UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE Por: Greice Mendonça de Azevedo dos Santos Orientador Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros Rio de Janeiro 28/06/03 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE O objetivo desse trabalho é promover a autorealização de seus funcionários e, em conseqüência disso, aumentar a produtividade e os resultados da empresa. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a todos que me ajudaram direta e indiretamente para realização desse trabalho. DEDICATÓRIA Dedico essa Monografia somente a Deus, que sempre esteve comigo todos o momentos da minha vida, me dando força e sabedoria para desenvolver esse trabalho. RESUMO Este resumo faz uma retrospectiva do conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) até os dias atuais. Analisa a contribuição dada por alguns pesquisadores nesse campo de estudo e identifica as suas dimensões. Além disso, avalia as dificuldades e obstáculos enfrentados para a adequada implementação de programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Aborda, ainda, a conduta Workholic, predominante na direção de muitas empresas, e conclui que há muito por fazer transformamos o ambiente de trabalho num local melhor para o nosso desenvolvimento e evolução. METODOLOGIA No desenvolvimento dessa Monografia, foi realizada pesquisas bibliográficas, segundo o conceito definido por Ferreira Reis e Pereira (1999) Hampton (1991) e Rodrigues (1999). sobre o tema Qualidade de Vida no Trabalho, suas Origens, Evoluções e Perspectivas. Essa pesquisa foi complementada, ainda, por consultas a sites da Internet de empresas que possuem projetos relacionados a Qualidade de Vida no Trabalho. A partir desses levantamentos conceituais e das atividades de empresas e de organizações, foram escolhidos três empresas, sendo elas: Tribunal Regional Federal, Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP e VARIG. Em cada uma foi realizada uma visita às mesmas procurando-se colher informações a respeito dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Inicialmente, foi feito um estudo caracterizado pelo conhecimento das empresas, buscando descrever a situação do contexto em que está sendo feita a investigação, ou seja, descrever as principais características dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho das empresas citadas. Para a conclusão do estudo e melhor aproveitamento do tema foi realizado, no último capítulo há, um estudo comparativo objetivando apresentar as diferentes concepções e preocupações acerca do tema de Qualidade de Vida no Trabalho. SUMÁRIO Introdução ..............................................................................................................08 Origem e Evolução ................................................................................................09 Conceituando Qualidade de Vida e Suas Dimensões ...........................................12 Critérios e Indicador de Qualidade de Vida no Trabalho .......................................16 Qualidade de Vida no trabalho ..............................................................................18 Perspectivas e Desafios ........................................................................................18 Considerações Finais ............................................................................................19 Qualidade de Vida no Trabalho: Um Estudo Corporativo rês Casos do D.F .........21 Tribunal Regional Federal ......................................................................................22 Histórico .................................................................................................................24 Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap .......................................................30 Varig .......................................................................................................................35 Análise Corporativa: TRF. Terracap e Varig ..........................................................40 Conclusão ..............................................................................................................42 Bibliografia .............................................................................................................44 Índice .....................................................................................................................50 1- Introdução Nesta virada de milênio tem sido intenso o esforço empreendido pelas organizações para sobreviver e quanto a isso, acreditamos, haverá pouca discordância, como também tem sido enorme o desgaste e o sacrifício impingido ao trabalhador moderno. Se a teoria da administração tem sido pródiga na criação de novas ferramentas de gestão afinal, surgem novas propostas, antigas propostas são aperfeiçoadas ou, ainda, cunhadas com um novo rótulo praticamente todos os dias, infelizmente aquelas que visam proporcionar uma melhor condição de trabalho e satisfação na sua execução e não apenas aumento do ganho pecuniário ainda deixam muito a desejar. Portanto, o objetivo desse trabalho é analisar a Qualidade de Vida no Trabalho como ferramenta de gestão. O primeiro capítulo fala sobre a origem e evolução da Qualidade de Vida no Trabalho, enfatizando a contribuição de alguns pesquisadores, ao longo do século XX, para o estudo do assunto. Também vamos falar, sobre o Conceito Qualidade de Vida no Trabalho que abrange as suas dimensões, isto é, as áreas com as quais faz interface. Outro ponto que vamos destacar é as dificuldades e obstáculos para uma efetiva implantação dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho nas organizações. Discorrer sobre as perspectivas e desafios para a consolidação da Qualidade de Vida no Trabalho, e por último ressalta a necessidade de transformação do ambiente de trabalho em um local aprazível, onde possamos sentir satisfação e alegria na execução das nossas atividades profissionais. O Segundo capítulo, apresenta o caso de três empresas Brasileiras que possuem ações e/ou programas que visem a Qualidade de Vida no Trabalho. Esse capítulo faz-se necessário a atual necessidade de análise da prática em relação à teoria apresentada. Ao final propõe-se um quadro comparativo analisando caraterísticas ao programa de Qualidade de Vida no Trabalho das Instituições Brasileiras. 