 0.9 24.8 0.9 7.3 0.9 10.0 0.4 21.3 0.5 6.7 0.7 13.0 0.1 27.7 0.2 7.7 0.4 16.3 0.1 34.8 0.2 8.6 0.4 18.1 0.1 38.6 0.2 9.1 0.4 18.9 0.9 40.3 0.9 9.3 0.9 e cp foram medidos por métodos fototérmicos e k e e foram calculadas de , e cp,. (a) e kcp 9 1/ 2 8 7 6 e 2 (20%) 5 40 (b) k 36 cp Data: Effusuvity Model: UnhaBifase Chi^2/DoF = 0.06377 R^2 = 0.95813 dm 6.54478 ±0.28535 d1 7.09796 ±0 ds 9.45007 ±0 i1 17.87399 ±3.43163 t1 2.5 ±0 i2 31.60031 ±1.79784 t2 11 ±0 k 20 (100%) Conductivity Model: UnhaBifase Chi^2/DoF = 1.72491 R^2 = 0.97508 dm 20.75787 ±1.11944 d1 24.32 ±0 ds 40.04933 ±0 i1 18 ±0 t1 2 ±0 i2 31.53672 ±0 t2 8.90161 ±2.26107 32 28 -4 -1 k(10 J.s .cm .K ) -4 k=cp -1 e(10 J.s a) -1 .cm .K ) 10 -1/2 Propriedades térmicasa) da unha humana onde (média) ~ (1.27 0.01) g.cm-3 e cp(médio) ~ (1.68 0.04) (J.g-1.K-1). 24 20 0 8 16 24 32 40 48 56 64 72 80 Idade (anos) Figura 12: Efusividade e condutividade térmica. Análises da evolução das propriedades térmicas com a idade para unhas humanas usando uma função farmacológica bifásica. Propr Extrapolação Mínimo idade inicial e k d cp d1 11.71 7.09 24.32 - dm 9.48 6.54 20.76 - Saturação ds 19.13 9.45 40.05 1.27 1.68 Idades inflexão i1 16.78 17.87 18.00 - i2 32.41 31.60 32.54 - Inclinação de inflexão t1 2.71 2.50 2.00 - t2 11.31 11.00 8.90 - Idade no mínimo 19.87 20.59 20.14 - (d1 dm) (ds dm) Ph(age) dm ( age i1 t1) ( i 2 age t 2 ) 1 10 1 10 f=20 Hz 20anos (9 1) x 10-4 cm2/s unha= 38 m ii – Amostra – Esmalte Dentário Figura 13: Esmalte dentário e estrutura do dente. 5 esmaltes dentários dentes normais 17-61 anos discos d 10 mm ls 200 m ln(S/)*f (u.a.) 1 0,36788 b= -0,66102 2 3 4 1/2 f Figura 14: Gráfico linear típico do sinal PA x f1/2. 1 S e b f f Idade (anos) b (-) ls (µm) *média (cm2/s) 17 0,745 296 0,00470 32 0,661 284 0,00549 48 0,661 260 0,00523 55 0,843 340 0,00454 61 0,688 238 0,00363 l 2 * s 2 b -4 2 Difusividade termica x 10 (cm /s) 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 10 20 30 40 50 60 Idade média(473)x 10-4 cm2/s Figura 15: Difusividade térmica x idade. f=20 Hz 48anos (52 3) x 10-4 cm2/s dente= 91 m ls (µm) *média (cm2/s) 17 0,688 180 0,00237 19 0,735 184 0,00199 32 0,738 188 0,00209 47 0,691 217 0,00294 48 0,611 187 0,00316 36 2 b (-) -4 Idade (anos) DIFUSIVIDADE TERMICA x 10 (cm /s) ii.1 – Amostra Recente – Dentina 55 61 0,741 0,730 220 209 0,00293 0,00261 30 24 18 12 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 IDADE (média 26 ± 1)x10-4 cm2/s Figura 16: Difusividade térmica x idade. f=20 Hz 48anos 32 x 10-4 cm2/s dente= 71 m 8 – Conclusão • Considerando a importância de estudos biológicos de partes humanas incluindo unha [1-3], esmalte e dentina [4-6]. • Através da Técnica de Célula Fotoacústica Aberta [7-8] o valor para a difusividade térmica de unha e esmalte dentário foi medida em função da idade. • o estudo “in vitro” em unhas humanas mostrou um aumento e possível saturação da difusividade térmica com o aumento da idade. O valor médio encontrado foi de =(13,73,6)x10-4 cm2/s. • O estudo “in vitro” em esmalte dentário mostrou uma possível diminuição da difusividade térmica com o aumento da idade. • O valor médio foi de (47 3) x 10-4 cm2/s. Na literatura foi encontrado =42 x 10-4 cm2/s [6] usando experimento em termopar. Através de nossos resultados podemos sugerir que este dente deveria ter aproximadamente 57,9 anos. 9 – Perspectivas • A partir dos resultados expostos pode-se avaliar a penetração de substâncias químicas, de uso terapêutico e diagnósticos, através dos tecidos avaliados. • A técnica torna-se apta para avaliar outros tecidos humanos em função da idade, por exemplo pele. Os pesquisadores envolvidos agradecem a FAPESB, CNPq CAPES e FAPEX. 10 – Bibliografia 1. Giese K., Nicolas A., Sennhenn B. and Kolmel K., Can. J. Phys. 64 (1986) 1537. 2. Bowman H. F., Cravalho E. G. and Woods M., Ann. Ver. Of Biophys. & Bioeng. 4 (1975) 43. 3. Sowa M. G., Wang J., Schultz C. P., Ahmed M. K. and Mantsch H. 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