Estado do conhecimento Fitotelmata no Brasil da Entomofauna associada à Gabriela Schulz¹, Adelita Maria Linzmeier¹ ¹Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, Unidade II, Rodovia Dourados Ithaum, Km 12, Caixa Postal. 553, CEP 79804-970, Dourados, MS, Brasil. [email protected]; [email protected] Fitotelmata são pequenos habitats formados por corpos d’água armazenados em plantas terrestres e capazes de manter uma fauna aquática, como bromélias, bambus e ocos de árvores. Eles fornecem refúgios seguros para uma ampla variedade de organismos que são em geral específicos de cada tipo de fitotelmata. Mais de 1500 espécies animais foram documentadas, a maioria pertencente à Insecta onde mais de 70 famílias de 11 Ordens já foram registradas mundialmente. Entretanto, o estudo da fauna fitotélmica ainda é escasso na região Neotropical. No Brasil, não sabemos como está o conhecimento desta fauna e reunir a informação disponível na literatura é de suma importância para visualizar as lacunas, direcionar e facilitar pesquisas futuras ampliando o seu conhecimento. Assim, nosso objetivo foi verificar o estado do conhecimento da Entomofauna associada à fitotelmata no Brasil a partir da revisão da literatura disponível. Para isso foram utilizados 53 artigos e quatro livros. No total, foram registrados quatro Ordens, 15 Famílias, 32 gêneros e 154 espécies de insetos associados à fitotelmata. Diptera teve o maior número de registros com sete Famílias, sendo Culicidae a mais rica com 12 gêneros e 86 espécies. Da fauna conhecida, 69% está associada a bromélias, 12% a ocos de árvore, 11% a internódios de bambu e 8% a outros tipos de fitotelmata. Esta discrepância deve-se principalmente a diferença no esforço amostral, pois, 67% dos trabalhos revisados foram realizados exclusivamente em bromélias. Além disso, os trabalhos estão concentrados nas regiões sul, sudeste e norte do Brasil. Diante disso, consideramos que a fauna associada a bromélias é relativamente bem conhecida, entretanto, devido à especificidade a este microambiente, a diversidade fitotélmica brasileira deve estar sub-amostrada, havendo a necessidade de mais pesquisas com diferentes tipos de fitotelmata, principalmente ocos de árvore e internódios de bambu e em regiões e ambientes ainda pouco estudados. Palavras-chave: Insetos aquáticos, bromélia, oco de árvore. Apoio: CAPES