2. Origem e Evolução da Qualidade de Vida no Trabalho Segundo Rodrigues (1999), com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de suas tarefas, a qualidade de vida sempre foi objeto de preocupação da raça humana. Historicamente exemplificando, os ensinamentos de Euclides (330 a.C.) de Alexandria sobre os princípios da geometria serviram de inspiração para a melhoria do método de trabalho dos agricultores à margem do Nilo, assim como a Lei das Alavancas, de Aquimedes, formulada em 287 a.C., veio a diminuir o esforço físico de muitos trabalhadores. No século XX, muitos pesquisadores contribuíram para o estudo sobre a satisfação do indivíduo no trabalho. Entre eles destacamos Helton Mayo, cujas pesquisas, conforme Ferreira Reis e Pereira (1999), Hampton (1991) e Rodrigues (1999), são altamente relevantes para o estudo do comportamento humano, da motivação dos indivíduos para a obtenção das metas organizacionais e da Qualidade de vida do trabalhador, principalmente a partir das pesquisas e estudos efetuados na Western Eletric Company (Hawthorne, Chicago) no início dos anos 20, que culminaram com a escola de Relações Humanas. Merece igualmente crédito o trabalho de Abrahan H. Maslow, que concebeu a hierarquia das necessidades, composta de cinco necessidades fundamentais: fisiológica, segurança, amor, estima e auto-realização. Douglas McGregor, autor da Teoria X, por sua vez, considerava, entre outras coisas, que o compromisso com os objetivos depende das recompensas à sua consecução, e que o ser humano não só aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a procurálas, conforme Ferreira, Reis e Pereira (1999). Essa teoria, aliás, na sua essência, busca a integração entre os objetivos individuais e os organizacionais. Segundo Rodrigues (1999), várias das dimensões destacadas por McGregor são analisadas e consideradas em programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Vale mencionar também Frederick Herzberg. As pesquisas desse autor detectaram que os entrevistados (engenheiros e contadores) associavam a insatisfação com o trabalho ao ambiente de trabalho e a satisfação com o trabalho ao conteúdo. Assim, os fatores higiênicos capazes de produzir insatisfação compreendem: a política e a administração da empresa, as relações interpessoais com os supervisores, supervisão, condições de trabalho, salários, status e segurança no trabalho. Os fatores motivadores geradores de satisfação abrangem: realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade e progresso ou desenvolvimento (Ferreira, Reis e Pereira, 1999). Fernandes (1996), França (1997) e Rodrigues (1999) oferecem uma interessante e abrangente visão da evolução do conceito de Qualidade de Vida no Trabalho, conforme a ( tabela I - anexo). Vale ressaltar que o desafio imaginado pelos seus idealizadores persiste, isto é, tornar a Qualidade de Vida no Trabalho uma ferramenta gerencial efetiva e não apenas mais um modismo, como tantos outros que vêm e vão. E esse desafio tornar-se mais instigante neste momento em que nos vemos às voltas com uma rotina diária cada vez mais desgastante e massacrante. Quando se pensava que os seres humanos poderiam finalmente desfrutar do rápido progresso alcançado em várias ciências, paradoxalmente o que temos visto é o trabalho como um fim em si mesmo. Após os sucessivos processos de reestruturação e reengenharia que marcaram toda a década de 90, nota-se atualmente que as pessoas têm cada vez mais, e, por extensão, têm tido menos tempo para si mesma. Handy (1995: 25), com base nessa realidade, declarou que: “O problema começou quando transformamos o tempo em uma mercadoria, quando compramos o tempo das pessoas em nossas empresas em vez de comprar a produção. Quanto mais tempo você vende, nessas condições, mais dinheiro fará. Então, há uma troca inevitável entre o tempo e o dinheiro. As empresas, por sua vez, tornam-se exigentes. Querem menos tempo das pessoas que eles pagam por hora, porém mais das pessoas que pagam por ano, porque, no último caso, cada hora extra durante o ano é gratuita”. 2.1 Conceituando Qualidade de Vida no Trabalho e suas Dimensões Conforme FRANÇA (1997):80), “Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa”. A mesma pesquisadora esclarece que “a origem do conceito vem da medicina psicossomática que propõe uma integrada, holística do ser humano, em oposição à abordagem cartesiana que divide o ser humano em partes” (p. 80). Limongi (1995) e Albuquerque e França (1997) consideram que a sociedade vive novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresa, gerando, em consequência, novos valores e demandas de Qualidade de Vida no Trabalho. Para os referidos autores, outras ciências têm dado sua contribuição ao estudo da Qualidade de Vida no Trabalho, tais como: saúde, ecologia, ergonomia, psicologia, sociologia, economia, administração e engenharia. Rodrigues (1999: 81), considera que “a expressão Qualidade de Vida tem sido usada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico”. Fernandes (1996) propõe oito categorias conceituais, incluindo critérios de Qualidade de Vida no Trabalho (tabela II – anexo). Em compensação justa e adequada busca-se a obtenção de remuneração adequada pelo trabalho realizado, assim como o respeito à equidade interna (comparação com outros colegas) e à equidade externa (mercado de trabalho). 2.1.1 Condições de Trabalho Em condições de trabalho mede-se as condições prevalecentes no ambiente de trabalho. Envolve a jornada e carga de trabalho, materiais e equipamentos disponibilizados para a execução das tarefas e ambiente saudável (preservação da saúde do trabalhador). Esse tópico analisa as condições reais oferecidas ao empregado para a consecução das suas tarefas. 2.1.2 Uso e desenvolvimento das Capacidades O fator uso e desenvolvimento de capacidades implica o aproveitamento do talento humano, ou capital intelectual, como está em voga atualmente. Reconhecer a necessidade de concessão de autonomia, incentivo à utilização da capacidade plena de cada indivíduo no desempenho de suas funções e feedbacks constantes acerca dos resultados obtidos no trabalho e do processo como um todo. 2.1.3 Oportunidade de Crescimento e Segurança Oportunidade de crescimento e segurança abarca as políticas da instituição no que concerne ao desenvolvimento, crescimento e segurança de seus empregados, possibilidade de carreira, crescimento pessoal e segurança no emprego. Podemos observar, através das ações implementadas pelas empresas, o quanto a prática empresarial está de fato sintonizada com o respeito e a valorização dos empregados. 2.1.4 Integração Social na Organização Essencialmente, em integração social na organização pode-se efetivamente observar se há igualdade de oportunidades, independente da orientação sexual, classe social, idade e outras formas de discriminação, bem como se há o cultivo ao bom relacionamento. 2.1.5 Constitucionalismo Constitucionalismo mede o grau em que os direitos do empregado são cumpridos na instituição. Implica o respeito aos direitos trabalhistas, à privacidade pessoal (praticamente inexistente no mundo empresarial moderno) à liberdade de expressão (altamente em cheque, tendo-se em vista as enormes dificuldades de trabalho com registro em carteira). 2.2.1 Trabalho e o Espaço Total da Vida No fator trabalho e o espaço total da vida deveríamos encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Estamos muito distantes de uma prática minimamente ideal nesse campo. 2.2.2 Relevância do Trabalho na Vida Investiga-se a percepção do empregado em relação à imagem da empresa, à responsabilidade social da instituição na comunidade, à qualidade dos produtos e à prestação dos serviços. Felizmente, esses aspectos vêm tendo significativos avanços no campo empresarial. 3- Critérios e Indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho Para Sucesso (1998), pode-se dizer, de maneira geral, que a qualidade de vida no trabalho abrange: Renda capaz de satisfazer às expectativas pessoais e sociais; Orgulho pelo trabalho realizado; Vida emocional satisfatória; Auto-estima; Imagem da empresa/instituição junto à opinião pública; Equilíbrio entre trabalho e lazer; Horários e condições de trabalho sensatos; Oportunidades e perspectivas de carreira; Possibilidade de uso do potencial; Respeito aos direitos; Justiça nas recompensas. Para Silva e de Marchi (1997), a adoção de programas de qualidade de vida e promoção da saúde proporcionariam ao indivíduo maior resistência ao estresse, maior estabilidade emocional, maior motivação, maior eficiência no trabalho, melhor autoimagem e melhor relacionamento. Por outro lado, as empresas seriam beneficiadas com uma força de trabalho mais saudável, menor absenteísmo/rotatividade, menor número de acidentes, menor custo de saúde assistencial, maior produtividade, melhor imagem, por último, um melhor ambiente de trabalho. 3.1 Dificuldades e Obstáculos O assunto não é novo, mas a sua aplicação tem sido inadequada. Ou, como afirma o Professor Lindolfo Galvão de Albuquerque da FEA/USP (Limongi e Assis, 1995:28): “Existe uma grande distância entre o discurso e a prática. Todo mundo acha importante a implantação de programas de Qualidade de Vida no Trabalho, mas na prática prevalece o imediatismo e os investimentos de médio e longo prazos são esquecidos. Tudo está por fazer. A maioria dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho tem origem nas atividades de segurança e saúde no trabalho e muitos nem sequer se associam a programas de qualidade total ou de melhoria do clima organizacional. Qualidade de Vida no Trabalho só faz sentido quando deixa de ser restrita a programas internos de saúde ou lazer e passa a ser discutida num sentido mais amplo, incluindo qualidade das relações de trabalho e suas consequências na saúde das pessoas e da organização”. 3.2 Qualidade de Vida no Trabalho Qualidade de Vida no Trabalho é uma evolução da Qualidade total. É o último elo da cadeia. Não dá para falar em Qualidade Total se não se abranger a Qualidade de Vida das pessoas no trabalho. O esforço que tem que se desenvolver é de conscientização e preparação para uma postura de qualidade em todos os sentidos. É necessária a coerência em todos os enfoques. Qualidade de Vida no trabalho significa condições adequadas e os desafios de respeitar e ser respeitado como profissional. O trabalho focado em serviço social e saúde é muito imediatista. É necessário colocar a Qualidade de Vida no Trabalho num contexto mais intelectual, não só concreto e imediato. O excesso de pragmatismo leva ao reducionismo. Qualidade de Vida no Trabalho deve estar num contexto mais amplo de qualidade e de gestão. A gestão das pessoas deve incluir esta preocupação. 3.2.1 Perspectivas e Desafios A revista HSM Management públicos um levantamento efetuado pela consultoria intenacional Bain & Company sobre as ferramentas gerenciais mais utilizadas pelos executivos na América do Sul, Estados Unidos e Canadá. A ferramenta, digamos mais voltada aos interesses pessoais dos executivos foi “Remuneração de desempenho”, com 78%, 67% e 77%. Portanto, que em termos de incentivo e bem-estar do trabalhador é eminentemente pecuniário. Ou seja, Qualidade de Vida no Trabalho como instrumental gerencial e pelo que foi exposto até aqui vai muito além da obtenção de um salário polpudo. Outras considerações devem ser feitas à sua correta e adequada implementação. Não obstante a pesquisa da Bain & Company indicar um elevado grau de utilização de programas de Gestão de Qualidade Total, aliás com os quais a Qualidade de Vida no trabalho tem uma ligação umbilical, ainda há muito a ser feito. 3.2.2 Considerações Finais Para Levering (1986), um bom lugar para se trabalhar possibilita, entre outras coisa, que as pessoas tenham além do trabalho, outros compromissos em suas vidas, como a família, os amigos e os hobbies pessoais. A perspectiva de um empregado isto é uma questão fundamental de justiça. Não é justo que um local de trabalho seja a única coisa nas vidas das pessoas aliás, como temos visto atualmente na esmagadora maioria dos casos. Um contexto com essa característica, não permite que as pessoas se desenvolvam ou se tornem mais completamente humanas. Conforme Freitas (1999:7), “Não está sendo solicitado que as empresas (e, acrescentaríamos nós, seus dirigentes) abram mão de sua visão monetarizada de mundo, mas que elas honrem em ações o que costumam pregar em discursos que dizem que o ser humano é o principal “ativo”. O ser humano, mortal e frágil, tem lá seus defeitos, comete erros e faz suas bobagens, mas quando ele é estimulado a substituir o coração por um chip ou máquina registradora, o mundo deve ter medo”. Portanto, se somos seres racionais, embora nem sempre pareça, é hora de agirmos como tal. A infelicidade causada no ambiente moderno de trabalho. Certas idéias e conceitos de reconhecimento calor às vezes não são prontamente aceitos e incorporados, exatamente pelas transformações que eles requerem. Um exemplo insofismável é o representado pelos ideais cristãos. A grande maioria dos povos os aceita e venera. Entretanto, poucos de fato vivem e se comportam de acordo com as suas recomendações e preceitos. A Qualidade de Vida no trabalho, da mesma maneira, porém numa escala e âmbito, é evidente, infinitamente menores, nos impõe o mesmo desafio: o de mudar. Nesse sentido, De Masi (2000:330) assim conjectura: “O novo desafio que marcará o século XXI é como inventar e difundir uma nova organização, capaz de elevar a Qualidade de Vida no Trabalho, fazendo alavanca sobre a força silenciosa do desejo de felicidade.” Se é nas organizações que passamos a maior parte de nossas vidas, natural seria que as transformássemos em lugares mais aprazíveis e saudáveis para a execução do nosso trabalho. Locais onde pudéssemos, de fato, passar algumas horas vivendo, criando e realizando plenamente com qualidade de vida, satisfação e alegria. 4- Qualidade de Vida no Trabalho: um estudo comparativo de três casos no DF Visando aliar a teoria à prática e, buscando a apreciação de casos brasilienses, este capítulo destina-se à descrição dos Programas e/ou ações que visam a Qualidade de Vida no Trabalho desenvolvidas pelo Tribunal Regional Federal – 1ª Região, pela Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP e, por fim, pela Fundação Ruben Berta, acionista da empresa VARIG. A escolha das três instituições decorreu do fato de as três manifestarem a preocupação com a Qualidade de Vida dos funcionários. O Tribunal Regional Federal será citado, buscando comparar suas ações em Programas que visem a Qualidade de Vida no Trabalho com as outras duas instituições. A Companhia Imobiliária de Brasília foi escolhida por possuir um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho premiado, o que proporciona um estudo mais completo, por ser um padrão de excelência. Por fim, a Fundação Ruben Berta, por fazer parte de uma empresa do setor privado, a VARIG, pode apresentar diferentes características em relação às outras duas empresas. Descritos os casos, será apresentada a análise comparativa destacando as principais características existentes no Programa de Qualidade de Vida no Trabalho de cada instituição. 4.1 Tribunal Regional Federal Segundo os artigos 107 e 108 da Constituição Federal da República, de 1988, os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juizes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Aos Tribunais Regionais Federais compete, processar e julgar, originariamente os juizes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juizes federais da região; os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal; os conflitos de competência entre juizes federais vinculados ao Tribunal; julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juizes federais e pelos juizes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. A Justiça Federal brasileira, de acordo com os dispositivos constitucionais, é estruturada em cinco regiões. A Primeira Região, objeto de estudo dessa pesquisa ocupa extensão territorial correspondente a mais de 50% do território nacional e abrange quantitativo populacional próximo a 36% do contingente total do país, nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) é responsável pela coordenação das atividades do próprio Tribunal, como também das Seções Judiciárias localizadas no Distrito Federal e nos 13 estados jurisdicionados. Essas Seções Judiciárias constituem a primeira instância da Justiça Federal, enquanto o Tribunal representa a segunda Instância. O julgamento dos feitos na primeira instância é realizado por apenas um juiz. Já no Tribunal, é realizado mediante votação de vários juizes, que se reúnemse no Plenário; na Corte Especial; em 3 Seções especializadas; em 6 Turmas especializadas; e, por fim, em 1 Turma Especial de Férias. O TRF- 1ª Região tem como missão distribuir a Justiça dentro dos princípios éticos, legais e de respeito ao ser humano e, dessa forma, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade a que serve. Para tanto, as diversas atividades realizadas pelo Tribunal são centradas na modernização e aprimoramento da prestação jurisdicional, razão de ser do TFR-1ª Região. Como resultado a dedicação dos magistrados, apoiados por servidores comprometidos com a missão institucional, no decênio 1989/1999, com o mesmo número de juizes, a quantidade de processos julgados por ano cresceu de 5.731 para 81.538. Para alcançar sua missão, o Tribunal adotou para o biênio 2000/2001 como políticas e diretrizes de ação o apoio prioritário ao funcionamento das atividades dos gabinetes de juiz, subsecretarias processantes e varas federais, unidades voltadas para o processamento e julgamento dos processos; aperfeiçoamento contínuo e de elevado nível para os magistrados; qualidade e rapidez dos serviços judiciais e administrativos; integração do Tribunal e das 14 Seccionais jurisdicionadas; valorização de pessoal; total transparência na Administração, por meio da abertura das sessões administrativas do Plenário, da imediata divulgação interna e externa das decisões judiciais e administrativas e abertura do e-mail do Presidente para sugestões, reclamações etc.; automatização de procedimentos de trabalho e de publicações, de forma a facilitar as atividades realizadas pelas unidades e a melhor atender aos clientes e à sociedade; realização de mutirões, esforços concentrados, criação de turmas suplementares e outros meios, para fazer frente ao elevado crescimento das demandas sociais; e, por fim, a contínua ampliação da prestação jurisdicional, por meio da criação de novas varas e de turmas especiais de férias. 4.1.1 Histórico A história do Tribunal Regional Federal da 1ª Região começa com a Constituição Federal de 1934, que, no seu art.78, dispunha: “A lei criará Tribunais Federais, quando assim o exigirem os interesses da Justiça...”. Posteriormente, a Constituição Federal de 1988 instituiu 5 Tribunais Regionais Federais. Em março de 1989, em Brasília, foi realizada a Solenidade de Inauguração do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e de posse dos seus 18 membros, no salão do Plenário. Terminada as solenidades, o Juiz-Presidente Vieira da Silva dizia: “Meu Deus, como farei para colocar este Tribunal funcionando? Não temos nada, não temos máquinas, não temos móveis e os processos chegam aos caminhões”. O Juiz Vieira da Silva tinha uma difícil missão: muito trabalho e poucas condições para executá-lo. Dos 18 juizes que fizeram parte da primeira composição, permanecem nesta Corte três: Plauto Ribeiro, Tourinho Neto e Catão Alves. Novos juizes vieram, no decorrer desses 12 anos, compor o Tribunal, totalizando 27 juizes. 4.1.2 Programa de Qualidade de Vida no Trabalho O Programa de Gestão em Qualidade de Vida no Trabalho foi instituído no Tribunal Regional Federal em 27 de novembro de 2000. Tem por objetivo proporcionar aos magistrados e servidores um sistema integrado e contínuo de ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida e para a manutenção ou o restabelecimento do ambiente de trabalho saudável, com vistas ao pleno desenvolvimento do exercício de suas funções. No Tribunal e nas Seções Judiciárias criaram-se Comitês para gerir o Programa em Qualidade de Vida no Trabalho. No Tribunal, o Comitê é formado por um representante da Divisão de Programas e Benefícios, um da Divisão de Assistência à Saúde, um da Divisão de Desenvolvimento Organizacional, um da Divisão de Planejamento Estratégico, um da Divisão de Divulgação Institucional, um da Secretária Judiciária, um da Assessoria de Comunicação Social e por fim, um representante da Assessoria de Representação e Programação Social. Já nas Seções Judiciárias, o Comitê é formado por um representante da Seção de Programas e Benefícios Sociais um da Seção de Desenvolvimento e Avaliação de Recursos Humanos, um da Seção de Modernização Administrativa, um da Seção de Planejamento e Orçamento, do Núcleo Judiciário e, por fim, quando houver, um da Seção de Comunicação Social. Esses comitês terão como competências realizar levantamento de dados com vistas à elaboração de diagnóstico organizacional que identificará as reais necessidades dos servidores do Tribunal e Seccionais; consolidar dados levantados no diagnóstico do Tribunal ou da Seccional; elaborar, a partir do diagnóstico, Plano de Ação Bienal acompanhando a implementação dos projetos definidos nesse Plano, zelando pelo cumprimento dos prazos estipulados; aplicar instrumentos de avaliação de resultados; e definir os recursos necessários à implementação do Plano de Ação. O Plano de Ação deverá ter programas e atividades a serem desenvolvidas durante o biênio; objetivos, estratégias e metas a serem atingidas com cada ação; recursos humanos, materiais e financeiros necessários, cronograma de desenvolvimento dos programas e atividades; composição do grupo dos servidores envolvidos no desenvolvimento dos programas e atividades; e, por fim, métodos e periodicidade de avaliação de resultados alcançados. A real situação em que encontra-se o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho do Tribunal é de dependência de uma aprovação do Conselho Deliberativo desse órgão, porém, ações isoladas, mas que se referem ao objetivo de melhorar a qualidade de vida dos empregados, foram e estão sendo desenvolvidas pela instituição. Em 1990, por exemplo, foi criado o Coral, que tem por objetivo a integração entre os servidores, promovendo a motivação e a humanização do ambiente de trabalho, visando a melhoria da qualidade de vida dos servidores. É importante realçar o grau envolvimento do público-alvo do coral, magistrados servidores e prestadores de serviço. O Coral é reconhecido como um dos melhores do DF. Outra ação que pode ser citada, diz respeito ao Projeto LER/DORT, que objetiva implantar ações preventivas no âmbito do Tribunal, por meio de estudo das áreas de risco, orientações de postura, cursos de alongamento e relaxamento. A partir desse projeto houve a implantação do Programa de Yoga no Tribunal Regional do Trabalho. Tem-se também o acompanhamento à gestante que visa assegurar a ampla assistência ao longo da gestação ou planejamento desta, atuando também em caso de adoção. Todo ano o TRF promove a Feira da saúde que objetiva disponibilizar aos magistrados, servidores e prestadores de serviço informações sobre a saúde. Busca-se também desde 1990 celebrar datas importantes e oferecer palestras com temas atuais e geralmente relacionados à saúde em todos os seus aspectos. Outra ação desenvolvida é o Projeto “Viva Melhor” destinado aos aposentados e servidores que estão para se aposentar, buscando preparar o servidor que está em processo de aposentadoria para a nova fase da vida, bem como ratificar ou resgatar por meio de ações direcionadas, o bem-estar físico, mental e social daqueles que já se encontram aposentados. Enfim, pode-se citar a Campanha Odontológica Adulto/Infantil, realizada desde 1994, que além de sensibilizar os colaboradores e seus filhos quanto à importância da higiene bucal para a promoção de hábitos saudáveis e prevenção de cárie, conseguiu reduzir os custos e os índices de cáries em mais de 50%. Observa-se ainda que esse programa está diretamente subordinado ao PróSocial, departamento responsável pela administração do plano de saúde do Tribunal. Porém, o seu planejamento, como já foi observado anteriormente, é realizado com a participação de todos os órgãos competentes. O Tribunal Regional Federal busca contribuir para a melhoria do ambiente e das condições de trabalho, bem como possibilitar aos servidores trabalhos desafiantes, ambiente de trabalho estimulante, crescimento profissional e assistência na solução de problemas. Dadas as transformações que o mundo vêm passando nos últimos anos, a busca pela qualidade é a tônica do momento. Há uma preocupação expressiva quanto à qualidade nos produtos, processos e serviços. Entretanto, várias organizações, dentre elas o Tribunal Regional Federal já despertaram para a importância do investimento em seu maior capital – o capital humano. As iniciativas na área de qualidade de vida e saúde, que vêm sendo implementadas no âmbito do Tribunal, têm inserido o mesmo nas modernas concepções de Administração, com valorização do homem e do seu ambiente de trabalho. Esse modelo que visa o bem-estar do ser humano e a harmonização com a missão da organização vem sendo utilizado e melhorado dia-a-dia, tanto no segmento privado, quanto no público. Por fim, observa-se que o Tribunal, segundo os responsáveis pelo programa, conseguiu, a partir das ações já implementadas, contribuir para a manutenção da saúde (física, mental e social) do corpo funcional desta casa, redundando em aumento de motivação, provocando uma atmosfera de cooperação, participação, responsabilidade, criatividade e redução de custos com as despesas relativas à saúde. 4.2 Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP Desde 1956, a Novacap era uma mega-empresa multifuncional. A TERRACAP surgiu do desmembramento de alguns de seus departamentos, quando era Governador do DF o engenheiro Elmo Serejo Farias. Também surgiram desse processo de desmembramento a CEB, atual Companhia Energética de Brasília, a atual CAESB, a hoje privatizada Telebrasília, e SAB - Sociedade de Abastecimento de Brasília, também privatizada. O Departamento Imobiliário – DI, transformou-se na TERRACAP que herdou, além da missão de gerir o setor imobiliário local, um patrimônio de 338.367,37 hectares de terras as quais, com outras desapropriações, correspondiam a 60% (aproximadamente 3,6 mil km²) da área do DF. Desde a definição da política de uso do solo do DF, pautando seu desenvolvimento sócio-econômico, passando por investimentos em obras públicas e manutenção dos espaços urbanos de Brasília e cidades do DF, até a regularização de assentamentos populacionais e pendências fundiárias, como os condomínios rurais, a história registra importantes feitos da TERRACAP em sua trajetória como empresa pública. Muitos antigos aglomerados urbanos, onde milhares de pessoas viviam em condições subumanas - invasão do IAPI, Morro do Urubu, Placa de Mercedes, Vila Divinéia e outros. Hoje, esses espaços tornaram-se verdadeiras cidades como Ceilândia e Brazlândia. A TERRACAP foi importante nesse processo de desenvolvimento. O registro cartonário de milhares de lotes, em todo o DF, não só ordenou e legalizou os espaços urbanos do Núcleo Bandeirante, Gama, Taguatinga, Planaltina, Sobradinho, Guará, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Paranoá, São Sebastião, Samambaia e Santa Maria, como resgatou a dignidade e deu cidadania a muitas famílias brasilienses. O Metrô-DF, o Viaduto Airton Senna e o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade são algumas importantes obras cuja implantação se viabilizou com a participação da TERRACAP. A ampliação do patrimônio imobiliário da empresa, com a expansão e remodelação de áreas residenciais como o Setor Sudoeste, além da criação de novas áreas - Catetinho, Noroeste e Taquari - se constitui em maior oferta de moradia, a curto e médio prazos, sendo exemplo da importância da participação da TERRACAP para o crescimento sócio-econômico de Brasília. A criação das ADEs - Áreas de Desenvolvimento Econômico (Pólo JK, Águas Claras e Recanto das Emas) é um projeto do Governo que objetiva viabilizar a implantação de atividades econômicas geradoras de emprego e renda. Hoje, decorridos 28 anos de trabalho, a TERRACAP não atua apenas como gestora dos assuntos relacionados às questões fundiárias do DF. Ela expandiu significativamente seu universo de ação como empresa pública, acumulando ainda a função de Agência de Desenvolvimento do DF, fomentando o crescimento das suas atividades econômicas. A parceria com a iniciativa privada - Projeto Orla e seus 11 pólos -, entre outras frentes de trabalho, é mais uma importante linha de ação a se somar ao extenso rol de atividades realizadas pela empresa, atuando diretamente no crescimento do comércio em geral, da indústria da construção civil, gerando milhares de empregos diretos e indiretos, alcançando outros segmentos importantes da economia local. Ao longo de sua existência, a TERRACAP nunca se limitou em cumprir apenas o seu papel institucional de executar as atividades imobiliárias e de interesse do Distrito Federal. Ela sempre foi muito além. Como agente de desenvolvimento do Distrito Federal, ela vem investindo também no aprimoramento de seus recursos para que possa enfrentar os desafios futuros. Para isso, modernizou sua estrutura administrativa, seu parque de informática, investiu em recursos humanos e implantou o Sistema TERRACAP de Qualidade – SITOQA. Tudo isso para assegurar que está em plenas condições de cumprir sua missão como empresa pública. Tanto esforço resultou no certificado ISO 9002 de qualidade. Assim, a TERRACAP tornou-se a primeira empresa no âmbito do complexo administrativo do GDF, cujo funcionamento acontece dentro de padrões de qualidade de reconhecimento mundial. 4.2.1 Programa de Qualidade de Vida no Trabalho A TERRACAP sempre cultivou entre seus colaboradores e familiares um clima de confraternizações sociais, culturais e de lazer o que facilitou a adoção de programas voltados para a Qualidade de Vida. Com a criação da Gerência de Recursos Humanos, responsável por esses programas, iniciou-se, então, as Campanhas de Saúde e de bem-estar de seus colaboradores. O programa nasceu em 1998, despertando na Empresa, por meio da capacitação, as novas tendências na gestão de Recursos Humanos no Brasil, para a busca da Qualidade de Vida dos colaboradores e familiares. Inicialmente denominado como Programa de "Valorização do Empregado", título posteriormente definido como política de Recursos Humanos, hoje consiste no "Programa Bem Viver", motivado pelo sucesso do Sistema Terracap de Qualidade – SITOQA. O Programa adota, na sua íntegra, os princípios da Qualidade. Atualmente, o programa reúne diversas atividades para o desenvolvimento dos projetos culturais, lazer, esportivos, como também propicia ações preventivas no campo da saúde dos colaboradores da TERRACAP. As principais ações do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho da TERRACAP, são: a maratona da saúde a caminhada da saúde, o Grupo “TERRACAP em movimento”, o coral, o ciclo de palestras, o controle médico e saúde ocupacional. A Maratona da Saúde é realizada anualmente, durante uma semana, com diversos atendimentos na área de oftalmologia, iridologia, exames, ginecologia, palestra, oficina de dança, massagem, fitoterapia, cursos de congelamento, remédios caseiros, ginástica e cozinha alternativa. Outra ação realizada é a Caminhada da Saúde Atividade desenvolvida na Água Mineral, diariamente, durante o horário de almoço, com condução oferecida pela Empresa. Tem-se ainda o Grupo "TERRACAP em Movimento" que inclui ginástica estética, alongamento e relaxamento para os colaboradores da TERRACAP, após o horário de expediente. O Canto Coral "Vozes da Terra" tem a participação de 30 colaboradores ativos e inativos no grupo, com ensaios uma vez por semana e patrocínio total da Empresa. O Ciclo de Palestras é programado mensalmente, a partir de temas sugeridos pelos próprios colaboradores, ou sob recomendação da área médica. E, por fim, pode-se citar o controle Médico e Saúde Ocupacional que visam atender as Normas Regulamentadoras, e atuar na saúde preventiva de seus colaboradores. Tem-se também o interesse de se promoverem campanhas que visem a melhoria de vida dos colaboradores da instituição, sendo elas: campanha anti-aids, campanha anti-fumo, campanha de vacinação e a campanha de formação de brigada de incêndio. A campanha anti-aids e anti-drogas tem por ações, palestras e distribuição de folders e camisa de vênus, uma vez por ano, antes do Carnaval, bem como palestras, participação em Fórum de Debates e distribuição de informativo. Tem-se também um campanha denominada anti-fumo que objetiva o levantamento de fumantes, criação de fumódromos, colocação de placas indicativas em todas as salas, palestras de esclarecimentos, distribuição de adesivos e folders. Observou-se, após as campanhas, um acréscimo de 5,12% de abstenção ao fumo no âmbito da TERRACAP. A campanha de Vacinação visa à imunização dos colaboradores contra febre amarela, tétano, pneumonia e hepatite. Além disso, há a vacina contra gripe, nos empregados acima de 60 anos. Enfim, cita-se a campanha de formação de Brigada de Incêndio e Plano de Ação que objetiva informar aos colaboradores da TERRACAP, por meio de treinamentos e simulações, os conhecimentos básicos de escape, iniciativas ordenadas e preestabelecidas em caso de emergência. 4.3 Varig Em 1945, surge a Fundação dos funcionários da VARIG, por iniciativa do então presidente da empresa, Ruben Martin Berta, com uma estrutura e finalidade inéditas no país: promover benefícios àqueles funcionários e familiares, preferencialmente com recursos advindos da lucratividade da empresa. Para isso, Berta convenceu os acionistas a doarem 50% das ações da empresa para a Entidade, mais uma dotação em dinheiro próximo ao valor dessas ações, para que a Fundação pudesse entrar em operação imediatamente. Ao longo dos anos, aumentou essa participação acionária até controlar 87% do capital votante da empresa. No início, todos os funcionários e aposentados da VARIG eram filiados à Fundação. Atualmente, são filiados todos os funcionários das empresas do Grupo FRB-PAR, inclusive os da própria Fundação. Aposentados e dependentes são beneficiários de tudo o que a Entidade oferece. A experiência socializante da Fundação Ruben Berta é mais a bemsucedida de que sem tem notícia no Brasil. Em vez de repartir as ações da empresa – os seus lucros e prejuízos – com os empregados do Grupo FRB-Par, a Fundação socializa os resultados dessa lucratividade. Os dividendos que recebe são revertidos aos filiados em forma de benefícios sociais. O Artigo primeiro do Estatuto que rege a Fundação prevê uma série de benefícios visando cobrir lacunas no atendimento das necessidades dos beneficiários, e vem sofrendo adaptações, na medida em que as necessidades também se modificam. Hoje, para atender a esse beneficiário, a Fundação provê benefícios e auxílios, firma convênios e mantém uma estrutura de serviços médicos, de nutrição, serviço social e atividades desportivas e culturais. Com essa atuação, a Fundação promove uma melhoria na qualidade de vida dos funcionários do Grupo FRB-Par, aumentando sua motivação e comprometimento. Isso permite que as empresas busquem o aumento de produtividade, cujos resultados virão a se constituir em mais recursos para a prestação de benefícios. É o chamado Círculo Virtusoso da Fundação Ruben Berta: quanto mais bem atendido estiver o funcionário, melhor poderá produzir; quanto melhor produzir, mais resultados a empresa terá; quanto mais resultados, mais recursos para o atendimento do funcionário. Um ciclo sem fim nem começo que beneficia a todas as partes. Numa época em que muito se estuda os modelos de gestão empresarial, a Fundação Ruben Berta aparece como um caso único de sistema de governança. Se, por um lado, o filiado da Fundação é um cliente de todos os benefícios e serviços que a Entidade opera; por outro, ele é um potencial dirigente. A concessão dos benefícios é gerenciada pelo Serviço Social da Fundação, que avalia as necessidades individuais de cada beneficiário. Hoje, cerca de 55 mil vidas são atendidas pela entidade, e o incremento na sua qualidade de vida influencia positivamente toda a comunidade. Em 1999, a Fundação constituiu a holding FRB-Par Investimentos Ltda. para administrar sua participação acionária nas diversas empresas que compõem o Grupo Econômico VARIG. Os funcionários VARIG com mais de 10 anos de empresa, podem se candidatar ao Colégio Deliberante, órgão máximo da Fundação. Este Colégio reúne entre 1% e 1,5% do total de funcionários da empresa. A Fundação Ruben Berta tem por missão ser modelo de gestão participativa e referência de mercado como estrutura fundacional, investidora e controladora de empresas, ágil e eficaz na prestação de serviços, voltada ao bem-estar de seus beneficiários. Para tanto, deverá intensificar a cooperação com clientes, organizações e profissionais; ser percebida como fator diferencial pelos clientes de suas empresas; ser a melhor opção de atendimento para as necessidades individuais e corporativas, antecipando-se às mesmas e superando as expectativas dos clientes; ser uma organização com estrutura e custos adequados, autonomia gerencial, voltada para resultados e atenta às exigências de mercado; possuir valores éticos que inspirem seus funcionários a praticarem os mesmos valores, sendo modelo para as empresas nas quais detenha participação no capital; e valorizar seus profissionais em todos os seus aspectos, desenvolvendo-os e tornando-os co-responsáveis por todo o processo, objetivando sua realização pessoal e profissional. 4.3.1 Programa de Qualidade de Vida no Trabalho A Fundação presta serviços para a VARIG, no tocante aos benefícios sociais que a empresa concede aos seus funcionários, extensivos aos familiares. Conta com amplos ambulatórios nas três maiores bases da empresa – Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre – e consultórios clínicos em Brasília, Manaus e Recife, além de administrar um plano de abrangência nacional, o FRB-Saúde. O Serviço Médico da Fundação Ruben Berta consiste no atendimento ambulatorial em um grande número de especialidades, inclusive odontologia, medicina do trabalho e medicina de aviação, em diversas cidades do país. Visando o aumento da qualidade do serviço, mantém centros de estudos médicos e incentiva a pesquisa e a atividade científica entre seus profissionais. Participa de estudos internacionais para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos específicos para a população de aeronautas. A promoção do bem-estar passa pela qualidade da alimentação que é proporcionada às pessoas. Por isso, a Fundação Ruben Berta mantém um complexo de serviços de alimentação, com onze restaurantes fornecendo refeições em todos os turnos de trabalho nas três maiores bases operacionais da VARIG. Coordenado e operado por nutricionistas, esse serviço segue um rigoroso controle de qualidade, totalmente orientado para as necessidades de saúde dos beneficiários. As principais refeições contêm ingredientes de todos os grupos de alimentos – construtores, energéticos e reguladores – a fim de manter equilibrada a saúde dos beneficiários. A qualidade da alimentação na FRB impõe um rigoroso controle ambiental e microbiológico das instalações, um alto grau de exigência na seleção e preparo das matérias-primas. Outro benefício oferecido pela Fundação é a Assistência Social, localizadas nas principais cidades brasileiras, atendendo aos filiados e familiares de todo o país. Sua atuação consiste em analisar necessidades específicas dos beneficiários que as procuram, com quem estudam alternativas viáveis para atender a essas necessidades, buscando, em conjunto, meios de promover e incrementar o bem-estar da família. Esta área coordena as atividades de preparação e de adaptação à aposentadoria, além dos programas educativos e de formação para a cidadania. Também administra a concessão dos Benefícios da Fundação e intermedia as relações dos filiados com o FRB-Saúde. A Fundação Ruben Berta oferece também benefícios relacionados a esportes, recreação e cultura. Para eles, proporcionar esse tipo de atividade aumenta o bem-estar dos filiados, melhorando seu relacionamento com a empresa e contribuindo preventivamente para a manutenção de sua saúde, ao reduzir o estresse. Para isso, mantém áreas de lazer, próprias ou por meio de convênios com clubes, em diversas bases do país, e coordena eventos de lazer, integração e educação realizados em parceria com a VARIG ou com os Grêmios de Funcionários – Gefuvar existentes em todo o Brasil. Nota-se, ainda, o interesse dessa instituição em auxiliar seus beneficiários em todos os aspectos relacionados à qualidade de vida. Preocupa-se também em informá-los a respeito de problemas presentes na pauta do país. Como, por exemplo instruções sobre racionamento de energia, informações sobre AIDS, sobre cigarros, gestação, dentre outras. 4.4 Análise Comparada: TRF. TERRACAP e VARIG Faz-se necessário destacar semelhanças e diferenças existente entre os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Quanto aos órgãos que gerem esses programas, no Tribunal Regional Federal – 1ª Região, o Programa é administrado pelo órgão que administra o plano de saúde e benefícios e na Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP, é administrado pela gerência de Recursos Humanos , já na Empresa Aérea VARIG, o programa é administrado pela Fundação Ruben Berta, acionista da empresa, e o mais interessante é um organização sem fins lucrativos. Observa-se, também que a empresa VARIG, por meio da Fundação Ruben Berta, desenvolveu desde muito cedo, a preocupação com ações relacionadas à Qualidade de Vida no Trabalho, enquanto as outras duas empresas citadas adquiriram esta preocupação há pouco tempo. Outro aspecto relevante refere-se à relação que as empresas acreditam ter entre Qualidade de Vida e benefícios relacionadas à saúde, pois essas são as atividades mais desenvolvidas nas empresas. Pode-se depreender da análise, que a TERRACAP possui a melhor estrutura ao que se refere à Qualidade de Vida no Trabalho, com ações que objetivam a manutenção da saúde e também o bem-estar e a auto-realização do funcionário. Enfim, nota-se que os programas de Qualidade de Vida no Trabalho desenvolvidos nas empresas podem ser melhorados. Entretanto, só a preocupação de se desenvolverem ações que objetivem a melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho dos empregados já representa um grande passo para programas melhor estruturados. Conclusão A gestão da Qualidade de Vida no Trabalho vêm ganhando expressão no ambiente empresarial, embora exista, ainda, distância entre o discurso e a prática nessa área. A inserção da gestão da Qualidade de Vida no Trabalho nas estratégias de recursos humanos encontra um campo mais fértil nas organizações que buscam a excelência e o estabelecimento de diferenciais competitivos sustentáveis, privilegiando o bem-estar, a saúde, o estilo de vida e o comprometimento de seus colaboradores. Constatou-se por meio do estudo dos três casos brasileiros certa desconsideração com as teorias que fundamentam as práticas de qualidade de vida no trabalho. Percebe-se uma profusão de conceitos pessoais sobre Qualidade de Vida no Trabalho formulados pelos responsáveis pelos programas. A partir dessa diversidade de idéias, observa-se uma tentativa de apresentar ações relacionadas indireta e palidamente ao tema em discussão. É comum encontrar “práticas isoladas” que visam promover a Qualidade de Vida no Trabalho. Outro ponto importante diz respeito à distinção entre qualidade de vida no trabalho e práticas de saúde no trabalho, especialmente a saúde mental. Essas duas áreas têm bastante afinidade quanto às suas metas, mas corpos teóricos diferentes e já bastante desenvolvidos, que exigem formações extensas por parte de quem as deseja aplicar com “conhecimento de causa”. Pode-se concluir que só empresas que atingiram elevado patamar de produtividade estão voltando seus esforços para os programas de Qualidade de Vida. Essas empresas, no Brasil, são, proporcionalmente, pouco representativas da realidade brasileira. Além disso, há que se considerar o contexto socioeconômico- político brasileiro, no qual as preocupações com trabalhadores começam a ser reconhecidas recentemente. Esse contexto é, provavelmente, responsável pelas dificuldades em definir o que deve constituir um programa de Qualidade de Vida no Trabalho, e mais que isso, em oferecer algo além do legalmente determinado. Embora os programas de Qualidade de Vida no Trabalho nas empresas estudadas ainda estejam limitados a ações de caráter operacional, a grande maioria dos gestores dessas empresas considera esses programas fundamentais para a certificação do ISO 9000, para atender às exigências do clientes e, principalmente, para o alcance de resultados empresariais por meio de melhorias nas condições de trabalho. Em relação aos profissionais que, geralmente, têm a responsabilidade de criar e gerenciar os programas de Qualidade de Vida no Trabalho, conclui-se que os profissionais acumulam diversas características que o tornam apto a estas tarefas. Cabe ser o elo entre a organização e os seus públicos, confirmando sua aptidão para o estudo/análise de cada público ligado à empresa. Portanto, pode desenvolver, juntamente com outros profissionais, programas que visem a autorealização dos colaboradores, levando benefícios para a empresa, como por exemplo, maior produtividade e, em conseqüência, maior lucratividade para as organizações. Bibliografia ALBUQUERQUE, L. G. e FRANÇA, Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida no trabalho – revista de administração São Paulo, abr./jun.1998, vol.33,nº 2,p.40-51. CALDAS, Miguel P. O Fascínio do Stress e a modernidade do Workholic. In. Encontro Internacional de Gestão de Competências em Qualidade de Vida no Trabalho, 1º, Anais, São Paulo: FEA/UPS, FIA, PROPEG, 1998, p.31-34. DE MAIS, Domenico. O futuro do trabalho: fadiga e ócio na socidade pósindustrial. 3ª ed., Rio de Janeiro: Editora José Olympio Ltda. e Brasília: Edit. da UNB, 2000. FERNANDES, Eda. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar. Salvador: Casa da Qualidade Editora Ltda.,1996. FERREIRA, A. Antonio, REIS, Ana C.F. e PEREIRA, Maria I. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e Tendências da Modernidade Administração de Empresas. São Paulo: Editora Pioneira, 1999. FRANÇA, A.C. Limongi. Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos, abordagens, inovações e desafios nas Empresas Brasileiras, Revista Brasileira de Medicina Psicossomática. Rio de Janeiro, Vol. 1, nº 2, p. 79-83, abr./mai./jun. 1997. HAMPTON, David R. Administração: processos Administrativos. São Paulo: Editora McGranhill Ltda., 1991. INTERNET. www.terracap.df.gov.br, em 09/10/2002 INTERNET. www.rubenberta.org.df, em 09/10/2002 INTERNET. www.trf1.gov.br, em 09/10/2002 ANEXO I CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS DO CARACTERÍSTICAS OU VISÃO QVT 1. QVT como uma variável (1959 a Reação do indivíduo ao trabalho. Investigava1972) se como melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo. 2. QVT como uma abordagem (1969 O foco era o indivíduo antes do resultado a 1974) organizacional; buscava-se mas, trazer ao mesmo melhorias tempo, tanto ao empregado como à direção. 3. QVT como um método (1972 a Um conjunto de abordagens, métodos ou 1975) técnicas para melhorar o ambiente de trabalho e tornar o trabalho mais produtivo e mais satisfatório. QVT era vista como sinônimo de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas com integração social e técnica. 4. QVT como um movimento (1975 a Declaração ideológica sobre a natureza do 1980) trabalho e as relações dos trabalhadores com a organização. Os termos “administração participativa” e “democracia industrial” eram frequentemente dito como ideias do movimento de QVT. 5. QVT como tudo (1979 a 1982) Como panacéia contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade, problemas de queixas e outros problemas organizacionais. 6. QVT como nada (futuro) No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passará de um “modismo” passageiro. TABELA I – EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QVT – PÁG. 11 ANEXO II 1. Compensação justa e adequada Equidade interna e externa Justiça na compensação Partidas de ganhos de produtividade 2. Condições de trabalho Jornada de trabalho razoável Ambiente físico seguro e saudável Ausência de insalubridade 3. Uso e desenvolvimento de capacidades Autonomia Autocontrole relativo Qualidades múltiplas Informações sobre o processo total do trabalho 4. Oportunidade de crescimento e segurança Possibilidade de carreira Crescimento pessoal Perspectiva de avanço salarial Segurança de emprego 5. Integração social na organização Ausência de preconceitos Igualdade Mobilidade Relacionamento Senso comunitário 6. Constitucionalismo Direitos de proteção ao trabalhador Privacidade pessoal Liberdade de expressão Tratamento imparcial Direitos trabalhistas 7. O trabalho e o espaço total da vida Papel balanceado no trabalho Estabilidade de horários Pouca mudança geográfica Tempo para lazer da família 8. Relevância social do trabalho na vida Imagem da empresa Responsabilidade social da empresa Responsabilidade pelos produtos Práticas de emprego TABELA II – CATEGORIAS CONCEITUAIS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT PÁG. 14 ÍNDICE 1 Introdução .......................................................................................................08 2 Origem e Evolução .........................................................................................09 2.1 Conceituando Qualidade de Vida e Suas Dimensões .................................12 2.1.1 Condições de Trabalho .............................................................................13 2.1.2 Uso e Desenvolvimento das capacidades.................................................14 2.1.3 Oportunidade de Crescimento e Segurança ............................................14 2.1.4 Integração Social na Organização ............................................................14 2.1.5 Constitucionalismo ....................................................................................15 2.2.1 Trabalho e o Espaço Total da Vida ..........................................................15 2.2.2 Relevância do Trabalho na Vida ...............................................................15 3 Critérios e Indicador de Qualidade de Vida no Trabalho ................................16 3.1 Dificuldades e Obstáculos ...........................................................................17 3.2 Qualidade de Vida no trabalho ....................................................................18 3.2.1 Perspectivas e Desafios ...........................................................................18 3.2.2 Considerações Finais ...............................................................................19 4 Qualidade de Vida no Trabalho: Um Estudo Corporativo rês Casos do D.F ..21 4.1 Tribunal Regional Federal ...........................................................................22 4.1.1 Histórico ....................................................................................................24 4.1.2 Programa de Qualidade de Vida no trabalho ...........................................25 4.2 Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap .............................................30 4.2.1 Programa de Qualidade de Vida no trabalho ...........................................32 4.3 Varig ............................................................................................................35 4.3.1 Programa de Qualidade de Vida no Trabalho ..........................................38 4.4 Análise Corporativa: TRF. Terracap e Varig ................................................40 Conclusão ..........................................................................................................42 Bibliografia .........................................................................................................44 Anexo I ...............................................................................................................47 Anexo II ..............................................................................................................48 Índice .................................................................................................................50